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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA LTDA


FACULDADE DE ITAITUBA – FAI
Disciplina: ORGANIZAÇÃO & MÉTODOS
Docente: ANA PAULA MAFFEZZOLLI, Esp.
Discente:_________________________________________

CONTEÚDO 02 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

CONCEITO
É o resultado de um processo através do qual a autoridade é distribuída, as atividades
são especificadas desde os níveis mais baixos até a alta administração e um sistema de
comunicação é delineado, permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a
autoridade que lhes compete para o atingir os objetivos organizacionais.

Qualquer empresa possui dois tipos de estrutura, a formal e a informal:


Informal: Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida
ou requerida pela estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa
que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Portanto, apresenta
relações que não aparecem no organograma.
Estrutura Formal: é representada pelo
organograma da empresa e seus aspectos básicos,
onde todas as relações são formais.

COMPONENTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

1. Sistema de responsabilidade: é a atuação profissional de qualidade nos trabalhos e de


busca de resultados, com ou sem a cobrança por parte de terceiros. A responsabilidade esta
correlacionada à situação de um subordinado assumir determinada obrigação e ter de
prestar contas à pessoa que lhe atribuiu à responsabilidade.
Aspectos básicos do sistema de responsabilidade:
Departamentalização;
Linha de assessoria e
Atribuições das unidades organizacionais.

2. Sistema de autoridade: é o direito estabelecido de se designar o que – e, se necessário,


como, por quem, quanto e por quanto – deve ser realizado em sua área de responsabilidade
na empresa.
• Autoridade Formal: é aquela representada e estabelecida pela estrutura hierárquica
da empresa, e pode ser delegada pelo superior hierárquico imediato.
• Autoridade Informal: é uma espécie de “autoridade adquirida” que é desenvolvida por
meio de relações informais entre as pessoas da empresa que o fazem
voluntariamente ou por sua posição em relação a status.
- Tipos de autoridade:
Hierárquica – segue a linha de comando estabelecida pela estrutura organizacional da
empresa.
Funcional – corresponde a autoridade estabelecida pelas funções básicas exercidas pelas
unidades organizacionais.
- Aspectos básicos do sistema de autoridade:
• Delegação;
• Centralização e descentralização;
• Nível hierárquico e
• Amplitude de controle
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3. Sistema de Comunicação: é o processo interativo em que dados, informações,
consultas e orientações são transacionados entre pessoas, unidades organizacionais e
agentes externos à empresa.
• No sistema de comunicação deve ser considerado:
• O que deve ser comunicado;
• Como deve ser comunicado;
• Quando deve ser comunicado;
• De quem deve vir a informação;
• Para quem deve ir a informação;
• Por que deve ser comunicado; e
• Quando deve ser comunicado.

ASPECTOS BÁSICOS DO SISTEMA DE COMUNICAÇÃO NAS EMPRESAS:

1. Esquema de Comunicação: Existem dois tipos de esquema de comunicação, a formal


que segue a corrente de uma estrutura hierárquica, é planejada e controlada e a informal
que surge espontaneamente nas empresas de acordo com as necessidades de seus
membros.

2. Fluxo da comunicação: Horizontal – realizado entre unidades organizacionais diferentes,


mas com mesmo nível hierárquico. Diagonal ou transversal – realizado entre unidades
organizacionais e níveis diferentes. Vertical – realizado entre níveis hierárquicos diferentes,
mas da mesma área de atuação.

Horizontal: realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível


hierárquico.
Diretor Comercial Diretor Regional Diretor Jurídico

Diagonal ou transversal: realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes.

Diretor de RH

Gerente de
Vendas

Recepção

Vertical: realizado entre níveis diferentes, mas da mesma área.


Diretor Comercial

Gestor de Vendas

Vendedor
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3. Custo de comunicação: análises feitas mostram que os custos de comunicação
ocorrem tanto no apoio necessário para geral as informações como no tempo que ela
absorve e das demoras que acarreta.
Comunicações com elementos codificados: quando se utilizam gráficos, estatísticas,
tabelas, ordens de fabricação etc. Comunicação com elementos não codificados: políticas,
planejamento, organização.

4. Subsistemas de procedimento: são os métodos utilizados no desenvolver das


atividades assim como suas inter-relações como sequência, dependências e tramitações.
Sistema de decisões: sustenta o processo decisório dos executivos, o qual corresponde a
uma sistemática estruturada e descritiva de uma futura situação (acessos que permite ter
visão atual e futura).
Aspectos a considerar nas análises de decisões para estrutura organizacional:
• Que decisões devem ser tomadas para a realização dos objetivos da empresa;
• De que espécie são essas decisões;
• Em que nível da empresa devem ser tomadas;
• Quais atividades elas acarretam ou afetam;
• Quem deve participar dessas decisões; e
• Quem deve ser informado das decisões.

CONDICIONANTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

1. Fator humano: todo executivo deve trabalhar com e por meio de pessoas, e essas
pessoas realizam os trabalhos que permitem que os objetivos estabelecidos sejam
alcançados. Para o desenvolvimento de uma estrutura organizacional eficiente devem-se
levar em consideração os seguintes fatores:
 O valor das pessoas considerando ética, estrutura de atuação, relacionamentos, etc.
 O conhecimento que elas possuem da estrutura organizacional; e
 Sua motivação para fazê-la funcionar da melhor forma possível.

2. Fator ambiente externo: processo de relacionamento entre a empresa e seu ambiente


externo desde o seu projeto inicial à avaliação contínua das constantes mudanças. Análise
ambiente externo:
 Determinar quais pessoas fora da empresa a mesma vai tentar atender;
 Determinar como essas necessidades ou desejos são comunicados a empresa;
 Determinar como a informação necessária é registrada e transmitida a outras pessoas
na empresa.

3. Fator Objetivo, Estratégia e Políticas


Objetivo: é o alvo ou situação que se pretende alcançar.
Estratégia: é a definição do caminho mais adequado para alcançar o objetivo.
Política: é o parâmetro ou orientação para a tomada de decisão.

4. Fator Tecnologia
Quando se considera o fator tecnologia, é necessário se considerar dois aspectos: a
evolução da tecnologia que está ocorrendo no ambiente empresarial e a tecnologia aplicada
na empresa. Evolução tecnológica é o processo gradativo e acumulativo dos
conhecimentos que têm influência direta ou indireta sobre os negócios, produtos e serviços
de um conjunto de empresas e a tecnologia é o conjunto de conhecimentos que são
utilizados para operacionalizar, de forma otimizada as diversas atividades da empresa.

ELEMENTOS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


São cinco elementos da estrutura:
1- A especificação de tarefas individuais ou de grupos (divisão do trabalho) e ao
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agrupamento destas tarefas em unidades de trabalho (departamentalização);
2- A padronização das tarefas;
3- A coordenação das atividades, composta pelos procedimentos realizados para integrar as
funções das subunidades da organização;
4- A centralização e descentralização de decisões;
5- O tamanho da unidade de trabalho.
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FACULDADE DE ITAITUBA – FAI
Disciplina: ORGANIZAÇÃO & MÉTODOS
Docente: ANA PAULA MAFFEZZOLLI, Esp.
Discente:_________________________________________

CONTEÚDO 03 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO

CONCEITO

Departamentalização tem suas origens na


Teoria Clássica, corrente filosófica administrativa iniciada
pelo teórico francês Henri Fayol, que pregava a ênfase na
Estrutura Organizacional como forma de aumentar a
eficiência e aprimorar as relações entre cada segmento
de uma empresa. Era uma abordagem de conceito
verticalizado que segue hierarquicamente da direção para
a execução das tarefas.
É a prática de agrupar atividades e recursos em unidades organizacionais, seguindo
um critério de homogeneidade entre eles, visando uma adequação da estrutura
organizacional com sua dinâmica de ação mais eficiente. “é uma outra forma de fracionar a
estrutura organizacional (divisões, seções, diretorias, departamentos, coordenações,
serviços etc.), objetivando agrupar as atividades homogêneas que possuem uma mesma
linha de ação, segundo características de complementaridade e similaridade”.

OBJETIVO
Visa fortalecer o desempenho funcional, que deverá ocorrer por meio de
procedimentos apropriados:
Agregação: colocar os especialistas numa mesma unidade de trabalho a fim de
possibilitar a troca de experiências, o que resultará em ampliação do conhecimento
de cada um deles e consequentemente se traduzirá em maiores índices de
produtividade e qualidade. Com propósitos semelhantes, sempre que possível, os
equipamentos especiais devem ser colocados numa mesma área de trabalho.
Controle: as atividades devem ser agrupadas de forma que possam ser facilmente
supervisionadas, possibilitando exercer um controle eficaz e eficiente, favorecendo a
realização dos ajustes necessários antes do produto ser considerado acabado e
chegar aos clientes.
Coordenação: a fim de se obter uma unidade de ação que será conseguida caso
forem agrupadas atividades correlatas e de objetivos comuns em uma mesma
unidade organizacional.
Enquadramento: as atividades devem ser agrupadas em unidades, de acordo com
suas caraterísticas, em consonância com cada grupo estrutural básico, o que evitará
possíveis conflitos internos.
Processos: destacar para um primeiro plano as atividades mais relevantes que estão
inseridas em um mesmo processo, buscando agrupá-las dentro de unidades cujos
objetivos sejam comuns e que atendam a clientes determinados.

TIPOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Departamentalização por função ou funcional: a departamentalização funcional


agrupa funções comuns ou atividades semelhantes para formar uma unidade organizacional.
Assim todos os indivíduos que executam funções semelhantes ficam reunidos, todo o
pessoal de vendas, todo o pessoal de contabilidade, todo o pessoal de secretaria, todas as
enfermeiras, e assim por diante.
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Vantagens: As vantagens principais da abordagem funcional são:
 Mantém o poder e o prestígio das funções principais
 Cria eficiência através dos princípios da especialização.
 Centraliza a perícia da organização.
 Permite maior rigor no controle das funções pela alta administração.
 Segurança na execução de tarefas e relacionamento de colegas.
 Aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de produtos.
Desvantagens: Existem também muitas desvantagens na abordagem funcional.
Entre elas podemos dizer:
 A responsabilidade pelo desempenho total está somente na cúpula.
 Cada gerente fiscaliza apenas uma função estreita
 O treinamento de gerentes para assumir a posição no topo é limitado.
 A coordenação entre as funções se torna complexa e mais difícil quanto à
organização em tamanho e amplitude.
 Muita especialização do trabalho.

A departamentalização é um tipo bastante racional e interessante para a empresa.


Entretanto, podem surgir atritos provenientes de formação de igrejinhas, impérios ou feudos,
problemas de comunicação e de entendimento, bem como excesso de burocracia na
execução das atividades.
Diretoria geral

Gerência de Gerência Gerência de Ger. de recursos


produção financeira marketing humanos

Departamentalização territorial ou por localização geográfica: Algumas vezes


mencionadas como regional, de área ou geográfica. É o agrupamento de atividades de
acordo com os lugares onde estão localizadas as operações. Uma empresa de grande porte
pode agrupar suas atividades de vendas em áreas do Brasil como a região Nordeste, região
Sudeste, e região Sul. Muitas vezes as filiais de bancos são estabelecidas desta maneira.
As vantagens e desvantagens da Departamentalização territorial são semelhantes às dadas
para a Departamentalização de produto. Tal grupamento permite a uma divisão focalizar as
necessidades singulares de sua área, mas exige coordenação e controle da administração
de cúpula em cada região.
Departamento
de tráfego aéreo

Região norte Região centro Região sul

Base 1 Base 2 Base 3

Normalmente, seu uso prende-se aos seguintes aspectos:


 Obter as vantagens econômicas de determinadas operações locais;
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 Possibilidade de ações mais imediatas em determinada região; e
 Maior facilidade de conhecer os fatores de influência e os problemas locais por
ocasião da decisão.

As desvantagens básicas da departamentalização territorial são:


 Duplicação de instalações e de pessoal; e
 A preocupação estritamente territorial concentra-se mais nos aspectos
mercadológicos e de produção, e quase não requer especialização.

Departamentalização por produtos: o agrupamento é feito de acordo com as


atividades inerentes a cada um dos produtos ou serviços da empresa.

Diretoria geral

Gerência de Gerência de produtos Gerência de produtos


produtos têxteis farmacêuticos químicos

Exemplos de Departamentalização de produto:


1- Lojas de departamentos
2- A Ford Motor Company tem as suas divisões Ford, Mercury e Lincoln Continental.
3- Um hospital pode estar agrupado por serviços prestados, como cirurgia, obstetrícia,
assistência coronariana.

Vantagens: Algumas das vantagens da Departamentalização de produtos são:


 Pode-se dirigir atenção para linhas especificas de produtos ou serviços.
 A coordenação de funções ao nível da divisão de produto torna-se melhor.
 Pode-se atribuir melhor a responsabilidade quanto ao lucro.
 Facilita a coordenação de resultados.
 Propicia a alocação de capital especializado para cada grupo de produto.
 Propicia condições favoráveis para a inovação e criatividade.

Desvantagens:
 Exige mais pessoal e recursos de material, podendo daí resultar duplicação
desnecessária de recursos e equipamento.
 Pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de atividade nos vários
grupos de produtos.
 Pode criar uma situação em que os gerentes de produtos se tornam muito poderosos,
o que pode desestabilizar a estrutura da empresa.

Departamentalização por clientes: A Departamentalização de cliente consiste em


agrupar as atividades de tal modo que elas focalizem um determinado uso do produto ou
serviço. A Departamentalização de cliente é usada principalmente no grupamento de
atividade de vendas ou serviços.
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Diretoria
comercial

Departamento Departamento Departamento


feminino infantil masculino

Seção Seção Seção


perfumaria lingerie modas

As lojas de departamentos, por exemplo, podem ter uma seção para o grupo dos
catorze aos vinte anos, uma seção para gestantes ou uma seção de roupas masculinas
sociais, sem mencionar os departamentos para bebês e crianças. Em cada caso, o esforço
de vendas pode concentrar-se nos atributos e necessidades especificas do cliente.
As principais vantagens desse tipo de departamentalização são:
 Proporcionar para a empresa, situação favorável para tirar proveito das condições de
grupos de clientes bem definidos; e
 Assegurar reconhecimento e atendimento contínuo e rápido aos diferentes tipos e
classes de clientes.
As principais desvantagens são:
 Podem existir dificuldades de coordenação entre esse tipo de departamentalização e
outros tipos, devido aos gerentes dos departamentos por clientes exigirem, em boa
parte das vezes, um tratamento especial; e
 Provocar a utilização inadequada de recursos humanos e de equipamentos, em
termos de grupos de clientes.

Departamentalização por processos: É o agrupamento de atividades que se


centralizam nos processos de produção ou equipamento. É encontrada com mais frequência
em produção. As atividades de uma fábrica podem ser grupadas em perfuração,
esmerilamento, soldagem, montagem e acabamento, cada qual em seu departamento.

Seção Seção Seção Seção pré-


preparação corte estamparia montagem

Você perceberá uma modificação deste agrupamento organizacional quando


comprar um hambúrguer em um restaurante de serviço rápido. Note que algumas pessoas
estão assando a carne, outras estão fritando as batatas, e outras preparando a bebida.
Usualmente há um anotador de pedidos que também recebe o pagamento e compõe o
pedido.

Principais vantagens:
 Maior especialização de recursos alocados.
 Possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas.
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Principais desvantagens:
 Possibilidade de perda da visão global do andamento do processo.
 Flexibilidade restrita para ajustes no processo.

Atualmente, a administração de processos está consolidando esse tipo de


departamentalização em âmbito global da empresa, e não apenas nos processos industriais
dos níveis hierárquicos mais baixos da empresa.

Departamentalização por projeto: Aqui as pessoas recebem atribuições


temporárias, uma vez que o projeto tem data de inicio e término. Terminado o projeto as
pessoas são deslocadas para outras atividades. Por exemplo: uma firma contábil poderia
designar um sócio (como administrador de projeto), um contador sênior, e três contadores
juniores para uma auditoria que está sendo feita para um cliente.
Uma empresa manufatureira, um especialista em produção, um engenheiro mecânico
e um químico poderiam ser indicados para, sob a chefia de um administrador de projeto,
completar o projeto de controle de poluição.
Em cada um destes casos, o administrador de projeto seria designado para chefiar a
equipe, com plena autoridade sobre seus membros para a atividade específica do projeto.
Diretoria

Administração e Comercial Projetos


finanças

Projeto Projeto Projeto


A B C

As principais vantagens desse tipo de departamentalização são:


 Permite alto grau de responsabilidade da equipe de execução do projeto;
 Tem alto grau de versatilidade e adaptabilidade, aceitando novas idéias e técnicas
durante o desenvolvimento dos trabalhos; e
 Permite melhor cumprimento de prazos e de orçamentos.
Principais desvantagens:
 Foco na parte técnica em detrimento da parte administrativa, gerando situações de
recursos ociosos ou mal empregados; e
 Deficiência no sistema de comunicação, pois cada equipe dedica-se a seu próprio
projeto.

Condições para utilização, que maximizam as vantagens da estrutura por projetos:


 Existência de projetos multidisciplinares, em que há necessidade de interação
frequente entre as especialidades técnicas;
 Projeto de longa duração, com grande equipe em tempo integral, mas com pouca
oscilação no nível de utilização; e
 Gerentes e equipe técnica de projetos altamente capacitados, tanto técnica como
administrativamente.

Departamentalização matricial: a departamentalização de matriz é semelhante à de


projeto, com uma exceção principal. No caso da Departamentalização de matriz, o
administrador de projeto não tem autoridade de linha sobre os membros da equipe. Em lugar
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disso, a organização do administrador de projeto é sobreposta aos vários departamentos
funcionais, dando a impressão de uma matriz.
A organização de matriz proporciona uma hierarquia que responde rapidamente às
mudanças em tecnologia. Por isso, é tipicamente encontrada em organização de orientação
técnica, como a Boeing, General Dynamics, NASA e GE onde os cientistas, engenheiros, ou
especialistas técnicos trabalham em projetos ou programas sofisticados. Também é usada
por empresas com projetos de construção complexos

Diretoria

Coordenação de Mecânica Eletricidade Eletrônica


projetos

Projeto A Recursos . Programação e . Programação e


humanos, controle da controle da
tecnológicos, produção produção
materiais e . Suprimentos . Suprimentos
Projeto B . Produção . Produção
equipamentos.
. Almoxarifado . Almoxarifado

Projeto C

Do ponto de vista evolutivo, a departamentalização matricial surgiu porque as formas


tradicionais de organizar as empresas não eram eficazes para lidar com atividades
complexas, envolvendo várias áreas do conhecimento científico e com prazos determinados
para sua realização.

As principais vantagens da estrutura matricial são:


 Possibilidade de maior aprimoramento técnico de sua equipe de trabalho;
 Coordenação da equipe de forma mais adequada e coerente;
 Maior especialização nas atividades desenvolvidas; maior cumprimento dos prazos e
orçamento; e
 Melhor atendimento ao cliente do projeto.
As principais desvantagens são:
 Dupla subordinação, gerando um clima de ambigüidade de papéis e relações; e
 Conflitos de interesses e de disputa de poder entre os chefes funcionais e os chefes
de projetos.

