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APOSTILA BÁSICA DO AUDIOVISUAL

DISCIPLINA: LINGUAGEM AUDIOVISUAL


CURSO DE LETRAS
CENTRO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Prof. Fernando de Jesus Giraldo Salinas

1 Escala de Planos (nomes genéricos já que não há um acordo para eles):

- Planos abertos: informativos e/ou descritivos

GPG - Grande Plano Geral PG - Plano Geral PA - Plano Americano

- Planos médios: identificação, diálogos e/ou narração

PM - Plano Médio PP - Primeiro Plano

- Planos fechados (close): emotivos, diálogos e/ou pontuais

Close PD - Plano de detalhe

(imagens do comercial: Lacta 5Star - MORDEU, BATEU)

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2 Nomes genéricos dos Movimentos de Câmera:

- Panorâmica (Pan):

Pan (panorâmica horizontal) Tilt (panorâmica vertical)

- Travelling (qualquer deslocamento da câmera):

Dolly-in Dolly-out

Zoom-in Zoom-out

Travelling paralelo Pedestal ou Travelling vertical

Travelling Circular Câmera subjetiva

- Plano sequência: movimento de câmera sem cortes com vários movimentos combinados.

(Imagem do personagem Gru do filme: Meu Malvado Favorito)

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3 Regra dos terços (ou lei dos terços):

pontos de ouro e ponto central elemento principal no ponto central

elemento principal da imagem nos quatro pontos de ouro


(Imagens do filme: Meu Malvado Favorito)

4 Ângulos de Câmera com relação à altura dos olhos

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5 Ângulos de Câmera com relação à personagem

(Imagens do filme: Meu Malvado Favorito)

- Plano - Contraplano (em ângulo de 45º):

plano dela e contra dele contra dela e plano dele

(imagens do comercial: Lacoste "The Big Leap”)

6 Velocidade da imagem:

- Normal
- Câmera Lenta (slow motion)
- Câmera Rápida (Quick Motion)
- Imagem congelada (Freeze)

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7 Cortes:
- Corte Seco: quando corta de uma imagem para a seguinte sem nenhum efeito.
- Fade-in: de preto (ou qualquer cor) para a imagem.
- Fade-out: da imagem para preto (ou qualquer cor).
- Fusão ou dissolve: fusão de uma imagem com a imagem seguinte.
- Efeitos especiais: qualquer tipo de efeito especial para passar de uma imagem para outra,
como cortinas, estrelas voando, cortes circulares, etc.

8 Três etapas da realização audiovisual:

- Pré-produção: tudo o que se faz antes de ligar a câmera, antes de começar a gravar.

- Produção: tudo o que se faz quando a câmera entra em ação, durante a gravação.

- Pós-produção: tudo o que se faz depois de desligar a câmera, na montagem ou edição.

9 O Roteiro

- Story Line: (o quê) resumo em uma linha.


- Sinopse: (o quê, quem e onde) breve resumo pouco detalhado contado o começo, méio e
fim da história; um parágrafo, uma página ou duas.
- Argumento: (O QUÊ, QUEM, ONDE, QUANDO, POR QUÊ (E COMO).
RESUMO GERAL MAIS DETALHADO. É uma apresentação geral da história, dos 

personagens, dos principais conflitos e dos lugares dos acontecimentos.
- Roteiro (literário): DETALHAMENTO FINAL COM ÊNFASE NO COMO.
É dividido em cenas, com a descrição de personagens, ambientes,
ações e todas as falas (narrações e diálogos).
- Storyboard: DESENHOS (OU FOTOS) DOS PRINCIPAIS PLANOS DE CADA CENA.
Serve como guia ilustrado para toda a equipe de realização entender a como o diretor
quer gravar cada plano.
- Decupagem (ou Roteiro técnico): Dividido em cenas e planos com a descrição de
enquadramento, movimentos de câmara, ambiente, ação das personagens, falas (sons e
músicas).
- Animatic ou pré-visualização: storyboard animado em computação gráfica.

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10 Exemplo de Roteiro de cinema (cenas 10, 11 e 12 de Cidade de Deus -2002 - roteiro de
Bráulio Mantovani):

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11 Diagrama básico de roteiro em três atos:

Extraído do livro:
- Field, Syd. Manual do Roteiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.

12 Resumo da aventura do herói:


“O herói mitológico, saindo de sua cabana ou castelo cotidianos, é atraído, levado ou se dirige
voluntariamente para o limiar da aventura. Ali, encontra uma presença sombria que guarda a passagem.
O heróis pode derrotar essa força, assim como pode fazer um acordo com ela, e penetrar com vida no
reino das trevas (batalha com o irmão, batalha com o dragão; oferenda, encantamento); pode, da
mesma maneira, ser morto pelo oponente e descer morto (desmembrado, crucifixão). Além do limiar,
então, o herói inicia uma jornada por um mundo de forças desconhecidas e, não obstante,
estranhamente íntimas, algumas das quais o ameaçam fortemente (provas), ao passo que outras lhe
oferecem uma ajuda mágica (auxiliares). Quando chegam ao nadir da jornada mitológica, o herói passa
pela suprema provação e obtém sua recompensa. Seu triunfo pode ser representado pela união sexual
com a deusa-mãe (casamento sagrado), pelo reconhecimento por parte do pai-criador (sintonia com o
pai), pela sua própria divinização (apoteose) ou, mais uma vez - se as forças se tiverem mantido hostis a
ele -, pelo roubo, por parte do herói, da bênção que ele foi buscar (rapto da noiva, roubo do fogo);
intrinsecamente, trata-se de uma expansão da consciência e, por conseguinte, do ser (iluminação,
transfiguração, libertação). O trabalho final é o do retorno. Se as forças abençoaram o herói, ele agora
retorna sob sua proteção (emissário); se não for esse o caso, ele empreende uma fuga e é perseguido
(fuga de transformação, fuga de obstáculos). No limiar de retorno, as forças transcendentais devem ficar
para trás; o herói reemerge do reino do terror (retorno, ressurreição). A bênção que ele traz consigo
restaura o mundo (elixir)” (pp. 241-242).

Texto extraído do livro:


- Campbell, Joseph. O Herói de Mil Faces. São Paulo: Pensamento, 1999.

- Resumo da jornada do herói:


1. Os heróis são apresentados no MUNDO COMUM, onde
2. recebem um CHAMADO À AVENTURA.
3. Primeiro, ficam RELUTANTES ou RECUSAM O CHAMADO, mas
4. num encontro com o MENTOR são encorajados a fazer a
5. TRAVESSIA DO PRIMEIRO LIMIAR e entrar no Mundo especial, onde
6. encontram TESTES, ALIADOS E INIMIGOS.
7. Na APROXIMAÇÃO DA CAVERNA OCULTA, cruzam um segundo limiar
8. onde enfrentam a PROVAÇÃO SUPREMA.
9. Ganham sua RECOMPENSA e
10. são perseguidos no CAMINHO DE VOLTA ao Mundo Comum.
11. Cruzam então o Terceiro Limiar, experimentam uma RESSURREIÇÃO
e são transformados pela experiência.
12. Chega então o momento do RETORNO COM O ELIXIR,
a bênção ou o tesouro que beneficia o Mundo Comum.

Texto extraído do livro:


- Vogler, Christopher. A Jornada do Escritor: Estruturas Míticas para Contadores de Histórias e
Roteiristas. Rio de Janeiro: Ampersand, 1997.

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