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Legislação Trabalhista
Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis
B813l
Braga, José Olavo
Legislação trabalhista / José Olavo Braga. Brasília: SENAI/DN, 2010.
63 p. : il. color ; 30 cm.
Inclui bibliografias.
CDU 349.2
Apresentação do curso.................................................................................. 07
Plano de estudos............................................................................................. 09
Unidade 1: Princípios Básicos da Legislação Trabalhista I................. 11
Unidade 2: Princípios Básicos da Legislação Trabalhista II................ 33
Conhecendo o autor ..................................................................................... 59
Referências ....................................................................................................... 61
Apresentação
do Curso
7
Plano de Estudos
Carga horária:
14 horas
Ementa
A história da legislação trabalhista. Os princípios bá-
sicos da legislação trabalhista para estágio e apren-
diz. O contrato de trabalho. Os direitos trabalhistas:
FGTS, férias e aviso prévio. A carteira de trabalho e
previdência social. A equiparação salarial e a inteli-
gência emocional.
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
9
Nome do Curso
10
Princípios Básicos
da Legislação
Trabalhista I
1
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz
de:
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.
Aula 3: Estágio
Aula 4: Aprendiz
11
Para Iniciar
Hora de começar o curso! Nesta unidade,
você estudará a história das leis trabalhis-
tas, passando por seus acontecimentos até
os dias atuais. Conhecerá um pouco da
história e do desenvolvimento da Conso-
CONSOLIDAÇÃO: lidação das Leis Trabalhistas, conhecida
por CLT, que também faz parte da história
reunião de leis num siste- das conquistas trabalhistas no Brasil. Você
ma; fortalecimento. poderá perceber que a história está dire-
tamente relacionada às histórias das lutas
pelos direitos trabalhistas. Você também
estudará as leis pertinentes aos tipos de
trabalho, como o estágio e o programa
de aprendiz, que têm suas legislações
próprias e satisfazem os direitos trabalhis-
tas. Você tem muita coisa para aprender.
Então, mãos à obra!
SINDICATO:
Aula 1:
História da
associação de uma classe
de indivíduos, profissio-
legislação
nais, para defesa de seus
interesses, especialmente
trabalhistas.
IDEOLOGIA:
trabalhista
tratado ou ciência da for-
mação das ideias.
As leis trabalhistas são as que regem tanto as rela-
ções entre empregados e empregadores quanto as
FRATERNIDADE: relações coletivas, como os sindicatos. Compõem-
se de normas jurídicas regidas pela CLT, pela Cons-
convivência como a de tituição Federal e pelas Leis Esparsas, como a lei do
irmãos. estagiário.
12
Legislação Trabalhista
Unidade 1 13
Figura 1 – Linha do tempo das leis
14
Legislação Trabalhista
“A igualdade e a fraternidade
reinarão nesta associação, composta
de nacionais e estrangeiros, a divisa CONTRAENTE:
será um por todos e todos por um.
Proteção mútua, união, amor ao indivíduo que assume
trabalho e instrução” (MATTOS, 2009,
responsabilidade por
p. 57).
contrato.
A Liga não aceitava sócios que não fossem traba-
lhadores (artistas ou operários), por isso, apenas
agradeceu a oferta de “prestação de serviços”
IGUALDADE:
de diversas personalidades, entre elas, Saldanha
Marinho (MATTOS, 2009). E os escravos? Pode-se de mesmo valor, unifor-
dizer que o início da criação das leis do trabalho me.
no Brasil foi a partir da Lei Áurea, assinada pela
princesa Isabel, no ano de 1888, abolindo a escra-
vidão no Brasil, sendo a lei trabalhista promulgada
mais importante até hoje no país. A princípio, a
Lei Áurea não foi uma lei trabalhista, mas uma lei
de abrangência social, que modificou a forma de
olhar o empregado, configurando, então, um novo
arranjo para a formação de empregados e, conse-
quentemente, de empregadores.
Unidade 1 15
Nesse período, a mão-de-obra livre ainda não fora
consolidada e nem era importante na sociedade, e
a formulação de leis a respeito do trabalho não era
comum. Podem-se destacar, entretanto, algumas
regulamentações importantes que fazem parte da
história, como a regulamentação sobre o trabalho
de menores entre 12 e 18 anos de idade em fá-
bricas, instituída no Decreto nº 1.313, de 1891, na
qual se fixou uma jornada de trabalho de 12 horas
por dia. Em 1907, criou-se a primeira lei sindical, e
em 1916, o Código Civil com caráter individualista,
FÉRIAS: regulando a relação de emprego como locação
de serviços. Em 1919, surgiu a primeira legislação
período de repouso.
sobre acidentes que ocorrem durante o trabalho.
