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Histórico

Em 1926, as primeiras Enfermeiras formadas pela Escola de Enfermeiras do


Departamento Nacional de Saúde Pública, atual Escola de Enfermagem Anna
Nery, no Rio de Janeiro, criaram a Associação Nacional de Enfermeiras
Diplomadas.

Manteve esse nome até 1928, quando passou a ser dominada de Associação
Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras, quando, então, foi
registrada juridicamente.

Em 1954, Associação passou a denominar-se Associação Brasileira de


Enfermagem (ABEn), mantendo-se com esse nome até a atualidade.

A Associação traz a essência do corporativismo e a intensificação da divisão do


trabalho em enfermagem, separando as "verdadeiras" enfermeiras e os
profissionais ocupacionais. Traz ainda a aliança histórica da enfermagem com
as classes dominantes. A relação estreita com o Governo fazia as
reivindicações serem atendidas com mais facilidade.

Inicialmente, eram admitidas como sócias da entidade apenas as enfermeiras


diplomadas por Escolas.

Principais objetivos da Época:

 Lutar pelo desenvolvimento da enfermagem no Brasil;


 Apropriação de todo campo do conhecimento da enfermagem pelo
enfermeiro;
 Fortalecimento de um espírito de corpo, privilegiando o status social e
cultura.
Seções

Em 1945, iniciou-se o processo de descentralização da ABED, com a criação


da "Associação de Enfermeiras Diplomadas de São Paulo", e do "Núcleo do
Distrito Federal", em 1946, seguindo-se a da Amazônia (Amazonas, Pará,
Maranhão) e, sucessivamente, seções nos demais estados.. No período de
1945 a 1979 foram instaladas 22 Seções da ABEn, 23 Regionais e um núcleo
em todo o país.

Estatuto

A Associação estruturou-se no período de 1928/1943. Em 1928, foi elaborado e


aprovado o primeiro e definitivo estatuto, publicado no Diário Oficial de 5 de
maio de 1929.

O Estatuto é o instrumento norteador da organização, filosofia, objetivos e


estrutura da entidade. Na tentativa de adequar a entidade às necessidades de
seus associados e de impulsionar seu crescimento político, o estatuto da ABEn
de 1 926/1995 passou por sete reformulações.

Em 1975, destaca-se a inclusão dos técnicos de enfermagem no quadro de


sócios e, em 1976, em Assembleia de Delegados extraordinária, realizada no
XXVI II CBEn, deliberou-se sobre a criação do sócio especial para incluir os
estudantes do curso de graduação.

O atual estatuto foi reformulado e aprovado em sessão extraordinária da


Assembleia Nacional de Delegados, por ocasião do 46° CBEn, Porto Alegre-
RS.
1. Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn

Sociedade civil sem fins lucrativos que congrega enfermeiras e técnicos em


enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denominação de "Associação
Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras". É uma entidade de direito
privado, de caráter científico e assistencial regida pelas disposições do
Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial em 1929, no Canadá, na
Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi admitida no
Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N.). Por um espaço de tempo a
associação ficou inativa. Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-
la com o nome Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus
estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945. Foram criadas Seções
Estaduais, Coordenadorias de Comissões. Ficou estabelecido que em qualquer
Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada
uma Seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a
Associação foi considerada de Utilidade Pública pelo Decreto nº 31.416/52. Em
21 de agosto de 1964, foi mudada a denominação para Associação Brasileira
de Enfermagem - ABEn, com sede em Brasília, funciona através de Seções
formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poderão
subdividir-se em Distritos formados nos Municípios das Unidades Federativas
da União.

Principais Realizações da ABEn

Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn)

Foi criada em 20 de maio de 1932 com a denominação de "Anais de


Enfermagem". Em 1954 passou a ser denominada "Revista Brasileira de
Enfermagem".

É um dos órgãos oficiais de divulgação da Associação Brasileira de


Enfermagem e tem por finalidade divulgar a produção das diferentes áreas do
saber de interesse da enfermagem, visando o desenvolvimento técnico-
científico e cultural da profissão.
De forma trimestral, a revista publica matérias inéditas, sob a forma de artigos,
de resultados de pesquisa, de atualização e de opinião.

