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1.

Equalizador (Semelhante a questão 1 da prova do Box)

a) Imagem do dispositivo. Pergunta-se a que dispositivo a imagem se refere.

R: Equalizador TDL – “forçado a zero” (imagem do equalizador como um filtro transversal)

b) Imagem de onda greosa. Pergunta-se o que se pode observar na onda e como o


equalizador opera diante dela.

R1: Pulso individual na entrada do equalizador (devido a imperfeições, este pulso não se anula
em kTb, como desejado para um pulso de Nyquist -> ISI residual). Após o equalizador, como a
forma de onda abaixo:

R2: Somatório de versões defasadas do pulso original, multiplicadas por coeficientes a serem
determinados. Objetivo teórico: ter o pulso desejado p0(t), sem ISI residual.

c) Projeto de equalizador.

R: 2N+1 = número de estágios.

𝑐 = 𝑃𝑟−1 . 𝑝𝑜

Acha a matriz c.

c.1) Limitação do equalizador.


R: Limitado a 2N+1 estágios, ∀ 𝑁 ∈ 𝐼 . Baseia-se na necessidade de que ISI causada por um
pulso em seus vizinhos seja eliminada, ou reduzida, não para todo t: apenas para os instantes
de amostragem dos pulsos no Rx. A ISI só seria totalmente suprimida se N-> infinito.

2. Filtro casado x correlator. Mesma questão do trabalho.

Um filtro casado com um sinal de pulso p(t) de duração T0 é caracterizado pela


seguinte reposta ao impulso:

ℎ(𝑡) = 𝑘. 𝑝(𝑇0 − 𝑡) , onde k é um fator de escala. Considera-se k = 1.



𝑟(𝑡) = 𝑦(𝑡) ∗ ℎ(𝑡) = ∫ 𝑦(𝜏). ℎ(𝑡 − 𝜏)𝑑𝜏
−∞


𝑟(𝑡) = ∫−∞ 𝑦(𝜏). 𝑝(𝜏 + 𝑇0 − 𝑡)𝑑𝜏 (1)

Para t = T0:

𝑟(𝑡) = ∫ 𝑦(𝜏). 𝑝(𝜏)𝑑𝜏
−∞

Considerando que a entrada começa em 𝜏 = 0 e p(t) = 0 para t > T0.


𝑇0
𝑟(𝑇0 ) = ∫ 𝑦(𝜏). 𝑝(𝜏)𝑑𝜏
0

Onde a equação r(T0) é o resultado da implementação da figura.



Como a correlação cruzada é definida por 𝜓𝑦𝑝 (𝜏) ≡ ∫−∞ 𝑦(𝑡). 𝑝(𝜏 + 𝑡)𝑑𝑡 , temos em
(1), 𝜓𝑦𝑝 (𝑇0 − 𝑡). Dessa forma, temos uma operação de correlação. Como a correlação cruzada
pode ser interpretada como medida de similaridade de sinais, a operação implementada na
figura pode ser vista como medida da similaridade dos sinais recebidos com p(t). A partir do
resultado da medida, é decidido se p(t) foi transmitido ou não.

3. Questão referente aos slides de Modulação digital M-ária. Não sei direito o que é, mas tinha
algo sobre qual o f mínimo que garante ortogonalidade. Ninguém fez essa. Burros.

R: M-FSK com sinalização ortogonal (p = 0) – O desvio de frequência é, portanto:


𝑓𝑀 −𝑓1 1
∆𝑓 = 2
= 2 (𝑀 − 1)𝛿𝑓 , para 𝛿𝑓 muito grande -> uso exagerado de banda. 𝛿𝑓 muito
pequeno -> possível dificuldade de distinção de símbolos.

Questão relevante para se definir 𝛿𝑓: ortogonalidade entre distintos sinais. Demonstra-se que
1
o 𝛿𝑓 mínimo que garante ortogonalidade é 𝛿𝑓 = 2𝑇𝑏 Hz -> é um dos requisitos do esquema
conhecido por MSK.
4. Questão 4 da prova do Box.

