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CIÊNCIAS ECONÔMICAS
COSMÉTICOS S/A
Porto Alegre
2010
DAIANE DA SILVA DE SOUZA
COSMÉTICOS
Porto Alegre
2010
3
RESUMO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................6
1.2 OBJETIVOS................................................................................................11
1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................................11
1.2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................12
1.3 JUSTIFICATIVA........................................................................................12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................15
3 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS.............................................................44
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................60
7 REFERÊNCIAS.............................................................................................63
1 INTRODUÇÃO
Em 1974, foi adotado o modelo da venda direta para a distribuição dos produtos.
Essa decisão se baseou na crença da importância das relações e foi determinante para o
crescimento da empresa.
Entre 1990 e 1992, surgiu a necessidade de expressar de maneira mais clara o jeito
Natura de fazer negócios, o que foi sintetizado por meio da Missão, Razão de Ser e as
Crenças.
Apesar disso, vendas domésticas ainda representam 99% das vendas totais.
Mesmo assim a empresa enfatiza que "o processo de internacionalização é estratégico para a
continuidade do crescimento da Natura."
O Custo dos produtos vendidos (CPV) no segundo trimestre de 2010 passou para
31,2% da receita líquida. No semestre o CPV passou de 30,2% em 2009 para 31,0% em 2010.
O aumento no volume de perdas, decorrente da decisão de aumentar os estoques no segundo
semestre de 2009 e o efeito cambial desfavorável nas operações internacionais, foi usado
como justificava dessa variação, pela empresa.
O Ebitda (sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and
amortization, que traduzido literalmente para o português significa: "Lucros antes de juros,
impostos, depreciação e amortização") da Natura atingiu R$ 331,8 milhões segundo trimestre
de 2010, o que representa um aumento de 32,2% quando comparado com os R$ 250,9 milhões
que a empresa tinha alcançado no segundo trimestre de 2009. No acumulado do semestre o
Ebitda alcançou R$ 575,3 milhões, o que representa um crescimento de 31% quando
comparado com o mesmo primeiro semestre de 2009.
A Margem Ebtida apresentado pela Natura no segundo trimestre de 2010 alcançou
25,9%, um aumento de 1,6 pontos percentuais quando comparado com o mesmo período de
2009, onde o valor era de 24,3%. No acumulado do semestre a margem Ebtida atingiu 25%,
um crescimento de 1,5 pontos percentuais quando comparado com o mesmo período de 2009.
Iremos analisar com este trabalho: Quais as estratégias adotadas pela empresa
Natura Cosméticos S/A para a internacionalização da empresa e os benefícios que esta
internacionalização trouxe para a empresa.
1.2 OBJETIVOS
Neste item serão descritos o objetivo geral e objetivos específicos que se pretende
alcançar com a realização da pesquisa.
“Se o problema é uma questão a investigar, o objetivo é um
resultado a alcançar. O objetivo final se é alcançado, dá a
resposta ao problema.
Os objetivos intermediários são metas de cujo atingimento,
depende o alcance do objetivo final” (VERGARA, 2000,
p.25).
Apresentar a empresa;
1.3 JUSTIFICATIVA
Em pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC) em 2002, com 109
empresas do universo das 1.000 maiores empresas de capital nacional, identificou-se que os
principais motivos que impulsionam as grandes empresas brasileiras a internacionalizar suas
atividades são (em ordem de importância): busca de economia de escala (marcante para os
produtos intermediários e os produtores de bens finais), desenvolvimento de competências
para atuar em mercados internacionais (mais necessário quanto menor o porte da empresa),
exploração das vantagens de localização no Brasil e saturação do mercado brasileiro.
Por isso, este trabalho torna-se relevante e oportuno, pois procura identificar as
estratégias de internacionalização da empresa Natura Cosméticos S/A e formas de inserção
em outros países.
Diversas são as razões que levam uma empresa a buscar novos mercados e partir
para a identificação de consumidores em outros países.
Para Barreto e Rocha (2003), os principais motivos são: neutralizar os
concorrentes, explorar vantagens competitivas diferenciais e diversificar-se.
