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SUMÁRIO
Comunicação Empresarial ....................................................................................... 7
Gerundismo........................................................................................................... 24
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Estruturação do parágrafo .................................................................................... 81
Subordinativa.......................................................................................... 110
Acentuação............................................................................................. 118
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Comunicação Empresarial
Apresentação Panorâmica
Prezado(a) Aluno(a),
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Competências e habilidades
Unidade 1
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Unidade 2
Unidade 3
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Unidade 1
Dificuldades na comunicação
1. SONHE PRIMEIRO
Ninguém consegue nenhum sucesso sem antes sonhar com ele.
Descontando tudo quanto fazemos necessariamente na vida (dormir, trabalhar,
comer etc.), ainda sobra um terço do nosso tempo para sonhar. Não perca
nunca sua capacidade de sonhar com novos horizontes, novos conhecimentos
e novos resultados. O indivíduo de sucesso só alcança o que ele visualiza
antes. Não seja, entretanto, na sua vida, só um sonhador. Transforme as suas
fantasias em realidade. Como? Lendo, lendo, lendo! Em outras palavras,
colocando o "bumbum" no banco! O grande segredo do atleta é treinar, treinar,
treinar. Do estudante de sucesso é ler, ler e ler. Porém, o quê? Como?
Quando? Vejamos:
4. BUSQUE A INFORMAÇÃO
"Não espere que te tragam flores; plante seu jardim" (Shakespeare). Na
era da agricultura, mandava quem tinha terra. Na era da indústria, mandava
quem tinha dinheiro ou capital. Na era da informação, sobressai-se quem
busca e obtém a informação. Busque-a, incansavelmente, nos livros, nas
aulas, na Internet etc. Anote adequadamente tudo (mais vale uma caneta na
mão que mil "gigas" de memória humana). Documente o que você alcançou
em termos de conhecimento. E nunca perca sua curiosidade por aprender
mais coisas. Mas tenha sempre senso crítico. Há muita informação inútil que
não pode tomar o seu tempo, que é sagrado.
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Seja seletivo na busca da informação: não se perca no emaranhado de
informações que o mundo lhe oferece. Seja seletivo! Vá ao ponto certo! No
século XVIII, se uma pessoa dedicasse oito horas por dia, cinco vezes por
semana, em um ano, saberia tudo sobre determinada matéria. Qualquer
pessoa hoje, com a mesma dedicação de quarenta horas por semana, só
consegue saber cerca de 6% do que se produz anualmente em sua área de
conhecimento. Vá, portanto, aos 6% que mais interessa! Se você tem
dificuldade de selecionar esses 6%, busque a ajuda de alguém que possa
fazer isso por você.
5. FOCO E DETERMINAÇÃO
"Vim, vi e venci" (Júlio César). Tenha determinação e conquiste
disciplina nos seus horários de estudo, de aulas etc. Dormir é importante, mas
não se pode exagerar. O sucesso não socorre os que dormem! A disciplina e a
determinação trazem organização. Não seja protelatório, dispersivo, evasivo,
ou seja, não perca o foco. Não fique culpando o mundo inteiro pelo seu
insucesso. Quem assim procede, transforma-se num fracasso. O foco deve
estar voltado para a solução (para o sucesso), não para o problema que o
impede de alcançá-lo.
Compute, entretanto, que tudo pode dar errado! O medo deve sempre
fazer parte do sucesso. É em razão do medo da derrota (da humilhação) que
não perdemos a atenção, o foco nem a determinação. Encare todas as provas
(pessoais e profissionais) como um desafio a ser vencido. De qualquer
maneira, perder uma batalha não significa perder a guerra! Vencido um
desafio, passa-se para o seguinte. Quem não aceita desafios jamais chegará à
conquista!
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Isso significa determinação! Dominaram a Península durante 700 anos e lá
deixaram marcas indeléveis da sua cultura (Palácio de Alambra, em Granada,
v.g.).
6. SEJA PERSEVERANTE
"Caminante no hay camino, el camino se hace al andar" (Antonio
Machado). Não se estuda nem se faz um curso para passar e sim até passar.
Todo vencedor sabe que a perseverança é fundamental. Thomaz Edison
disse: "Qualquer homem pode alcançar o êxito se dirigir os pensamentos
numa direção e insistir neles até que faça alguma coisa". Ele não teria nunca
chegado à lâmpada se não tivesse tentado mil vezes alcançar seu objetivo.
Não fique no meio do caminho. Quem joga a toalha perde o jogo. Quem
sai do gramado nunca marca gol. Ao contrário, vai para a arquibancada. De lá
você só consegue aplaudir, nunca vencer. Pedras no caminho? Construa com
elas o seu castelo. Vencem os que chegam ao final dele! Os que não
conseguem superar os obstáculos (que configuram verdadeiros desafios) são
derrotados. Os derrotados, de plano, são insucessos; às vezes, chegam a
constituir verdadeiros fracassos.
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7. AGE QUOD AGIS
"O sucesso é composto de 1% de inspiração e 99% de transpiração"
(Thomaz Edison). Em razão disso, aplique-se completamente ao que está
fazendo. Não se distraia com outra coisa: direcione toda a sua atenção ao seu
objetivo. Todo foco tem que ter alvo certo. Muitas vezes, a questão não é ter
força, mas jeito: o artilheiro sabe bem disso. Mesmo fatigado, faça sempre o
máximo possível. Mesmo errando, continue. Quando queremos e analisamos,
também aprendemos muito com nossos erros. "Não importa quantas vezes
nos levantamos. O que conta é que seja sempre uma vez a mais do que
aquelas em que caímos" (GARCIA, Luiz Fernando. Pessoas de resultado,
São Paulo: Gente, 2003, p. 109).
9. SAIBA SE COMUNICAR
A = E + M + SE (Aprender = Entender + Memorizar + Saber Expressar).
Vivemos não só a era da informação, senão também a da comunicação. Ter a
informação e não saber comunicá-la (expressá-la) é praticamente o mesmo
que não a ter. Comunicação verbal e por escrito. Conquiste essas habilidades,
treinando o quanto for necessário. Construa sempre frases objetivas. Seja
claro e objetivo nas suas exposições. Sujeito, verbo e complemento, sem
rodeios e tergiversações cansativas e prolixas.
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10. CARPE DIEM
Aproveite o dia (da melhor maneira possível). Distribua suas tarefas
diárias. Priorize o seu sucesso, dedique-se a ele, mas não se esqueça de que
você precisa, também, comer saudavelmente, exercitar-se regularmente etc.
Mens sana in corpore sano! Angústias e ansiedades integram o dia a dia do
estudante. Também, por essa razão é que você deve desfrutar profundamente
dos momentos de prazer.
? Curiosidade.
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globalização que mudou a economia brasileira, fazendo com que as empresas
transformassem a comunicação empresarial em área estratégica de
resultados, decorrente da qualidade de seus profissionais.
Muitas vezes, você deve ter lido um anúncio, acessado um site, lido um
informativo, e-mails e identificou erros ou trechos mal escritos, desarticulados, sem
coerência e sem clareza. Nas empresas (micros, pequenas, médias e grandes), é
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comum percebermos que, sistematicamente, os colaboradores tropeçam feio no uso
da sua língua materna. E, para nossa admiração, poucos se importam com isso.
