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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE

EXPERIMENTO DE REYNOLDS

PROFESSORA: KEILA DE SOUZA SILVA

AGATHA NATASHA MELO DA SILVA RA 110512


ANA FLAVIA ARNALDI DE MELLO RA 106770
JAQUELINE DOS SANTOS DE OLIVEIRA RA 107602
LAUANA FERNANDES SILVA RA 107458
LUAN SILVA SCARASSATTI RA 110508

UMUARAMA/PR
2021
1. INTRODUÇÃO

2
2. OBJETIVOS
Determinar a vazão de água necessária para atingir os regimes de
escoamentos desejados; comparar os diferentes regimes experimentais com os
teóricos a partir de Reynolds.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais e reagentes utilizados foram: água, 2 baldes de 30 L, 1 paquímetro,
1 proveta de 1 L, 1 seringa de 10 ml, solução de corante Violeta Genciana e
tubulação de 2 m de PVC transparente (1/4’’ de diâmetro).

3.1. Experimento I
De início, preencheu-se o módulo do experimento com água, utilizando a válvula
no final do módulo estando fechada (evitando bolhas na tubulação). Logo após,
inseriu a solução de corante de violeta na seringa introduzida na tubulação de PVC
transparente. Posteriormente abriu-se a válvula afim de liberar o fluxo de água,
regulando a vazão para os regimes laminar, transição e turbulento. Feito isso, foi
detectado o tipo de regine, observando o comportamento do corante no tubo de PVC.
E depois, com uma proveta e cronômetro, aferiu a vazão de cada tipo de regime
trabalhado. E todos esses mesmos processos foram realizados em triplicata para
laminar, transição e turbulento.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A tabela 1 abaixo é referente aos dados obtidos através do experimento de
Reynolds

Tabela 1. Dados experimentais adquiridos pelo experimento de Reynolds

Condiç Tempo Volu Vazão Velocida Reynold Média


ão me de s Reynold
desejad (s) (mL) (cm³/s) (cm/s) s
a

Laminar 1800 14420 8,011 25,309 1799,691 1802

14500 8,056 25,449 1809,675

3
14400 8,000 25,274 1797,195

Transição 1800 19240 10,689 33,769 2401,252

19200 10,667 33,699 2396,260


2400
19260 10,700 33,804 2403,748

Turbulento 1800 22440 12,467 39,385 2800,629

22460 12,478 39,420 2803,125


2802
22450 12,472 39,403 2801,877

cm3 cm3 cm3


As vazões volumétricas obtiveram médias de 8,022 ,10,685 e 12,472
s s s
, respectivamente. Evidenciando que, na medida que aumentou o grau do regime,
maior a quantidade em volume de água passou pela tubulação pelo mesmo tempo das
demais condições, uma vez que tiveram velocidades maiores.
Os resultados encontrados de Reynolds foram de 1802, 2400 (no limite, quase
indo para o turbulento) e 2802, respectivamente para laminar, de transição e
turbulento. Indicando que tais valores se enquadram no que diz a literatura, onde
relata que a classificação dos escoamentos se dá pelo regime laminar tendo Re menor
que 2100, transição com Re entre 2100 a 2400 e turbulento com Re maior que 2400
(BRUNETTI, 2008).

5. QUESTIONAMENTOS

1. Calcular o número de Reynolds com os dados experimentais da Tabela 1.


Laminar:
25,309∗0,635
=1799,691
0,00893

25,449∗0,635
=1809,675
0,00893

4
25,274∗0,635
=1797,195
0,00893
Média:
1799,691+1809,675+1797,195
=1802,187
3

Transição:
33,769∗0,635
=2401,252
0,00893

33,699∗0,635
=2396,260
0,00893

33,804∗0,635
=2403,748
0,00893
Média:
2401,252+ 2396,260+ 2403,748
=2400,420
3

Turbulento:
39,385∗0,635
=2800,629
0,00893

39,420∗0,635
=2803,125
0,00893

39,403∗0,635
=2081,877
0,00893
Média:
2800,629+ 2803,125+2081,877
=2801,877
3

Com os cálculos se obteve média de 1802 para laminar, 2400 para transição e 2802
para turbulento.

5
2. Determinar com os dados experimentais obtidos o número de Reynolds
para as seguintes situações:

Tendo como base nas médias dos parâmetros para laminar, transição e turbulento.

a) Se o diâmetro da tubulação fosse o dobro?