Departamentalização Mista: é o tipo mais frequente, cada parte da empresa deve ter a
estrutura que mais se adapte à sua realidade organizacional.
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Estabelecimento da melhor departamentalização


Princípio apresentados por Koontz e O`Donnell (1973:49), a saber:
 Princípio de maior uso, que estabelece que o departamento que mais uso fizer de
uma atividade deve tê-la sob sua responsabilidade e autoridade;
 Princípio de maior interesse, para o qual o departamento que mais interesse tenha
por uma atividade deve supervisioná-la;
 Princípio da separação do controle, que estabelece que as atividades de controle
devem ser autônomas, independentes e separadas das atividades que estão sendo
controladas; e
 Princípio da supressão de concorrência, que estabelece a necessidade de eliminar a
concorrência entre departamentos, agrupando atividades correlatas em um único
departamento.
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Disciplina: ORGANIZAÇÃO & MÉTODOS
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CONTEÚDO 04 - ARRANJO FÍSICO OU LAYOUT

O estudo de arranjo físico se preocupa com a disposição física dos produtos de


transformação e justificam o porquê que as decisões de como organizar a produção
possuem impactos direto nos custos de uma operação produtiva.
Para ter um arranjo físico que atende as
necessidades da organização é preciso fazer um
bom planejamento, tomar decisões sobre a forma
de como serão dispostos os centros de trabalho
na instalação. Quanto mais eficiente for um
processo melhor são seus resultados, portanto a
preocupação que deve ser levada em
consideração para implantação de um arranjo
físico é tornar mais fácil e suave o movimento de
pessoas e materiais no trabalho.
O arranjo físico afeta diretamente a
capacidade da instalação e a produtividade das
operações, por isso deve ser estudado e
implantado de acordo com a necessidade da
empresa.

Dentro do quadro geral de uma empresa, um papel importante está reservado ao


arranjo físico (layout). Fazer o arranjo físico de uma área qualquer é planejar e integrar os
caminhos dos componentes de um produto ou serviço, a fim de obter o relacionamento mais
eficiente e econômico entre o pessoal, equipamentos e materiais que se movimentam. Dito
de uma forma simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações,
máquinas, equipamentos e pessoal da produção. O arranjo físico procura uma combinação
ótima das instalações industriais e de tudo que concorre para a produção, dentro de um
espaço disponível. Visa harmonizar e integrar equipamento, mão de obra, material, áreas de
movimentação, estocagem, administração, mão de obra indireta, enfim todos os itens que
possibilitam uma atividade industrial.
Ao se elaborar, portanto, o arranjo físico deve-se procurar a disposição que melhor
conjugue os equipamentos com os homens e com as fazes do processo ou serviços, de
forma a permitir o máximo rendimento dos fatores de produção, através da menor distância
e no menor tempo possível.
O planejamento de um arranjo físico é recomendável a qualquer empresa, grande ou
pequena. Com um bom arranjo físico obtêm-se resultados surpreendentes na redução de
custos de operação e no aumento da produtividade e eficiência. Na implantação de uma
nova empresa, esse planejamento é imprescindível. Naquelas já montadas, uma mudança
no processo de produção ou fluxo do serviço introdução de novos produtos ou serviços, a
necessidade de redução de custos, a expansão de uma seção, etc. necessitam de uma
modificação no arranjo.

COMO SURGE O PROBLEMA DO ARRANJO FÍSICO


O problema do arranjo físico é essencialmente dinâmico. Basicamente, o arranjo
físico busca integrar material, mão de obra e equipamento. A modificação de qualquer um
deles pode tornar inadequado o arranjo físico existente. Dessa forma, é importante que o
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setor responsável pelo arranjo físico possua um sistema de informação adequado que
forneça com a devida antecedência as alterações a serem verificadas. Devem ser
questionados os seguintes itens para verificar se um layout necessita ou não de alterações
são:
Obsolescência das Instalações
- Novos produtos ou novos serviços estão sendo projetados?
- Estes produtos exigirão modificações no método de trabalho, fluxo de materiais ou
equipamentos empregados?
- Haverá utilização de novas áreas de estocagem?
Redução dos Custos de Produção
- Haverá corte de pessoal e/ou paradas de equipamentos e diminuição de movimentação de
materiais?
Variação na Demanda
- A produção atual satisfaz as estimativas de vendas?
- Os equipamentos de transporte e manuseio serão suficientes?
Ambiente De Trabalho Inadequado
- As condições de iluminação, ventilação e temperatura são satisfatórias?
- Pode o ruído ser isolado?
- Os locais para lavatórios são adequados?
Condições Inseguras
- Existe excesso de material ao lado da máquina?
- A área é adequada para o posto de trabalho?
- Existência de área que comporta apenas um equipamento, onde na realidade há dois?
- Os materiais inflamáveis estão colocados em área Segura?
- Existem muitos acidentes de trabalho?
- Há espaço para tráfego e operação de máquinas?
- O tipo de piso é adequado para a atividade?
- A faixa demarcatória protege o trabalhador dos meios utilizados para o manuseio de
materiais?
Manuseio Excessivo
- Os materiais percorrem grandes distâncias?

OBJETIVOS DO ARRANJO FÍSICO

Melhorar a utilização do espaço disponível:


- Menor quantidade de material em processo;
- Distâncias minimizadas de movimentação de materiais, serviços e pessoas;
- Disposição racional das seções.
Aumentar a moral e a satisfação do trabalho:
- Ordem no ambiente e limpeza;
- Sanitários.
Incrementar a produção:
- fluxo mais racional.
Redução de manuseio:
- Utilização da movimentação no processo produtivo.
Redução do tempo de manufatura:
- Reduzindo demoras e distâncias.
Redução dos custos indiretos:
- Menos congestionamento e confusão;
- Menos manuseio (menor perda e danos de materiais, etc.)

PRINCÍPIOS DO ARRANJO FÍSICO


Para se conseguir os seus objetivos, o arranjo físico se utiliza dos seguintes princípios
gerais, que devem ser obedecidos por todos os estudos.
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Integração - Os diversos elementos (fatores diretos e indiretos ligados a produção)
devem estar integrados, pois a falha em qualquer um deles resultará numa
ineficiência global. Todos os pequenos pormenores da empresa devem ser
estudados, colocados em posições determinadas e dimensionados de forma
adequada; como por exemplo, a posição dos bebedouros, saídas do pessoal, etc.
Mínima Distância - O transporte nada acrescenta ao produto ou serviço. Deve-se
procurar uma maneira de reduzir ao mínimo as distâncias entre as operações para
evitar esforços inúteis, confusões e custos.
Obediência Ao Fluxo Das Operações - As disposições das áreas e locais de
trabalho devem obedecer as exigências das operações de maneira que homens,
materiais e equipamentos se movem em fluxo contínuo, organizado e de acordo com
a sequência lógica do processo de manufatura ou serviço. Devem ser evitados
cruzamentos e retornos que causam interferência e congestionamentos. Eliminar
obstáculos a fim de garantir melhores fluxos de materiais e sequência de trabalho
dentro da empresa, reduzindo materiais sem processo mantendo-os contínuo
movimento.
Racionalização De Espaço - Utilizar da melhor maneira o espaço e se possível as 3
dimensões.
Satisfação E Segurança- A satisfação e a segurança do homem são muito
importantes. Um melhor aspecto das áreas de trabalho promove tanto a elevação da
moram do trabalhador quanto a redução de riscos de acidentes.
Flexibilidade - Este é um princípio que, notadamente na atual condição de avanço
tecnológico, deve ser atentamente considerado pelo projetista de layout. São
frequentes e rápidas as necessidades de mudança do projeto do produto, mudanças
de métodos e sistemas de trabalho. A falta de atenção a essas alterações pode levar
uma empresa ao obsoletismo. No projeto do layout deve-se considerar que as
condições vão mudar e que o mesmo deve ser fácil de mudar e de se adaptar as
novas condições.

A CHAVE DOS PROBLEMAS DE ARRANJO FÍSICO

OS problemas de arranjo físico


geralmente recaem em dois elementos básico
que são: produto e quantidade.
Produto (ou material ou serviço) - entende-se
por produto o que é produzido ou feito pela
empresa ou área em questão, a matéria prima
ou peças compradas, peças montadas,
mercadorias acabadas e/ou serviços prestados
ou processados.
Quantidade (ou volume): representa o quanto
de cada item deve ser feito ou serviços
executados.
Esses elementos, direta ou indiretamente, são responsáveis por todas as características,
fatores e condições do planejamento. É importante, portanto, coletar os fatos, estimativas e
informações sobre esses dois elementos. Eles representam a chave da resolução dos
problemas de arranjo físico. Em função da variedades dos produtos e da quantidade, define-
se qual tipo de processo que será adotado : processo contínuo, processo em lotes, processo
por projeto, etc.
De posse das informações, devemos obter informações sobre o roteiro (ou processo)
segundo o qual o produto será fabricado ou a serviço será executado.
Os equipamentos e os postos de trabalho a serem utilizados dependem das
operações de transformação. Também a movimentação de materiais através das áreas
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depende do roteiro ou sequência de operações. Logo as operações envolvidas no roteiro
ou processo e sua sequência são informações que devem ser obtidas.
Tipos de Arranjo Físico
Depois que o tipo de processo foi selecionado, o tipo básico de arranjo físico deve ser
definido. O tipo de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da
operação e é em grande parte determinado pelo tipo de produto, tipo de processo de
produção e volume de produção. Existem quatro tipos básicos de arranjo físico dos quais a
maioria dos arranjos se derivam

ARRANJO POSICIONAL OU POR POSIÇÃO FIXA (Project Shop)

Neste tipo de layout, o material permanece parado enquanto que o homem e o


equipamento se movimentam ao redor. Atualmente, sua aplicação se restringe
principalmente a caso onde o material, ou o componente principal, é difícil de ser
movimentado, sendo mais fácil transportar equipamentos, homens e componentes até o
material imobilizado. É o caso típico de montagem de grandes máquinas, montagens de
navios, de prédios, barragens, grandes aeronaves, etc.
O número de itens finais normalmente não é muito grande, mas o tamanho do lote
dos componentes para o item final pode variar de pequeno a muito grande.