– Benzinho, há duas palavras que eu quero que você prometa nunca mais
dizer. Uma é bacana e a outra é nojenta. Você promete?
– Claro, vovó. E quais são as palavras?
5) – Não deixe a sua cadela entrar na minha casa de novo. Ela está cheia de
pulgas.
– Lulu, não entre nessa casa de novo. Ela está cheia de pulgas.
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Viu? Saber escrever é saber comunicar! Erros de Português e textos mal
escritos, incoerentes, sem coesão, ambíguos, podem causar péssima impressão
perante diversos públicos. Como você observou, nesses exemplos, as falhas nas
mensagens acabaram gerando problema de entendimento.
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Leia e, sempre que você tiver dúvidas, procure no Dicionário, na
Gramática, em algum site confiável, envie perguntas ao fórum ou em
mensagens, mas use uma das suas possibilidades de interagir.
DICAS
A FIM DE / AFIM
INTERVIR / VIR
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Ex.: Eu vim/intervim - vieste/intervieste – veio/interveio –
viemos/interviemos – vieram/intervieram
JUNTO A
Inadequados:
SE NÃO/ SENÃO
SE NÃO: é uma hipótese negativa. Pode ser substituído por “caso não” ou
“quando não”.
SENÃO: pode ser substituído por “do contrário, de outra forma, a não ser,
falha/defeito.”
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A PRINCÍPIO / EM PRINCÍPIO
IMPLANTAR / IMPLEMENTAR
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Gerundismo
Gerúndio é uma das formas nominais do verbo, formada pelo sufixo -ndo,
como: vendendo, cantando, atendendo. O gerundismo ocorre quando nós não
queremos comunicar ideia de eventos ou ações simultâneas, mas falar de uma ação
específica, pontual, em que a duração não é a preocupação dominante.
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O gerundismo ficou muito conhecido por conta dos operadores de
telemarketing. É um vício comum nas redações empresariais e precisa ser abolido.
Leia o texto abaixo para saber um pouco mais!
+ Saiba+
Primeiro foi a época do "a nível de". Parece que o modismo já passou.
Veio, então, uma nova moda, e tão avassaladora, que ganhou até um nome
específico: gerundismo.
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lugar de dizer “Amanhã vou viajar (ou viajarei) para Recife”, as pessoas
dizem: “Amanhã vou estar viajando para Recife.”
DICA
Ex.: Por que você saiu? Diga-me, quero saber por que você saiu.
As alegrias por que passei... (= pelas quais)
Ignoro por que motivos as pessoas são poluidoras. (= por quais)
Dica: na pergunta indireta, pode substituir por “pelo qual”, “pelos quais”, “pela
qual”, “pelas quais”, “por qual”, “por quais”.
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POR QUÊ: em fim de frase, ou sozinho.
Ex.: Você está feliz. Por quê? Você está feliz; diga-me, logo, por quê.
Ex.: Por que você não me telefonou? Não lhe telefonei porque estava ocupado.
Só porque o repreenderam, ficou amuado.
HÁ / A
Dica: pode ser substituído por “tem” ou “faz”. Empregado assim, o verbo
haver indica tempo decorrido. Portanto, é redundância acrescentar o advérbio
“atrás” (é incorreto, porque é redundante dizer: Há alguns anos atrás).
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ABAIXO / A BAIXO
ENQUANTO
A comunicação profissional
Se você pertence ao meio empresarial, é lógico que não quer ser analfabeto na
comunicação, não é? Todos que valorizam as palavras sabem de seu poder
transformador. Sabe-se que é do trabalho de atenção à palavra, da crença de sua
importância à comunicação entre os homens que surge o estilo de cada um. Há
exemplos de empresários, médicos, publicitários e tantos outros profissionais que,
também, demonstram respeito à palavra em sua prática profissional. E para que
você domine este assunto no texto empresarial atente-se às dicas a seguir.
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DICAS:
ESTE (ou “esta”, “deste”, “desta”, “neste”, “nesta”): designa pessoa ou coisa
próxima de quem fala; refere-se ao lugar em que alguém está; indica um período
de tempo presente, que ainda não terminou; identifica, numa oração, o termo mais
próximo.
ESSE (ou “essa”, “desse”, “dessa”, “nesse”, “nessa”): indica pessoa ou coisa um
pouco afastada de quem fala, mas próxima de seu interlocutor; usa-se como
segunda referência à pessoa ou coisa; designa tempo passado (mas geralmente
não muito distante).
Obs.: ISTO (esta coisa), ISSO (essa coisa) e AQUILO (aquela coisa) seguem
a mesma norma, mas só podem ser usados para coisas. Em relação a pessoas,
têm sentido pejorativo.
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ONDE / AONDE
ONDE: lugar em que/ em que (lugar). Indica permanência, o lugar em que se está
ou em que se passa algum fato.
AO INVÉS DE / EM VEZ DE
HAJA VISTA
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terceira pessoa do imperativo do verbo ver: “veja”.
Obs.: Não admite a forma haja visto / hajam visto, de largo uso.
A CUSTA DE
Nessa expressão a palavra custa, assim como o artigo que a precede, deve
sempre estar no singular.
A MEU VER
Não se emprega “ao meu ver” e sim a meu ver, pois não há artigo nessa
locução:
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ferramenta estratégica de gestão erguem a Torre de Babel. Hoje, as empresas
exigem excelente comunicação e, para isso, precisamos, logicamente, da Língua
Portuguesa.
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coisa.
No princípio, Deus criou as coisas, ensina o Gênesis, para só depois
criar o Homem. Quer dizer, geneticamente falando, que tudo que não era
gente era coisa. Isso durou até 1963, quando finalmente o poeta Vinícius de
Moraes decidiu elevar, também, o ser humano à categoria de coisa: "Olha que
coisa mais linda, mais cheia de graça...". A bem da verdade, nenhum grande
escritor resistiu à coisa, e o próprio Shakespeare notou que existem muito
mais delas entre o céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia.
Mas o que antigamente era artifício poético e literário acabou virando
arroz de festa. Tem até lugar onde a coisa passou a ser flexionada ("O coiso,
como é mesmo o nome dele?") ou conjugada ("Eu estava coisando quando a
máquina pifou"). Ou por preguiça ou por economia de neurônio, as pessoas
passaram a abusar da coisa: por que aprender a falar empregabilidade se é
bem mais fácil dizer "aquela coisa que eu não tinha e por isso perdi o
emprego"? Nas empresas, a coisa já se tornou sinônimo bastardo de qualquer
coisa:
Quer saber de uma coisa? Pra mim chega.
– Chega do quê?
– Cansei. E uma coisa eu digo: não sou só eu.
– Peraí, me explica melhor.
– Explicar o quê? Vai me dizer que você é a favor desse estado de
coisas?
– Sei lá. Você nem me disse ainda o que está acontecendo.
– Acorda, cara! A coisa tá preta nessa empresa.
– Taí, eu não acho.
– Como, não acha? Isso aqui é coisa de doido.
– E digo mais. Prá mim, tá tudo ótimo.
– Opa, até você? Eu bem que desconfiava. Aí tem coisa...
