O planejamento de negócios traça a estratégia empresarial e
define o grau de verticalização ou horizontalização (make or buy), e estabelece: • volumes de vendas; • custos das vendas; • custos operacionais; • investimentos em recursos; • retorno de investimentos; • planejamento de longo prazo.
O planejamento da produção estabelece planos a médio e
longo prazo do que será produzido por família de produtos. Considera estoques disponíveis e políticas de estoques estratégicos. Uma empresa pode ter uma previsão de vendas menor em determinada época do ano e maior em outra. O planejamento de produção não deve ser feito em função da demanda maior ou menor, mas dos recursos e do planejamento de estoques reguladores, de maneira que a variação do estoque estabeleça uma produção mensal o mais uniforme possível, criando um ritmo de produção estável, o que facilita a administração.
Plano mestre de produção (master production scheduling) (slide 07/21)
O plano mestre de produção estabelece o que, quando e
onde será feita a produção, levando em conta os recursos disponíveis. O plano mestre de produção utiliza-se do conceito de MRP I, determinando as necessidades e, consequentemente, controlando os estoques, as ordens de produção, as ordens de compras e o planejamento e controle da produção (PCP). O plano mestre de produção determina os detalhes de processos, tempos e métodos de produção.
Uma das grandes dificuldades de um PCP não é planejar,
mas sim controlar a produção, pois, devido às perturbações e aos incidentes muito comuns em um processo produtivo, o programa original se desvia, causando atrasos e custos adicionais.
O que se busca é um planejamento que tenha um controle de
produção proativo, e não reativo, como é comum no dia a dia. Para viabilizar esse PCP, é necessário efetuar um estudo da sua evolução ao longo do tempo e das causas que motivaram essa modificação. Essas causas irão nos indicar a influência de todos os setores envolvidos no processo industrial e de que maneira esses setores interagem.
Controle visual: muito eficaz, utilizado cada vez mais desde
a conceituação de manufatura enxuta (que valoriza esse método). Entretanto, em grandes organizações, e dependendo do tipo de atividade, o controle visual torna-se um desafio. Mesmo sendo uma atividade complexa de se implementar, é aconselhável utilizar esse método.
Controle total: muito eficaz, já que, como o próprio nome diz,
é abrangente e assegura o controle em mínimos detalhes. Porém, pode ser inviabilizado devido aos custos gerados por essa metodologia. Por vezes, o tempo demandado e os custos aconselham outra metodologia.
Controle por amostragem: eficaz, baseia-se na análise de
amostras. Estatisticamente, uma amostra é escolhida dentro dos critérios adotados pela estatística descritiva que representará o universo em estudo. As possibilidades de imprecisão estão previstas na margem de erro admitida em uma amostragem. Uma amostra correta sempre apresentará uma distribuição normal, isto é, um arranjo de dados que tem a forma de um sino.
Estatisticamente, na região contida entre dois desvios padrão
(2σ), um à direita e outro à esquerda da linha de média, encontram-se 68,26% de todo o universo pesquisado. Na região contida entre quatro desvios padrão (4σ), encontram-se 95,44% de todo o universo pesquisado. E, na região contida entre seis desvios padrão (6σ), um à direita e outro à esquerda da linha de média, encontram-se 99,73% de todo o universo pesquisado.
Na manufatura enxuta, conforme falamos anteriormente, um
dos princípios essenciais dessa filosofia é não produzir produtos ou serviços em não conformidade com as especificações. Portanto, adotou-se que um controle estatístico dentro de seis desvios padrão (6σ) seria um parâmetro ideal para o controle de um processo, pois garante que 99,73% da produção estejam em conformidade com o planejado.
Portanto, a referência 6σ tem uma boa margem de segurança
a um custo de produção bastante razoável. Algumas empresas, como as de linha branca ou as montadoras de veículos, têm adotado como referência, devido aos avanços da automação industrial, o valor de não conformidade de 700 ppm (setecentas partes por milhão), o que representa uma possibilidade de não conformidade de 0,07%, se comparada a 6σ, que possui a possibilidade de erro de 0,27%, e em comparação a 8σ, que tem o número de 0,006%, sendo muito mais rigoroso.
Autocontrole: sistema produtivo, que detecta uma não
conformidade durante o processo produtivo acionando instantaneamente um mecanismo de correção. Com o advento da manufatura enxuta, funcionários com múltiplas habilidades introduziram o conceito de autocontrole. E, com a introdução de sistemas computacionais, cada vez mais o autocontrole vem sendo utilizado, com a ajuda de inteligência artificial e novas formas de lógica.