A primeira lei instituindo férias de 15 dias por ano
surgiu em 1925.
16
Legislação Trabalhista
Unidade 1 17
Nota
Instituiu-se a data de 1º de maio como o
Dia do Trabalhador devido a uma proibição
de comícios e manifestações públicas,
COMÍCIO: ocorrida em 1918.
reunião de cidadãos em
lugar público para discu-
tir assuntos de interesse
Relembrando
geral.
Você aprendeu nesta aula como surgiu a le-
gislação e como ela se consolidou dentro da
história do Brasil. Viu, ainda, que essa história
pode ser dividida em três fases, da indepen-
dência do Brasil à abolição da escravatura
(1888); da abolição da escravatura a 1930; e
de 1930 aos dias atuais. Na próxima aula, você
estudará a Consolidação das Leis Trabalhistas,
e assim dará continuidade aos seus estudos
dentro deste curso.
Colocando em Prática
18
Legislação Trabalhista
Aula 2:
Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT)
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) faz parte dos princípios básicos da
legislação trabalhista, assunto que você começa a estudar agora.
Nesta aula, você verá como e por qual motivo ela foi criada, suas vantagens e
como está dividida.
Boa aula!
Unidade 1 19
xandre Marcondes Filho, com o passar dos anos
e com a modernização da execução do trabalho
e conscientização, tanto por parte da população
trabalhadora como do Estado, foram se tornando
obsoletas.
PERSPICAZ:
20
Legislação Trabalhista
Unidade 1 21
A Terceira parte: “Previdência
e Assistência Social” – era assim
formada: lei geral de Caixa de
Aposentadoria e Pensões e suas
modificações; leis reguladoras dos
diversos serviços peculiares às
referidas Caixas, leis especiais que
regulam as Caixas de Aposentadorias
e Pensões da Imprensa Nacional,
Trapiches e Armazéns de Café, dos
Estivadores; leis especiais referentes
ESTIVADOR: aos Institutos dos Marítimos,
Comerciários e Bancários e lei sobre
Seguro de Acidente de Trabalho.
carregador de navio.
A quarta parte: “Organizações
Administrativas” continham os
regulamentos do Conselho Nacional
do Trabalho, Departamento Nacional
do Trabalho, Inspetorias Regionais,
Delegacias do Trabalho Marítimo e
a lei relativa à Fiscalização das leis
trabalhistas.
§ 1º – Equiparam-se ao empregador,
para os efeitos exclusivos da relação
de emprego, os profissionais liberais,
as instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos que
admitirem trabalhadores como
empregados. (BRASIL, 1943, p. 1)
22
Legislação Trabalhista
Relembrando
Nesta aula, você aprendeu que a CLT é uma sistematização das várias nor-
mas trabalhistas esparsas, e que, por se tratar da reunião de leis já existentes
e não de um conjunto de novas regras, ela não é um código. Na próxima
aula, você conhecerá as leis que regem o estágio. Até lá!
Colocando em Prática
Está na hora de testar seus conhecimentos. Para isso, utilize o apren-
dizado desta aula e realize a atividade no AVA. Lembre-se também de
que as ferramentas do AVA estão disponíveis para interação com o
professor tutor e os colegas.
Aula 3:
Estágio
Chegou a hora de conhecer um pouco dos princípios básicos da legislação tra-
balhista, a legislação que rege os estagiários, suas características e direitos.
Unidade 1 23
Estágio
O estágio não é um emprego, mas uma atividade
de característica pedagógica e de formação profis-
ESTÁGIO:
sional em qualquer área. Tem vinculação triangular,
etapa (de trabalho) de ou seja, é uma relação entre o estagiário, a institui-
aprendizado, situação ção escolar e a empresa concedente.
transitória.
O estagiário no Brasil é regido, atualmente, pela Lei
nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, chamada
Nova Lei do Estágio, que promove maior integração
entre o aluno e o estágio, e garante direitos antes
exclusivos a trabalhadores com vínculo emprega-
tício regidos pela CLT, como férias remuneradas e
EMPREGATÍCIO:
vale-transporte. Essa lei substitui a lei anterior, nº
6.494, de 07 de dezembro de 1977, conforme de-
relativo a emprego.
creto nº 87.497, de 18 de agosto de 1982.