Convenhamos: a coisa já passou do ponto, e esse é o âmago da
questão. Ao mesmo tempo em que estão adquirindo fluência em Inglês e em
outros idiomas alienígenas, muitos profissionais insistem em espezinhar o
Português escorreito. A proliferação indiscriminada da coisa é um bom
exemplo disso. Nas empresas, a hiperespontaneidade na comunicação, está
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roubando dos diálogos a consistência e a praticidade. Mas a boa linguagem
corporativa jamais admitirá tais atalhos verbais. Quem realmente busca a
excelência em todas as suas dimensões tem por obrigação permear-se com
vocabulário eclético e dinâmico. O tempo ensinará aos despreparados que o
sucesso só premia os que sabem administrá-lo multifacetadamente, e isso
inclui o repúdio ao uso do palavreado fácil e o respeito ao vernáculo. Apenas
após dominar as nuances de sua Língua pátria é que alguém poderá alardear
que atingiu a plenitude profissional. Porque só aí terá compreendido e
absorvido os três pilares básicos em que se apoia a essência da filosofia
corporativa, a saber:
1. Entender como a coisa funciona.
2. Fazer a coisa certa.
3. Falar coisa com coisa.
Verifique que quem traz o reforço de que o sucesso está ligado à sua
competência linguística é Max Gehringer. Então, para não falar coisa com coisa...
DICAS
TRAZ / TRÁS
TRAZ: verbo
Ex.: A secretária traz, todos os dias, os contratos para serem assinados pelo
gerente.
EM VIA DE / EM VIAS DE
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EM VIA DE: A locução significa “a caminho de”, “prestes a”.
O que você acha? Mim está correto nos dois empregos acima? Se a sua
resposta foi não, parabéns! O primeiro está errado e o segundo correto. E você
se pergunta: por quê?
Dica: desloque o para mim ao início da frase; se for possível, é “para mim”.
Se a frase perder o sentido com a mudança, o correto é para eu.
Verifique:
Para mim, empreste-me o filme ver. Faz sentido? Não; então o correto é para
eu. Mas, por quê? Porque o “eu” é o sujeito do verbo “ver”.
Dica: Viu como deu certo? Sabe o motivo? Nesse caso, “mim” não é o
sujeito, mas o complemento nominal. E se você quiser saber mais, leia em uma
boa Gramática o que é complemento nominal.
AO PAR / A PAR
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verbo “estar”.
MEIO / MEIA
Ex.: A janela estava meio aberta e deixava ver os belos quadros na parede.
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Afinal, o que é comunicação?
Já vi que tenho
que comunicar muito bem, Como diria o velho
ou entrarei em uma gelada! chacrinha: “Quem não se
Entendi... COMUNICAÇÃO é comunica, se trumbica”.
trocar ENTENDIMENTO!!!
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Comunicar é um ato
Carta de recomendação
O sujeito descobriu que estava sendo “fritado” na empresa e que seria o
próximo a ser demitido. Ele foi procurar outro emprego e achou. Exigiam uma
carta de recomendação. Foi falar com o chefe de pessoal e pediu a tal carta
de recomendação. — "Sacumé", né, doutor, eu trabalho aqui há mais de
quinze anos e eu acho que mereço pelo menos uma carta de recomendação.
O contexto da mensagem:
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Neste contexto, também é interessante lembrarmos que a informatização fez
com que a palavra escrita se tornasse o meio mais importante à comunicação. Tudo
evoluiu, menos a redação empresarial. Continua se escrevendo muito e mal. O
usuário parece não se importar com o processo da redação profissional,
abandonando um instrumento indispensável a qualquer tipo de negociação. Os
acordos começam quando menos se espera: um telefonema, um encontro acidental,
um almoço... Contudo sempre acabam em um texto escrito, um recibo, um contrato
ou uma correspondência confirmando o que foi acertado. Na relação profissional, o
acordo verbal é considerado, porém o que prevalece é o escrito. Aliás, como em
qualquer contrato.
Muitas vezes, você emite instruções por escrito porque acredita que a
interpretação visual será mais precisa, que nela é mais difícil a possibilidade de
surgir problema. Ledo engano! Temos de sempre verificar a receptividade de uma
instrução escrita como a de instruções verbais. Como assim?
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OUÇA
• Escutar informações (agradáveis, desagradáveis, críticas, elogios)
entendendo-as apenas, de forma construtiva. E mais: ouça
atentamente, interesse-se pelo assunto e não interrompa
desnecessariamente.
SEJA OBJETIVO
• Não faça rodeios, mesmo que a mensagem seja o que as pessoas
não gostariam de ouvir. E mais, verifique se foi entendido, pergunte o
que foi compreendido e o que ficou confuso.
FEEDBACK
• O retorno de informações é importantíssimo para manter seus
parceiros atualizados e inseridos nos processos e atividades.
Retorne qualquer informação; mostre os resultados e ações
consequentes da informação recebida anteriormente.
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INFORMAÇÕES GERAM AÇÕES
A QUEM ME DIRIGIR?
SUAS AÇÕES
Para que você consiga aplicar essas boas indicações e receber constantes
feedbacks...
DICAS
Verbo HAVER
FAZER (indicando tempo decorrido): Há dois anos que ela não me escreve.
Dica: O verbo haver, quando significa “existir”, é impessoal, mas o verbo existir é
pessoal e, portanto, deve concordar com o sujeito.
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Agora que você conhece dicas para uma comunicação de qualidade, leia os
textos que seguem. O primeiro é uma adaptação de uma reportagem sobre a Língua
Portuguesa e a empregabilidade: ERROS DE PORTUGUÊS PODEM CUSTAR UMA
VAGA NO MERCADO. O segundo é um texto de Manuela M. Rodriguez, A
CRIAÇÃO DE UM TEXTO, sobre o ato de escrever.
A CRIAÇÃO DE UM TEXTO
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É fundamental que você avalie: toda vez que interagimos por meio da
linguagem, sempre há, em nossa fala, uma intenção de modificar o pensamento ou
comportamento de nossos interlocutores. Essa é a dica para você entender a
comunicação!
CANAL
COMUNICADOR RECEBEDOR
MENSAGEM
emissor, transmissor, receptor, destinário,
codificador, remetente, de(s)codificador,
locutor, falante. interlocutor, ouvinte.
CÓDIGO
Fala
VERBAL
Escrita
CÓDIGO
Gestos
Expressão Fisionômica
NÃO VERBAL
Mímica
Dança
Fala
NATURAL
Escrita
CANAL
Espacial Internet, celular, e-mail, televisão
TECNOLÓGICO
Temporal Textos, fotos, livros, fitas gravadas
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Níveis de linguagem
CÓDIGO
• Conjunto de sinais convencionados socialmente para a transmissão
de mensagens.
DIALETOS
• Variedades originadas pelas diferenças regionais, de idade, de sexo,
de classe ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da
língua (ex.: gíria).
VARIEDADES LINGUÍSTICAS
• Variações que uma língua apresenta de acordo com as condições
sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
LÍNGUA
• Tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio
do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.
LINGUAGEM
• Representação do pensamento por meio de sinais que permitem a
comunicação e a interação entre as pessoas. Linguagem verbal: tem
por unidade a palavra. Linguagem não verbal: tem outros tipos de
unidade, como gestos, o movimento, a imagem etc. Linguagem
mista: são as histórias em quadrinhos, o cinema e a TV que utilizam
a imagem e a palavra.
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NORMA CULTA OU PADRÃO
• Variedade linguística de maior prestígio social, contrária à popular.
TEXTO
• Unidade linguística concreta, percebida pela audição (fala) ou pela
visão(escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade
comunicativa.