Arranjo físico de posição fixa: Sistema de produção em projetos, a imobilidade deriva


de fatores como peso, formato e tamanho. Baixa produção, trabalhar apenas uma unidade
do produto, baixo grau de padronização, dificilmente um produto será rigorosamente igual ao
outro. Exemplo: produção de edifícios, navios, ferrovias e aviões. Os serviços exigem um
grau de habilidades elevado das pessoas envolvidas, e os esforços de coordenação são
proporcionalmente consideráveis.
Características:
- Produto fabricado com grandes dimensões,
- Poucas unidades fabricadas,
- Produto fica fixo e os recursos produtivos dirigem-se a ele,
- Utilização de equipamentos de alta flexibilidade.
Vantagens do arranjo físico posicional ou de posição fixa :
- Transporte de unidades montadas é reduzido,
- A responsabilidade pela qualidade recai sobre um indivíduo ou grupo,
- Possibilidade de fazer mudanças nos produtos, projetos ou na sequência das
operações,
- Arranjo adaptado a variedade de produtos e a demanda intermitente.
Desvantagens:
- Baixa produção,
- Esforço grande de coordenação das atividades e pessoal envolvidos.
Ex. Construção Civil, Construção Naval
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ARRANJO LINEAR OU POR PRODUTO (flow shop)

No arranjo físico por produto o sistema de produção é contínuo. As maquinas ou


posições de trabalho são posicionadas de acordo com a sequência de montagem do
produto. Podemos citar como exemplo, as linhas de montagem e indústria de processo.
Esse modelo de arranjo físico é usado quando se requer uma sequência linear de operações
para fabricar um produto ou prestar um serviço.
Cada centro de trabalho se torna responsável por uma parte especializada do produto
ou serviço. É adequado a produtos com pouca ou nenhuma diversificação, alto grau de
padronização, e produzidos em grandes quantidades. O fluxo de materiais é previsível,
manuseio e transportes de materiais podem ter possibilidade de ser automáticos e ocorrem
com frequência. Os investimentos são altos devido a equipamentos altamente
especializados e projetados para altos volumes. Altos custos fixos e baixos custos unitários
com mão-de-obra e materiais.
Os produtos são de baixo custo unitário devido ao grande volume de produção,
manuseio simplificado de materiais, baixo custo de treinamentos, baixa quantidade de
estoques de produtos em processamento. É visto como desvantagem o trabalho altamente
repetitivos afetando a moral e a motivação dos funcionários, falha em uma parte do sistema
pode afetar profundamente as demais.
O layout em linha tem uma disposição fixa orientada para o produto. Os postos de
trabalho (máquinas, bancadas) são colocados na mesma sequência de operações que o
produto sofrerá. É comum existir uma máquina de cada tipo, exceto quando são necessárias
máquinas em duplicata para balancear a linha de produção. Quando o volume se torna
muito grande, especialmente na linha de montagem, ele é chamado de produção em massa.
Esta é a solução ideal quando se tem apenas um produto ou produtos similares,
fabricados em grande quantidade e o processo é relativamente simples. O tempo que o item
gasta em cada estação ou lugar fixado é balanceado. As linhas são ajustadas para operar
na velocidade mais rápida possível, independentemente das necessidades do sistema. O
sistema não é flexível.

Características:
- Produto fabricado em grandes quantidades e semelhantes entre si
- Equipamentos dedicados, dispostos de acordo com sequência de operações,
- Utilizado em sistema de produção contínuo,
- Programação e controle da produção mais simplificado,
- Exige balanceamento da linha de produção.
Vantagens do arranjo físico linear ou por produto :
- Baixo custo unitário do produto,
- Manuseio simplificado de materiais,
- Baixos custos de treinamento da mão-de-obra,
17
- Alta produtividade,
- Baixa quantidade de estoque de produtos em processamento.
Desvantagens:
- Trabalho repetitivo,
- Falta de flexibilidade,
- Máquinas e operários especializados nem sempre são aproveitados em outras
tarefas,
- Quebra eventual de máquina, afeta todo o sistema.
Ex. Linha de Montagem de Automóveis

ARRANJO FUNCIONAL OU POR PROCESSO (job shop)


No layout funcional, máquinas-ferramentas são agrupadas funcionalmente de acordo
com o tipo geral de processo de manufatura: tornos em um departamento, furadeiras em
outro, injetoras de plástico em outro e assim por diante. Ou seja, o material se movimenta
através das áreas ou departamentos. Este tipo de arranjo é adotado geralmente quando há
variedade nos produtos e pequena demanda. É o caso de fabricação de tecidos e roupas,
trabalho de tipografia, oficinas de manutenção.
Em virtude dos layouts funcionais precisarem realizar uma grande variedade de
processos de manufatura, são necessários equipamentos de fabricação de uso genérico.
Trabalhadores devem ter nível técnico relativamente alto para realizar várias tarefas
diferentes.
A vantagem desse tipo de layout é a sua capacidade de fazer uma variedade de produtos.
Cada peça diferente que requer sua própria sequência de operações pode ser direcionada
através dos respectivos departamentos na ordem apropriada. Os roteiros operacionais são
usados para controlar o movimentos de materiais. Empilhadeiras e carrinhos manuais são
utilizados para transportar materiais de uma máquina para outra.
Arranjo físico por processo: Sistema de produção de fluxo intermitente (como
produção por lote ou encomendas), os centros de trabalhos são agrupados de acordo com a
função que desempenham. As pessoas movem de um lado para o outro de acordo com a
necessidade, as máquinas de uma mesma função são agrupadas em departamentos
funcionais, e o produto caminha até a máquina adequada para a próxima operação.
O mesmo grupo de máquinas serve para produtos diferenciados, flexibilidades nos
sistemas e mudanças no projeto de produto. As taxas de produção são relativamente baixas
se comparado com arranjo físico por produto, os equipamentos adaptam-se a produtos de
características diferentes e os custos fixos são baixos. O sistema permite incentivo de
produções individuais. Como desvantagens podem destacar: os estoques de matérias em
processos tendem a ser elevados e broquear a eficiência do sistema, a programação e o
controle de produção tornam-se complexos, manuseio de materiais tendem a ser
ineficientes, custos unitários maiores.
18

Características:
- As máquinas ficam fixas e o produto se movimenta,
- Os produtos e os roteiros de produção são variáveis,
- Utilizado em sistemas de produção intermitente,
- As máquinas e equipamentos são agrupados por função.
Vantagens:
- Flexibilidade do sistema em adaptar-se a produtos ou serviços variados,
- Falhas localizadas no sistema, não afetam todo o sistema, as operações gozam de
certa independência,
- Permite a implantação de sistemas de incentivo individual e por desempenho,
- É adaptado a demanda intermitente.
Desvantagens:
- Estoque de material em processo tendem a ser elevados,
- Programação e o controle da produção torna-se complexa,
- Manuseio de materiais tende a ser ineficiente,
- Obtenção de volumes relativamente modestos de produção.
Ex. Marcenaria, Confecções.

ARRANJO CELULAR OU DE GRUPO

Ele é composto de células de produção e montagem interligadas por um sistema de


controle de material de “puxar”. Nas células, operações e processo são agrupados de
acordo com a seqüência de produção que é necessária para fazer um grupo de produtos. As
máquinas na célula são todas, normalmente de ciclo único e automático, sendo que elas
podem completar o seu ciclo desligando automaticamente.
A célula normalmente inclui todos os processo necessários para uma peça ou sub
montagem completa. Os pontos chaves desse tipo de arranjo são:
- máquinas são dispostas na sequência do processo;
- uma peça de cada vez é feita dentro da célula;
- os trabalhadores são treinados para lidar com mais de processo (operadores
polivalentes);
- o tempo do ciclo para o sistema dita a taxa de produção para a célula;
- os operadores trabalham de pé e caminhando
19

Esta disposição de máquinas tem as seguintes vantagens potencialmente


comparando-se principalmente com o arranjo físico funcional:
- redução do tempo de ajuste de máquina na mudança de lotes dentro da família,
tornando-se economicamente a produção de pequenos lotes. Tenta-se usar o mesmo
dispositivo para todas as peças da família;
- eliminação do transporte e de filas ao pé da máquina, reduzindo- se então estoques de
segurança e intermediários;
- maior facilidade no Planejamento e Controle da Produção, na medida em que o
problema de alocação de ordens de produção das máquinas é extremamente minimizado;
- redução de defeitos, na medida em que num arranjo celular um trabalhador pode passar
a peça diretamente a outro, e se houver defeito o próprio trabalhador devolverá a peça ao
companheiro;
- redução de espaço.

Características:
- Lotes de tamanho médio, produtos e roteiros variados,
- Agrupamento das máquinas e equipamentos geralmente em forma de “U”,
- Utilização de operários polivalentes,
- Ajusta-se ao Just-In-Time.
Vantagens:
- Mutabilidade das células,
- Permite controle da produção mais simples e eficaz,
- As células permitem visualização clara dos processos de produção, facilitando o
controle e supervisão,
- As máquinas podem ser dispostas de modo a permitir aos operadores controlar várias
delas ao mesmo tempo,
- Os operários são treinados para executarem várias tarefas.
20
FATORES A SEREM ESTUDADOS NA ELABORAÇÃO DO ARRANJO FÍSICO
Ao se elaborar um arranjo físico, os principais fatores a serem estudados são:
material, máquinas, mão-de-obra, movimentação, armazenamento, edifícios, mudanças e
serviços auxiliares.