Assim, a tendência é que cada vez mais as nações abram seus mercados para produtos de
outros países, visando incrementar trocas que gerem divisas e economizem recursos.
(COBRA, 1995).
Por isso, de acordo do Minervini (1997), nenhuma empresa deve iniciar seu
processo de inserção no mercado internacional até que esteja preparada.
Por isso, essa escolha, segundo Pipkin (2005, p. 69), “deve levar em conta
algumas dimensões estratégicas, principalmente: as necessidades de investimento; os riscos
que a empresa está disposta a assumir; grau de controle desejado sobre o processo; e o
potencial de lucro advindo de uma ou outra alternativa de ingresso”.
2.2.2 Exportação
Conforme Ratti (2000), exportação pode ser definida como uma remessa de bens e
serviços de um país para o outro. Ela pode ser ocasional ou ativa.
Churchill e Peter (2000) concordam afirmando que por envolver poucas mudanças
no modo de operação da empresa, as exportações são um ótimo mecanismo para aquelas
empresas que querem entrar em mercados internacionais.
Essa modalidade é utilizada por organizações que querem assumir um pouco mais
de controle sobre a exportação e sobre o mercado (PIPKIN, 2005). Além disso, ela requer que
a empresa conheça todos os passos para a realização da exportação, tais como procedimentos
legais e os mercados disponíveis para seus produtos (CHURCHILL; PETER, 2000).
2.2.3 Licenciamento
Para Kotabe e Helsen (2000), na maioria dos casos, o licenciamento não necessita
de muitos recursos financeiros tornando-se extremamente atraente para pequenas e médias
empresas que não têm recursos de se instalarem no exterior. Além disso, permite às empresas
contornarem barreiras legais impostas por outros países e reduzirem sua exposição às
instabilidades políticas e econômicas dos mercados internacionais.
2.2.3.1 Franchising
Para Wright, Kroll e Parnell (2000, p. 384), esta estratégia de entrada é um tipo
especial de licenciamento, pois “um franqueado local paga ao franqueador, sediado em outro
país, pelo direito de usar sua marca, sua promoção, seus materiais e seus procedimentos”.
Porém, Garrette e Blanc (1996) afirmam que existem algumas desvantagens. Elas
decorrem do fato de que um parceiro pode tornar-se dependente do outro, bem como podem
ocorrer riscos de divergências de contrato ou desperdício de recursos e ineficiência na
produção.
Assim, para que uma aliança estratégica tenha sucesso, de acordo com Kotabe e
Helsen (2000), é preciso seguir alguns passos, tais como: não formar alianças com empresas
muito fracas; garantir autonomia e flexibilidade aos sócios, pois assim será mais fácil adaptar-
se as mudanças que eventualmente ocorram e na solução de possíveis conflitos; e apresentar
propriedade igual, ou seja, ambas as empresas devem estar comprometidas com o sucesso da
parceria e devem contribuir de forma igual para a aliança.
As Joint Ventures, segundo Cateora e Graham (2001), são aquelas em que duas ou
mais empresas se unem e criam uma nova empresa com o objetivo de crescimento,
diversificação, obter lucros ou benefícios, com duração permanente ou por um prazo
estipulado (KUAZAQUI, 1999).
Essas empresas são criadas, segundo Minervini (1997, p. 222), para: “neutralizar a
concorrência (ou pelo menos diminuir seu poder); reduzir custos produtivos (pois se
associando, talvez se otimize as instalações existentes); reduzir o impacto negativo da
legislação local sobre investimentos estrangeiros; complementação técnica, comercial ou
financeira; economia de escala; e acesso rápido à tecnologia”.
Já para Keegan e Green (2000), alguns países podem impor restrições específicas
limitando a participação estrangeira no capital da empresa e as diferenças culturais quanto às
atitudes e estilos gerenciais podem trazer problemas para a sociedade.
Por fim, segundo Churchill e Peter (2000), a organização pode compartilhar tantas
informações a ponto de tornar seu parceiro um grande concorrente.