DISCURSO
• Atividade capaz de gerar sentido desenvolvido entre interlocutores.
Além dos enunciados verbais, engloba outros elementos do
processo comunicativo que também participam da construção do
sentido do texto.
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significante, sozinha nada representa; se estiver ligada ao objeto, passa a ter o
significado real de baleia.
Significante: Significado:
B-A-L-E-I-A
Temos, então:
Signo = significante + significado.
Significante = Parte perceptível do signo (concreta – som ou letras)
Significado = Parte inteligível, o conceito (abstrata – a ideia).
OU
Atenção!
! A língua falada pelo povo é errada se levarmos em conta as regras
gramaticais; é certa se levarmos em conta que ela constitui o código
linguístico efetivamente usado pelo povo em seu processo de comunicação.
Para que você não esqueça, a linguagem ocorre nos seguintes níveis:
Culto Regional
Coloquial Gírias
Popular Arcaísmos
Literário Neologismo
Técnico Estrangeirismo ou Empréstimos
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Para refletir...
Que tal uma POESIA MATEMÁTICA, escrita pelo genial Millôr Fernandes?
Veja no texto da poesia o que é empregar, corretamente, os níveis de
linguagem.
Poesia Matemática
(Millôr Fernandes)
Às folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo otogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs
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- Primos entre si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
Nos jardins da quarta dimensão
E, enfim, resolveram se casar Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Frequentador de círculos concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
O Máximo Divisor Comum
Frequentador de círculos concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
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Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais um todo,
Uma Unidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.
Mas foi então que o Einstein descobriu a Relatividade
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade.
Como, aliás, em qualquer
Sociedade.
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se construa o texto ideal a cada situação, criando textos modernos, com clareza de
expressão e objetivos, coerentes com a tendência moderna.
Pense comigo: todos já tivemos em mente mil ideias, mas não soubemos o
que escrever e, muito menos, como começar. Esse é um dos maiores obstáculos. E
por que será que tantas pessoas têm problemas para redigir ou para começar a
redigir? Porque, além da falta de leitura, na maioria das vezes:
Para refletir...
Leia as divertidas orientações do Prof. João Pedro (UNICAMP).
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Orientações do prof. João Pedro
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21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres em uma galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!!! O seu texto fica horrível!!!!!!!
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão
da ideia nelas contida e, por conterem mais que uma ideia central, o que
nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre
leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las
compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo
da leitura, hábito que devemos estimular por meio do uso de frases mais
curtas.
26. Cuidado com a hortografia, pra num estrupar há língúa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando
seu texto pobre e estar causando ambiguidade, com certeza você vai estar
deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que
as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este
texto, tenho certeza de que você vai estar prestando atenção e vai estar
repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar
pensando em não estar falando desta maneira irritante.
29. Outra barbaridade que tu deves evitar, chê, é usar muitas expressões que
acabem por denunciar a região onde tu moras, véio!... Nada de mandar
esse trem... vixi... entendeu, bichinho?
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá
aguentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem
parar.
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Modernidade
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papel metalizado com impressões em fotolito. Um trabalho de boa qualidade,
porém a ideia não atingiu o objetivo almejado, que seria alcançar 7 %, no
aumento de clientes da panificadora.
Afirmamos, então, que o gerente foi eficiente, mas o trabalho não foi
eficaz. Ao montar a carta e os prospectos, realizou uma boa tarefa, fez tudo
certo. Apesar de o material apresentar boa qualidade, não foi uma ideia que
conseguiu atrair mais clientes, logo não atingiu o objetivo. A ideia do envio
dessa correspondência não foi a atitude certa para conseguir 7% de aumento
do número de fregueses. Uma ideia melhor poderia ter sido fazer anúncios em
revistas, jornais, TV e outros.
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A eficácia não para por aí. É preciso envolver, atrair, persuadir o destinatário
da mensagem, o que não necessita de vocabulário sofisticado, frases imensas e
trabalhadas. Isso, aliás, gerará a rejeição da mensagem.
CONCISÃO
• É expressar o máximo de informações com o mínimo de palavras.
Comunica-se sem excessos e sem clichês. Para atingir esse fim
determina-se quais as informações são relevantes e avalia-se, com
precisão, o significado das palavras e das expressões utilizadas. O
texto conciso e bem escrito é aquele em que todas as palavras e
informações utilizadas tenham uma função significativa.
CLAREZA
• Para ser claro, diz o gramático Rocha Lima, são necessários dois
procedimentos:
• 1. Educar a nossa capacidade de organização mental.
• 2. Aprender a colocar, convenientemente, em execução o material
idiomático.
• Normalmente, para quem emite a mensagem, a ideia está clara em
sua mente. Assim, escrever com clareza é ter cuidado com a escolha
das palavras e empregá-las em construções sintáticas simples e
coordenadas, de preferência. Evitar as frases ambíguas, pois o duplo
sentido é um típico problema de falta de clareza.
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CORREÇÃO GRAMATICAL
• A construção de textos abrange diversas áreas de conhecimento.
Geralmente, os textos escritos estão sujeitos a diversos tipos de
erros, entre os quais:
• 1. Ortográficos: quando usamos uma palavra com letras trocadas
ou invertidas (ex.: “sugeito”, em vez de sujeito).
• 2. Gramaticais: Ocorrem quando a estrutura gramatical da
sentença não segue as regras gramaticais vigentes (ex.: “Nós vai
sair”). Envolvem concordâncias nominal e verbal, crase, regências
nominal e verbal etc.
• 3. Erros de estilo: em contextos determinados, o uso de estruturas
sintáticas complexas e palavras incomuns causam sérios prejuízos
ao entendimento da sentença (ex.: “Ouviram do Ipiranga as
margens plácidas/De um povo heróico o brado retumbante,/E o sol
da Liberdade, em raios fúlgidos,/Brilhou no céu da Pátria nesse
instante”). Nesses versos do Hino Nacional brasileiro, há algumas
palavras incomuns para os nossos dias, como “plácidas, fúlgidos e
retumbante”, além de inversões na ordem natural (sujeito-verbo-
predicado);
• 4. Semânticos: são fortemente dependentes do contexto e
ocorrem quando a sentença, mesmo correta do ponto de vista
ortográfico, gramatical e de estilo, não apresenta uma ideia
coerente (ex.: “O ônibus come laranjas”).
COERÊNCIA
• É o resultado da articulação harmoniosa entre as ideias, as situações
ou os acontecimentos. É a conexão lógica e semântica que precisa
ocorrer em qualquer comunicação. Na escrita, o rigor é muito mais
forte do que na língua falada, exigindo do emissor um encadeamento
lógico das ideias dentro do texto. E como chegar à coerência
adequada?
• Para haver relação entre as palavras, é indispensável a atenção aos
significados de cada uma, pois o encadeamento lógico do texto
ocorre por meio das relações de tempo, espaço, causa e
consequência.
62
OBJETIVIDADE
• Para ser objetivo é preciso estar atento para expor ao destinatário as
principais ideias, retirando do texto todas as informações
desnecessárias para evitar que o leitor perca o foco do assunto
tratado. Ter objetividade é saber definir quais são as informações
relevantes que desejamos transmitir naquele momento.
Fala vulgar
Sem preocupação com a norma gramatical. Usada, normalmente, por pessoas
com baixa escolarização.
