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República de Angola

Ministério da Administração Pública,


Trabalho e Segurança Social

UNIDADE DE APRENDIZAGEM II
Unidade de Formação de Curta Duração 9
“A CULTURA DA GINGUBA”
República de Angola
Ministério da Administração Pública,
Trabalho e Segurança Social

Unidade de Formação de Curta Duração


9
“A CULTURA DA GINGUBA”

PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS GERAIS

1. APRESENTANDO A UNIDADE DE FORMAÇÃO DE CURTA


DURAÇÃO – “A CULTURA DA GINGUBA” (Nº 9)
APRESENTAÇÃO
Uma Unidade de Formação de Curta Duração (UFCD) é um conjunto metodológico
organizado segundo uma lógica de desenvolvimento de um percurso formativo, e
que propõe suportes formativos adequados à aquisição dos conhecimentos e
competências esperados.
Para garantir que o percurso formativo conduza a uma efectiva apropriação dos
conhecimentos e competências e que estes se venham a traduzir em práticas
2 adequadas e tecnicamente sustentadas, a UFCD traça um caminho para o percurso
formativo, facilitando o trabalho do formador na gestão do percurso formativo e o
do aluno/formando, na gestão da sua própria aprendizagem.

OBJECTIVOS
Esta UFCD, integrada na Unidade de Aprendizagem II, tem por Objectivo principal
facultar conhecimentos e práticas, tecnicamente sustentadas, sobre as “Culturas de
Hortícolas Comestíveis” e tem, por Objectivos Específicos, os que a seguir
identificamos:
• Proporcionar informação adequada sobre o cultivo da Ginguba como
hortícola comestível importante do ponto de vista nutricional,
particularmente em Angola.
• Garantir a assimilação e a consolidação da informação recebida para poder
ser aplicada nas operações práticas necessárias ao cultivo efectivo da
Ginguba.
• Conduzir à aquisição de competências técnicas que assegurem todas as
operações necessárias a esse cultivo.
• Assegurar a utilização de Boas Práticas no cultivo da Ginguba.
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2. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO


Para garantir que os Objectivos sejam alcançados é essencial, nesta lógica de
desenvolvimento de formação mais focada no aluno/formando, ser dada especial
atenção aos ambientes/contextos de aprendizagem, aos processos/mecanismos de
aprendizagem que neles decorrem e aos suportes/recursos de apoio que vão
possibilitar as melhores estratégias de desenvolvimento da formação.

Como a Formação tem, necessariamente, uma componente teórica, essencial para a


aquisição e consolidação de conhecimentos e uma forte componente prática, para
aplicação técnica dos conhecimentos e realização efectiva de operações práticas,
faremos aqui uma breve referência aos dois contextos de aprendizagem, assim como
aos processos e mecanismos que vão estar mais presentes em cada um desses
contextos.

OS CONTEXTOS FORMATIVOS/CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM

Os Contextos Formativos/Contextos de Aprendizagem são os ambientes, espaciais,


físicos, afectivos, pedagógicos e didácticos onde decorrem estratégias de interacção
entre formador e alunos/formandos, tendo em vista a dinamização de percursos de
aquisição de conhecimento. Esta UFCD, pelo conjunto de componentes informativas/ 3
/conceptuais/teóricas que integra e, ao mesmo tempo, pela exigência de aplicação
prática e experimental das mesmas, vai desenvolver-se em Contexto Formativo de
Aula, para momentos de Aprendizagem mais relacionada com a recepção e
assimilação da informação e em Contexto Formativo de Trabalho de Campo, para a
componente mais prática e Experimental.
A Documentação de Apoio ao Percurso Formativo será constituída, pois, por um
conjunto de recursos informativos estruturados para a aquisição de informação e
conhecimentos para suporte das práticas.
Consideremos, então, um Contexto mais enquadrado num ambiente propiciador de
recepção e consolidação de informação e conhecimento documental, a que
chamaremos “Contexto Formativo Sala/Biblioteca (Teórico-Prático)” e um outro
Contexto de Formação, focado no trabalho de campo, na prática experimental em
contexto oficinal, na aplicação de conhecimentos ao saber fazer, a que chamaremos
“Contexto Formativo Trabalho de Campo/Oficina (Prático-Experimental)”.
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GESTÃO DA APRENDIZAGEM EM CADA UM DOS CONTEXTOS