24
Legislação Trabalhista
Unidade 1 25
Legislação Trabalhista
O estágio pode ter duração de até dois anos (limite que não é aplicado a es-
tagiários portadores de deficiência), e deve ter carga horária de quatro a seis
horas diárias para estagiários de educação especial e dos anos finais de ensino
fundamental. A lei não cita intervalos na jornada, que geralmente são definidos
em acordos entre a empresa e o estagiário, podendo coincidir com os da em-
presa. A carga horária pode ser reduzida até a metade quando o aluno estiver
em período de avaliação escolar. A instituição de ensino atua como fiscalizadora
da atividade do estagiário, bem como do cumprimento de seus deveres.
Participar,
juntamente com a empresa concedente, o plano pedagógico e a
supervisão.
Dispor de um professor orientador para acompanhar o estagiário em sua
trajetória.
Assinar o termo de compromisso com o estagiário.
Ter ciência das instalações da empresa onde o aluno cumprirá sua jornada.
Exigir relatório das atividades realizadas periodicamente, não ultrapassando
o limite de seis meses.
Assinar convênio com a empresa concedente.
São atribuições da empresa concedente:
26
Legislação Trabalhista
Relembrando
Colocando em Prática
Agora é uma boa hora para treinar os conhecimentos adquiridos nesta
aula. Acesse o AVA e realize as atividades propostas. Mãos à obra!
Aula 4:
Aprendiz
Ainda falando dos princípios básicos da legislação trabalhista, nesta aula, você
terá informações sobre o contrato do aprendiz, as regras para os estabeleci-
mentos e a legislação que ampara os seus direitos.
Boa aula!
Unidade 1 27
Aprendiz
Os artigos nº 403, 428 e 433 da Lei Nº 10.097, de
19 de dezembro de 2000, disciplinam a figura do
aprendiz, visando à futura formação de mão-de-
obra.
APRENDIZ:
Conforme Brasil (2000, p.1), muitos autores dis-
pessoa em processo de cutem sobre a natureza jurídica do aprendiz. Uns
aprendizado; iniciante; dizem que o aprendiz é formalizado por um con-
novato. trato de trabalho, por mais que seja com intenção
de aprendizagem. Outros afirmam que, por se
tratar de uma atividade cuja principal finalidade é
a discência, negam o caráter de contrato de traba-
lho para o aprendiz. E há, ainda, os que acreditam
que o contrato de aprendiz deve ser independente
dos demais citados. Pode-se definir o contrato de
aprendizagem na CLT, conforme se lê abaixo:
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Legislação Trabalhista
Pergunta
Você sabe quem pode ser aprendiz?
Todo adolescente com idade entre 14 anos e 24 anos (regra não aplicada aos
portadores de deficiência), que esteja regularmente matriculado em um progra-
ma de aprendizagem ou em um curso de formação técnico profissional é consi-
derado aprendiz.
Unidade 1 29
Legislação Trabalhista
Pergunta
Quem pode empregar o aprendiz?
Resumindo
Nesta aula, você viu que o aprendiz possui vínculo empregatício e tem como
objetivo a aprendizagem técnico profissional sem interferir nos seus estudos
normais. Conheceu alguns critérios adotados para a contratação de apren-
dizes e os tipos de estabelecimentos que os recebem. Na próxima aula, você
aprenderá sobre o Contrato de Trabalho, e assim dará continuidade aos seus
estudos dentro deste curso.
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Legislação Trabalhista
Colocando em prática
A aula seguinte dará continuidade ao assunto que você está estudan-
do e, para compreendê-lo melhor, é interessante que você realize as
atividades propostas no AVA. Lembre-se de utilizar as ferramentas do
ambiente virtual para compartilhar informações e tirar dúvidas com o
professor tutor e os colegas. Preparado?
Finalizando
Você viu nesta unidade que a história da legislação no Brasil pode ser
dividida em três fases, e que essas conquistas somente aconteceram
por manifestações coletivas de reivindicações quanto ao modelo de
trabalho existente na época.
Unidade 1 31
Princípios Básicos
da Legislação
Trabalhista II
2
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz
de:
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes.