Fala coloquial
Despreocupada; usada na conversação corrente, com inclusão de gírias e
expressões familiares e um pequeno policiamento gramatical.
Fala culta
É fiscalizada gramaticalmente, utilizada em sala de aula, reuniões e palestras,
sem fugir a uma naturalidade de expressão.
Fala formal
Imita em tudo a escrita e, por isso mesmo, soa artificial.
Escrita vulgar
Utilizada por pessoas com baixa escolaridade e contém diversos erros de
ortografia.
Escrita despreocupada
É utilizada por pessoas de baixa escolarização ou usuários das diversas redes
sociais que não dão a atenção adequada à gramaticalidade.
Escrita formal
Preocupa-se em seguir a norma gramatical vigente, sendo utilizada na
correspondência empresarial e apresentações de livros.
Escrita literária
Respeita as normas gramaticais, mas quebra determinadas padronizações
63
para obter o efeito estilístico desejado, unindo o conteúdo a uma forma criativa e
inovadora.
Viu só como há variadas maneiras de expressar ideias e como cada uma tem
a sua finalidade? E, naturalmente, você já entendeu porque não se usa o coloquial
nas situações formais.
Um texto adequado à modernidade não possui vícios que, até bem pouco
tempo, faziam-se importantes ao texto. É bom saber que vício é um hábito que se
tornou padrão, adquirindo caráter negativo. Nos vícios de estilo da redação
empresarial, vários procedimentos adotados, ao longo do tempo, tornaram-se
hábitos que, hoje, geram textos pesados e ultrapassados, sem a eficácia necessária
para atingir o destinatário.
64
Você já descobriu que, nesse parágrafo, há um estilo floreado porque:
é monótono e repetitivo;
é impreciso (“autoridade competente”);
é prolixo (com vistas a aumentar o número de peças que deveriam ser
mantidas disponíveis no armazém de depósito).
DICA 1
Supracitado Citado...
Acima Citado Citado...
Encarecemos a V.Sa. Solicitamos
Somos de opinião que Acreditamos / Consideramos
Temos em nosso poder Recebemos
Temos a informar que Informamos
Tendo em vista o assunto em Tendo em vista o assunto citado...
epígrafe
Levamos a seu conhecimento Informamos
Causou-nos espécie a decisão Causou-nos estranheza / Estranhamos /
Fomos surpreendidos
Consternou-nos profundamente Lamentamos profundamente
Devido ao fato de que Devido a / por causa de
Para dirimir dúvidas Para esclarecer dúvidas
Precípua Principal
Destarte Dessa forma / dessa maneira
Referenciado Referido
Aprazada Dentro do prazo / limite
Desiderato colimado Objetivo
Aproveitando o ensejo, anexamos Anexamos
As palestras já estão inseridas no As palestras já estão na programação
65
contexto da programação
Via de regra, os procedimentos Geralmente, os procedimentos
Devemos concluir, de acordo com o Concluímos que
que dissemos acima
Antecipadamente somos gratos Agradecemos
DICA 2
Chavões em introdução:
66
superior ou por se tratar de destinatário externo em que se deseja manter tal
formalidade. Com os colegas de mesmo nível hierárquico, é desnecessário.
Chavões em fechos:
Atenciosamente.
DICA 3
Repetir uma ideia de forma viciada, com palavras diferentes, mas com o
mesmo sentido, chama-se tautologia. Por isso mereceu a duplicidade de ícones.
Delicie-se com alguns exemplos que você precisa evitar:
67
planos para o futuro de sua livre escolha
sua autobiografia superávit positivo
juntamente com todos foram unânimes
expressamente proibido conviver junto
fato real escolha opcional
encarar de frente planejar antecipadamente
multidão de pessoas abertura inaugural
amanhecer o dia continua a permanecer
criação nova a última versão definitiva
retornar de novo possivelmente poderá ocorrer
empréstimo temporário comparecer em pessoa
surpresa inesperada gritar bem alto
em duas metades iguais erário público
sintomas indicativos demasiadamente excessivo
há anos atrás a seu critério pessoal
a grande maioria exceder em muito
DICA 4
68
Memorando mal elaborado
Visando ajudar os setores no entendimento da Circular nº 43.200/08,
esclarecemos que, no âmbito interno, há uma delegação subentendida da direção
da Empresa aos superintendentes de órgãos e chefes de serviço, via tabela de
limites de competência, para definir que contratos devem ter prosseguimento nas
bases pactuadas e quais os que deverão ser objeto de reavaliação.
Memorando reelaborado
Visando ajudar os órgãos no entendimento da Circular nº...., informamos que
a tabela de Limite de Competência em vigor na Companhia é válida para
estabelecer quais os contratos que devem prosseguir nas bases pactuadas e
quais os que deverão ser objetos de reavaliação.
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Saiba que a escrita é mais que um código, vai além da carga histórica e
cultural. Não é a representação da fala, mas a manifestação da ideia coesa, clara e
eficiente, traços que o mercado exige. E sua dúvida persiste, ― Mas se há o corretor
automático do computador, ele me ajuda. Triste engano... e o exemplo está na
concordância entre palavras, quando vêm intercaladas por outras, a máquina falha
em sua avaliação, pois isso é uma questão de estilo e ela não “sabe” disso.
70
DICAS
artigo;
adjetivo;
pronome;
numeral;
substantivo e
verbo.
advérbios;
preposições;
conjunções e
interjeições.
71
Relaciona-se com o substantivo para lhe atribuir
ADJETIVO característica. Exemplos: mulher linda, livro divertido,
árvore alta, olhos azuis.
Mantém a mesma forma tanto quando se refere a
Adjetivos de dois substantivos masculinos quanto a femininos. Exemplos:
gêneros Sugestão aceitável, convite aceitável, obra incrível, livro
incrível, rapaz adorável, moça adorável.
Trata-se de palavra que pode ser classificada como
Adjetivos de dois adjetivo ou como substantivo e mantêm a mesma forma
gêneros e para os dois gêneros. Exemplos: Um jovem rebelde (neste
substantivos de dois caso, jovem é o substantivo e rebelde, sua característica, o
gêneros adjetivo). Um rebelde jovem (Neste caso, ocorre
exatamente o contrário)
72
BAZAR DO ARTIGO
– Não, só passeando.
– Ah, então vou levar você a um lugar legal. Meu nome é Morfeu, e o seu?
– Tomás Nota.
A dona do bazar, que não era de fazer rodeios, foi logo dizendo:
Já reparou que tudo no mundo tem nome? Você tem um nome, que seus pais
lhe deram. Você está sentado na... cadeira, olhando para o... computador, com
a mão no... nariz! Ahá, peguei no flagra!
74
PERFUMARIA DOS ADJETIVOS
– Não sei...
– Ah! Você é um sujeito avaro*... Por que você não experimenta aquele
perfume azul-marinho? É mais baratinho. Tem também com aroma de
melancia, o preferido da minha tia.
"Mas por que esse sujeito rima tanto?", pensou Tomás Nota. E chegou
à seguinte conclusão: "Melhor um perfumista poético do que um perfumista
ranzinza".
* Anjo Aurélio explica: "Avaro é uma pessoa do sexo masculino que não gosta
de gastar dinheiro".