Para aprender a “Saber Fazer”, no caso desta UFCD sobre a “Cultura da Ginguba” o
aluno/formando tem de adquirir um conjunto de informações sobre as características
do produto, as suas variedades, os procedimentos e técnicas necessárias para garantir
a produção efectiva da Ginguba. É necessário, então, um contexto de Aprendizagem
inicial, em Sala de Aula e (ou) Biblioteca, onde seja possível garantir que vão decorrer
as seguintes aprendizagem (a título de exemplo):

• Leitura da informação facultada;


• Assimilação dessa informação através de estratégias de memorização e
compreensão;
• Consolidação da informação através de exercícios e partilha na sala de aula;
• Complemento da informação através de pesquisa, na Biblioteca ou na Sala de
Aula, utilizando recursos diversos;
• Compreensão da informação recebida tendo em vista a sua aplicação prática.
O Exercício Prático que leva ao “Saber Fazer”, exige um contexto de Aprendizagem
onde se possa aplicar o que se aprendeu, quer seja no terreno a cultivar, quer seja
no contacto, em contexto de Oficina, com os instrumentos agrícolas a utilizar.
4
Neste contexto de trabalho de campo/trabalho oficinal, as aprendizagens a
desenvolver devem incluir as que vamos identificar (a título de exemplo):

• Identificação e reconhecimento presencial dos instrumentos técnicos a utilizar;


• Contacto presencial com o terreno a utilizar e preparação do mesmo;
• Utilização dos conhecimentos técnicos diversos para implementar as diferentes
operações de produção integradas na cultura da Ginguba;
• Acompanhamento e monitorização de todas as actividades integradas no
processo de cultivo;
• Organização de registos adequados para garantir o reajustamento e melhoria
das práticas e procurar adquirir Boas Práticas no desenvolvimento da Cultura
da Ginguba.
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GUIÃO DE TRABALHO “CULTURA DA GINGUBA”

I – DOCUMENTAÇÃO DE APOIO/INFORMAÇÃO

DOCUMENTO 1

A GINGUBA – ORIGEM E VARIEDADES

A Ginguba ou amendoim é uma planta originária da América do Sul, havendo


registo da sua difusão, para a Europa, no século XVIII, e no século XIX para a África,
a partir do Brasil e para as Filipinas, China, Japão e Índia, a partir do Peru.

A cultura de ginguba é, pois, uma cultura encontrada em vários continentes e


contextos, dado que a planta se adapta com facilidade a diferentes climas.
Podemos identificar, no que diz respeito a esta cultura e às variedades
encontradas nos diferentes contextos de produção por todo o mundo, que elas são
essencialmente duas: a variedade tardia e a variedade precoce.
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• A Variedade Tardia caracteriza-se por ter


uma cápsula grande na qual existem
duas ou, por vezes, três sementes
grandes. É a variedade de consumo
directo por ter bom sabor e um pouco
menos de óleo que a variedade do outro
grupo. Exemplo de variedade tardia: a
variedade Virgínia que foi desenvolvida
nos Estados Unidos da América.
• A Variedade Precoce caracteriza-se por
ter uma cápsula mais estreita e
comprida, que contém três a quatro
sementes mais pequenas que a
variedade tardia, apresentando uma
casca mais fraca, em comparação à
variedade tardia. Tem alto conteúdo de
óleo e é a variedade que mais domina
6
em África, em geral e, também em
Angola, em particular. A mais típica
variedade chama-se Congo. Além de ser um produto comestível, com uma
grande variedade de aplicação na dieta alimentar angolana, serve também
para a extracção de óleo.
• Considera-se, ainda, importante,
enquanto produto, o feno de
ginguba, dado que é identificado
como um dos melhores fenos
existentes, porque contém alta
quantidade de proteínas, que é
possível manter sempre se a planta
for bem cuidada e se mantiver
saudável até à colheita.
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DOCUMENTO 2