Material
São considerados todos os materiais que são processados e manipulados no setor :
matéria prima, material em processo, produto final, embalagem, etc. Estudam-se dimensões,
pesos, quantidade, características físicas, químicas. O processo de produção deve ser
detalhado : tipos, sequência e tempos padrões das operações.
Deve-se procurar:
- que o fluxo do material seja de acordo com o processo;
- diminuir o manuseio dos produtos (menos riscos de acidentes);
- diminuir o percurso dos produtos e mão de obra.

Máquinas
Levam-se em conta todos os equipamentos utilizados na produção , na manutenção,
em medidas e controle e no transporte. Listam-se informações sobre:
- identificação do equipamento (nome, tipo, acessórios);
- dimensões e peso;
- áreas necessárias para operação e manutenção;
- operadores necessários;
- suprimento de energia elétrica, gás, água, ar comprimido, vapor, etc.;
- periculosidade, ruído, calor, etc.;
- possibilidade de desmontagem das máquinas;
- ocupação prevista para a máquina;
- características operacionais: tipos de operação e velocidade.
Deverão ser estudados:
- dimensionamento da área necessária (visando diminuir acidentes, facilitar operação
no posto de trabalho e movimentação do operador, segurança do operador);
- posicionamento do equipamento em função do processo, tipo de equipamento
(ruído, periculosidade).

Mão de Obra
Inclui todo o pessoal direto e indireto da fábrica, observando-se as áreas necessárias
para o desenvolvimento do trabalho de cada elemento.
Deve-se:
- obter todas as informações sobre as condições de trabalho (iluminação, barulho,
vibração, limpeza segurança, ventilação) e do pessoal necessário (qualificação, quantidade
e sexo).
- dimensionar o banheiro, vestuário, serviços auxiliares (restaurantes e/ou
refeitório ), bebedouros em função do número de pessoas; posicionar o banheiro, vestuário,
etc. em função do fluxo das pessoas;

Movimentação
Este é um dos principais fatores na elaboração do arranjo físico.
Deverão ser analisados:
- percurso seguido pelo material, máquinas e pessoal com as especificações das
distâncias;
- tipos de transportes usados;
- manuseio (frequência, razão, esforço físico necessário, tempo utilizado);
- espaço existente para a movimentação.
- dimensionamento da largura do corredor em função dos equipamentos, meio de transporte,
etc.;
21
- segurança dos funcionários e visitantes;
- acesso aos meios de combate de incêndio, meios auxiliares, etc.

Armazenamento
Considera-se o armazenamento de todos os materiais, inclusive aqueles em processo
(esperas intermediárias existentes antes de uma dada operação), nos seguintes aspectos :
localização, dimensões, métodos de armazenagem, tempo de espera, cuidados especiais.
Deverão ser estudados:
- dimensionamento em função do material (em processo e final);
- dimensionamento dos corredores do depósito;
- diminuição da estocagem em processo;
- dimensionamento dos corredores do depósito;
- distância das prateleiras com paredes, etc.

Serviços Auxiliares
Inclui os espaços destinados à manutenção, controles e inspeção, escritório (sala de espera,
treinamento, conferências), laboratórios, equipamentos e linhas auxiliares (ar, vapor, gás),
facilidades ( restaurantes, vestiários, lavatórios, relógio ponto, estacionamento).

Mudanças
Inclui todas as modificações que afetam as condições existentes (material, máquinas,
homens, manuseio, estoques, serviços e edifícios.)

Edifício
Estudam-se: área, compartimentos, estruturas, tetos, acessos, rampas, escadas, elevadores
e outras características do edifício.

FATORES ECOLÓGICOS

Dos fatores ecológicos ou de ambientação destacam-se a iluminação, o nível de


ruído, as cores, a ventilação e a temperatura, entre outros.

Iluminação: experiências já comprovaram que a produtividade aumenta a medida que


melhora as condições de iluminação do local de trabalho. A qualidade de produtos esta de
igual forma relacionada com a intensidade da luz. Uma das boas características da
iluminação é não provocar ofuscamento, o que se obtém eliminando superfícies polidas,
brilhosas, espelhadas ou vitrificadas.

Ruído: a presença de ruídos é um dos fatores que mais perturbam o bom andamento dos
trabalhos, afetando a concentração e, por conseguinte, a produtividade. Os ruídos podem ter
origem externa, em decorrência do transito ou de outros barulhos, como também interna,
proveniente de maquinas em funcionamento, de campainhas e sirenes, ou de movimentação
de pessoas. Algumas medidas para amenizar os ruídos poderiam ser a substituição de
campainhas por sinais óticos, colocação de fechadores automático nas portas, borrachas
nos pés das cadeiras, etc.
Quanto ao som ambiente, percebe-se muitas variações na concentração e bem estar,
num primeiro momento as empresas especializadas apresentam as mais diversas teorias
sobre o beneficio do som ambiente, mas a interferência da musica sobre o trabalhador oscila
de acordo com o seu próprio gosto musical e representa-se em irritação ou relaxamento,
mostrando que o som ambiente é totalmente desaconselhável para os ambientes de
trabalho que exijam um grau mínimo de concentração.

Cores: é inquestionável o efeito psicológico que as cores dos móveis e cômodos causam às
pessoas. Além disso, elas auxiliam na criação de efeitos de ilusão de ótica que, as vezes,
22
são necessários, em decorrência de alguma disfunção estrutural do local. Ha livros e
estudos específicos que podem ser encontrados nesta área. Todos são unanimes em
aconselhar, como as mais ideias para escritórios, as cores frias, como branco, creme,
tonalidades claras de azul, verde e cinza.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT padronizou normas de cores
para o uso nos postos de trabalho:
Vermelho – usada para distinguir e indicar perigo (caixa de alarme, extintores, etc.)
Alaranjado – Identifica partes moveis e perigos de maquinas e equipamentos.
Amarelo – é a cor usada no sentido de perigo para indicar cuidado (partes baixas de
escadas portáteis, corrimão)
Verde – caracteriza segurança, identificando caixas de equipamento de socorro de urgência,
boletins, avisos de seguranças, etc.
Azul – indica cuidado, exemplificando elevadores, tornos, caldeiras, tanques, etc.
Branco – empregado para assinalar passadiços e corredores de circulação por meio de
faixas, etc.
Preto – identifica coletores de resíduos. Usado também para substituir o branco quando as
condições locais exigirem.

Ventilação e Temperatura: a ventilação é sem duvida, outro importante fator ligado a


produtividade humana. A ventilação adequada pode ser obtida de duas formas, a ventilação
natural e ventilação artificial. A ventilação natural é obtida pela instalação de janelas e
aberturas que possibilitem a circulação de ar. As vezes não há possibilidade de ventilação
natural, uma circulação de ar é insuficiente para proporcionar uma sensação agradável.
Pode haver inconvenientes, como poeira, ruídos externos e frequentes períodos de chuvas
que venham a desaconselhar à ventilação natural. Já a ventilação artificial é obtida por
meios mecânicos, como ventiladores, circuladores de ar, ar condicionados e centrais de ar.
Com relação à temperatura, sabemos que tanto o homem como as maquinas são
sensíveis ao seu efeito. Nogueira de Faria aconselha que para um bom rendimento humano,
a temperatura no local de trabalho esteja entre 16 e 20 Cº para trabalho muito ativos e 20 a
22 Cº para trabalhos de escritórios.

SENSAÇÃO DAS CORES


Lembrando que é sempre possível escolher uma tonalidade que mais se aplica a uma
determinada necessidade, mesmo pertencendo a um grupo de cores a princípio não
considerado ideal, Paulo Felix citou as características básicas de algumas cores, que podem
ser importantes para os profissionais que se utilizam delas como seu instrumento de
trabalho.
Os azuis - As tonalidades azuis simbolicamente associadas à imensidão do céu, às
águas claras e à espiritualidade, provocam sensações refrescantes. São tons que permitem
o relaxamento, alívio de tensões e a calma, mas as nuances devem ser cuidadosamente
estudadas e dosadas, pois os excessos podem causar introversão e denotar tentativa de
super controle dos sentimentos e da excitação.
Os amarelos - As tonalidades amarelas simbolicamente associadas à luz, ao sol, à
consciência e à alegria de viver, transmitem a sensação de ambientes secos, o que pode
ajudar a resolver problemas com a umidade nos ambientes. Também estão ligadas à ideia
de nobreza; no oriente é a cor mais importante depois do vermelho; pela associação com a
cor do ouro. Entretanto, o excesso de amarelo pode ter efeito catastrófico, pois podem
denotar tendências excessivamente extrovertidas, que podem remeter a algo brega, de mau
gosto. Aplicado apropriadamente pode indicar aspirações e ambições bem desenvolvidas.
Os laranjas - As tonalidades laranjas pertencem a um grupo intermediário entre os
amarelos e os vermelhos. Estão ligados à ideia de vitalidade, alegria e energia.
Os vermelhos - O aspecto simbólico do vermelho está relacionado à força da vida,
ao coração, ao erotismo, à nobreza, mas também, se usado em excesso, à instabilidade
emocional e à agressividade assim como estímulo ao apetite.
23
Os verdes - As tonalidades de verde estão ligadas ao sentido de esperança, de
vida e de sorte. O verde, por outro plano, é uma das cores mais perigosas de se trabalhar,
diz Paulo Felix, uma vez que seu uso excessivo pode denotar tentativa de super controle
das emoções e provocar sensações de repugnância e aversão. O psicólogo observa que
todos nós buscamos estar próximo de pessoas e ambientes saudáveis. Por exemplo, as
mulheres utilizam cosméticos para destacar a tonalidade rosada na pele, associada com
saúde. A luz e a cor verde podem influenciar na percepção da cor da pele, e transmitir uma
ideia de fobia, o que pode não facilitar uma proximidade entre as pessoas.
Os neutros - As tonalidades neutras, assim consideradas as cores pastéis, são muito
usadas por quem não quer errar, pois podem ir bem a qualquer ambiente, mas podem
transmitir uma ideia de insegurança, de alguém que não quis ousar.
Abaixo, pode-se observar os principais graus de reflexão em percentual do fluxo
luminoso incidente nas cores, segundo Grandjean (1998, p.311)