Coordenada pela Diretoria de Publicações e Comunicação Social da ABEn, a


revista publica trabalhos selecionados pelo seu Conselho Editorial, composto
por pesquisadores de renome científico, mantendo uma grande preocupação
com a qual idade da revista.

CEBEN

O I Congresso Nacional de Enfermagem foi realizado em São Paulo, em 1947,


criando assim um espaço de grande importância para o desenvolvimento
científico da enfermagem,

O congresso é uma forma de promover divulgação como profissão, para o


recrutamento de associados e para o financiamento da entidade. O primeiro
Congresso teve como tema "E laborar, em conjunto, um programa eficiente de
enfermagem, visando o desenvolvimento da profissão num plano elevado".

Neste 70 anos de existência (1926/1996), foram realizados 47 Congressos


Brasileiros de Enfermagem.

Os CBEn'S têm como objetivo:

 Propiciar o intercâmbio político técnico, científico e cultural da


enfermagem dos vários estados da Federação, entidades nacionais e
internacionais desta área;
 Estimular a produção científica, tecnológica e cultural da enfermagem;
 Promover sua divulgação;
 Encaminhar resoluções e recomendações a partir dos problemas
debatidos pela categoria nas plenárias.

Visão, Missão e Valores

E hoje, o que é a ABEN?


A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com
personalidade jurídica própria, que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas
de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de
Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em
Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou
Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente,
para fins não econômicos.

Tem número ilimitado de associados e se organiza por meio de suas Seções


Federadas, no Distrito Federal e em cada estado da federação brasileira, sob a
direção de uma Diretoria Nacional. É regida por Estatuto nacional e Estatutos
estaduais.

Possui normativas próprias que regulam os atos administrativos da gestão.


Suas decisões, fontes de recursos e patrimônio são definidos, fiscalizados e
controlados por órgãos e instâncias de deliberação, administração, execução e
de fiscalização.

Pautada em princípios éticos e em conformidade com suas finalidades, a ABEn


articula-se com as demais organizações da Enfermagem brasileira, para
promover o desenvolvimento político, social e científico das categorias que a
compõem.

Tem como eixos a defesa e a consolidação da educação em Enfermagem, da


pesquisa científica, do trabalho da Enfermagem como prática social, essencial
à assistência social e à saúde, à organização e ao funcionamento dos serviços
de saúde.

Compromete-se a promover a educação e a cultura em geral. Propõe e


defende políticas e programas que visem à melhoria da qualidade de vida da
população e ao acesso universal e equânime aos serviços social e de saúde.

Finalidades da ABEn

- Congregar os enfermeiros e técnicos em enfermagem, incentivar o espírito de


união e solidariedade entre as classes;
- Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes
de Enfermagem do País;

- Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem,


na defesa dos interesses da profissão.

Sistema COFEN/CORENs

Histórico

Criado em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, os Conselhos Federal e


Regionais de Enfermagem, vinculados ao Ministério do Trabalho e Previdência
Social.

O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são Órgãos disciplinadores do


exercício da Profissão de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.

Em cada Estado existe um Conselho Regional, os quais estão subordinados ao


Conselho federal, que é sediado no Rio de Janeiro e com Escritório Federal em
Brasília.

Direção

Os Conselhos Regionais são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam


uma chapa e concorrem à eleições. O mandato dos membros do
COFEN/CORENs é honorífico e tem duração de três anos, com direito apenas
a uma reeleição.

Receita
A manutenção do Sistema COFEN/CORENs é feita através da arrecadação de
taxas emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações, legados e
outros, dos profissionais inscritos nos CORENs.

Finalidade

O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem e


cumprimento da Lei do Exercício Profissional.

O Sistema COFEN/CORENs encontra-se representado em 27 Estados


Brasileiros, sendo este filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em
Genebra.

Competências

Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)

 Normatizar e expedir instruções, para uniformidade de procedimento e


bom funcionamento dos Conselhos Regionais;
 Esclarecer dúvidas apresentadas pelos CORENs;
 Apreciar Decisões dos COREns;
 Aprovar contas e propostas orçamentárias de Autarquia, remetendo-as
aos Órgãos competentes;
 Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional;
 Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.

