Você está na página 1de 30

ENCONTRO

MEP – METÓDOS E PROCESSOS

Princípios de administração
da produção
Métodos e Processos MEP

Aula 02- Data 25/02/21


20:40 – 23:10 – Aula Remota
 Princípios da Administração de Produção
 Atividades
22:30 – 23:00 – Plantão de Dúvidas e
Encerramento da Aula.
NOVA AGÊNCIA DE
PUBLICIDADE – QUALIDADE
A empresa “Fazemos a festa” é especializada na
organização e realização de eventos de médio e pequeno
porte. Sua mais nova cliente, a agência de publicidade
“Arte!”, deseja realizar um evento para seu lançamento no
Rio de Janeiro. O evento deverá ser realizado para 500
convidados, num prazo de dois meses, e todos os detalhes
deverão ser cuidados pela “Fazemos a festa”. A gerente
responsável pelo evento monta, durante a reunião com o
cliente, um check list numa folha de papel.
Multimidia: DJ, Equipamento de som, Equipamento de
imagem
Lugar: Aluguel do espaço, Limpeza (após o evento),
Decoração (interna e externa)
Comida: Buffet, Garçons
Convites
NOVA AGÊNCIA DE
PUBLICIDADE – QUALIDADE
SUA TAREFA

Prepare o plano para o gerenciamento da qualidade do evento,


compreendendo os seguintes elementos:

(1) Lista dos stakeholders e requisitos de cada um para o evento.

(2) Requisitos técnicos, independentes das especificações dos


stakeholders.

(3) Especificações de qualidade derivadas desses requisitos.

(4) Plano de garantia da qualidade.

(5) Procedimentos de controle da qualidade .


Objetivos da aprendizagem

Introduzir os conceitos elementares sobre a administração da produção, permitindo


que o aluno possa compreendê-la e localizá-la no contexto da administração de
empresas.

1. Compreender e identificar a existência das atividades de produção


em qualquer tipo de organização, por mais diferentes que estas
sejam entre si.

2. Visualizar os processos de transformação que ocorrem em todos os


tipos de organizações, identificar suas entradas de recursos, seus
modelos de processamento e respectivas saídas.

3. Conhecer, de forma geral, a evolução histórica da administração da


produção, desde o início da revolução industrial até os dias de hoje.

4. Conhecer os aspectos gerais sobre o processo de industrialização


no Brasil e suas possíveis influências no atual mercado globalizado.
Organizações

Duas ou mais pessoas trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um


objetivo ou meta comum

Como imaginar o mundo moderno sem as organizações

Tipos de organizações

•Setor primário:

•Setor secundário:

•Setor terciário:

Fonte: IBGE
EXERCÍCIO 1

IGREJA RESTAURANTE FACULDADE FÁBRICA DE MOVEIS

MERCADOLOGICA

CONTABIL

PRODUÇÃO

GESTÃO DE PESSOAS

LOGISTICA
Atividades internas das
0rganizações
O PROFISSIONAL DE PRODUÇÃO É
MAIS ESPECÍFICO?

Apesar de não ser a única, nem a mais importante, a função produção é central,
situada no âmago de todas as organizações

Talvez seja possível inferir que existe maior


mobilidade para os profissionais que atuam em
atividades distintas da produção e operações,
ou seja, um profissional na área contábil e
financeira pode ter mais facilidade na execução
de suas funções em diversos tipos de
organizações.
Administração

•Processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho das pessoas da


organização e de usar da melhor forma possível os recursos disponíveis para
atingir os objetivos estabelecidos

Metas da
empresa

Planejar

Liderar Controlar

Organização

O que é Administração da produção?


O que faz um Gerente de produção ?
Grau de intensidade de material
no produto
Todo produto sempre será um composto de uma parte tangível representado pelo
material físico e uma parte intangível de serviços.