PREPARAÇÃO DA TERRA

A cultura da ginguba exige, naturalmente, uma prévia preparação do terreno,


dado que o mesmo precisa de ser arenoso, solto e com boa drenagem. Os melhores
solos para o cultivo de ginguba são solos leves e medianos, que contêm pouca argila.
Os procedimentos para a preparação do terreno são os seguintes:
• Se o terreno for virgem com árvores e pedras, tem de se passar com a
subsoladora em duas direcções, numa profundidade de 40-50 cm; depois
passar na recolha de troncos e pedras, e lançá-los para fora do campo. Passar,
em seguida, com um disco não muito pesado, para o esmagamento de torrões,
criando condições para a cama de sementeira.

• Em caso de um terreno não virgem, isto é, que tem sido trabalhado


regularmente, a preparação de terra exige não mais que um arado de 20-25
cm de profundidade e a passagem de um disco leve para o esfarelamento do
solo. Preparam-se as camas com 1,80 m de largura e 20 cm de altura.
O terreno deve ficar bem solto.
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DOCUMENTO 3

COMO SEMEAR?

Em cada cama semeiam-se três


filas com 50 cm de distância entre
elas.
A semente pequena, no caso da
variedade Congo, semeia-se de 8 a
10 em cada metro, enquanto a
semente grande, do tipo Virgínia,
semeia 6 a 7 em cada metro. A
profundidade a que se deve
colocar a semente é de 5 cm, no
terreno solto, já previamente SEMENTE VARIEDADE CONGO
preparado para a cultura da ginguba. Convém respeitar esta profundidade para que,
havendo perigo de erosão, a semente não seja levada.
8 As sementes quebram-se com facilidade e, por isso, não se deve utilizar uma
semente já quebrada porque ela não vai, certamente, germinar.
As sementes devem ser tratadas contra as enfermidades resultantes de fungos,
para garantir que as plantas que se irão desenvolver serão plantas saudáveis. O
mercúrio orgânico é o fungicida mais adequado para tratamento das enfermidades
resultantes de fungos da terra. A semente deve ser tratada com fungicida, como é o
caso do mercúrio orgânico contra enfermidades fungosas da terra. É importante,
também, fazer-se uma prova de germinação com as sementes para assegurar que
têm não menos que 97% de germinação e assim garantir a qualidade da cultura da
ginguba. Este procedimento deve ser realizado pelo menos 10 dias antes da
sementeira.
As sementes recém colhidas não servem para serem semeadas porque a semente
de ginguba tem um período de letargia em que não germina. Daí a importância,
também, da prova de germinação.
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DOCUMENTO 4

A FERTILIZAÇÃO

Na cultura da ginguba e nos procedimentos técnicos para a desenvolver é


necessário estar atento a um fenómeno natural muito importante que permite a
fertilização natural da planta, e que é a existência da bactéria Rhizobium, criada,
naturalmente, em nódulos do sistema radicular da planta. Estas bactérias têm por
função absorver o nitrogénio do ar (no ar existem toneladas de nitrogénio que não
são assimiláveis para a planta) e transformá-lo num nitrogénio que pode ser
absorvido pela planta. A bactéria mencionada, existe de forma natural no solo, mas
não em quantidade suficiente. No entanto, ela existe, também, produzida
artificialmente e pode ser inoculada na planta para substituir a bactéria natural.
Os Procedimentos a ter em conta serão, então, os seguintes:
• No início da sementeira procede-se a uma fertilização de base aplicando-se
15 a 20 kg de sulfato de amónio para 1000 m2.
• Em caso de não se aplicar a bactéria ou que não haja suficientes nódulos que
contenham a bactéria de forma natural (de 20-25 nódulos que contenham o 9
Rhizobium de forma natural), deve aplicar-se de 30 a 50 kg de Ureia, em três
etapas do cultivo e com ênfase, quando estiver a florir. Há que se estar seguro
que o nódulo contém bactérias, porque às vezes existem nódulos, mas sem
bactérias.
• Para testar o nódulo e ver se ele tem bactéria é necessário quebrá-lo e verificar
o seguinte: se dentro estiver vermelho, é porque tem bactéria, se estiver
branco, quer dizer que não tem
bactéria e é necessário aplicar-se
a Ureia.
• Na altura da sementeira, antes
da última passagem com o disco
tem de se dar de 50 a 60 kg de
12-24-12, para ser incorporado
na terra pelo disco.