Conselho Regional de Enfermagem (COREN)

 Deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento;


 Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes
gerais do COFEN;
 Executar as instruções e resoluções do COFEN;
 Expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável ao
exercício da profissão, a qual tem validade em todo o território nacional;
 Fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional impondo
as penalidades cabíveis;
 Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento
interno, submetendo-os a aprovação do COFEN;
 Zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem;
 Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exercício profissional;
 Eleger sua Diretoria e seus Delegados a nível central e regional;
 Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei
5.905/73 e pelo COFEN.

Lei do Exercício Profissional

Nós somos o que a lei diz que nós somos!

Lei Nº 7.498/86 Dispõe sobre o regulamento do exercício da enfermagem e dá


outras providências.

Art. 1º - É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional,


observadas as disposições dessa lei

Ou seja, a enfermagem é livre pra ser exercida em todo o Brasil, não tem um
lugar que fale que é proibida, pois ela é livre.

Art. 2º - A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser


exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional
de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício

Primeiro que a pessoa tem que ter o curso de enfermagem, seja o curso
técnico ou graduação.
A pessoa precisa ter o seu diploma devidamente registrado em uma instituição
que seja legalmente habilitada pelo MEC,

a pessoa não pode exercer a profissão de enfermagem sem ter o curso, sem
ser legalmente habilitada. Quando você ouvir falar sobre exercício ilegal da
profissão, é uma pessoa que está exercendo enfermagem sem ter sido
formada em enfermagem.

Existe o sistema Cofen e Coren, como a gente já viu, o COFEN é o que rege e
legisla a enfermagem no Brasil inteiro e cada estado e o Distrito Federal tem o
seu Conselho Regional, e pra você exercer a profissão no estado que quiser
tem que estar inscrito no coren do seu estado.

Ex: pra exercer em RO, eu preciso me inscrever no COREN – RO.

Parágrafo Único – A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro,


pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira,
respeitados os respectivos graus de habilitação.

Aqui ele vai dizer pra gente quem é da enfermagem e quem não é. Fora isso
não pode exercer habilidades técnicas da profissão de enfermagem.

Art 7º - São os técnicos de enfermagem:

I – O titular do diploma de enfermagem o do certificado de Técnico de


Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão
competente;

II – O titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou


curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou
revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem;

É diferente dos advogados, que precisam passar por provas. Com diploma
automaticamente já é enfermeiro ou técnico de enfermagem, precisa estar
inscrito no COREN para exercer.

Competências do técnico de enfermagem


Art. 12º - O técnico de enfermagem exerce atividade de nível médio,
envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em
grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de enfermagem,
cabendo-lhe especialmente:

Muitas vezes na rotina de trabalho quando o paciente questiona algo a respeito


do planejamento da assistência, o técnico se repulsa e joga responsabilidade
de orientação para o enfermeiro, mas essa orientação também faz parte da
responsabilidade do técnico, muitas vezes porque este não sabe que também
pode orientar o paciente, não só técnico; até porque acompanha todas as
etapas da assistência, desde admissão até alta, logo, ele está apto.

a) Participar da programação da assistência de enfermagem;


b) Executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do
enfermeiro;
c) Participar da supervisão e orientação do trabalho de enfermagem em
grau auxiliar;
O técnico de enfermagem não supervisiona, isso é privativo do
enfermeiro, o que ele faz é auxiliar o enfermeiro nessa atividade.

d) Participar da equipe de saúde;


Não é menosprezar afirmando que existe a equipe multidisciplinar e
quando chega na enfermagem é apenas o enfermeiro, o técnico faz
parte dessa equipe de saúde, uma vez que o seu trabalho é essencial e
primordial, pois ele que fica ali beraleito com o paciente realizando a
assistência. Por isso que ele vai fazer parte do planejamento de
assistência, ele que vai dar o parecer do que o paciente está precisando,
como está respondendo à terapia medicamentosa e melhora.

Código de ética dos profissionais da enfermagem


Mas o que você entende a respeito de ética?
O bom senso é como se fosse uma balança na hora de escolher o que é
certo e o que é errado. E esse pensamento ele engloba um conjunto de
pensamentos morais, que regulam os direitos e deveres de cada
cidadão, e como são aceitos pela sociedade.
E com a Enfermagem assim como outras profissões também não
poderia ser diferente. O discernimento é a ferramenta que auxilia o
profissional na hora de tomar uma decisão correta, e o CEPE (Código de
Ética Profissional de Enfermagem) é um instrumento legal que
regulamenta os princípios, direitos, deveres, responsabilidades e
proibições referentes à conduta ética.