Responda às questões a seguir com base na figura abaixo e nas afirmações que se seguem.

a)

- O desempenho de esquemas PSK (e suas vantagens) são, via de regra, superiores as do FSK;

- Na figura abaixo, distingue-se de dois agrupamentos de curvas, cada qual com duas curvas
relativamente próximas (especialmente para elevados Eb/No);

- Sabendo que as quatro curvas correspondem aos espectros FSK coerente, FSK não-coerente,
PSK e DPSK, identifique corretamente tais esquemas.

b) Explique a diferença entre o esquema PSK e o DPSK, ressaltando vantagens e desvantagens.

b) R:

PSK – a informação não pode ser recuperada a partir da envoltória, há dualidade (+ak –ak)
codificação polar. Requer, portanto, demodulação coerente -> Rx mais complexo, porém mais
imune a ruído e requer menor largura de banda que FSK.

DPSK – executa a detecção sem necessidade de conhecer frequência e fase da portadora.


Imprime a informação do sinal modulante na diferença de fase entre o símbolo atual e o
anterior, um esquema de codificação e decodificação em fase (variante PSK) pode ser
implementado.
Por Lucas: PSK usa detecção coerente, que é mais complexa que sua versão não
coerente(DPSK), mas quando se fala em imunidade de ruido, o PSK coerente ganha do DPSK.
Mas ai tu pode falar que pra altas Eb/n0 o desempenho entre os dois chega a ser
equivalente, e que nesses casos é preferivel a dpsk.

A diferença principal entre o esquema DPSK (PSK Diferencial) e esquemas PSK coerentes, não é a
codificação diferencial. Tal codificação pode ser realizada em ambos os esquemas.
A diferença fundamental reside na forma pela qual o sinal de referência é gerado na recepção, para a
detecção de fase. Já sabemos que, no DPSK, este sinal é dado pelo atraso de Tb em relação ao sinal
atual.
A referência está, portanto, contaminada por ruído de mesma característica daquele que se soma ao
sinal desejado. Isto torna o procedimento de obtenção de Pe mais complexo, fugindo de nosso escopo.
Resultado: Pe = (1/2)exp(-Eb/N0)
Interessante notar que no DPSK há uma tendência de que erros de bit ocorram em pares (pelo fato de a
tomada de decisão depender de 2 bits: atual e predecessor)

5. Devemos transmitir 2,08x10^6 digitos binários por segundo com Pb <= 10^-6. Três
esquemas possíveis são considerados:

a) Binário

b) ASK 16-ário

c) PSK 16-ário

A PSD do ruído de canal é Sn(w) = 10^-8. Determinemos, em cada caso, a largura de banda de
transmissão e a potência de sinal necessária na entrada do receptor.

R:

a) Binário: Consideremos a sinalização polar (esquema mais eficiente),

Pb = Pe = 10^-6 = Q(sqrt(2Eb/N))
Sn(w) = N/2
Isso fornece Eb/N = 11,35. A potência de sinal é Si=Eb.Rb, logo,

Si=11,35N.Rb = 11,35(2x10^-8)(2,08X10^6) = 0,47W

Admitindo pulsos passa faixa cosseno levantado com fator de decaimento 1, a largura
de banda Bt é Bt = Rb = 2,08MHz.

b) ASK 16-ário: Como cada símbolo 16-ário transporta informação equivalente a log216 =
4 dígitos binários, precisamos transmitir apenas RM = (2,08x10^6)/4 = 0,52x10^6 por
segundo. Isso requer uma largura de banda Bt de 520 kHz para pulsos em banda-base,
e 1,04MHz para pulsos modulados (admitindo pulsos cosseno levantado). Temos
ainda,
𝑃𝑒𝑀
𝑃𝑏 = 10−6 =
𝑙𝑜𝑔2 16

Portanto,
𝑀−1 6𝐸𝑏 𝑙𝑜𝑔2 16
𝑃𝑒𝑀 = 4 𝑥 10−6 = 2 ( ) 𝑄 [√ ]
𝑀 𝑁(𝑀2 − 1)

Para M = 16 isso fornece Eb = 0,499 x 10^-5. Seja RM a taxa de pulsos M-ários; então,

Si = EpMRM = Eb.log2M.RM = 0,499 x 10^-5 x 4 x (0,52 x 10^6) = 9,34 W

c) PSK 16-ário: Precisamos transmitir apenas RM = 0,52x10^6 pulsos por segundo. Para
pulsos em banda-base isso requer uma largura de banda de 520kHz. Contudo, PSK é
um sinal modulado, de modo que a necessária largura de banda é 2(0,52x10^6) =
1,04MHz. E,