é determinado em função das competências que são necessárias criar e dos recursos
que deverão ser mobilizados no exterior para que o sucesso possa ser atingido. Essas
competências e esses recursos são de ordem comercial, industrial, tecnológicos,
logísticos, humanos e financeiros.
Rocha (1997, p. 28) em seu estudo "Por que as empresas exportam? Críticas às
teorias sobre o comportamento exportador", ressalta alguns fatores que incentivam o inicio da
atividade exportadora da empresa:
Além de todas essas vantagens a empresa pode contar com apoios de instituições
governamentais que tem o objetivo de contribuir para que empresas com vocação exportadora
possam ter maior participação no mercado internacional.
2.3.1 Etapas da internacionalização da empresa
a) Não interessada: são empresas que mesmo com o interesse de compra de seus
produtos por parte de clientes externos, preferem atender somente o mercado interno,
negando-se de todas as formas a exportar seus produtos.
a) destinar uma parte de sua produção ao mercado internacional, pois assim como
nas vendas internas ela tem o dever de honrar seus contratos e pedidos com clientes e
fornecedores e não tratar a exportação somente como uma forma de fugir das flutuações das
crises internas;
b) a concorrência internacional, pois é reflexo do mesmo que acontece no
mercado interno, onde a lei da oferta será quase sempre maior que a demanda, pois existem
mais empresas internacionais querendo exportar do que importar produtos ou serviços;
c) aprimoramento da embalagem;
Dunning (2002) identifica novas razões para investimentos diretos das empresas
no exterior, principalmente, a partir dos anos 90, com a explosão do fenômeno globalização.
Entre estas razões é possível destacar: o crescimento dos esquemas de integração regional,
resultado da maturação dos blocos econômicos regionais como NAFTA e União Européia;
maior quantidade de políticas de atração de investimentos diretos de empresas estrangeiras.
Em pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC) em 2002, com 109
empresas do universo das 1.000 maiores empresas de capital nacional, identificou-se que os
principais motivos que impulsionam as grandes empresas brasileiras a internacionalizar suas
atividades são (em ordem de importância): busca de economia de escala (marcante para os
produtos intermediários e os produtores de bens finais), desenvolvimento de competências
para atuarem mercados internacionais (mais necessário quanto menor o porte da empresa),
exploração das vantagens de localização no Brasil e saturação do mercado brasileiro.
Mas por outro lado, Oliveira (2002 a, p 198) relembra que "a estratégia não é,
evidentemente, o único fator determinante no sucesso ou fracasso de uma empresa, a
competência de sua cúpula administrativa é tão importante quanto sua estratégia".
Para o autor não existe uma estratégica única que vá garantir a sobrevivência e
prosperidade da empresa, o importante é a adaptação da estratégia a cada momento do ciclo
de vida da empresa, buscando uma harmonia às condições que o mercado apresenta. Utilizar a
estratégia certa para cada momento pode ser o diferencial da organização frente às demais e
pode significar a sobrevivência da empresa a longo prazo. Para atuar no mercado globalizado
é necessário, antes da tomada de decisão, que seja traçada uma estratégia de abordagem para
competição internacional.
Bateman e Snell (1998), apresentam quatro abordagens de competição para a
internacionalização da empresa, os modelos são: Internacional, Multinacional, Global e
Transnacional. Logo abaixo, estão classificados cada modelo de abordagem:
c) Modelo Global: Esse modelo permite que a empresa comercialize seu produto
padronizado no mercado global e fabrique em locais limitados, favorecendo os compostos de
custo e habilidades requeridas. Empresas que adotam esse modelo, geralmente visualizam o
mundo como um único mercado, onde não haja diferenças entre paises com relação a gosto e
preferências dos consumidores. Exemplo de empresa Global: Procter & Gamble.
3 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
Abaixo segue a maneira como será delineada a pesquisa, assim como uma breve
descrição da unidade escolhida, as técnicas de coleta, descrição da proposta da forma de
realização da pesquisa, formas de análise que serão utilizadas e também as limitações do
método escolhido.