CEPE, é um documento que engloba os princípios fundamentais para a


conduta profissional de Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem,
Auxiliares de Enfermagem, Obstetrizes e Parteiras e Atendentes de
Enfermagem.

Além dos profissionais de enfermagem que supervisionam o seu


ambiente de trabalho, suas decisões e os seus colegas, o Código de
Ética contam com a colaboração dos Conselhos de Enfermagem para
poder fiscalizar o exercício legal da profissão.

Deveres e Responsabilidades
Por exemplo, o profissional é comprometido com a qualidade de vida do
paciente, ele atua na promoção da saúde, respeito a vida, a dignidade e
os direitos humanos.
E trabalhar de acordo com os princípios da ética são obrigações morais
do profissional, ele deve exercer a profissão com justiça, dignidade e
compromisso.
É obrigação do profissional comunicar o Coren, em casos que infrinjam
os dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício da profissão.
O profissional de enfermagem deve assegurar uma assistência livre da
ocorrência de danos de:
Imperícia: falta de experiência
Negligência: falta de cuidado
Imprudência: sem precaução

Agora veremos o capítulo I e iremos abordar os direitos do profissional


de enfermagem de acordo com o Código de Ética.
Direitos
Então veremos no capitulo I que os profissionais tem o direito de exercer
a profissão com:
O Art. 1º do COFEN garante o direito de exercer a profissão com
liberdade, segurança, autonomia, livre de discriminação e em
consonância com os princípios legais, de direitos humanos e da
ética.

Então temos o reforço que a enfermagem deve ser exercida de livre e


autônoma, sem nenhuma discriminação relacionado aí ao profissional
durante o seu exercício da enfermagem.

No artigo II diz que:


Aos profissionais da Enfermagem também deve ser dado o direito
de trabalhar em um local que respeite sua dignidade humana,
proteja seus direitos e permita que o exercício de sua função seja
desenvolvido sem riscos à sua integridade física e psicológica.

Não sei já viram, mas a mídia já expos casos em que profissional de


enfermagem é vítima de violência durante o exercício profissional tanto
por parte de um colega de profissão como também pelo próprio
paciente, acompanhante. Mas vemos que de acordo com o código de
ética é um direito do profissional exercer a profissão em um ambiente
livre de riscos relacionado a danos ou a ocorrência de violência.
E aí temos algumas campanhas que são realizadas tanto pelo COFEN
COMO PELOS COREN’s até em parcerias com os conselhos de
medicina. Com a intenção de prevenir situação de violência contra o
profissional de saúde.
Art. 7º Receber todas as informações necessárias para o
desempenho de suas funções também lhe é garantido;
Então aqui garante o direito a ter acesso à informações referentes ao
seu paciente ou a uma família que está sendo atendida ou uma
coletividade. Por exemplo, está fazendo alguma ação em uma
determinada escola no ambiente coletivo, ele pode e tem direito a obter
informações relacionadas a esse público específico, porém essas
informações elas são de utilidades apenas para o exercício profissional,
então são informações que muitas vezes o profissional necessita para
desenvolver estratégias de ações que deverão ser realizadas com
aquela pessoa que está sendo atendida.

Art. 12º Poder de recusar-se a revelar informações confidenciais


que tenham chegado a ele nesta mesma circunstância.
Então aqui nós temos a abordagem da questão do sigilo profissional. Ou
seja, o profissional pode se recusar a revelar informações confidenciais
que ele teve conhecimento durante o seu exercício profissional.

Art. 21º - O profissional de Enfermagem pode recusar-se a ser


filmado, fotografado ou exposto em mídias sociais enquanto
desempenha seu trabalho.
Então para o profissional ter a sua imagem ou filmagem durante o seu
exercício profissional, a pessoa que está realizando essa mídia ela tem
que ter autorização expressa do profissional de enfermagem, caso
contrário, ele tem o direito de se recusar a ser filmado ou fotografado.
Art. 22º - Outro direito importante garantido no CEPE é o de negar-
se a desempenhar atividades que estejam em desacordo com sua
competência, que ofereçam risco à sua própria segurança, ou à
segurança de terceiros.
Então aqui o profissional tem o direito de se recusar a desempenhar
alguma função que não é da sua atribuição, que não é da sua
competência técnica e também se ele não se sentir seguro pra exercer
aquela atividade, ele tem o direito de se recusar, porque ele estará
protegendo ali aquela pessoa ou coletividade humana que estará
recebendo esse cuidado.

