Você está na página 1de 10

19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

GEODÉSIA FÍSICA

PROFa. DRa. ALESSANDRA SVONKA PALMEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

5.1 Potencial Perturbador

Designado por W o geopotencial em P e por U o esferopotencial no


mesmo ponto, definimos potencial perturbador como a diferença:

P
Geope W

Esferope U

1
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Em outras palavras: a diferença T entre os potenciais produzidos


num ponto da Terra real e pela Terra normal chama-se POTENCIAL
ANÔMALO OU POTENCIAL PERTURBADOR.

Potencial gerado pelas massas anômalas, visíveis e invisíveis, que


transformam a Terra normal na Terra verdadeira, ambas com a mesma
massa (variando apenas na distribuição).

O potencial centrífugo sendo o mesmo para a Terra real e a Terra


normal desaparece ao efetuarmos a subtração W – U.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Isto significa que o potencial perturbador é uma função harmônica.

Isto é:

2
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

5.2 Anomalia e distúrbio da gravidade

Anomalia da Gravidade

Distúrbio da Gravidade

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Anomalia da gravidade é expressa por:

ou

Com :

A diferença entre a gravidade real em P (no geóide) e a gravidade


normal em P’ (no elipsóide) é a chamada ANOMALIA DA GRAVIDADE.

3
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

A separação N das duas superfícies é a ONDULAÇÃO GEOIDAL,


calculada pela fórmula de STOKES.

O ângulo em P, formado pelas direções e , constitui o


DESVIO DA VERTICAL definido pelas sua:

Ou ainda:

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Estas expressões nas quais o indicie (a) denota grandezas


astronômicas, indicam o MÉTODO ASTROGEODÉSICO para as
componentes do desvio da vertical.

Em Geodésia Física, tal determinação se processa através das fórmulas


de Veining- Meinesz que derivam de Stokes.

Nos dois problemas N e i (determinação da ondulação ou componentes


do desvio) as anomalias constituem ferramentas básicas.

4
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Distúrbio da gravidade: É a diferença dos módulos de g e γ no


mesmo ponto.

Chama-se de vetor distúrbio da gravidade:

Logo: ou ainda:

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Lembrando que a altitude ortométrica é contada sobre a vertical:

Relembrando:

O potencial perturbador é dado por T = W – U, logo:

5
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

De forma escalar, o distúrbio da gravidade é obtido pela diferença entre


o módulo do vetor gravidade e o módulo do vetor gravidade normal no
mesmo ponto, i.e:

Considerando as direções do crescimento das altitudes tem-se então:

e em consequência

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

5.3 Equação Fundamental da Geodésia Física

Considerando a diferença do potencial entre os esferopes passando por


P e P’ podemos escrever:

Tem-se:

Derivando (e confundindo a vertical com a normal):

6
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

ou

logo:

Que é a EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA GEODÉSIA FÍSICA.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

A equação fundamental da GF revela que a anomalia da gravidade (∆g)


é consequência de:

a) Do fato de g referir-se a um ponto no geóide enquanto γ é calculado


sobre o elipsóide;
b) A atração das massas anômalas (responsável por T).

∆g recebe vários nomes de acordo com o método de redução de g.

7
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Impondo a injunção: W P = UP’ ou W 0 = U0, isto é assumir que o


geopotencial sobre o geóide seja numericamente igual ao
esferopotencial sobre o elipsóide, tem-se:

Expressão conhecida como EQUAÇÃO DE BRUNS, cuja importância


decorre de relacionar a ondulação do geóide com o potencial
perturbador.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Inserindo a equação de Bruns na EFGF (Equação Fundamental da


Geodésia Física) tem-se:

2ª forma da EFGF

Quando N = 0 (Datum) a anomalia da gravidade confunde-se com o


distúrbio da gravidade (∆g = δg). Isto é :

8
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

5.4 Potencial perturbador, anomalias da gravidade e ondulações


expressos em séries de harmônicos esféricos

Sendo T(r, V, λ) uma função harmônica no exterior das massas,


podemos exprimi-la por meio de uma série de harmônicos esféricos
sólidos, com aproximação esférica r = R.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Ou abreviando:
Harmônicos
esféricos sólidos

Para ∆g:

Derivando:

Não definida para n = 1. Ou ainda:

9
19/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

5. Equação Fundamental da Geodésia Física (campo de gravidade


anômalo)

Levando a equação

para a equação de Bruns, obtemos com γ = G = valor médio:

A fórmula de ∆g e N são significativas, pois resolvem, do ponto de vista


matemático, o PROBLEMA DA DETERMINAÇÃO GRAVIMÉTRICA DO
GEÓIDE.

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

OBRIGADA

PELA

ATENÇÃO!!!!!!

10

Você também pode gostar