33
Para Iniciar
Esta segunda unidade está repleta de
informações! Você continuará estudando
as leis trabalhistas, e o assunto agora é
sobre os tipos de contratos de trabalho e
como eles são aplicados. Você conhecerá
como surgiu o FGTS, as férias e o aviso
prévio, assim como suas devidas impor-
FGTS: tâncias. Saberá como surgiu a Carteira de
Trabalho e entenderá o seu valor para o
Fundo de Garantia por empregado. Você também estudará o que
Tempo de Serviço. significa equiparação salarial e inteligên-
cia emocional e como esses termos estão
diretamente ligados ao desempenho dos
funcionários. Viu como há muita coisa
EQUIPARAÇÃO: para aprender? Então, mãos à obra!
comparar-se a outro,
considerando-se igual.
Aula 1:
Contrato de
trabalho
Chegou a hora de conhecer o que é o contrato de
trabalho, por qual motivo ele foi criado no mundo
trabalhista e as definições que há neste contrato,
como experiências trabalhistas e valores de salário
que o trabalhador receberá.
Boa aula!
34
Legislação Trabalhista
Nota
O contrato pode ser escrito ou verbal
entre a pessoa que oferecerá trabalho e a
que o realizará sob o pagamento de uma
remuneração, chamado de salário. O salário
é acordado entre as duas partes e deve
ser realizado da maneira que se pede pela
pessoa que oferece o trabalho.
Unidade 2 35
O contrato de trabalho pode ter tempo determi-
nado (podendo ser automaticamente desligado
ou renovado) ou tempo indeterminado (podendo
ser suspenso quando uma das partes decide não
manter mais a relação de trabalho, avisando com
antecedência mínima de 30 dias). Esse aviso é
conhecido como aviso prévio e será estudado mais
adiante.
c. de contrato de experiência.
Nota
Experiência: o período de experiência é
assistido pelo contrato de experiência entre
as partes por tempo determinado de até 90
dias. Esse contrato tem como objetivo saber
se o empregado tem aptidões para executar
o trabalho imposto pelo empregador e
também se o empregado se encaixa no
ambiente de trabalho e nas regras da
empresa e do seu superior. O tempo de
vigência desse contrato é determinado,
como já visto, podendo ser prorrogado
apenas uma vez para um contrato de tempo
indeterminado.
36
Legislação Trabalhista
Salário e remuneração
Pergunta
Você sabia que a palavra “salário” vem do latim salarium argentum, que
significa “pagamento em sal”, e foi a primeira forma de pagamento
oferecida aos soldados do Império Romano?
Nota
Salário é a totalidade das percepções econômicas dos trabalhadores,
qualquer que seja a forma ou meio de pagamento, quer retribuam o
trabalho efetivo, os períodos de interrupção do contrato e os descansos
computáveis na jornada de trabalho. (NASCIMENTO, 2009, p. 629)
Unidade 2 37
suas necessidades normais de
alimentação, habitação, vestuário,
higiene e transporte. (BRASIL, 1943,
p. 11)
38
Legislação Trabalhista
Periculosidade:
Unidade 2 39
Legislação Trabalhista
Relembrando
Colocando em prática
Aproveite e realize agora as atividades propostas no AVA para reforçar
todo este conhecimento.
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Legislação Trabalhista
Aula 2:
FGTS, férias e
aviso prévio
Todo trabalhador tem direito a FGTS, férias e aviso
prévio. Nesta aula você conhecerá um pouco mais
sobre cada um desses itens, como se consolidaram
e por que foram criados.
ajuste de contas.
AMORTIZAÇÃO:
pagamento de dívidas em
parcelas.
Unidade 2 41
Foi criado no ano de 1967 pelo Governo Federal
com o objetivo de proteger os empregados, com
contrato de trabalho regido pelas normas da CLT, e
que fossem demitidos sem justa causa.
Férias
O direito a férias é uma conquista recente, mas
que começou aos poucos. Primeiro como benefício
dos funcionários públicos, depois chegou aos fun-
cionários privados com os aprendizes, os menores,
as mulheres e os comerciários.
42
Legislação Trabalhista
Os primeiros textos que ditavam sobre o direito às férias em geral foram sur-
gindo após a Primeira Guerra Mundial. Eventos como a 52ª Conferência Geral
da Organização Internacional do Trabalho, em 1936; o artigo 24 da Declaração
Universal dos Direitos do Homem, em 1948; e a Carta Social Europeia, de 1961,
deram impulso para a regularização das férias dos trabalhadores em todo o
mundo.
