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PORTUGUÊS: AULA 1

Texto explicativo
Variação linguística

GRAÇA E PAZ, CARO ALUNO!

Antes de listar os tipos de varação linguística, vamos conceituar três termos que embora sejam
comuns em nosso cotidiano podem gerar alguma confusão. Sobretudo os conceitos de língua
e idioma. A Língua, é portanto, um conjunto de regras e valores presentes na mente de seus
falantes. Ela é aprendida através dos atos de fala com os quais estes falantes têm contato. Como
exemplo temos a língua portuguesa, o inglês, o alemão, etc. O idioma está mais relacionado à
existência de um estado político, ou seja, é utilizado quando se quer distinguir a língua de uma
nação em relação às demais. Já a variação linguística e a forma com que as linguagens (de um
língua) se distinguem uma das outras.

NORMA CULTA PADRÃO X LINGUAGEM COLOQUIAL:


A maior parte dos linguistas aconselham a não classificar a fala como “certa” ou “errado”, mas
sim como adequado e inadequado à cada situação. Assim como você não usaria um biquíni num
velório ou terno na praia. A fala é dinâmica e adequa-se a cada situação vivenciada pelo falante.
Quando se está em uma situação mais formal (diante de um juiz ou na apresentação de um trabalho
acadêmico), costuma-se utilizar uma linguagem mais formal e mais atenta às regras gramaticais,
ou seja, a norma culta. Da mesma forma, quando se está entre amigos, numa conversa informal
no shopping ou num jogo de futebol, costuma-se utilizar uma linguagem mais despreocupada
quanto essas regras. A linguagem coloquial.

ALGUNS TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA:

Variação histórica
Acontece ao longo de um determinado período de tempo. Durante um certo tempo há a

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convivência entre a variante mais antiga e a variante nova. Até que a variante mais antiga
desaparece completamente. As mudanças podem ser tanto de grafia quanto de significado.

Variação geográfica
Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre regiões. Também
conhecida como regionalismos, esta variante se forma dentro de uma comunidade mais ampla
onde formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores de cultura,
política e economia, que acabam por definir os padrões linguísticos utilizados na região de sua
influência.

Variação social
Agrupa diversos fatores de diversidade como: o nível socioeconômico, determinado pelo meio
social onde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o sexo.

Variação estilística
Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de comunicação, como por
exemplo, se está em um ambiente familiar ou profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto
tratado e quem são os receptores. Há dois limites de estilo: o informal, quando há um mínimo de
reflexão do indivíduo sobre as normas linguísticas, utilizado nas conversações do cotidiano; e o
formal, em que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia a dia
e cujo conteúdo é mais elaborado. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua
escrita e falada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.

Dialetos ou socioletos
São variações faladas por comunidades geograficamente definidas.

Idioletos
É uma variação particular do indivíduo.
Registros (ou diátipos): É o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou
profissões.

Etnoletos
Variações utilizadas por um grupo étnico.

Ecoletos
Quando um idioleto é adotado por uma casa.

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PORTUGUÊS: AULA 1

BIBLIOGRAFIA
SOUZA, Fabiana Ferreira de; JESUS, Luciana Martha Carvalho de. & GOMES, Nataniel dos Santos.
A variação linguística e a norma culta. Web-Revista SOCIODIALETO: Bach., Linc., Mestrado – Letras
– UEMS/Campo Grande, v. 4, nº 10, jul. 2013.
CAMACHO, R. (1988). A variação linguística. In: Subsídios à proposta curricular de Língua
Portuguesa para o 1º e 2º graus. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, p. 29-41.

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