Diâmetro dobrado=0,635∗2=1,27 cm
1,27
Raio= =0,635 cm
2

A=π∗r 2
A=π∗0,6352
A=1,27 c m2
PARA LAMINAR:

V=
A
8,022
˙
V=
1,27
V =6,32
6,32∗1,27
ℜ=
0,00893
ℜ=898
PARA TRANSIÇÃO:
10,685
˙
V=
1,27
V =8,41
8,41∗1,27
ℜ=
0,00893
ℜ=1196
PARA TURBULENTO:
12,472
˙
V=
1,27
V =9,82

6
9,82∗1,27
ℜ=
0,00893
ℜ=1397
OBS: é notório que nos 3 casos, o número de Reynolds reduziu praticamente pela
metade, com relação aos valores obtidos no experimento.

b) Se o diâmetro da tubulação fosse a metade?

0,635
Diâmetro metade= =0,317 cm
2
0,317
Raio= =0,15875 cm
2

A=π∗r 2
A=π∗0,158752
A=0,079 c m 2
PARA LAMINAR:
8,022
˙
V=
0,079
V =101,54
101,54∗0,317
ℜ=
0,00893
ℜ=3605
PARA TRANSIÇÃO:
10,685
˙
V=
0,079
V =135,25
135,25∗0,317
ℜ=
0,00893
ℜ=4801
PARA TURBULENTO:
12,472
˙
V=
0,079
V =157,87
157,87∗0,317
ℜ=
0,00893

7
ℜ=5604
OBS: é notório que nos 3 casos, o número de Reynolds aumentou praticamente o
dobro, com relação aos valores obtidos no experimento.

c) Se a viscosidade fosse o dobro da viscosidade da água?


Com a viscosidade sendo o dobro=0,00893∗2=0,01786
PARA LAMINAR:

25,344∗0,635
ℜ=
0,01786
ℜ=901
PARA TRANSIÇÃO:
33,757∗0,635
ℜ=
0,01786
ℜ=1200
PARA TURBULENTO:
39,403∗0,635
ℜ=
0,01786
ℜ=1401
OBS: é notório que nos 3 casos, o número de Reynolds reduziu exatamente pela
metade, com relação aos valores obtidos no experimento.

d) Se a temperatura do fluido fosse 10°C maior?


Se a temperatura fosse 10ºC maior resultaria em 35ºC, portanto o valor de
viscosidade seria diferente, sendo de 0,00727 cm2/s

PARA LAMINAR:
25,344∗0,635
ℜ=
0,00727
ℜ=2214
PARA TRANSIÇÃO:
33,757∗0,635
ℜ=
0,00727
ℜ=2948

8
PARA TURBULENTO:
39,403∗0,635
ℜ=
0,00727
ℜ=3442
OBS: é identificável que aumentando a temperatura para 35 ºC, aumenta assim
também o número de Reynolds, uma vez que com o aumento da temperatura, a
viscosidade é reduzida.

e) Com os resultados dos itens acima, explique a influência do diâmetro e da


viscosidade na determinação do número de Reynolds.

Foi possível identificar que à medida que o diâmetro é reduzido pela metade, o
número de Reynolds praticamente é dobrado, em contrapartida, quando o mesmo
aumenta em dobro, Reynolds diminui praticamente pela metade.

E quando a viscosidade é dobrada, o número de Reynolds também reduz


exatamente pela metade.

2. Pesquisar sobre diâmetro hidráulico para uma secção transversal


circular, anelar e retangular.
A longitude característica do fluxo também é conhecida como diâmetro
hidráulico (Dh) que é diretamente proporcional à área de escoamento (Ac) e
inversamente proporcional ao perímetro molhado (p).

Segundo Çengel (2009), os diâmetros hidráulicos são:

Para secção retangular:

4 ab 2 ab
Dh= =
2(a+b) a+b
Para secção circular:

π D2
4( )
4
Dh= =D
πD
Para secção anelar:

De acordo com Scheid (2013), para secção anular (Tubo concêntrico):

9
π
4 ( ( De2−Di 2))
4 ( De 2−Di2 )
Dh= =
π ( De−Di) (De−Di)

6. CONCLUSÃO
Ao realizar o experimento e os devidos cálculos foi possível concluir que os
resultados obtidos para Reynolds estão de acordo com o esperado para laminar,
transição e turbulento, estando de acordo com os padrões descritos em literatura. Foi
possível também determinar a vazão de água necessária para atingir os regimes de
escoamentos, alcançando assim todos os objetivos da aula prática.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

ÇENGEL, Yunus A. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática. 3. ed.


2009.

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SCHEID, C. M; PARAISO, E. C. H; CALÇADA, L. A; SANTOS, D. S; PEREIRA, C.
E. G; CABRAL, E. A. Avaliação de correlações de diâmetro hidráulico em dutos
anulares. ENGEVISTA, V. 15, n. 3. p. 272-279, 2013.

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