Eisenhardt (1989), afirma que os casos podem ser escolhidos para replicar estudos
de casos anteriores ou estender teorias emergentes, ou eles podem ser escolhidos para ilustrar
categorias teóricas, e prover exemplos para tipos polarizados ou extremos. Para a questão de
pesquisa deste estudo, a Natura Cosméticos pode ser considerada um exemplo de tipo
extremo, pois optou em sua estratégia de internacionalização pelo ingresso em um mercado de
grande distância psíquica (HEMAIS e HILAL, 2002) e com um canal de distribuição
totalmente diferente das vendas diretas, que lhe proporcionou sucesso no mercado doméstico
por mais de 30 anos.
De acordo com Yin (2001) o fundamento lógico para a escolha de um caso único
envolve o caso revelador – quando o pesquisador tem a oportunidade de observar e analisar
um fenômeno previamente inacessível à investigação científica. Entre os cinco fundamentos
que justificam a utilização de caso único, encontra-se, ainda, o do caso decisivo que serve
para confirmar, contestar ou estender a teoria. Yin (2005) afirma, que esse tipo de estudo pode
ajudar a redirecionar as investigações futuras em uma área. O caso da internacionalização da
Natura reúne os dois fundamentos lógicos apontados por Yin (2005), uma vez que é a única
empresa brasileira de cosméticos que adotou diferentes canais de distribuição para
internacionalização em países de culturas diferentes.
3.2 UNIDADE DE ANÁLISE
Uma das técnicas de coleta utilizada, a entrevista em profundidade, foi realizada com
o diretor de operações da Natura Pedro Cruz.
Os procedimentos de coleta e análise utilizados no estudo de caso são bastante simples
quando comparados com os exigidos por outros tipos de delineamento. Da mesma forma, os
relatórios dos estudos de caso caracterizam-se pela utilização de uma linguagem mais
acessível do que outros relatórios de pesquisa.
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Foram coletados dados de fontes primárias e secundárias, onde as fontes primárias são
aquelas que pertinentes ao produto de informação elaborado pelo autor, por exemplo, artigos,
livros, relatórios científicos, patentes, dissertações, teses e diferencia-se de fontes secundárias
que revelam a participação de um segundo autor, produtor como no caso das bibliografias, os
dicionários e as enciclopédias, as publicações ou periódicos de indexação e resumos, os
artigos de revisão, catálogos, entre outros.
As fontes primárias foram coletadas, com funcionários da empresa, como o gerente de
operações internacionais e analistas da área.
As fontes secundárias foram utilizadas de jornais, livros, revistas, Internet e demais
fontes relacionadas com o assunto. Através da entrevista em profundidade é possível obter-se
informação relativa à importância dada pelo entrevistado para um determinado assunto. Em
entrevistas semi-estruturadas utilizam-se questões abertas, que permite ao entrevistador
entender e captar a perspectiva do entrevistado.
Não se recomenda realizar uma entrevista sem ter uma lista de tópicos a serem
abordados, pois assim a entrevista se conduziria sem uma ordem, o que poderia permitir que o
entrevistado falasse livremente sem interrupção, o que ocasionaria um acúmulo de
informações desorganizadas de difícil análise.
Para análise dos dados será adotada estratégia de análise de conteúdo das diversas
fontes de dados, buscando responder as questões de pesquisas, e confrontar estes resultados
com as variáveis identificadas no referencial teórico.
Esse tipo de fonte também tem suas limitações, devido à subjetividade e à não
representatividade dos documentos, que para suprir essa desvantagem, muitos pesquisadores
consideram um grande número de documentos e selecionam alguns aleatoriamente. É
interessante ressaltar que algumas pesquisas elaboradas a partir de documentos são
importantes não porque respondem definitivamente a um problema, mas porque
proporcionam melhor visão desse problema, ou, então, hipóteses que conduzem à sua
verificação por outros meios.
Segundo Ferreira (2000 apud ALMEIDA, 2006), a grande maioria dos vendedores
diretos é constituída de empreendedores independentes (maioria mulheres) que aceitam a
responsabilidade com os riscos inerentes ao negócio em busca de complementação da renda
familiar, encarando a atividade como uma alternativa ao trabalho tradicional. A venda direta
leva até os consumidores os benefícios da conveniência e do serviço especializado, com
demonstrações e explicações detalhadas sobre o produto, e a entrega destes em casa.