UREIA – UM FERTILIZANTE NITROGENADO


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DOCUMENTO 5

A ÁGUA E A GERMINAÇÃO

A ginguba é uma cultura que sofre com excesso de água, portanto, o terreno a
utilizar deve ter boa drenagem. Em terrenos mais leves, com muita areia, 500-700
mm de chuva bem distribuída ao longo do cultivo, com maior ênfase na época de
floração e até ao final, chega para ter um bom rendimento. Em terrenos mais
pesados, que contêm argila, são necessários 350-400 mm de chuva com boa
distribuição.
É importante, antes da colheita, termos um intervalo de 10 a 14 dias sem chuva.

O DESENVOLVIMENTO DA PLANTA

A parte do desenvolvimento mais importante da planta inicia-se com a floração,


que na variedade tardia começa 50 a 65 dias depois da sementeira. Nesta etapa é
muito importante que a terra esteja solta e húmida. Cada planta floresce no espaço
de 14 a 20 dias e não mais. A mesma flor vive um dia e cai. Depois da queda da flor,
10
a planta
começa a desenvolver um pequeno fio com a grossura, pelo menos, de l mm, cujo
nome é Guinofor, Ginóforo ou Esporão. Esta parte da planta vai em direcção ao solo,
penetra no solo de 1 a 2 cm de profundidade, faz uma curva e na sua ponta começa
a desenvolver-se a cápsula de ginguba. Se o Guinofor não conseguir penetrar no
solo, por dureza do mesmo solo, ou porque fica longe do solo, não se desenvolve a
cápsula, por isso é importante que a terra esteja
perto da planta.
Cada planta tem a capacidade de produzir
100 flores ou mais durante a sua vida.
A vida das plantas de variedade tardia,
desde o tempo da sementeira até à colheita, é
de 130-145 dias dependendo do clima,
enquanto a vida da variedade precoce é de
80-90 dias.
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DOCUMENTO 6

FACTORES QUE PODEM IMPEDIR O BOM DESENVOLVIMENTO DA


GINGUBA

ERVAS DANINHAS

A ginguba é uma cultura delicada que requer um bom controlo das ervas
daninhas. Existem excelentes herbicidas, que são compostos químicos que
controlam e eliminam de forma regulada as ervas daninhas, no cultivo da ginguba,
sem provocar danos na planta. É necessário, pois, proteger-se a planta de ginguba,
contra as ervas daninhas durante toda a época de cultivo.

PRAGAS E ENFERMIDADES

As Pragas e Enfermidades que podem impedir o bom desenvolvimento do


cultivo da ginguba devem ser identificadas para se poder fazer o controlo das
mesmas, usando meios químicos, ou outras práticas tradicionais ou empíricas
consideradas válidas. Para uma boa utilização de meios químicos, devem consultar 11
--se especialistas que saibam adequar os tratamentos aos contextos.

PRAGAS

Em Relação às Pragas, as principais são os Ácaros, que chupam a seiva das folhas,
causando a sua queda e secando a planta. Existem também lagartas, tais como a
Prodenia e a Heliotis, entre outras, que devem ser identificadas para intervir de modo
a que não causem danos.
Ácaro Verde Ácaros Vermelhos
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ENFERMIDADES

Existem várias enfermidades provocadas por fungos que podem ser


minimizadas a um nível de quase inexistência de danos, se se proceder a uma
adequada rotação de culturas.