Deveres

O exercício da profissão de Enfermagem deve ser feito com “justiça,


compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência,
responsabilidade, honestidade e lealdade”.

As relações devem ser baseadas no direito, na solidariedade e no


respeito às diversidades.

Caso seja observada alguma ação que fira os dispositivos ético-legais


da profissão, ele deve informar imediatamente ao Conselho Regional de
Enfermagem e aos órgãos competentes.

Disponibilizar ao paciente todas as informações necessárias à boa


continuidade de sua assistência, esclarecendo seus direitos, riscos e
benefícios em todas as etapas de sua assistência.

O exercício da função deve ser livre de discriminações de qualquer


natureza.

O pudor, a intimidade e a privacidade da pessoa devem ser respeitados


tanto em vida, quanto em morte e pós morte.
Também cabe ao profissional respeitar as tomadas de decisão pelo
paciente de forma livre e esclarecida sobre sua saúde.
As responsabilidades aceitas pelo profissional devem estar sempre em
acordo com sua capacidade técnica, científica e legal.

Proibições

O primeiro artigo do Capítulo III do CEPE informa que o profissional não


deve executar ações que sejam contrárias ao estabelecido pelo próprio
Código de Ética e à legislação vigente referente à Enfermagem.

Assim como disposto nos deveres, reafirma-se que o profissional está


proibido de assumir a execução de atividades que estejam fora de sua
competência ou que não ofereçam segurança a si mesmo ou a terceiros.

Também é proibido pleitear ou aceitar empregos dos quais profissionais


da área tenham se desligado pela necessidade do cumprimento do
código de ética ou da legislação que rege a profissão.

É vedada a utilização de seu cargo para obter qualquer tipo de


vantagem em troca de assistência profissional, bem como é proibido
utilizar-se de seus conhecimentos profissionais para praticar atos
criminosos ou contravenções.

Desde que não haja risco à sua própria integridade física, o profissional
não deve negar assistência em situações de “urgência, emergência,
epidemia, desastre e catástrofe”.

De acordo com o disposto no Art. 74, é proibida a participação ou prática


que tem fim a antecipação da morte de outro indivíduo.

Penalidades
Ao desobedecer ou deixar de observar as disposições do Código de
Ética dos Profissionais de Enfermagem e demais códigos regionais, o
profissional poderá receber as seguintes penalidades: Advertência
Verbal, Multa, Censura, Suspensão do Exercício Profissional e
Cassação do direito ao Exercício Profissional.

Para definir a penalidade a ser aplicada, será considerada a gravidade


da infração, os agravantes e atenuantes, os danos e resultados, e os
antecedentes do infrator.

Benefícios do código

Embora definir um conjunto de princípios a serem seguidos não seja


fácil, é preciso assumir tal responsabilidade em benefício da conduta
profissional de qualquer categoria.

Por se tratar de uma área que lida essencialmente com o cuidado ao ser
humano, o exercício da Enfermagem apresenta sempre desafios que
levam à necessidade constante de tomada de decisões importantes por
parte de seus profissionais.

Promover uma assistência de saúde adequada, de qualidade e


acessível exige ele siga princípios éticos em sua conduta. Ao se deparar
com situações que gerem dúvidas durante o exercício de sua função, o
profissional de Enfermagem poderá se amparar e encontrar os subsídios
necessários nas disposições do CEPE

A profissão tá sempre se atualizando, e o profissional precisa sempre


estar aprimorando seus conhecimentos.
Quanto a equipe, o profissional devem sempre ser responsabilizados
pelos seus erros. É essencial que o profissional comunique se tiver
cometido alguma falta durante o exercício, seja por imperícia,
imprudência ou negligência.
Outro ponto importante é que o profissional deve manter segredo sobre
fato sigiloso de que tenha conhecimento no âmbito do exercício
profissional, contar as aventuras visto no ambiente de trabalho é muito
malvisto e antiético.

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