1. Restaurante a la carte
2. Torrefação de café
3. Escritório de advocacia
4. Hotel cinco estrelas
5. Chácara de hortaliças
6. Restaurante self service
7. Revenda de automóveis

Fonte: adaptado de Davis, Aquilano e Chase (2001).


O modelo de transformação

Quanto mais componentes e menos matéria prima uma empresa utilizar, menos
verticalizada ela é considerada. (fabrica x montadora)

RECURSOS
TRANSFORMADORES

PROCESSO DE
PRODUTO FINAL
PRODUÇÃO

RECURSOS PARA
TRANSFORMAÇÃO
EXERCICIO 2

ENTRADAS TRANSFORMAÇÃO SAÍDA

LINHAS AEREAS

LOJA

DENTISTA

ZOOLOGICO

GRAFICA
Processos de transformação
Evolução histórica da produção

O período pós revolução industrial marca o início da administração da produção


revestida do cunho técnico que conhecemos hoje em dia

•PRIMEIRO PERÍODO – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

•1780 a 1850: 1a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: DO CARVÃO E DO FERRO


•1767: James Hargreaves: primeira máquina de fiar
•1776: Adam Smith: A riqueza das nações
•1776: James Watt: Aperfeiçoa o motor a vapor
•1790: Eli Whitney: Peças intercambiáveis (cotton gin)
•1822: Charles Babbage: primeira calculadora mecânica

•1850 a 1914: 2a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: DO AÇO E ELETRICIDADE


•1856: Henry Bessemer: Fabricação do aço industrial
•1873: Gottlied Daimler: Aperfeiçoa o motor a combustão
•1880: Daimler & Bens: Invenção do automóvel
Evolução histórica da produção

As variáveis humanas são incorporadas á ciência da administração, incorporam-se


também uma série de modelos estatísticos e matemáticos à nova ciência.

•SEGUNDO PERÍODO – PESQUISAS: TENTATIVAS, ERROS E ACERTOS

•1911: Frederick W. Taylor: Administração científica


•1912: Frank & Lilian Gilbreth: Estudos de movimentos e psicologia
industrial
•1912: Henry Gantt: Gráfico de Gantt
•1913: Henry Ford: Primeira linha de montagem
•1916: Henry Fayol: Escola clássica da administração

•TERCEIRO PERÍODO – CONSOLIDAÇÃO

•1930: Elton Mayo: Abordagem comportamental da administração


•1931: Walter Shewhart: Controle estatístico de processo
•1934: Tippet: amostragem do trabalho
Evolução histórica da produção

•QUARTO PERÍODO – ABORDAGEM QUANTITATIVA

•1940: Blackett: Pesquisa Operacional


•Final da década de 1950: Administração de projetos por PERT/CPM
•1947: George Dantzig: Programação linear: método simplex
•1949: Ergonomia: Adaptação do trabalho ao homem
•1952: Lawrence D. Miles: Engenharia de valor (Análise de valor)
•1916: Henry Fayol: Escola clássica da administração

•QUINTO PERÍODO – QUALIDADE ORGANIZACIONAL

•1970: Gurus da Qualidade


•1973: Taiichi Ohno: Sistema Toyota de produção
•1975: Orlick, Plossl e Wight: Divulgação do MRP
•1975: Willian Skinner: Ênfase na estratégia de operações
•1987: Normas da série ISO 9000
Evolução histórica da produção

Contemporaneamente é cunhado o termo Supply Chain Management que se


apresenta como um novo modelo competitivo e gerencial às organizações.

•SEXTO PERÍODO – ABORDAGEM CADEIA DE VALOR

•1990: VMI: Vendor Management Inventory


•1992: Movimento ECR: Efficient Consumer Response
•1994: CPFR: Collaborative Planning, Forcasting na Replenisment
•1998: E business: B2C: Business to costomer; B2B: Business to Business
O processo de industrialização
no Brasil
O processo de industrialização no Brasil teve início por volta de 1880, um século
depois da consolidação da Revolução Industrial no mundo
PERÍODO COLONIAL
•Trezentos anos sob dominação portuguesa
•Alvará de 1785 proibia fabricação de tecidos finos no Brasil para evitar
concorrência ao comércio lusitano
•Vinda da corte em 1808: Abertura dos portos, revogação do alvará de 1785,
alvará de 1809 (tecidos nacionais nos uniformes das tropas), isenção de
tributos para importação de materiais às fábricas etc.