Com certeza, você já ouviu falar de Monteiro Lobato. Mas você já conhece
Emília no País da Gramática? Se não, arranje um tempinho e leia, pois é um dos
melhores livros sobre esse assunto e está disponível na biblioteca virtual. Nessa
obra, Lobato refere-se ao adjetivo dizendo: “No bairro dos adjetivos o aspecto das
ruas era muito diferente. Só se viam palavras atreladas. Os meninos admiraram-se
da novidade e o rinoceronte explicou: ― Os Adjetivos, coitados, não têm pernas; só
podem movimentar-se atrelados aos Substantivos. Em vez de designarem seres ou
coisas, como fazem os Nomes, os Adjetivos designam as características dos
Nomes”.
76
O adjetivo pode ser empregado, sim, mas quando traz informação
necessária ao fato, à notícia.
77
Unidade 3
Criatividade como estratégia para evitar os vícios de
linguagem: a conduta como foco
Para isso, tenha a certeza de que o texto, como tudo na vida, não é uma
estrutura acabada, mas produto parcial de nossa atividade comunicativa. Esse
processo compreende operações e estratégias ocorridas na mente humana postas
em ação em situações concretas de interação social. A produção textual é uma
atividade verbal a serviço de objetivos sociais e sempre interacionais.
78
É a frase que se estrutura em torno de uma ou mais
orações.
Pode ser simples ou composto.
Período Ex.: O avião do Presidente consome 75% dos investimentos
da União.
Cresce a demanda por segundos que cobrem processos
contra executivos.
No período de campeonato, os times de futebol gastam
milhões com novos jogadores.
DICA
79
8. Um período pode ser formado por coordenação e/ou por subordinação e
pelos dois processos.
9. O período formado por coordenação contém orações independentes, que
podem, com frequência, ser separadas em períodos simples.
10. O período formado por coordenação se dá por paralelismo ou relativa
independência entre as orações. Relativa porque, se há a independência
sintática, muitas vezes não há independência semântica.
11. O período formado por subordinação contém orações interdependentes, que
dificilmente podem ser separadas em períodos simples.
12. O período formado pelo processo de subordinação caracteriza-se pela falta
de paralelismo entre orações, e pela desigualdade de funções e variedades
sintáticas.
13. Esquema e exemplos:
80
Estruturação do parágrafo
Curiosidade
?
Você conhece Fernando Pessoa, um dos
maiores escritores portugueses? Leia o que ele
disse:
81
Para chegar à estruturação do texto, aprofunde o seu conhecimento sobre a
organização de uma de suas unidades básicas: o parágrafo.
O Parágrafo
O parágrafo é organizado em torno de uma ideia-núcleo ou principal ou
básica, que é desenvolvida por ideias secundárias, ramificadas da principal. Para
que você possa formar um parágrafo, utilize uma ou mais frases, porque o seu
tamanho é variável. Entenda o conceito de parágrafo como unidade de ideias, no
texto argumentativo. Ora, se há unidade de ideias, os parágrafos precisam se
relacionar com a tese ou ideia principal do texto, que você, geralmente, já
apresentou na introdução.
DICA 1
Nos textos bem escritos, cada parágrafo deve conter apenas uma ideia
importante.
82
instalando filtro de controle dos gases e líquidos expelidos; e a população, utilizando
menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodízio de carros, como
já ocorre nos grandes centros. (Conclusão) Medidas que excluam qualquer um
desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no combate à poluição e
apenas onerar as contas públicas.
Construindo o parágrafo
Você deve ter refletido que o parágrafo tem a mesma estrutura do texto:
introdução, desenvolvimento e (escondida ou subentendida) conclusão. Na
introdução do parágrafo, há o tópico frasal ou ideia-núcleo, que é a motivação
formada por um bloco de palavras, suficiente para desencadear o parágrafo.
83
(sem afetação), rápida, objetiva e ter a força de levar para a construção do
parágrafo. Notou a importância que se deve dar a esse início do parágrafo?
DICA 2
Agora você domina cinco formas de elaborar o tópico frasal. Há outras, pois o
texto é uma atividade aberta; e essas são apenas sugestões de iniciar um parágrafo.
Com o treino, você sentirá facilidade em redigir pequenos textos, utilizando a forma
de tópico frasal que melhor se adapte aos seus propósitos de argumentação.
DICA 3
84
Conectivos
DICA
85
Ordenação das ideias. Pontuação: o ponto e a vírgula
Sem desprezarmos o que foi pensado antes, devemos nos esforçar por refletir
"com nossa própria cabeça". Essa prática deve ser constante e deixar-nos
totalmente abertos ao aprendizado e ao questionamento. Ir de encontro ao conteúdo
86
não é algo fora do alcance das situações do dia a dia, embora a princípio pareça que
apenas textos de grande abrangência estejam sujeitos a esse processo. O
questionamento existe em todos os textos; para isso, basta fazermos perguntas
simples sobre o alcance e os objetivos do texto, seja ele científico, destinado a um
concurso ou um simples memorando.
Estrutura de ideias
Quando iniciamos um texto, é preciso disposição para fazer um bom trabalho e
otimizar o nosso tempo. Surge, então, um fato importante: a maneira como transmitir
a mensagem ao nosso leitor, pois isso é mandar o nosso pensamento de modo bem
compreensível, com lógica e clareza. Assim, a estrutura de ideias é traduzida no
texto na forma de parágrafos e períodos. Além do conteúdo, envolve aspectos de
linguagem e de Gramática, principalmente pontuação e estrutura do período. Abaixo,
um exemplo de parágrafo, composto em ideias excelentemente estruturadas.
ideia = frase
87
enquanto sequência ordenada das ideias.
enquanto sequência ordenada de frases.
Ideia e unidade
IDEIA = FRASE
Viu, não importa o número de palavras. Você pode expressar uma ideia com
uma ou várias palavras. Ordene seus pensamentos com base nessa relação e...
alcance a excelência textual!
II. Coerência e coesão: a falta de coerência ocorre com frequência nos textos.
Muitos apresentam um argumento para contradizê-lo adiante. A redundância
denuncia outro erro comum: falta de coesão. O autor dá voltas, sem
acrescentar dado novo. Isso é típico de quem não tem informação suficiente
para compor o texto.
III. A inadequação: é um tipo de erro capaz de aparecer inclusive em textos
corretos na gramática e na ortografia e coerentes na estrutura. Nesse caso, o
autor foge ao tema proposto, escolhendo outro argumento, com o qual tenha
maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes
na avaliação.
88
IV. Estrutura dos parágrafos: quase sempre, os autores têm dificuldades em
organizar o texto em parágrafos. Sem a definição de uma ideia em cada
parágrafo, o texto fica desestruturado. Um erro comum é cortar a ideia em um
parágrafo para concluir no seguinte o que, muitas vezes, deixa o pensamento
sem conclusão.
Curiosidade.
? O gramático Celso Luft escreveu um livreto (sem ironia, pois é bem
fininho!) chamado A vírgula (Rio de Janeiro: : Ática, 1996), no qual diz que se
lhe ensinaram que a vírgula indica pausa, esqueça. É preciso saber que a
vírgula é um instrumento da escrita que separa ou aproxima palavras,
organizando-as na frase, ordenando as suas relações. O objetivo da vírgula é
tornar mais claras as ideias. Não se separa o sujeito do verbo por vírgula,
porque a relação entre eles é direta, é a razão de ser da oração. E isso é
gerado pela própria natureza da vírgula, não por regras. É fundamental que se
compreenda muito bem a função estrutural da vírgula. As regras vêm como
consequência, tornam-se óbvias, tautológicas. Vamos conhecer melhor a
vírgula?