Cor e materiais Reflexão em %


Branco................................................................................................................................................100
Alumínio, papel branco.................................................................................................................80 - 85
Marfim, amarelo limão forte........................................................................................................100 - 75
Amarelo forte, ocre claro, verde claro, azul pastel, rosa claro,“tons cremes”...............................60 - 65
Verde limão, cinza claro, rosa, laranja forte, cinza azulado..........................................................50 - 55
Caliça, madeira clara, azul celeste................................................................................................40 - 45
Madeira de carvalho clara, concreto seco.....................................................................................30 - 35
Vermelho forte, verde grama, madeira, verde oliva, marrom........................................................20 - 25
Azul escuro, vermelho púrpura, castanho, cinza ardósia, marrom escuro....................................10 - 15
Preto........................................................................................................................................................0

São recomendados os seguintes graus de reflexão, para um bom conforto visual Teto 80 a
90%
Paredes 40 a 60%
Móveis 25 a 45%
Máquinas e aparelhos 30 a 50%
Pisos 20 a 40%
24
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA LTDA
FACULDADE DE ITAITUBA – FAI
Disciplina: ORGANIZAÇÃO & MÉTODOS
Docente: ANA PAULA MAFFEZZOLLI, Esp.
Discente:_________________________________________

CONTEÚDO 05 - ANÁLISE SWOT

Os ambientes que circundam a empresa devem


sempre ser estudados por seus gestores, principalmente
quem está começando a empreender. Isto é necessário
porque, geralmente, tudo é novo para o empreendedor.
E ter uma forma de analisar o ambiente em que está
inserindo o seu negócio é uma arma fundamental para
ampliar o ciclo de vida da empresa.
Uma das ferramentas que possibilita esta analise
é a Análise Swot (anagrama para os termos Strenghts,
Weaknesses, Opportunities e Threats. Em português:
Forças, Fraquezas, Oportunidades e
Ameaças). Desenvolvida na escola de negócios de
Harvard na década de 1970, passou desde então a ser
obrigatória dentro das cadeiras de ensino das escolas de
negócios.
A Análise Swot funciona montando inicialmente um inventário de todas as forças e
fraquezas internas da organização. Por exemplo, um atendimento de primeira é uma força
de sua empresa, uma vez que além de ser um ponto positivo, ela possibilita sua influência
direta, seja em treinamento ou metodologias. Posteriormente é feita uma averiguação das
ameaças e oportunidades que circundam sua empresa, no mercado e no ambiente global.
O principal objetivo da matriz SWOT é permitir um olhar objetivo das forças que
compõem o seu negócio, isto possibilita que você possa desenvolver e firmar bem sua
estratégia empresarial.

Agora vamos analisar cada uma das partes da Matriz SWOT:

Forças
A força descreve quais as competências mais fortes da sua empresa, aquelas que
estão sobre sua influência. Uma forma de encontrá-las é utilizando as seguintes perguntas:
 O que você faz bem?
 O que sua empresa tem de melhor está sob seu comando?
 Quais são os recursos que você tem?
 O que possui melhor que seus concorrentes?
 O que faz os clientes voltarem à sua empresa?
Com estas respostas você consegue desenvolver esta parte da análise, sempre
lembrando que quanto maior a vantagem competitiva que uma força lhe traz, mais
importante ela é dentro da análise.

Fraquezas
As fraquezas são as competências que estão sobre sua influência mas que, de
alguma forma, atrapalham e/ou não geram vantagem competitiva. Você pode encontrá-las
fazendo as seguintes perguntas:
 Meus funcionários são capacitados para suas funções?
 Onde eu deveria melhorar minha empresa?
 Por que meus clientes escolhem os concorrentes?
25
 Quais são as deficiências dos meus colaboradores?
 Por que os clientes não voltam depois de uma compra?
As fraquezas devem ser bem estudadas e mensuradas, pois muitas vezes é possível
revertê-las em forças. Uma pequena parte das causas costuma causar a maior parte dos
problemas.

Oportunidades
As oportunidades são as forças externas à empresa que influenciam positivamente
sua organização, mas que não temos controle sobre elas. As oportunidades muitas vezes
podem vir através de algum aspecto econômico novo, como o advento da classe média, o
aumento do número de filhos dos consumidores, a melhoria da renda e do crédito, entre
outros. Outro fator que pode influenciar o fomento de oportunidades são as ações políticas
do governo, como a escolha de investir em infraestrutura.

Ameaças
As ameaças são as forças externas que não sofrem sua influência e que pesam
negativamente para sua empresa. Elas podem ser consideradas como um desafio imposto à
empresa e que pode deteriorar sua capacidade de gerar riqueza. Devem ser
constantemente monitorada pelos gestores, pois, muitas vezes, podem apresentar um risco
muito maior que a capacidade de retorno.
Por exemplo, para uma empresa importadora, uma forte desvalorização da moeda
pode causar um aumento muito forte no custo de aquisição, em um cenário onde não é
possível repassar este valor ao mercado, deteriorando assim as margens da empresa. Por
isso, é importante que a empresa crie políticas que possam combater as ameaças. Como no
exemplo anterior, onde ela poderia ter feito uma proteção cambial (Hedge) para manter suas
margens em segurança.
26
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA LTDA
FACULDADE DE ITAITUBA – FAI
Disciplina: ORGANIZAÇÃO & MÉTODOS
Docente: ANA PAULA MAFFEZZOLLI, Esp.
Discente:_________________________________________

CONTEÚDO 06 - MANUAIS ADMINISTRATIVOS

CONCEITOS

Manuais Administrativos
Manual é todo e qualquer conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades,
políticas, objetivos, instruções e orientações que devem ser obedecidas e cumpridas pelos
funcionários, bem como a forma como estas serão executadas, quer seja individualmente ou
em conjunto.

Tipos de Manuais Administrativos


Manual de Políticas e Diretrizes
Manual de Organização
Manual de Normas e Procedimentos
Manual de Instruções Especializadas
Manual do Empregado

Principais Vantagens do uso de Manuais Administrativos


- importante e constante fonte de informação sobre os trabalhos na empresa;
- facilitam o processo de efetivar normas, procedimentos e funções administrativas;
- ajudam a fixar critérios e padrões, bem como uniformizam a terminologia técnica básica do
processo administrativo;
- possibilitam a adequação, coerência e continuidade, nas normas e nos procedimentos
pelas varias unidades organizacionais da empresa;
- evitam discussões e equívocos, muito frequentes nas empresas onde não se estabeleceu a
“versão” oficial da organização sobre os temas suscetíveis de pontos de vista conflitantes;
- possibilitam treinamento aos novos e antigos funcionários da empresa;
- representam um efetivo instrumento de consulta, orientação e treinamento na empresa;
- representam uma restrição para a improvisação inadequada que aparece na empresa nas
mais variadas formas; e
- representam um elemento importante de revisão e avaliação objetiva das práticas e dos
processos institucionalizados.

Principais Desvantagens do Uso dos Manuais Administrativos


- quando não são utilizados adequada e permanentemente, perdem rapidamente o seu
valor;
- são em geral pouco flexíveis;
- quando muito sintéticos, tornam-se pouco úteis e, por outro lado, quando muito detalhados
correm o risco de se tornarem obsoletos diante de qualquer mudança pequena.
- Constituem um ponto de partida, porém não a solução para todos os problemas
administrativos que possam ocorrer na empresa;
- Diminuem a incidência do julgamento pessoal, tornando-se, muitas vezes um freio para a
criatividade e iniciativa individual;

COMPOSIÇÃO DOS MANUAIS


As grandes empresas possuem, via de regra, diversos tipos de manuais, cada um com
seus objetivos e conteúdos específicos e distribuídos de acordo com o interesse da
27
empresa. Segundo o Manual de Organização do Management Center do Brasil, o manual,
seja qual for o seu campo de abrangência, deve ter a seguinte composição gráfica:
- um formato cômodo que facilite o seu manuseio e a sua guarda;
- os tomos devem ser separados por um colecionador com as folhas soltas o que facilita a
sua consulta e a substituição das folhas modificadas;
- inclusão de índice geral e guias de cartolina com os títulos dos assuntos, para facilitar a
sua localização;
- deve ser estudado criteriosamente o público a quem se destina, evitando-se o desperdício
na sua reprodução e distribuição.
Nas empresas denominadas de “pequeno porte”, sua aplicação não é tão necessária,
uma vez que as informações se processam mais diretamente em função de seu
dimensionamento estrutural organizativo e sem trazer problemas aos seus dirigentes.
Nessas empresas, as atividades afetas a cada funcionário não se restringem a determinada
função. Assim, pode tornar-se difícil e até mesmo desaconselhável para o andamento do
trabalho fixá-las através de um manual.

Requisitos a Serem Observados na Elaboração de Manuais Administrativos


- ter redação simples, concisa, eficiente, clara e ter sumário;
- ter instruções autenticas, necessárias e suficientes;
- ter adequada flexibilidade, e
- ter um processo contínuo de revisão, atualização e distribuição.

TIPOS DE MANUAIS ADMINISTRATIVOS

Manual de Organização
Tem por finalidade, enfatizar e caracterizar os aspectos formais das relações entre os
diferentes departamentos – ou unidades organizacionais – da empresa, bem como
estabelecer e definir os deveres e as responsabilidades correlacionados a cada uma das
unidades organizacionais da empresa.
Pode-se afirmar que toda empresa, independentemente de seu tamanho, deve ter um
manual de organização; salvo algumas microempresas que podem ter uma situação em que
a falta desse manual não venha afetar sua eficiência, eficácia e efetividade.