Os resultados obtidos pela Natura no mercado dos países vizinhos podem ser
considerados insignificantes, dado que estes representam menos de 3% do volume total de
negócios. Segundo o autor, estes resultados ruins devem-se ao uso excessivo de expatriados
brasileiros ao invés de se aproveitar a capacidade local, também a pouca credibilidade dos
brasileiros junto aos clientes locais e também ao sistema de vendas diretas que esbarrou numa
saturação de mercado, pois as possíveis vendedoras que da Natura já são vendedoras de
produtos de concorrentes como Avon. Reforça-se que “a experiência latino-americana, apesar
dos resultados insuficientes, revelou-se um importante aprendizado”.
Em 2005, a Natura decidiu abrir uma loja em Paris, que se mostrou ser a cidade
européia que mais se identificava com os produtos da empresa, a biodiversidade brasileira e a
filosofia de desenvolvimento sustentável. Por ser um dos mercados mais competitivos do
mundo, este seria um excelente teste para a empresa avaliar a possibilidade de expandir para
outras localidades da Europa. A idéia da loja, que foi batizada de Casa Natura, é promover a
cultura brasileira, além de comercializar os produtos da linha Ekos (derivados de matéria-
prima da biodiversidade brasileira). Enquanto o cliente conhece os produtos da Natura, pode
tomar um cafezinho brasileiro, experimentar sucos de fruta, além de apreciar revistas, livros e
música brasileira.
O objetivo da entrada no mercado Francês difere do latino-americano: “mais do
que vender produtos e aumentar o faturamento, a intenção é fortalecer a marca e torná-la
conhecida entre algumas das consumidoras mais exigentes do mundo”. Além disso, a idéia é
diferenciar a Natura do padrão de beleza estereotipado e levar o conceito de biodiversidade e
desenvolvimento sustentável. Outro objetivo do lançamento em Paris é avaliar se as lojas
personalizadas serão o modelo correto para fazer a expansão da marca na Europa, dado que a
opção de vender os produtos no varejo está descartada pela empresa.
Em 2006, a Natura iniciou testes do modelo de vendas diretas em Paris, local onde
também inaugurou seu primeiro laboratório de pesquisas fora do Brasil. O próximo passo
internacional da Natura em 2007 é iniciar as operações na Venezuela e Colômbia. O objetivo
é consolidar a posição da empresa nos países que consomem 80% de todos os produtos
cosméticos, de perfumaria e higiene pessoal na América Latina. No Brasil a marca já atinge
mais de 20% de market-share, contudo, na América Latina este índice não passa de 0,3%. A
empresa já anunciou que planeja, em 2008, ingressar nos Estados Unidos e Rússia, enquanto
buscará, no mesmo ano, atingir pela primeira vez o break even nas operações em fase de
consolidação (Argentina, Chile e Peru).
Esse estudo contribuiu para um melhor entendimento dos fatores que afetam as
escolhas dos de uma empresa ao se internacionalizar, além de ajudar a explicar o processo de
internacionalização de uma empresa brasileira, no caso a Natura, confirmando a maioria dos
pressupostos teóricos apresentados na literatura, com exceção do processo gradual de
comprometimento e risco com o mercado.
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4 - Como poderia ser definido o perfil das pessoas que tiveram participação direta no processo
de internacionalização? Elas já tinham alguma vivência no exterior?
7 - Como analisar se esse novo passo poderia ser um sucesso? Foram construídos que tipo de
cenários? Quais as ferramentas de análise que a empresa costuma usar?
8 - Quais foram os fatores positivos e/ou negativos, críticos para o sucesso durante o processo
de internacionalização?
11 - Como é feita a escolha dos países para onde se expandir? Que tipo de critério a empresa
utiliza?
12 - É feita uma pesquisa exploratória no país para entender como funciona o mercado e
também para analisar se os produtos da Natura se encaixam nas necessidades dos
consumidores e se provocam curiosidade que levará a compra?