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UFRN/CT/DEE

ELE0648 - TOPICOS ESPECIAIS EM TRANSMISSAO DE ENERGIA ELETRICA

ALUNO: LUCAS KELVIN ANDRADE FONSECA

MATRÍCULA: 20170052150

Ferro-Ressonância

A ferroressonância descreve um fenômeno dos circuitos que contêm capacitores e


elementos com elementos magnéticos saturáveis. O exemplo mais simples consiste em uma
associação em série de um indutor saturável e de um capacitor, ligados a uma fonte dc tensão
senoidal. Durante o regime de ferroressonância, há uma variação rápida e descontínua nas
amplitudes e fases da corrente e das tensões normais de operação, alcançando-se um estado
caracterizado por formas de ondas não senoidais, com altos valores de pico, havendo risco à
integridade dos equipamentos. Tais ondas podem ter frequências múltiplas ou submúltiplas da
frcqüência de excitação (harmônicas ou sub-harmônicas).

Segue uma análise restrita aos circuitos monofásicos com indutâncias saturáveis, cujas
características de magnetização são levantadas em laboratório e fornecidas em termos de
valores eficazes de tensão e de corrente de magnetização.
O diagrama fasorial deste circuito acha-se mostrado na Fig. 5.2. Neste caso, pode-se
escrever para os módulos das tensões:

Pode-se construir o gráfico da Fig. 5.3, onde é mostrado o ponto de operação inicial,
P1. Este ponto corresponde à intersecção da reta descrita por (5.1), com a curva de
magnetização do indutor, para uma tensão da fonte U = U 1.
Casos notáveis de ferro-ressonância.
Propagação de ondas em linhas monofásicas

Uma análise das tensões em um ponto x = L da linha e na origem x = 0 sabendo que só


existem componentes progressivas e que o tempo de deslocamento da origem até esse ponto
é dado por t = L/ v.

Construindo uma tabela para os diferentes tempos percorridos ao longo da linha:

EXEMPLO 1

Representar as ondas refletidas e refratadas para um degrau de 100 V, propagando-se


em uma linha com impedância característica de 200 ohm e encontrando uma linha com
impedância característica de 300 ohm.
Observando duas situações particulares:

 LINHA COM TERMINAL EM VAZIO

A linha com terminal em vazio pode ser analisada como um caso particular da
descrição anterior.

Basta fazer Z2 —> oo nas expressões

Ou seja, a onda refletida é igual à onda incidente, dobrando a tensão no fim da linha.

 TERMINAL DE LINHA COM RESISTÊNCIA

O comportamento da resistência R é idêntico ao de uma linha com impedância


característica Z2 = R. Para a linha sem perdas, a impedância característica comporta-se como
uma resistência, estando tensão e corrente em fase. Podemos ainda supor que o meio 2 tem
comportamento análogo ao de uma linha com comprimento infinito, com as ondas se
propagando apenas em uma direção.
Representação de não-linearidades

O caso dos resistores não-lineares é de grande interesse na simulação dos pára-raios,


que controlam as sobretensões em sistemas de potência. O equacionamento é efetuado
utilizando numa primeira fase o equivalente de Thèvenin da rede, sem considerar a presença
do elemento não linear. Posteriormente, obtemos a solução simultânea das equações do
equivalente de Thèvenin com as do elemento não linear. Conforme é sabido, o pára-raios
convencional de carboneto de silício tem um centelhador em série com o resistor que é
disparado quando a sobretensão atinge um valor pré-definido. Nesse exemplo elementar, não
consideraremos a presença do centelhador, admitindo que o resistor está permanentemente
incluído na rede. Obtemos o equivalente de Thèvenin para uma onda atingindo o final de uma
linha em vazio e com impedância característica Z 1. A tensão dobra no final da linha em vazio,
resultando no circuito:

Ao conectar o para-raios, têm se o seguinte circuito:

A solução por método iterativo do circuito acima, retorna o seguinte gráfico:


A solução desse problema não linear pode ter várias formas e um dos procedimentos
utilizados em programas de computador é a linearização por trechos da curva V x I do pára-
raios. Com a curva não linear subdividida em segmentos de reta, a solução é obtida a cada
instante do processamento, com o algoritmo identificando os segmentos correto para a
solução do transitório.

EXEMPLO 5

Determinar a tensão no terminal de uma linha de transmissão protegido por um pára-


raios quando atingido por um degrau de 1000 kV. A impedância característica da linha é de 400
ohm.

SOLUÇÃO

Temos as equações para a tensão no fim de linha:


EXEMPLO 6

Um raio atinge uma linha de transmissão a uma certa distância do terminal de linha
protegido com um pára-raios do tipo óxido metálico sem centelhador. Calcular tensão no
terminal de linha.

Dados

• Impedância característica da linha: Z1 = 400 ohm.

• Forma de onda da corrente do raio:


SOLUÇÃO

A incidência do raio na linha, conforme capítulo 12, cria ondas de tensão e corrente
que são iguais por simetria e se propagam em sentidos opostos.

Temos uma frente de onda atingindo a subestação com valor 2000 kV/us, que dobra
no fim de linha em vazio.

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