Conteúdo
Principais aspectos que devem fazer parte integrante do manual de organização são:
- estabelecimento dos objetivos gerais e dos objetivos setoriais da empresa;
- organograma geral e organogramas parciais, por grande área ou divisão da empresa;
- relação das funções principais a serem executadas pelas unidades organizacionais;
- relações de linha e assessoria;
- níveis hierárquicos e amplitude de controle;
- grau de autoridade que cada um recebe e pode delegar;
- aspectos de centralização e descentralização; e
- interação com o sistema de comunicações, informações e decisões.

Manual de Normas e Procedimentos


Têm como objetivo descrever as atividades que envolvem as diversas unidades
organizacionais da empresa, bem como detalhar como elas devem ser desenvolvidas.

Conteúdo
Normas: é a indicação de quem executa ou pode executar – pessoa ou unidade
organizacional – os diversos trabalhos do processo administrativo.
Procedimentos: é a indicação de como são executados os trabalhos dentro do processo
administrativo.
28
Formulários: é a indicação dos gráficos representativos dos diversos procedimentos
descritos.
Anexos: podem conter tabelas, figuras e reproduções.

Manual de Políticas e Diretrizes


Uma política ou diretriz pode ser definida como um parâmetro para a tomada de
decisão. Esse manual deve conter a descrição detalhada e completa das políticas que
devem ser seguidas pelos executivos e funcionários da empresa, no processo de tomada de
decisões que levam aos objetivos estabelecidos.

Conteúdo
O conteúdo básico são as políticas dos vários níveis e áreas da empresa, tais como:
- políticas de marketing;
- políticas de tecnologia;
- políticas de logística;
- políticas de recursos humanos;
- políticas de produção; e
- políticas de finanças.

Manual de Padrões
Determina quais são as especificações pré-determinadas e que dizem respeito aos
diferentes tipos padrões para as funções, tais como: compras, controle de qualidade,
planejamento de produtos etc.

Manual de Instruções Especializadas


Agrupa normas e instruções de aplicações específicas a determinado tipo de
atividade ou tarefa. A representação deste tipo de manual é recomendável quando o número
de funcionários que irão utilizá-lo é suficientemente grande para justificar sua preparação.

Conteúdo:
- objetivos básicos;
- informações sobre cargos/funções;
- relação das tarefas básicas;
- interação das tarefas básicas com as tarefas de outros cargos/funções da empresa; e
- instruções para execução e avaliação das tarefas.

Manual de Finalidade Múltipla


O manual de finalidade múltipla tem como objetivo, informar os empregados sobre os
mais variados aspectos da empresa e servir como base de treinamento e avaliação dos
planos organizacional e técnico da empresa.

Manual do Empregado
Mais utilizado nas médias e grandes empresas pelos seus níveis intermediários e
inferiores. Para maior motivação deve ter boa diagramação e redação.

Conteúdo:
- atividades da empresa;
- breve resumo histórico da empresa;
- objetivos gerais perseguidos pela alta administração;
- explicação do sistema de autoridades;
- regime de incentivos;
- direitos e obrigações do empregado, de forma geral;
- regime de sanções;
- normas de comportamento básico e de cumprimento obrigatório para todo o pessoal; e
29
- serviços que a empresa proporciona a seus funcionários.

ESTRUTURA DE UM MANUAL

Um manual pode ser elaborado da forma mais complexa a mais simplificada possível,
dependendo, claro, da necessidade da empresa. O manual deve conter as seguintes partes
básicas:
- índice numérico ou sumário: é o índice básico com indicação do assunto e do número da
página;
- apresentação: nessa parte é enfocado seu objetivo;
- instruções para uso: deve ser suficientemente clara e objetiva, para facilitar seu pelos
vários funcionários envolvidos no processo;
- conteúdo básico: é a parte mais extensa do manual e que possui todo conteúdo principal;
- apêndice: nessa parte, normalmente, são colocados formulários, fluxogramas,
organogramas, gráficos, exemplos etc.;
- glossário: é uma espécie de dicionário de termos técnicos, que serve para homogeneizar a
conceituação dos termos técnicos utilizados no manual;
- índice temático: é o conjunto de temas relativos ao assunto do manual e sua localização ao
longo das páginas do manual; e
- bibliografia: é a lista de referências bibliográficas citadas no texto.

Processo de Atualização do Manual


Nessa etapa os responsáveis pela elaboração do manual, devem estabelecer as
medidas necessárias para manter a validade do mesmo. As atualizações devem ocorrer por
meio de: revisão, reemissão e cancelamento. A dinâmica da empresa pode impor alterações
em seu contexto. Assim, as alterações devem ocorrer por meio de:
- revisão: a revisão é uma nova impressão das folhas corrigidas. Nesse caso, as folhas
revistas substituem as de número correspondente nas publicações existentes.
- reemissão: é uma nova edição completa do corpo do manual e/ou dos elementos
adicionais, que substitui a publicação original e inclui todas as revisões. A reemissão deve
ocorrer sempre que as revisões afetarem mais de 2/3 da publicação anterior.
- cancelamento: o cancelamento de um manual ou parte dele pode ocorrer com a publicação
da folha de cancelamento.

Manuais eletrônicos
A Tecnologia da Informação (TI), mais especificamente a Informática oferece várias
opções que permitem a elaboração e a implantação dos manuais da empresa por meio dos
recursos on-line da TI. Manual eletrônico é, portanto, o que é elaborado e disponibilizado
aos usuários por meio de redes de computadores existentes nas empresas.

FORMULÁRIOS

É um importante meio de comunicação, transmissão e registro de informações, geralmente


um documento pré-impresso onde são preenchidos os dados e informações, que permite a
formalização das comunicações, o registro e o controle das atividades das organizações. A
atividade de organização e métodos é a fornece os subsídios para a elaboração e o controle
dos formulários.

Os formulários podem ser:


Formulários Planos: são formulários cujos campos são desenhados e pré-impressos em
papel padronizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Formulários Contínuos: são também elaborados em papel, e destinados a serem
preenchidos por impressoras de computadores, em grande escala. O desenho desses
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formulários é realizado em gabaritos de espacejamento que permitem a impressão de
acordo com as características e necessidades do computador e da respectiva impressora.
Formulários eletrônicos: são elaborados por softwares aplicativos, e que tramitem na sua
organização por meio das redes de computador, dispensando a utilização de papel. Esse
tipo de formulário é muito difundido pelas organizações que se utilizam dos recursos da
Internet, disponibilizando em seus sites os formulários para serem preenchidos por seus
clientes a fim de efetuar suas compras por meio de seus respectivos computadores
devidamente conectados à rede mundial.

Elaboração de formulários:
Apresentação do detalhamento do instrumento de trabalho- formulários, envolvendo o
conhecimento de critérios técnicos para elaboração, estabelecidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, análise de viabilidade técnica, cuidados que
facilitem o preenchimento pelos usuários, questionamento sobre as vantagens e
desvantagens de se manter a centralização do controle e codificação dos formulários de
uma empresa sob o aspecto de custo e benefícios.

Importância:
Os formulários são um poderoso meio de que dispõe o analista para o trabalho de
organização. Eles são utilizados para a obtenção e intercâmbio de informações entre o
publico usuário e os órgãos da empresa, ou entre estes últimos.
Na era da informação, com os microcomputadores ligados em rede, correio eletrônico,
data warehouses, software para workflow e muitos outros recursos de informática, imaginou-
se que os papéis em breve seriam banidos das empresas. Mas isso não ocorreu, pois os
documentos em mídia digital são criados mais facilmente e em maior número e
constantemente baixados para o papel. Assim fica muito distante o momento em que eles
poderão ser eliminados, além do que, em nossa vida inteira lidamos com eles. Vejamos:
No nascimento: ficha do Bebê e Certidão de Nascimento;
Na meia idade: Título de Eleitor, Carteira de Identidade, de Motorista, de Reservista, de
Trabalho, Certidão de Casamento, entre outros;
No fim da Vida: Certidão de Aposentadoria e Certidão de Óbito.
- São requerimentos, cheques, autorizações, crachás, notas fiscais, carnês, vales-
transporte, guias de recolhimento de impostos, vales alimentação, declarações, etc.
- Usamos formulários para declarar rendimentos à Receita Federal, para jogar na loteria,
para prestar informações à nossa escola e para outras inúmeras coisas. Em suma
querendo ou não, são documentos integrantes da rotina de vida de um cidadão.
- Nas empresas são criados e utilizados como base de sustentação para a dinâmica dos
diversos processos organizacionais, os quais possuem as mais variadas características e
finalidades.
Em função disso, as empresas se preocupam em tratá-los e controlá-los, envolvendo
questões de volume, custo, tempo e esforço consumido com eles etc.

VANTAGENS
Evitar formação de filas para fornecimento de dados e para solicitação de informações
sobre serviços, entre outras. Visando padronizá-los, racionalizá-los, diminuir seus custos
geralmente, os formulários são elaborados e controlados pela área de O&M, por estarem
intimamente ligados à racionalização de rotinas administrativas. A sua elaboração em função
disso, exige o domínio de certas normas e técnicas que estão na área de conhecimentos do
Analista de O&M, tais como: os princípios, as técnicas de elaboração e análise, as
finalidades básicas (registrar, transmitir, e armazenar informações), além de uma boa dose
de criatividade e bom senso, para propor formulários racionais, funcionais e com uma ótima
estética.
Diante da proposta de criação de um novo formulário, o órgão de O&M deve:
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 Verificar se a adoção do formulário é pertinente em função da rotina à qual se
destina. Qual será a sua contribuição para o fluxo do trabalho? Ele tem um objetivo
bem definido? É importante para o desenvolvimento do processo? Se não for elaborado
trará algum tipo de prejuízo para os serviços ou para a produção?
 Verificar se há possibilidade de utilização conjunta de um formulário já existente,
mediante pequena ou nenhuma alteração. Há possibilidade de se incluir novas
informações desejadas pelos usuários?
 Verificar a viabilidade e praticidade do novo formulário junto aos órgãos e pessoas que
o utilizarão. Verificar se serão usados constantemente e por um grande números de
usuários. É de uso específico de um determinado setor da empresa.