Cápsula de Ginguba atacada por fungos

O principal fungo do solo é o Pitium que se desenvolve nas condições de terra


quente, com falta de água e que ataca principalmente plantas jovens, pelo tronco.
Quando a planta tiver 10 cm ou mais de tronco, o Pitium já não constitui perigo para
ela. Eis aqui uma das razões porque necessitamos de preparar um solo solto e
12 arejado.
O problema principal da ginguba é uma
enfermidade provocada por um fungo, cujo
nome é Cercóspora. É um fungo que ataca as
folhas, que passam a apresentar manchas
redondas da cor do café, com extremos de cor
amarela. Esta enfermidade alastra-se muito
rápido e pode causar a queda de todas as
folhas e a planta fica somente com galhos e
ramos.
Planta atacada por Cercóspora
Plantas assim, sem folhas, não podem desenvolver cápsulas e o Guinofor
debilita-se muito, e no momento da colheita rompe a cápsula e fica no solo.
Existem vários bons fungicidas para controlar esta enfermidade; há que se iniciar
com a aplicação de fungicidas quando aparecer a enfermidade e repetir o tratamento
com fungicidas de 10 em 10 dias. Geralmente são necessários de quatro a cinco
aplicações durante o cultivo.
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DOCUMENTO 7

COLHEITA E CONSERVAÇÃO DA GINGUBA

No caso de não haver máquinas para se fazer a colheita, faz-se com um garfo
especial, virando-se a planta com as cápsulas expostas ao sol para secarem durante
6 a 10 dias. Depois, quando as cápsulas estiverem secas, armazenam-se num lugar
seco, que não permita que as cápsulas tenham mais que 9% de humidade, porque a
humidade mais alta pode causar putrefação.
A folhagem da ginguba tem alto valor nutritivo para animais ruminantes,
portanto é importante secar a planta de ginguba, sem as cápsulas, mantendo a maior
parte das folhas verdes, mas secando-as, como feno. A folhagem da ginguba é um
dos melhores fenos conhecidos e quando se conserva a planta sã e se seca, pode ser
conservada por muito tempo.

13

Colheita de Ginguba
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II – GUIÃO DE ACTIVIDADES CONTEXTO TEÓRICO-PRÁTICO

SALA/BIBLIOTECA

Proposta de Trabalho

A Proposta de Trabalho inclui seis Actividades que podem ser realizadas no fim desta
Unidade Teórico-Prática ou que podem ir sendo realizadas, ao longo da Unidade
como Estratégia do Formador. Com a realização das Actividades será mais fácil:

• Assimilar a informação sobre “A Cultura da Ginguba”;

• Garantir que a mesma está consolidada e que a informação técnica está pronta

a ser utilizada;

14 • Permitir uma Auto Testagem do conhecimento adquirido;

• Possibilitar um melhor acompanhamento do percurso da aprendizagem do

aluno/formando por parte do formador.


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ACTIVIDADE Nº 1

Procedimentos:

Utilizando o Documento 1 complete a Grelha de Validação de Informação abaixo


colocada, assinalando com “V” as que considera Verdadeiras e com “F” as que
considera Falsas.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 1

1.1 A Ginguba é uma planta originária da América do Sul que nunca se


desenvolveu na Ásia.
V ----- ou F ------
1.2 A Ginguba divide-se em três variedades – variedade tardia, variedade
precoce e variedade mista.
V ----- ou F ------ 15
1.3 A Variedade Tardia caracteriza-se por ter uma cápsula grande na qual existem
duas ou, por vezes, três sementes grandes.
V ----- ou F ------
1.4 A Variedade Precoce caracteriza-se por ter uma cápsula mais estreita e
comprida, que contém três a quatro sementes mais pequenas que a variedade
tardia.
V ----- ou F ------
1.5 A Ginguba é um produto comestível, com pouca aplicação na dieta alimentar
angolana.
V ----- ou F ------
1.6 O feno de ginguba é identificado como um dos melhores fenos existentes,
porque contém alta quantidade de proteínas.
V ----- ou F ------
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ACTIVIDADE Nº 2

Procedimentos:

