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9ºANO TREINANDO PARA O SAEB

MATERIAL ESTRUTURADO – LÍNGUA PORTUGUESA – ATIVIDADE 4


ESCOLA:
ALUNO(A):
PROFESSOR(A): DATA: 08 a 10/11

D22 - Reconhecer o efeitos de humor e ironia.


D23 - Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor

Leia, a seguir, um trecho de texto de Lima Barreto.

Na Arte de furtar, que ultimamente tanto barulho causou entre os eruditos, há um capítulo, o quarto, que
tem como ementa esta singular afirmação: “Como os maiores ladrões são os que têm por ofício livrar-nos de
outros ladrões.”
Não li o capítulo, mas abrindo ao acaso um exemplar do curioso livro, achei verdadeira a cousa e boa para
justificar a publicação destas despretensiosas “Notas”.
A “Bruzundanga” fornece matéria de sobra para livrar-nos, a nós do Brasil, de piores males, pois possui
maiores e mais completos. Sua missão é, portanto, como a dos “maiores” da Arte, livrar-nos dos outros,
naturalmente menores.
Bem precisados estávamos nós disto quando temos aqui ministros de Estado que são simples caixeiros de
venda, a roubar-nos muito modestamente no peso da carne-seca, enquanto a Bruzundanga os tem que se
ocupam unicamente, no seu ofício de ministro, de encarecerem o açúcar no mercado interno, conseguindo isto
com o vendê-lo abaixo do preço da usina aos estrangeiros. Lá, chama-se a isto prover necessidades públicas;
aqui, não sei que nome teria...
E semelhante ministro daqueles “maiores” de que a Arte nos fala, destinados a ensinar-nos como nos livrar
dos nossos modestos caixeiros de mercearias ministeriais.
Não contente com ter dessas cousas, a Bruzundanga possui outras muitas que desejava enumerar todas,
pois todas elas são dignas de apreço e portadoras de ensinamentos proveitosos. […]

Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000023.pdf>. Acesso em 30 abr. 2019.

01. É um exemplo de ironia no texto


a) afirmar que o Brasil tem muitos problemas de corrupção.
b) deixar clara a ideia de que ladrões jamais são pegos no Brasil.
c) afirmar explicitamente que “Bruzundanga” é, na verdade, o Brasil ele mesmo.
d) mostrar que o Brasil pode se livrar de seus terríveis males ao se comparar com um local mais problemático,
Bruzundanga.

2. Uma palavra que concentra, em si, um tom irônico e cômico é


a) “ultimamente” em “que ultimamente tanto barulho causou entre os eruditos”.
b) “não” em “Não li o capítulo”.
c) “contente” em “Não contente com ter dessas cousas”.
d) “modestamente” em “a roubar-nos muito modestamente no peso da carne-seca”.

03. Uma das formas de gerar humor, nesse texto, é:


a) o nome sério e formal dado ao local: Bruzundanga.
b) a conclusão de que Brasil e Bruzundanga são opostos entre si.
c) a forte presença de dados estatísticos reais.
d) a forte presença da ironia.
Leia o texto a seguir.
Uma boa solução
Minha irmã estava fazendo um bolo quando seu fi lho, Leonardo, disse que comeria a sobra do recheio.
Tentando fazê-lo não comer, ela explicou que doce estraga os dentes e ainda pode “encher a barriga de bichinhos”.
Ele então pediu silêncio, pegou um copo de água e disse bem alto:
– Atenção bichos da barriga: lá vai uma colher bem cheia de doce!
Bebeu a água de uma só vez. Em seguida, explicou:
– Os bichos pensam que é doce. Quando abrirem a boca, morrerão afogados e assim poderei comer em
paz!
PRUX, Vera Beatriz. Canela (RS). Seleções Reader´s Digest. jul. 2008. p. 96. (P050390B1_SUP)
04. O que torna esse texto engraçado é a
A) criança querer comer a sobra do recheio.
B) explicação que a mãe deu para o menino.
C) mãe estar fazendo um bolo perto do filho.
D) solução do menino para comer o recheio

Leia o texto a seguir.