NORMAS DE ELABORAÇÃO:
Uma vez identificada a necessidade real de elaboração de um novo formulário e feita a sua
solicitação ao órgão de O&M, este deve:
 Dispor fisicamente as questões do formulário dentro de uma sequência lógica, em
função da sua transcrição posterior e da própria linha de pensamento do usuário;
 Elaborar questões claras, somente os campos necessários e bem definidos, aqueles
realmente relevantes, facilitando o seu preenchimento pelo usuário e seu manuseio
pela equipe de informática;
 Sempre que a questão tiver um número limitado de alternativas, citá-las para que o
usuário marque com um “x” ao invés de responder em aberto, objetivando ganhar
tempo no seu preenchimento;
 Programar os seus espaços de acordo com os meios que serão utilizados para o seu
preenchimento (manual datilográfico ou por computador);
 O uso de quadrículas para cada dígito utilizado torna os campos mais legíveis e
delimitados, facilitando a sua transcrição posterior (no caso de entrada de dados);
 Devem ser previstos campos para dígitos de controle destinados a testar a consistência
dos dados ( formulário eletrônico );
 Ajustar o tamanho do formulário, bem como o tipo e a gramatura do papel, às
exigências do numero de cópias, do seu manuseio e do seu tempo de arquivamento.
 A gramatura do papel, cores e suas necessidades;
 Os órgãos, o fluxo do modelo e principalmente o local de arquivamento dos meios
impressos e o modo como serão destruídos após o uso das informações ali contidas;
 É de uso interno ou externo?
 É de estoque ou não estoque?
 Não confeccioná-lo de forma definitiva em uma gráfica sem antes testá-lo , verificando
a sua validade, para fazer as correções necessárias.
 Atribuir um número de codificação para o novo modelo.

TÉCNICA DE ANÁLISE DE FORMULÁRIOS:

A função dos formulários nas empresas é dar apoio aos diversos fluxos de trabalho,
tanto de ordem operacional quanto administrativa, quer seja: registrando, transmitindo,
controlando, armazenando, apresentando, programando , estabelecendo, priorizando etc.,
dados e informações no desenvolvimento e no inter-relacionamento das diversas atividades
empresariais.
Neste sentido, faz-se necessária uma visão global e sistêmica de todo o fluxo de
trabalho para poder entender suas inter-relações e o seu envolvimento nos diversos
processos.
De posse dos formulários levantados, inicia-se uma análise, etapa que permitirá
verificar quais são supérfluos, desorganizados, semelhantes, muito complicados,
incompletos etc., dando condições de:
 ELIMINÁ-LOS, se supérfluos ou obsoletos;
 COMBINÁ-LOS, se semelhantes ou possuírem objetivos comuns;
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 REORGANIZÁ-LOS, se incompletos ou malfeitos;
 SIMPLIFICÁ-LOS, se complicados ou excessivamente detalhados.
Para adotar as providências acima, deve-se fazer as seguintes interrogações:
a) Qual é o seu objetivo?
b) Por que de cada campo?
c) Todas as vias são necessárias?
d) Existem formulários semelhantes ou com informações de mesma natureza?
e) Os campos estão dispostos dentro de uma ordem lógica e racional?
f) Possui muitas informações? Existe um detalhamento excessivo?

CONTROLE DE FORMULÁRIOS:

Para fins de controle, o órgão de O&M deve manter um arquivo com os modelos de
todos os formulários utilizados pela empresa, acompanhados dos respectivos guias de
especificações e instruções de preenchimento. É bom lembrar que mesmo os formulários
em uso na empresa devem ser periodicamente revistos, para que se tenha certeza de que
nenhuma modificação é necessária, de que todos os seus campos são ainda
imprescindíveis e de que não se justifica o acréscimo de novos campos, em função de
alterações da operação. Evitar duplicações desnecessárias e assegurar o cumprimento das
normas relativas à utilização de formulários.

FORMULÁRIOS DO PROCESSAMENTO ELETRÔNICO:

No ambiente de Processamento de dados do passado reinaram durante muitos anos


basicamente de dois tipos de Formulários: Os do tipo “Contínuos” para informações
impressas e os do tipo “pré-impressos” para captação de informações manuscritas ou
datilográficas (Fichas Cadastrais, Movimentações bancárias etc). Na atualidade cada um
deles se subdividiu em fins mais especializados, adotando-se tecnologias mais
diversificadas e apropriadas, de acordo com a necessidade de cada serviço.
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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA LTDA
FACULDADE DE ITAITUBA – FAI
Disciplina: ORGANIZAÇÃO & MÉTODOS
Docente: ANA PAULA MAFFEZZOLLI, Esp.
Discente:_________________________________________

CONTEÚDO 07 - MISSÃO, VISÃO E VALORES ORGANIZACIONAIS

O conjunto formado pela Missão, Visão e Valores representa a Identidade


Organizacional.

MISSÃO

A missão é basicamente a razão de ser do seu negócio. Ela pode ser alterada com o
tempo e é difícil encontrar uma companhia que mantém sua missão intacta por anos a fio.
Define seu propósito fundamental, a finalidade de sua existência, o motivo pela qual foi
criada. Diz sobre onde ela está. Missão é a identidade da empresa.

“A missão é, em essência, o propósito da organização”. (Valeriano).

“A Missão é a projeção da organização na visão do mundo e o papel que ela exercerá”.


(Pavani, Deutscher e Lopes).

“Missão: razão de ser da empresa. Conceituação do horizonte, dentro do qual a empresa


atua ou poderá atuar no futuro”.

Identificação da Missão
Antes de definir a missão da empresa é necessário analisar as necessidades dos
consumidores, seus desejos, e os produtos que serão oferecidos para satisfazer essas
necessidades. A missão dever estar orientada para o exterior da organização, nas
necessidades da sociedade e dos seus indivíduos. A missão dever ser voltada para um
futuro a longo prazo deve ter credibilidade, e todos os que trabalham na organização devem
conhecê-la, compreende-la, vivê-la e sentir-se atraídos e comprometidos com seus
objetivos. A missão deve ser simples, clara e direta, não podem de forma alguma confundir o
indivíduo e causar-lhe dúvidas.

VISÃO
É o sonho de uma organização. É aquilo que se espera ser num determinado tempo e
espaço. A Visão é um plano, uma ideia mental que descreve o que a organização quer
realizar objetivamente nos próximos anos de sua existência. Normalmente, é de longo prazo
(pelo menos, cinco anos). A visão é mutável por natureza, algo concreto a ser alcançado
deve ser inspiradora, clara e concisa, de modo que todos a sintam.
Andrade (2002), também define que visão de uma organização dever ser a situação
futura desejada a longo prazo, dever ser uma meta ambiciosa, e servir como um guia para a
definição dos objetivos e a realização da missão. Para Zacharias (2008), simplesmente
descreve que visão é o sonho da organização, é o futuro do negocio e onde a organização
espera estar nesse futuro.

Definição da Visão

Visão deve estar alinhada como os valores centrais da organização. Ou seja, são os
princípios essenciais e duradouros da organização. A organização precisa voltar seus olhos
para dentro da própria organização para definir a visão, portanto um observador externo não
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pode considerar como certo ou errado a visão desta organização. A visão tem que ser
inspiradora e impulsionadora, ela dever gerar uma energia positiva para seus colaboradores.
Visões com foco financeiros não costumam trazer estimulo e criatividade para a
organização, o mesmo vale para a liderança e participações de mercados onde a
organização atua. A visão será bem definida quando a resposta, “o que queremos criar?” for
respondida.

SUAS IMPORTÂNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES


Qualquer organização seja pública ou privada, seja grande ou pequena, necessita
compreender sua missão no mercado e a partir disso estabelecer sua visão para dentro de
seus padrões. È importantíssimo respeitar suas características, pois assim poderá encontrar
soluções que ajudam a desenvolver e reforçar a sua qualidade organizacional e de seus
produtos. Os produtos e serviços são os caminhos pelo qual a organização leva para a
sociedade a sua missão e a visão orienta o processo de criação deste caminho, estimulando
o rompimento com a situação atual e o estado futuro desejado. É de fundamental
importância monitorar e compreender as necessidades de mudanças comportamental da
sociedade. Da mesma forma é necessário que a missão seja respeitada e que a pressão
emocional pertinente às visões desafiadoras seja suportada.

VALORES
São princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os comportamentos,
atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas
responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam executando a Missão, na direção
da Visão.
Os Valores de uma organização representam os princípios éticos que norteiam todas
as suas ações. Normalmente, os valores compõem-se de regras morais que simbolizam os
atos de seus fundadores, administradores e colaboradores em geral. É importante destacar
que os valores devem realmente fazer parte da cultura organizacional da instituição, isto é,
devem ser percebidos por todos. Em síntese, podemos dizer que os valores são o “ar que se
respira” na organização, aquilo que é imediatamente percebido de forma tácita por um
visitante ao manter contato com a instituição.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização & Métodos Uma
Abordagem Gerencial. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LERNER, Walter. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: Atlas.

CURY, Antônio. Organização e Métodos: Uma Visão Holística. 7. ed. São Paulo, Atlas, 2000.
592p.

D´ASCENÇÃO, Luiz Carlos M. Organização, Sistemas e Métodos: Análise, Redesenho e


Informatização de Processos Administrativos. São Paulo, Atlas, 2001. 222p.

CURY, Antônio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas, 2000.

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