A vinda da corte ao Brasil foi o primeiro instante de possibilidade da industrialização brasileira, entretanto,
apesar destas medidas de incentivo, a industrialização brasileira não foi possível.

Em 1810 foi assinado o tratado de comércio e de amizade com a Grã-Bretanha cujos privilégios nas
tarifas alfandegárias nas importações de seus produtos inviabilizariam qualquer manufatura no Brasil.

A situação piora ainda mais após a independência, em 1822, quando os privilégios alfandegários são
estendidos aos demais paises.

A população brasileira no século XIX não era superior a três milhões de habitantes um terço eram
escravos caracterizando uma sociedade de consumo desfavorável à produção em massa.
Criação das bases à
industrialização
Durante o século XIX a cafeicultura cria as bases necessárias à industrialização:
Capital, transporte e mão de obra

CAPITAL

A lavoura cafeeira representa riqueza sólida e após 1860 o Brasil passa a ter mais
exportação que importação permitindo a geração de renda que seria investida em
outros negócios além do café, um deles a indústria.

A TARIFA ALVES BRANCO


O decreto de 12 de agosto de 1844 estabelece, para 2.243 produtos, a tarifa de 30%, o
dobro da até então; de 40 a 60%, no caso de produtos com similar no Brasil ou de fácil
substituição; de 2 a 2,5%, de artigos de largo consumo e difícil produção (carvão de pedra,
trigo em grão, borracha, certos tecidos, trigo, bacalhau, salitre, zinco e ferro). Considera ao
todo 2.416 artigos.
Criação das bases à
industrialização

Transporte
A primeira ferrovia construída para o escoamento da produção cafeeira ligava
Jundiaí ao porto de Santos, chamava-se São Paulo Railway Company e iniciou
suas operações em 1867.
Mão de obra
O fim do tráfico de escravos acontece em 1850.

Com a escassez de escravos, os cafeicultores buscam mão de obra barata de


imigrantes da Itália, Espanha e Portugal.

Estes imigrantes vão se tornar uma vasta oferta de mão de obra para a nascente
industrialização.

A abolição a escravatura ocorreu somente depois que o país havia recebido


imigrantes em abundância.
Industrialização na república
velha (1889 – 1930)
Nas três primeiras décadas do século passado, as condições enfrentadas pelos
trabalhadores nas indústrias eram muito duras. A administração da produção trazia
os padrões de pensamento utilizados na época da escravidão,

A industrialização teve inicio nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, na


época Distrito Federal.

Empresas Funcionários
Senso
DF SP Total DF SP Total
1907 662 326 988 34.850 24.186 59.036
1920 1.542 4.145 5.687 56.517 83.998 140.515
1929 1.937 6.923 8.860 93.525 148.376 241.901
Industrialização na república
velha (1889 – 1930)
Apesar da forte repressão, três importantes leis foram aprovadas neste período.
Apesar disto estas leis foram ignoradas, de forma impune pelas fábricas na época

•1919: Lei de acidentes de trabalho: Tornava o empregador responsável nos


casos de acidentes de trabalho.

•1925: Lei de férias: Concedia o direito a 15 dias de férias por ano, apenas aos
trabalhadores da indústria considerados urbanos.

•1927: Código de menores: Proibia o trabalho de crianças com idade inferior a 14


anos e determinava uma jornada de trabalho de seis horas diárias para estes
menores.
Legislação trabalhista e a era
Vargas

•Em 1930 foi criado o Ministério do Trabalho que traria regulamentações


nas relações entre empregados e empregadores.

•Em 1930 é criada a legislação previdenciária e trabalhista.

