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Contudo, existiram numerosos desacordos tanto éticos quanto ideológicos dentro desta nova
organização: luta pacifica contra guerrilha, capitalismo contra socialismo, entre outras coisas.
Mas acontecimentos como a massacre em Mueda em 1960 e o assassinato de Mondlane em
1969 levaram a FRELIMO a adoptar, de maneira definitiva, uma estratégia de guerrilha e a
ideologia socialista, tal como propunha Samora Machel, quem seria o primeiro presidente do
Moçambique depois da independência.
Foi assim como FRELIMO começou seus ataques contra o império português o 25 de setembro
de 1964. Apesar disso, os portugueses aproveitaram que uma parte significativa da liderança
dentro de FRELIMO era mestiça e fizeram que outras etnias no país estivessem contra eles, o
que originou um conflito civil. Isto forçou a FRELIMO a aceitar campesinos entre suas linhas,
mesmo quando tivessem diferenças ideológicas.
Eventualmente, a guerrilha africana contribuiu com a Revolução dos Cravos no Portugal, que
terminou com o governo brutal de António de Oliveira Salazar e seu sucessor. Alguns fatos que
fizeram possível a independência do Moçambique depois de dita revolução foram a simpatia
que terminaram sentindo as forças portuguesas com a guerrilha africana, a importância que
tinha para Portugal sua aceitação na Comunidade Europeia (que exigia aos países membros a
concessão da independência das suas colônias na África) e a importância que tinha para o
Portugal a integração econômica com o resto das nações industriais ocidentais. Foi neste
contexto que, finalmente, o Moçambique conseguiu sua independência o 25 de junho de 1975.
Bibliografia: