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Por que poderíamos imaginar que a curva volume pulmonar x pressão pleural
durante a inspiração e expiração deveriam se sobrepor? Explique detalhadamente.
Incialmente, as curvas pressão pleural vs. volume pulmonar não se sobrepõem, com uma
mesma variação de volume, na inspiração precisa-se de uma maior pressão exercida do
que na expiração. Explicado pela força elástica do pulmão e da tensão superficial do
líquido que reveste as paredes internas dos alvéolos e demais regiões.
Com a Lei de Laplace podemos encontrar a pressão = dobro da tensão / raio. Portanto,
podemos entender como limite de sobreposição as forças de atuação do ar dentro do
alvéolo e as forças de resistência do lado de fora do alvéolo – pressão atmosférica –,
juntamente com a tensão elástica do alvéolo. A força elástica é contribuída pela tensão
superficial: alvéolos são recobertos por líquido, promovendo interface ar-líquido. Essa força
irá contribuir de maneira significativa para retração do alvéolo, direcionada para o centro do
alvéolo, o seu colabamento. Juntamente com a força de elástica do tecido pulmonar com a
contribuição da tensão superficial, resulta na tentativa de abaulamento do alvéolo. O que
irá se opor a essa tendência de colabamento é o gradiente de pressão ar-alveolar e
cavidade pleural. Se aumenta o gradiente de pressão, irá vencer essa força e irá expandir
o alvéolo, sendo o contrário válido também para retrair o alvéolo. O volume ao final do
alvéolo irá depender a tensão superficial, do raio e da variação de tensão e de pressão.
Logo, essas são as características para as curvas pressão pleural vs. volume pulmonar se
sobrepõem.
Para elas não se sobrepõem, existe a atuação do surfactante. Esse irá atuar como
detergente, interagindo com as moléculas de água na interface ar-líquido, desestruturando
as moléculas de água, por fim, reduzindo a tensão superficial na interface ar-líquido. Além
disso, possuímos diversos tamanhos de alvéolo, mas o surfactante irá equalizar essa força
de tensão superficial em tamanhos diferentes e ao longo do processo de expansão. Assim,
quanto maior o tanho do alvéolo, mais disperso o surfactante fica; e quanto menor o
tamanho do alvéolo, mais concentrado estará o surfactante. Isso pode ser relacionado com
a lei citada de Laplace.