Utilizando o Documento 2 complete a Grelha de Validação de Informação abaixo


colocada, assinalando com “V” as que considera Verdadeiras e com “F” as que
considera Falsas.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº2

1.1 A cultura da ginguba exige, naturalmente, uma prévia preparação do terreno,


dado que o mesmo precisa de ser arenoso, solto e com boa drenagem.
V ----- ou F -----
1.2 Se o terreno for virgem com árvores e pedras, tem de se passar com a
subsoladora em duas direcções, numa profundidade de 60-80 cm.
16 V ----- ou F -----
1.3 Para o esmagamento dos torrões, deve passar-se com um disco não muito
pesado, criando condições para a cama de sementeira.
V ----- ou F -----
1.4 Para preparar um terreno já trabalhado anteriormente, a preparação da terra
não exige mais que um arado de 20-25 cm de profundidade.
V ----- ou F -----
1.5 As Camas preparam-se com dois metros de largura e 1 metro de altura.
V ----- ou F -----
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ACTIVIDADE Nº 3

Procedimentos:

Utilizando o Documento 3 preencha a Grelha de Completamento de Informação


abaixo colocada, preenchendo com a palavra certa o espaço em branco.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 3

1.1 Em cada cama --------------- três --------------- com 50 cm de --------------- entre elas.
1.2 As sementes ---------------, no caso da variedade ---------------, semeiam-se de oito
a dez em cada ---------------, enquanto as sementes ---------------, do tipo
---------------, semeiam-se de --------------- a --------------- em cada ---------------.
1.3 As sementes --------------- com facilidade e, por isso, não se deve utilizar uma
--------------- já quebrada porque ela não vai, certamente, ---------------.
1.4 O mercúrio --------------- é o fungicida mais adequado para tratamento das
--------------- resultantes de --------------- da terra. 17
1.5 As --------------- recém-colhidas não servem para serem --------------- porque a
semente de --------------- tem um período de -------------- em que não --------------.
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ACTIVIDADE Nº 4

Procedimentos:

Utilizando o Documento 4 complete a Grelha de Validação de Informação abaixo


colocada, assinalando com “V” as que considera Verdadeiras e com “F” as que
considera Falsas.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 4

1.1 A bactéria Rhizobium, tem por função absorver o nitrogénio do ar e transformá-


lo num nitrogénio que pode ser absorvido pela planta.
V ----- ou F ------
1.2 No início da sementeira procede-se a uma fertilização de base aplicando-se 15
a 20 kg de sulfato de amónio para 1000 m2.
V ----- ou F ------
18 1.3 Os nódulos da planta contêm sempre, obrigatoriamente, a bactéria Rhizobium.
V ----- ou F ------
1.4 Para testar o nódulo e ver se ele tem bactéria é necessário quebrá-lo e verificar
o seguinte: se dentro estiver vermelho, é porque tem bactéria, se estiver branco,
quer dizer que não tem bactéria.
V ----- ou F ------
1.5 Na altura da sementeira, antes da última passagem com o disco tem de se dar
100 kg de 12-24-12, para ser incorporada na terra pelo disco.
V ----- ou F ------
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ACTIVIDADE Nº 5

Procedimentos:

Utilizando o Documento 5 preencha a Grelha de Completamento de Informação


abaixo colocada, preenchendo com a palavra certa o espaço em branco.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 5

1.1 A Ginguba é uma -------------- que sofre com o -------------- de água, portanto o
terreno a utilizar deve ter -------------- --------------.
1.2 A parte do -------------- mais importante da planta inicia-se com a --------------
que na variedade -------------- começa -------------- a -------------- dias depois da
sementeira.
1.3 Depois da queda da -------------- a planta começa a desenvolver um pequeno
-------------- fio com a grossura, pelo menos, de l mm, cujo nome é Guinofor,
-------------- ou Esporão. 19
1.4 Cada planta tem a capacidade de -------------- 100 -------------- ou mais durante a
sua --------------
1.5 A vida das plantas de variedade --------------, o período desde o tempo da
-------------- até à colheita é de 130-145 dias dependendo do --------------.
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ACTIVIDADE Nº 6

Procedimentos:

Utilizando o Documento 6 legende as Fotos apresentadas e responda às questões


colocadas.