89
Uso da vírgula
Uso da vírgula:
O mais rápido dos quatro, João chegou cinco minutos na frente.
Na falta da vírgula:
O mais rápido dos quatro João chegou cinco minutos na frente.
Algumas pessoas escrevem seus e-mails “na pauleira”, sem fazer pontuação,
“para não perder tempo”. Veja um exemplo da diferença que uma vírgula pode fazer
no sentido de uma frase, expressa pela sabedoria popular:
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura.
90
Saiba+
+ PONTUAÇÃO: VÍRGULA
91
elemento só. Por exemplo:
92
O candidato está bem preparado; tem, portanto, condições de ser
contratado.
11. Para separar frases iniciadas pelas expressões e sim, e não, mas
sim. Ex. Não haja com imprudência, e sim com moderação.
93
Período composto por subordinação:
94
um dos itens anteriores.
Ex.: Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar.
______________________________________________________________
O ponto final é uma pequena marca, um sinal de uso ortográfico. Usamos essa
marca em dois casos: para indicar o fim de período declarativo e no fim de
abreviaturas (ex.: Sr.; a.C.; V.Sª.). No primeiro caso, temos um emprego sintático,
95
equivalendo à pausa do discurso oral. No segundo, é convenção ortográfica, para
nos orientarmos durante a leitura, sem correspondência no discurso oral. E para que
você não se esqueça de “bater o ponto”, de modo correto em seu texto, leia o que
segue.
O ponto foi nosso assunto da coluna passada. Ele facilita a vida de quem
escreve. O redator não tropeça em conetivos, nem em vírgulas, nem em correlações
verbais. Facilita, também, a tarefa do leitor. Ele lê sem dificuldade cerca de 200
toques (uma linha e meia) até que os olhos peçam pausa. Sem ela, precisa voltar
atrás. Resultado: perde a paciência e o prazer do texto. Como chegar lá?
DICA 1
DICA 2
Pensei em construir uma rodoviária maior e mais moderna, pois a que temos
dentro em pouco será insuficiente, mas os trabalhos a que me aventurei,
96
necessários ao conforto dos viajantes, não me permitiram a execução de uma
obra, embora útil, prorrogável.
Pensei em construir uma rodoviária maior e mais moderna, pois a que temos
dentro em pouco será insuficiente. Mas os trabalhos a que me aventurei,
necessários ao conforto dos viajantes, não me permitiram a execução de uma
obra, embora útil, prorrogável.
DICA 3
Sem a duplinha:
97
Espero que, nos novos textos que você elaborar, continue sendo o verbo que
traduz muito mais que uma simples ação, mas que dê total sentido a esses textos!
A – Viagem a Portugal
Afora – Todos desistiram, afora os mais insistentes.
Após – Pedro retirou-se após a discussão.
Ante – Ficou parado ante a porta.
Até – Correu até cair de cansaço.
Com – Café com leite
Como – Receberam o troféu como prêmio.
Conforme – Ocorreu conforme o esperado.
Consoante – O rito se deu consoante os costumes.
Contra – Lutaram um contra o outro.
De – Copo de leite.
98
Desde – Não o vejo desde o ano passado.
Durante – Ele saiu durante o discurso.
Em – Siga em frente.
Entre – Estava entre a cruz e a espada.
Exceto – Todos votaram a favor, exceto os radicais.
Fora – Tudo corre bem, fora alguns detalhes.
Mediante – Pudemos participar mediante recurso.
Menos – Todos compareceram, menos ele.
Para (pra: variante informal do coloquial) – Comida para gatos.
Bom pra cachorro.
Por – Passamos por ele no caminho.
Ele passou pelos percalços ileso.
Perante – Apresentou-se perante o juiz.
Salvante – Resolvi todas as questões, salvante a última.
Salvo – chegaremos logo, salvo algum imprevisto.
Segundo – Estamos no caminho certo, segundo o mapa.
Sem – Café sem açúcar.
Sob – Trabalho sob pressão.
Sobre – Pedra sobre pedra.
Tirante – Conheço essas pessoas, tirante uns poucos.
Visto – Ele terá alta, visto o resultado do exame.
Crase
O emprego da crase está sujeito a duas condições:
Ex.: Vou à faculdade com esta mochila igual à que você usava. Depois das aulas,
vamos àquele cinema?
99
Nunca se usa crase antes de: Exemplos
masculino bife a cavalo, andei a pé.
verbo disposto a reagir.
falei a cada prima. Dirigiu-se a ela.
pronomes (que não aceitam o artigo
Referia-me a esta moça. Parabéns a
a(s))
você
expressões formadas por palavras gota a gota, face a face.
repetidas
nomes de cidades sem determinação vou a Santos. Vou à poluída Santos
(exceção: haverá crase, se o nome da
cidade vier determinado)
palavras no plural precedidas de a (no assisti a demonstrações de carinho.
singular)
Para que a sua empresa seja a regente de muitas ocasiões brilhantes, vamos
verificar a:
100
Regência nominal
Quase sempre, as palavras de uma oração são dependentes entre si ou
relacionam-se entre si para formar um todo com significação. Essa relação entre
duas palavras, uma das quais serve de complemento à outra, é o que se chama
regência.
101
DICA
Regência verbal
Depois da nominal, chegamos à REGÊNCIA VERBAL. Perceba a diferença.
Nesse contexto, ocorre a relação de dependência ou de subordinação entre os
verbos e os seus complementos. Lembra-se do que falamos na apresentação? Que
o verbo é o núcleo da sentença? Pois é, como você pensa muito, de variadas formas
e sobre conceitos diferentes, um mesmo verbo pode ter relações múltiplas,
dependendo do significado que ele adquira naquela situação. Por essa quantidade
de conceito é que a regência é a matéria que traz algum aperto ao aprendiz. A
qualquer outro, jamais a você, que é sempre nota 1000!
Esses verbos são os únicos que admitem a oração na voz passiva (o sujeito sofre a
ação). Quando o objeto direto for representado por um pronome de terceira pessoa
(ele, ela, eles, elas), deveremos usar os pronomes O, A, OS, AS.
103
CUSTAR, no sentido de ser difícil ou doloroso. Esse verbo (CUSTAR) não admite a
pessoa como sujeito, apenas como objeto indireto. O sujeito sempre será a "coisa"
difícil, dolorosa.
Ex.: Custava-lhe acreditar que o amigo havia morrido.
Alguns verbos transitivos indiretos que exigem a preposição “A” não admitem o uso
dos pronomes “LHE, LHES”. Só poderemos usar “A ELE, A ELA, A ELES, A
ELAS”. Eis os verbos:
ASPIRAR, VISAR, ASSISTIR (no sentido de estar presente, ver), aludir (fazer
alusão, referir-se), referir-se e anuir (dar consentimento, aprovação).
Ex.: Confesso que julgo o seu cargo o ideal para mim; sempre aspirei a ele.
Ex.: Este filme é ótimo. Todos querem assistir a ele.
Ex.: O seu pedido é absurdo, por isso não anuirei a ele.
104
CHAMAR, no sentido de dar qualidade ou nome; designar; qualificar.