Superstições mais comuns

Pé direito: Entrar em um recinto ou levantar com o pé direito traz sorte o dia todo. Superstição.
Orelha: Se a sua orelha esquerda esquentar de repente, é porque alguém está falando mal de você. Nesses
casos, vá dizendo o nome dos suspeitos até a orelha parar de arder. Para aumentar a eficiência do contra-ataque,
morda o dedo mínimo da mão esquerda: o sujeito irá morder a própria língua. Superstição.
Coceiras: Se a palma da mão direita coçar, é sinal que irá receber dinheiro. Se a palma da mão esquerda é
que estiver coçando, uma visita desconhecida está para aparecer. Coceira na sola do pé significa viagem ao
exterior. Superstição.
Gatos: Na Idade Média, acreditava-se que os gatos pretos eram bruxas transformadas em animais. Por isso
a tradição diz que cruzar com gato preto é azar na certa. Os místicos, no entanto, têm outra versão. Quando um
gato preto entra em casa é sinal de dinheiro chegando. Acariciar um gato atrai boa sorte. Ter um gato em casa atrai
fortuna. Se um gato dobrar as suas patas e se deitar sobre elas deixando-as escondidas é sinal que uma tempestade
está por vir. Superstição. Escada: Passar debaixo de uma escada dá azar. Superstição.
Espelhos: Quem quebrar um espelho terá sete anos de azar. Ficar se admirando num espelho quebrado é
ainda pior. Significa quebrar a própria alma. Ninguém deve se olhar também num espelho à luz das velas. Não
permita ainda que outra pessoa se olhe no espelho ao mesmo tempo em que você. Superstição. [...]
Disponível em: <http://www.fabulasecontos.com.br/?pg=descricao&id=311>. Acesso em: 6 jun. 2011. Fragmento.
05. O trecho desse texto em que o locutor se dirige ao leitor é:
A) “Entrar em um recinto ou levantar com o pé direito traz sorte o dia todo.”.
B) “Se a sua orelha esquerda esquentar de repente, é porque alguém...”.
C) “Na Idade Média, acreditava-se que os gatos pretos eram bruxas...”.
D) “Quem quebrar um espelho terá sete anos de azar.”.

Leia o texto a seguir.

Disponível em: <http://nanihumor.blogspot.com/2009/12/o-humor-das-coisas-8.html>. (P100012B1_SUP)


06. Nesse texto, predomina, na fala do jornal, uma linguagem
A) coloquial.
B) formal.
C) jornalística.
D) regional.

Leia o texto a seguir.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra Completa. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967. Granã Drummond. p. 105. Fragmento.

07. Nesse texto, há presença de ironia no verso:


A) “Provisoriamente não cantaremos o amor,”. (v. 1)
B) “Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,”. (v. 3)
C) “cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,”. (v. 8)
D) “e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.”. (v. 10)

Leia o texto a seguir.

08. Nesse texto, o trecho que mostra humor é:


A) “– Não é à toa que eu nunca vi peixe...”. (ℓ. 3)
B) “– Ué, onde você conseguiu?”. (ℓ. 6)
C) “... na papelaria é que não podia ser”. (ℓ. 8)
D) “– Quer mesmo conhecer meu povo, amor?”. (ℓ. 13)

Leia o texto a seguir.


09. No Texto 2, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:
A) “ser contratado por uma empresa de consultoria,...”.
B) “... que é chamada quando pinta um problema...”.
C) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,...”.
D) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de um tribunal...”.

Leia texto a seguir.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra Completa. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967. Granã Drummond. p. 105. Fragmento.
10. Nesse texto, há presença de ironia no verso:
A) “Provisoriamente não cantaremos o amor,”. (v. 1)
B) “Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,”. (v. 3)
C) “cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,”. (v. 8)
D) “e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.”. (v. 10)

Leia o texto abaixo e responda.

Você me faz um favor? Pois não!


Outro dia, contou-me uma amiga que uma senhora norte-americana, procurando alugar apartamento em
São Paulo, tinha entrado em contato telefônico com umas três ou quatro imobiliárias e que nenhuma delas quis
atendê-la. Sendo inquirida sobre de onde tinha tirado essa conclusão, respondeu:
Toda vez que telefonava e dizia: – “Vocês podem me alugar um apartamento”, a resposta era
sempre a mesma: – “Pois não.” Aí, eu desisti.
ABREU, Antônio Suárez. Carta na escola: Nov. 2010. Fragmento. (P080098C2_SUP)
11. O humor desse texto está
A) no pedido feito pela norte-americana.
B) na resposta dada pelas imobiliárias.
C) na vontade da norte-americana de alugar apartamento.
D) no entendimento da resposta pela norte-americana.
Bons Estudos!!!

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