GRELHA DE ACTIVIDADE Nº 6

Questão nº 1

1.1 Legende as Fotos e explique o conceito base utilizado:


----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------

20

Questão nº 2
2.1 Legende a Foto explicando a situação de forma explícita:

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Procedimentos de Avaliação
As grelhas de Actividade que constam do Guião do Contexto Teórico-Prático são
grelhas de consolidação de informação e conhecimento, mas que podem ser utilizadas
pelo formador para avaliar o percurso e o processo de aprendizagem dos
alunos/formandos, avaliando cada uma das actividades desenvolvidas, sempre numa
perspectiva formativa e de acompanhamento dessa aprendizagem.

A “Grelha Geral de Avaliação de Desempenho I” (contexto teórico-prático), abaixo


apresentada, permite registar a Avaliação de cada aluno/formando em cada
actividade, de um modo muito simples, utilizando a tipologia de avaliação constante
da escala de avaliação.

GRELHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO I

Nome do Actividade Actividade Actividade Actividade Actividade Actividade TOTAL


Aluno 1 2 3 4 5 6

ou

Grupo de
21
Trabalho

Legenda e escala de avaliação:


1 – Fraco (ou Nunca/Não Adequado/Não Satisfaz)
2 – Suficiente (Alguma Frequência/Medianamente Adequado/Satisfaz)
3 – Bom (Bastante Frequência/Bastante Adequado/Nível Qualidade Bom)
4 – Muito Bom (Muito Frequente/Muito Adequado/Nível Qualidade Muito Bom)
5 – Excelente (Sempre/Totalmente Adequado/Nível Qualidade Excelente)
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III – GUIÃO DE ACTIVIDADES CONTEXTO PRÁTICO-EXPERIMENTAL

TRABALHO DE CAMPO

Proposta de Trabalho

A Proposta de Trabalho inclui três Actividades que serão realizadas em contexto


prático- experimental, sendo a gestão temporal das mesmas da responsabilidade do
formador, dada a importância da constante análise do contexto de implementação.

Com a realização das Actividades será mais fácil:

• Aplicar a informação e o conhecimento apreendido;

• Consolidar a aprendizagem das técnicas a aplicar na “Cultura da Ginguba” em


22
todas as suas etapas e operações;

• Corrigir e melhorar, através da prática monitorizada, a aplicação de técnicas

agrícolas para uma Boa Prática na produção de “Ginguba”.


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ACTIVIDADE Nº 1

Conteúdos e Competências em Expectativa

• Observação e implementação, em trabalho de campo, das diferentes técnicas


e operações para a produção de Ginguba
• Articulação dos conceitos teóricos com as práticas de campo

Procedimentos:

Pretende-se, com esta primeira actividade, dar início ao trabalho de campo, com a
realização de um pequeno ensaio experimental, mas onde serão utilizadas as técnicas
e operações que permitem, igualmente, uma posterior cultura extensiva.

Utilizando diferentes variedades de sementes e, também, de cebolinhas, que serão


utilizadas, igualmente, como sementes, vamos então proceder à instalação de alguns
talhões de ensaio no campo de ensaios experimentais da Cidadela Jovens de Sucesso
de Cabinda.

Procure então: 23

1.1 Seleccionar sementes com diferentes variedades para fazer o ensaio.

1.2 Enumerar os fundamentos dessa selecção.

1.3 Fazer a preparação e fertilização do terreno a utilizar no ensaio.

1.4 Proceder à sementeira do talhão.

1.5 Identificar os talhões com referência às espécies utilizadas.

1.6 Corrigir e melhorar procedimentos com a monitorização do formador.

1.7 Promover e organizar, posteriormente, em contexto de sala de aula, a análise e

discussão de resultados, para consolidar a correcção e melhoria de

procedimentos.
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ACTIVIDADE Nº 2

Conteúdos e Competências em Expectativa

• Observação e implementação, em trabalho de campo, das diferentes técnicas


e operações para a colheita, preservação e armazenamento da Ginguba
• Articulação dos conceitos teóricos com as práticas de campo

Procedimentos:

Pretende-se, com esta segunda actividade, desenvolver as competências práticas no


uso das técnicas de colheita da Ginguba. A Actividade estará focada na colheita e,
também, no tratamento e armazenamento pós-colheita.