Ex.: Não atendeu os meus conselhos. Não atendeu aos meus conselhos.
ANTECEDER
PRESIDIR
RENUNCIAR
SATISFAZER
Ex.: O chefe satisfez o desejo dos empregados. O chefe satisfez ao desejo dos
empregados.
Verbo intransitivo
Atenção!
! Para que o seu texto possua aquela “música” gostosa de ouvir, atente
que, independentemente das nomeações, o que importa é que você saiba usar
o verbo adequadamente, com a preposição quando ele a exigir, sem a
preposição quando ele a rejeitar. É esse jogo da presença e da ausência que
nos importa.
105
Classes gramaticais: conjunção, pronomes relativos, termos
relacionais
Nessa circunstância, duas coisas vêm a calhar. Uma é o conteúdo dessa fase
de aprendizagem, classes de palavras fundamentais à sua expressão. Outra é a
frase de Júlio Camargo: “O dicionário pode ser o pai dos burros. Mas só pessoas
inteligentes o consultam”.
Classes
Função ou sentido
gramaticais
106
Conjunção coordenativa e
Conjunção Subordinativa.
Quando liga uma oração a outra que depende dela. Se você diz
conjunção
“Estou triste”, alguém vai perguntar, “por quê?”. “Estou triste porque
subordinativa
minha mãe brigou comigo.” (Porque = conjunção.)
Conjunções
107
Observamos que a conjunção coordenativa não se altera com a mudança de
construção, pois liga elementos independentes, estabelecendo entre eles relações
de adição, no primeiro caso, e de igualdade ou de alternância, no segundo.
Por outro lado, aqui:
c) Quando tiver visto o filme, escute o CD.
d) Após a visão, a audição. .
Coordenativa
1. Classificação
Classificam-se as conjunções coordenativas em ADITIVAS,
ADVERSATIVAS, ALTERNATIVAS, CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS.
a) ADITIVAS, que servem para ligar dois termos ou duas orações de idêntica
função: e, nem [= e não].
Há alguns anos, a cantora Rita Lee gravou uma música de grande sucesso
que diz assim: "Como vai? Tudo bem. Apesar, contudo, todavia, mas, porém...".
108
c) ALTERNATIVAS ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que,
ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou...ou, ora...ora, quer...quer,
seja...seja, nem...nem, já...já etc.
d) CONCLUSIVAS servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão,
consequência: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, então.
e) EXPLICATIVAS ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida
na primeira: que, porque, pois, porquanto.
Ex.: Era, pois, um homem de grande caráter e foi, pois, também um grande
estilista. (J. RIBEIRO)
109
3. As conclusivas “logo”, “portanto” e “por conseguinte” podem variar de posição,
conforme o ritmo, a entoação, a harmonia da frase.
Subordinativa
1. Classificação
Exemplifiquemos:
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
111
h) PROPORCIONAIS (iniciam oração subordinada em que se menciona um fato
realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal):
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais... (mais),
quanto mais... (tanto mais), quanto mais... (menos), quanto mais... (tanto menos),
quanto menos... (menos), quanto menos... (tanto menos), quanto menos... (mais),
quanto menos... (tanto mais).
j) INTEGRANTES (servem para introduzir oração que funciona como sujeito, objeto
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração):
que e se.
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando incerteza, se:
2. Polissemia conjuncional
Como vimos, algumas conjunções subordinativas (que, se, como, porque etc.)
podem pertencer a mais de uma classe. Em verdade, o valor desses vocábulos
gramaticais está condicionado ao contexto em que se inserem, nem sempre isento
112
de ambiguidade, pois há circunstâncias fronteiriças: a condição da concessão, o fim
da consequência e outras.
Para que a sua comunicação fique mais clara e se destaque pela correção,
entenda que o Pronome relativo substitui um termo da oração anterior e estabelece
relação entre duas orações. Oficialmente é uma subclasse de palavras que
estabelece relação entre uma palavra antecedente, que representa, e aquilo que a
seu respeito se vai dizer na oração que introduz.
Pronomes Relativos
Retomam um substantivo (ou um pronome) anterior a eles, substituindo-o no
início da oração seguinte.
Exemplo:
Nome repetido
Pronome relativo
(retoma “o jogo”)
1ª oração
Variáveis Invariáveis
o/a qual; os/as quais Que
Cujo(s), cuja(s) Quem
Quanto(s), quanta(s) Onde/aonde
113
Para que saber
Conhecer o papel desempenhado pelos relativos é importante porque:
a – preposição
que – pronome relativo
referem – Verbo Transitivo Indireto.
em – preposição
quem – pronome relativo
confiança – verbo transitivo indireto
114
(O nome confiança exige a preposição em: confiança em alguém)
Relativo que
Pode ser empregado para retomar palavra que designa pessoa ou coisa e é
substituível por o qual, a qual, os quais, as quais.
Exemplo:
Pode ser empregado nos casos em que não há exigência de preposição (como
no exemplo anterior), ou depois de preposição de uma única sílaba (a, com, de, em,
por etc).
Exemplo:
Se a preposição tiver mais de uma sílaba (perante, sobre etc), o relativo que
deve ser substituído por o/a qual, os/as quais. Compare:
115
Quando está nervoso, ninguém entende o que ele fala.
Relativo quem
Exemplos:
Exemplo:
Pessoas – substantivo
Nomes – substantivo
116
Exemplo:
Exemplo:
Exemplos:
117
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
O novo acordo veio, também, para alinhar os textos dos documentos oficiais
expedidos por todos os países que têm como idioma oficial a Língua Portuguesa
(Brasil, Moçambique, Angola, Portugal, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Guiné Equatorial,
Macau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), para que todos escrevam da mesma
forma.
Alfabeto
O acento (¨) que era utilizado para dar o som do ‘U’ em palavras como
Cinqüenta, Tranqüilo, Seqüência... não existe mais por ter caído em desuso.
Acentuação
O QUE MUDOU
Situação Exemplo
Não há mais acento nos Não ouvimos nenhuma ideia nova durante
paroxítonas:
A plateia ficou encantada com a estreia do
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projeto.
O QUE CONTINUA
Situação Exemplo
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Os ditongos ÉU e ÓI são Eles são meus heróis.
acentuados em palavras oxítonas O véu cobria-lhe o rosto.
e monossílabas.
Todas as palavras
Relâmpago; prático; sintético
proparoxítonas são acentuadas
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Ontem você não pôde ir ao clube, mas hoje
os acentos diferenciais
permanecem. O pôr do sol surgiu belíssimo.
Hífen
Situação Exemplo
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Haverá um micro-ônibus nos esperando
no aeroporto do Rio de Janeiro.
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humorados.
Situação Exemplo
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Este motorista deve voltar para a
autoescola.
Resumo
Neste ponto, você conclui o curso Comunicação Empresarial Módulo I.
Como o seu objetivo é ser um profissional administrativo ou gerencial, precisa da
qualidade na ferramenta principal da gestão, a sua comunicação escrita/oral dentro
e fora da empresa, transmitindo eficiência e competência na comunicação de suas
ideias. Verifique o quadro sinóptico no que você já é autoridade:
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Comunicação Empresarial 1
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essa base quando começou a distinguir as constantes possibilidades nos seus
contatos, em seu cotidiano de mensagens e em meio a uma autonomia intelectual.
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