A legislação que ampara as férias dos brasileiros é a CLT, com redação do De-
creto-Lei no 1.535, de 1977. O artigo 129 do Decreto-Lei no 1.535, de 13 de abril
de 1977, diz que: “Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um pe-
ríodo de férias, sem prejuízo da remuneração” (BRASIL, 1977, p. 1). Nascimento
(2009) resume cinco princípios básicos do direito de empregado às férias:
Unidade 2 43
2 Remunerabilidade: é assegurado o direito à
remuneração integral do mês que se terá férias,
REMUNERABILIDADE: como se o mês de férias fosse de serviço;
3 Continuidade: preserva-se, o quanto possível,
digno ou merecedor de
a concentração contínua do maior número de
remuneração; que se
dias de descanso, porque o fracionamento da
pode remunerar.
duração das férias sofre limitações.
4 Irrenunciabilidade: uma vez que o emprega-
do não pode “vender” as férias, terá o direito
de gozá-las, e a lei prevê apenas parte dessa
conversão em dinheiro, por meio do abono de
férias, de duvidosa constitucionalidade;
5 Proporcionalidade: no sentido amplo, significa
a redução na duração das férias por causa das
PROPORCIONALIDADE: ausências injustificadas ou das licenças por mo-
tivo pessoal do empregado no período aquisiti-
estado das quantidades vo; um pagamento devido ao empregado – co-
proporcionais entre si. nhecido por férias indenizadas – na extinção do
contrato de trabalho, proporcional aos meses
nos quais trabalhou no período aquisitivo.
Aviso prévio
O aviso prévio é uma espécie de comunicação,
entre o empregado e o empregador, de que o
contrato de trabalho será extinto sem justa causa.
Pode ser tanto por parte do empregador como do
empregado, assim que houver a necessidade de
um dos dois quebrar o contrato.
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Legislação Trabalhista
Unidade 2 45
Legislação Trabalhista
Relembrando
Colocando em prática
Preparado para mais um exercício? Então, você já sabe: acesse o AVA e
responda. Utilize também as ferramentas para trocar conhecimentos.
Vamos lá!
Aula 3:
Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS)
A Carteira de Trabalho é o assunto desta aula. Continue atento porque vem
muita informação interessante pela frente!
Boa aula!
CTPS
A CTPS é o documento de identificação do trabalhador brasileiro e é obrigató-
rio a todos que prestam serviço no país.
46
Legislação Trabalhista
Pergunta
O que deve ser anotado na CTPS?
Unidade 2 47
Legislação Trabalhista
Relembrando
Você viu nesta aula como surgiu a Carteira de Trabalho e Previdência So-
cial (CTPS) e quais direitos e informações que devem estar contidas em sua
redação. Na próxima aula você acompanhará informações sobre o seguro-
desemprego, dando continuidade aos seus estudos dentro deste curso. Até
mais!
48
Legislação Trabalhista
Colocando em Prática
Este tema é bem interessante, não é mesmo? Continue estudando so-
bre ele e não deixe de realizar os exercícios propostos no AVA! Eles são
muito importantes para relembrar os assuntos estudados.
Aula 4:
Seguro-desemprego
Nesta aula você conhecerá os motivos que levaram à criação do seguro-desem-
prego e os critérios que são considerados para calcular o benefício.
Boa aula!
Seguro-desemprego
O seguro-desemprego é um benefício que todo trabalhador que tem seu con-
trato de trabalho extinto, involuntariamente, recebe como assistência financeira
temporária.
Unidade 2 49
Após a Constituição de 1988, foi criado, por inter-
médio da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, o
Programa do Seguro-Desemprego, no qual o be-
nefício do seguro-desemprego passou a ser parte
integrante desse programa. Essa lei também deli-
berou sobre a fonte de custeio do benefício, com
a instituição do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT). Essa deliberação deu critérios para facilitar o
acesso ao benefício e como calcular seus valores.
50
Legislação Trabalhista
Pergunta
Você sabe como é calculado o valor do seguro-desemprego?
Fonte: <http://www.mte.gov.br/seg_desemp/beneficio.asp>
O empregado que for dispensado sem justa causa do seu trabalho receberá do
empregador o formulário de Requerimento do Seguro-Desemprego que deverá
ser preenchido e encaminhado aos locais de entrega juntamente com os se-
guintes documentos:
Unidade 2 51
Legislação Trabalhista
Relembrando
Você conheceu nesta aula o seguro-desemprego e como ele foi criado para
amparar financeiramente os empregados que forem dispensados sem justa
causa. Na próxima aula você estudará a equiparação salarial e inteligência
emocional.