•Em 1931 os sindicatos patronais e de empregados são regularizados


pelo Estado.

•Em 1940 cria-se o imposto sindical aos trabalhadores que acaba por
forçar que os sindicalistas sigam as determinações governamentais.

•Em 1945 destaca-se a lei do salário mínimo e a consolidação das leis do


trabalho (CLT).
As empresas multinacionais

A partir de 1956, com a posse de Juscelino Kubitschek e seu lema “cinqüenta anos
em cinco” a ênfase seria direcionada aos produtos considerados bens duráveis,
como automóveis e eletrodomésticos.

Juscelino adota vários incentivos como importação de máquinas sem taxas,


facilidades de remessas de lucros para o exterior, isenção de impostos e reserva
de mercado às empresas que aqui se instalassem dentre outras.

Tais regalias não foram disponibilizadas às indústrias nacionais criando situações


de concorrência desleal e graves protestos da indústria nacional.

Das empresas que vieram a se instalar no Brasil na época, destacam-se:


Volkswagem, Simca, Willys Overland, Toyota e Vemag.
A industrialização durante o
governo militar
A partir de 1962, o crescimento do setor industrial diminui em função dos graves
problemas econômicos representados pela inflação e déficit externo gerados pela
estratégia anterior

O golpe militar é aplicado em 31 de março de 1964.

O governo militar impõe censura aos meios de comunicação e forte represália a


qualquer tipo de manifestação da classe operária.

IMPONDO O SILENCIO E O ARROCHO SALARIAL

Em 1973 o governo anunciou um índice de reajuste de 14,9%, enquanto o


banco mundial informava que o correto seria 22,5%. Outros dados indicam
que, entre 1970 e 1971, a produtividade da Ford Willys aumentou 48% e a da
Mercedes Bens 31%. Entretanto a taxa de produtividade anunciada pelo
executivo que servia de base para o aumento dos salários, foi de 3,5%

Fonte: LUCA:2001. p.83


A transição à democracia

O desgaste do regime militar acentua-se e em 1985 elege-se Tancredo Neves


através de voto indireto. Tancredo falece logo após sua nomeação vindo a assumir
seu vice José Sarney.

A inflação atinge 1.784,84% em 1990 e vários


planos econômicos são lançados: Plano Cruzado,
Bresser, Verão, Collor I e Collor II. A produção
industrial diminui 14,27% nos três primeiros anos da
década de 1980. A recuperação da produção
industrial só começa a ser sentida a partir de 1987.

Fonte: LUCA:2001. p.83


As transnacionais

A crescente automatização dos processos produtivos também presente na área de


serviços e no campo demandam cada vez menos mão de obra.

As empresas são agora chamadas de Transnacionais ao invés de


multinacionais, a razão é que agora, em busca de melhores lucros, as
empresas vêm se tornando cada vez mais fragmentadas, cada parte do
produto será feita onde for mais conveniente.

NA ONDA DA TERCEIRIZAÇÃO
Um fator que contribuiu para o desemprego na indústria e achatamento salarial
foi o modelo das terceirizações.
Os serviços de vigilância, refeição, limpeza e outros antes feitos pela própria
indústria por salários mais altos e contrato de trabalho por tempo indeterminado
passaram a ser feitos por firmas prestadoras de serviço por salários mais baixos
e contratos de trabalho temporários.
Referências

DAVIS, Mark M; AQUILANO, Nicholas J; CHASE, Richard B. Fundamentos da


administração da produção. Porto Alegre: Bookman, 2001. pp. 22-37.

LUCA, Tânia Regina de. Indústria e trabalho na história do Brasil. São Paulo:
Contexto. 2001. MARTINS, Petrônio G; LAUGENI, Fernando P. Administração da
produção. São Paulo: Saraiva, 2001.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da


produção. São Paulo: Atlas, 2002. pp. 29-62.

SLACK, N. Vantagem competitiva em manufatura. São Paulo: Atlas, 1993.

Você também pode gostar