Procure então:

1.1 Utilizar as técnicas aprendidas aplicando-as na operação de colheita da Ginguba.

1.2 Aprofundar o estudo do processo de tratamento e preservação da Ginguba, após

24 a colheita.

1.3 Proceder às operações práticas de tratamento, preservação e armazenamento da

Ginguba.
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ACTIVIDADE Nº 3

Conteúdos e Competências em Expectativa

• Pesquisa, Aprofundamento e Análise Crítica


• Técnicas de Exposição Oral
• Técnicas de Debate e Expressão Argumentativa
• Técnicas de elaboração de Relatório Crítico

Procedimentos:

Pretende-se, com esta terceira actividade, desenvolver competências transversais (soft


skills) essenciais para a qualidade global da aprendizagem.

Procure então:

1.1 Em dinâmica de Grupo, proceder a uma pesquisa aprofundada sobre a

importância da Ginguba na dieta alimentar, em Angola, e preparar, também em

Grupo, um momento de Debate e troca de ideias com toda a turma.


25
1.2 Elaborar, também em dinâmica de grupo, um relatório crítico que apresente os

elementos positivos e os aspectos a melhorar no sistema de produção da

Ginguba, relacionando-o com o seu interesse nutricional e com a dieta alimentar

em Angola.

1.3 Elaborar um relatório crítico individual com o resumo do processo da cultura da

Ginguba e o interesse pessoal da aprendizagem.


República de Angola
Ministério da Administração Pública,
Trabalho e Segurança Social

Recursos de Apoio
• Terreno de Ensaios Experimentais da Cidadela Jovens de Sucesso de Cabinda.

• Sementes selecionadas.

• Acompanhamento e monitorização dos formadores e outros especialistas.

• Pesquisa autónoma sobre a “Importância da Ginguba na Dieta Alimentar em

Angola”.

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República de Angola
Ministério da Administração Pública,
Trabalho e Segurança Social

Procedimentos de Avaliação
As Propostas de Actividade que constam do Guião do Contexto Prático-
-Experimental permitem, igualmente, que o formador avalie o percurso e o
processo de aprendizagem dos alunos/formandos, avaliando cada uma das
actividades desenvolvidas, sempre numa perspectiva formativa e de
acompanhamento dessa aprendizagem.

A “Grelha Geral de Avaliação de Desempenho II” (contexto prático-


-experimental), abaixo apresentada, permite registar a Avaliação de cada
aluno/formando em cada actividade, de um modo muito simples, utilizando a
tipologia de avaliação constante da escala de avaliação.

GRELHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO II

Nome do Aluno Actividade 1 Actividade 2 Actividade 3 Total

ou

Grupo de
Trabalho
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Legenda e escala de avaliação:


1 – Fraco (ou Nunca/Não Adequado/Não Satisfaz)
2 – Suficiente (Alguma Frequência/Medianamente Adequado/Satisfaz)
3 – Bom (Bastante Frequência/Bastante Adequado/Nível Qualidade Bom)
4 – Muito Bom (Muito Frequente/Muito Adequado/Nível Qualidade Muito Bom)
5 – Excelente (Sempre/Totalmente Adequado/Nível Qualidade Excelente)
República de Angola
Ministério da Administração Pública,
Trabalho e Segurança Social

FICHA TÉCNICA DA UNIDADE DE APRENDIZAGEM Nº 9

• Coordenação Geral: Focus Education

• Parceria Institucional: Ministério da Administração Pública,

Trabalho e Segurança Social

• Equipa de Concepção e Produção: Míriam Aço e Daniel Kait

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