Colocando em prática
Que tal realizar mais um exercício para fixar o conteúdo? Então, acesse
o ambiente virtual de aprendizagem. Lá você também poderá interagir
com o professor tutor e os colegas. Compartilhe e aprenda cada vez
mais!
Aula 5:
Equiparação salarial e
inteligência emocional
Você sabe como a equiparação salarial e a inteligência emocional estão relacio-
nadas com o trabalho? Nesta aula você aprenderá sobre esse assunto e também
qual a influência desses termos no cotidiano dos trabalhadores. Siga em frente
e boa aula!
52
Legislação Trabalhista
Equiparação salarial
Todos os trabalhadores que exercerem o mesmo trabalho devem ter o mesmo
valor de salário, ou seja, igualdade salarial. Esse direito está previsto na Consti-
tuição Federal e na CLT.
Unidade 2 53
A manifestação por parte dos trabalhadores in-
justiçados foi tanta que no Tratado de Versalhes
consagrou “o princípio de salário igual, sem distin-
ção de sexo, para trabalhos de igual valor” (MELO,
2006). Esse princípio tratava de extinguir a explo-
ração do trabalho barato da mão de obra femini-
na, a desigualdade entre salários para homens e a
distinção entre trabalhadores estrangeiros, por ser
um tratado universal.
Pergunta
Você sabe quais critérios são utilizados para
a equiparação salarial?
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Legislação Trabalhista
Inteligência emocional
Inteligência emocional é o termo designado às ha-
bilidades de manipular as emoções e os sentimen-
tos para crescimento pessoal, interno. É a análise
dos sentimentos dispersos e maléficos, podendo
ser controlados para benefício pessoal ou coletivo.
PSICOMETRIA:
Unidade 2 55
Legislação Trabalhista
Em 1940, David Wechsler dizia que a inteligência humana não estaria completa-
mente compreensível se os fatores não intelectuais não estivessem relacionados
com o comportamento inteligente.
Até então muitos autores começaram a escrever sobre o tema, que acabou
sendo assunto de várias teses e livros publicados na época. Porém, tema só foi
interesse da mídia quando o jornalista e escritor Daniel Goleman popularizou
esse termo, a partir no ano de 1995, com a publicação de um livro que leva
o próprio termo como título. Esse livro descrevia sobre a relação do controle
emocional com o desenvolvimento da inteligência individual. Foi baseado em
uma pesquisa científica que afirmava que um dos motivos que contribui para
o desenvolvimento da inteligência do indivíduo é a habilidade de controlar as
emoções, concluindo que o indivíduo que não consegue controlar suas emo-
ções tem dificuldade em ter desenvolvimento em sua vida.
Pergunta
Como controlar as emoções?
56
Legislação Trabalhista
Relembrando
Você aprendeu nesta aula que, pela equiparação salarial, o valor do salário
deve ser igual para todos os trabalhadores que exercerem o mesmo traba-
lho. Viu também que inteligência emocional é a habilidade de manipular as
emoções e os sentimentos para um crescimento pessoal interno.
Colocando em Prática
Chegou a hora da atividade! Confira no AVA e bons estudos!
Finalizando
Caro aluno, você acompanhou nesta unidade informações sobre diver-
sos temas relacionados à legislação trabalhista, como o contrato indivi-
dual de trabalho (que é um acordo tácito ou expresso), correspondente
à relação de emprego, o contrato de experiência (que pode ser feito
com, no máximo, 90 dias). Viu como deve ser o salário e a remunera-
ção, que é a soma do salário com gorjetas, adicionais, prêmios, gratifi-
cações, entre outros.
Unidade 2 57
Conhecendo o
autor
JOSÉ OLAVO BRAGA é formado em Engenharia
Ambiental pela ULBRA Manaus, mestre em Ciências
Florestais e Ambientais pela Universidade Federal
do Amazonas. Ocupou os cargos de coordenação
do curso de Engenharia Ambiental da ULBRA Ma-
naus, coordenação dos setores de geoprocessa-
mento da Agência Reguladora de Serviços Públicos
do Amazonas (ARSAM) e na Secretaria Municipal de
Limpeza Urbana de Manaus. Atualmente é professor
na ULBRA Manaus e empresário nas áreas de enge-
nharia e meio ambiente.
59
Referências
61
______. do Decreto-Lei no 1.535 de 13 de abril de 1977. Altera o Capítulo IV do
Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a Férias, e dá outras pro-
vidências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
Brasília, DF, 13 abr. 1977.
62
Legislação Trabalhista
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