2𝜋 2 𝐸𝑏 𝑙𝑜𝑔2 16
𝑃𝑒𝑀 = 4𝑃𝑏 = 4 𝑥 10−6 ≅ 2𝑄 [√ ]
256𝑁

Isso fornece Eb = 137,8x10^-8 e

Si = Eb.log2.16RM = (137,8x10^-8) x 4 x (0,52x10^6) = 2,86 W

6. Probabilidade de erro de bit e eficiência espectral são importantes para avaliar e comparar o
desempenho de diferentes modulações digitais. Para as constelações M-QAM e M-PSK (com
M>4) operando em canais AWGN, afirma-se:

(V) I - Quanto maior a quantidade de pontos da constelação, maior a eficiência espectral.

(V) II - Quanto menor a distância mínima da constelação, maior a probabilidade de erro de bit.

(F) III - Para uma mesma eficiência espectral, a probabilidade de erro de bit da modulação M-
QAM é maior do que a da MPSK.

Além dela, pergunta-se também o que é eficiência espectral:

R: Um parâmetro importante de sistemas de transmissão digital é a eficiência espectral, que é


definida pela razão entre a taxa de bits e a banda do canal, isto é, E = Rb/B.

A eficiência espectral é medida em bits/s/Hz. Sistemas com alta eficiência espectral


conseguem transmitir um grande número de bits por segundo para cada Hz de banda ocupada
e vice-versa.
Um sistema que transmite a uma taxa de Rs simbolos por segundo, possui uma taxa de bits
equivalente igual a Rb = Rslog2M, onde M é o número de bits transportados por um único
simbolo. Assim, de acordo com o Teorema de Nyquist, sistemas de transmissão em banda base
têm eficiência espectral dada por: E=< 2log2M

7. Um sinal de voz é filtrado em 4kHz e, em seguida é codificado por um PCM. O PCM realiza
amostragem na taxa de Nyquist do sinal em sua entraa e codifica cada amostra com 8bits. O
sinal codificado na saída do PCM é então trasmitido por um sistema que emprega modulação
64-QAM e filtros de transmissão e recepção casados do tipo ... de cosseno levantado com fator
de excesso de faixa igual a 0,5.

Responda:

a) Considerando a análise em banda base, qual a largura de banda utilizada pelo sistema
de transmissão?

R:

(1+r)Rb / 2
fs = 8kHz
n = 8 bits
r = 0,5

Temos que o sinal é amostrado a fs= 2*4kHz e codifica cada amostra com 8 bits. Então,

𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑅𝑏
𝑓𝑠 = =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑡𝑠 𝑛

Rb = n.fs = 64kbps

E se tratando da transmissão M-ária 64-QAM temos que:

𝑇 = 𝑇𝑏 𝑙𝑜𝑔2 𝑀 => 𝑇𝑏 𝑙𝑜𝑔2 64 =>

1
𝑇 = 𝑇𝑏 . 6 => 𝑇 = .6
𝑅𝑏
𝑅𝑏 64𝑘𝑏𝑝𝑠
𝑅= = = 10,67 𝑘𝑏𝑝𝑠
6 6

Assim, para a banda utilizada no sistema, fazemos Bt = (1+r)Rb / 2 = 1,5*10,67kbps/2 = 8kHz.

b) Para uma transmissão em que o requisito de potência seja crítico e, portanto, deseje-se
manter os níveis de emissão baixos e com praticamente nenhuma dependência em relação ao
símbolo transmitido, você usaria este esquema ou um esquema de sinalização ortogonal?

R: Para os casos em que a potência é um requisito crítico, o mais apropriado é utilizar um


esquema de sinalização ortogonal. No esquema ortogonal, para uma comparável imunidade
ao ruído, a potência de transmissão praticamente independe de M, contudo, a largura de
banda cresce com M.

Slide: Nos esquemas ortogonais (M-FSK e sua variante MSK M-ário), por exemplo, potência
transmitida decai com M. Porém, nos esquemas ortogonais a banda ocupada cresce com M.

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