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Boa tarde a todos. Para o seminário de Fisiologia do Sistema Respiratório, o nosso grupo
optou por analisar o artigo, cujo nome traduzido é Impacto da ventilação não invasiva na
atividade nervosa simpática na doença pulmonar obstrutiva crônica.
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O professor orientador é o Dr. Leonardo Máximo Cardoso. E o nosso grupo é composto por
Bianca Fernanda Pinto, Bruna Rezende do Amaral, Camila Barbosa de Oliveira, Júlia
Sampaio Silva, Nathalia Maria Ladeira de Oliveira e Victor Morelli Andrade Barbosa.
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O artigo escolhido foi encontrado a partir da plataforma PubMed. E ele foi publicado na
Revista Lung, cujo fator de impacto é 2,584.
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Introdução
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Dito tudo isso, o objetivo do estudo foi investigar o possível impacto da ventilação não
invasiva intermitente na atividade simpática por medição direta da saída do nervo simpático
durante repouso e durante um exercício de preensão manual realizado em seguida em
pacientes com DPOC.
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Materiais e Métodos
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Critérios de Elegibilidade
Este estudo recrutou 5 pacientes com DPOC estável que faziam uso da ventilação não
invasiva intermitente. Eles deveriam apresentar volume expiratório forçado no primeiro
segundo menor ou igual a 60% do previsto, um ritmo sinusal estável e estar recebendo
ventilação com pressão positiva em vias aéreas de dois níveis por pelo menos desde o último
mês. A imagem que está no slide é um exemplo deste dispositivo de ventilação com pressão
positiva em vias aéreas de dois níveis, que, no artigo, foi referido pela abreviação BIPAP.
Para o grupo controle, foram recrutados 11 pacientes com essa mesma doença, mas que não
faziam o uso da ventilação não invasiva.
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Protocolo
Após a conclusão dos exercícios, a segunda fase foi iniciada: então, os pacientes do grupo da
ventilação não invasiva aplicaram seu próprio dispositivo BIPAP por 20 minutos; enquanto
que os pacientes do grupo controle tiveram um período de descanso de 20 minutos. Depois
disso, os exercícios de preensão manual foram repetidos.
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A hipótese primária do estudo era que a ventilação não invasiva reduziria a atividade nervosa
simpática muscular em repouso e durante os exercícios de preensão manual subsequentes. E
esperava-se, também, que as mudanças na atividade nervosa simpática muscular fossem
significativamente diferentes das mudanças no grupo controle.
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Resultados
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As alterações de frequência cardíaca e de pressão arterial sistólica não diferiram
significativamente entre os grupos. Contudo, observou-se diferenças na pressão arterial
diastólica, que foi maior durante a ventilação não invasiva quando comparada àquela
observada no grupo controle.
Houve, também, um aumento significativo na saturação periférica de oxigênio em repouso no
grupo que faz uso de ventilação não invasiva, ao passo que houve uma tendência de
diminuição dos teores de dióxido de carbono no plasma em ambos os grupos no repouso.
Por outro lado, a diferença dos níveis de dióxido de carbono no plasma durante o exercício de
preensão manual dinâmica não foi significativa.
Além disso, não houve diferenças significativas de mudanças de frequência respiratória
durante a ventilação não invasiva ou exercício subsequente entre os grupos.
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E por que isso pode ter acontecido? A resposta é que a ventilação gera uma pressão positiva
nas vias aéreas, o que reduz, consequentemente, o retorno venoso, o volume sistólico e o
débito cardíaco. E, então, esses fatores provavelmente estimulam a ativação do sistema
nervoso simpático.
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Além dos efeitos da ventilação não invasiva durante o repouso, também foram estudados os
seus efeitos no exercício de pressão manual dinâmica. O estudo observou que a atividade
simpática muscular foi significativamente reduzida durante o exercício de preensão dinâmica
quando comparamos à atividade simpática antes do exercício.
Isso pode ser explicado pelo fato de o teor de dióxido de carbono no plasma ter decrescido
durante o exercício. A partir disso, os autores inferiram que a menor atividade muscular
simpática pode ter sido desencadeada pela redução de quimiorreflexos aferentes provocada
pela redução da tensão de CO2.
Vale lembrar que essa análise no estudo que trouxemos foi feita por até 14 minutos após
aplicação da ventilação, mas um outro estudo abordado no artigo, de Skyba e equipe, apontou
atuação vagal que permaneceu relevante até 30 minutos após a ventilação não invasiva.
É importante destacar ainda que, em um outro estudo de Sin e colaboradores, foi observado
que após 3 meses de terapia ventilatória, a distância que o paciente consegue caminhar em 6
minutos cresceu em proporções significativas. Outros autores também apontaram para uma
melhora em distância caminhada em um certo tempo associada à ventilação não-invasiva.
Isso demonstra que a capacidade respiratória e muscular durante o exercício pode aumentar
quando reduzimos a hipoperfusão nesses pacientes a partir da ventilação não invasiva.
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Como todo estudo, há várias limitações no artigo. Podemos destacar o número pequeno de
participantes do estudo, ou seja, uma amostra bastante limitada. Também houve diferenças de
sexo entre os participantes dos grupos. E os parâmetros pulmonares entre os dois grupos eram
diferentes, como foi destacado na primeira fase. E esses fatores provocam diversos vieses no
estudo.
Entretanto, os autores puderam concluir que não houve uma diferença significativa na
atividade muscular simpática durante a ventilação não invasiva (no repouso) em pacientes
com DPOC. Mas que a ventilação de fato reduziu a ativação simpática nos exercícios
dinâmicos e, por isso, pode ter efeitos positivos no sistema cardiovascular e na função
muscular em pacientes com DPOC. Porque, como nós vimos na introdução, a maior ativação
simpática que, geralmente, é observada em pacientes com DPOC, está associada a maiores
índices de morbimortalidade, já que ela pode aumentar alguns riscos cardiovasculares e
prejudicar a função muscular respiratória. Então, a redução da ativação simpática pela
ventilação não invasiva pode trazer alguns benefícios para o paciente.
2 perguntas inteligentes
2) Por que o estudo usou o exercício de preensão manual para fazer avaliações,
estudar e entender uma situação do sistema respiratório no contexto da
ventilação não invasiva?
R: Então, no dia-a-dia dos pacientes que fazem uso da ventilação, eles vivem situações tanto
de repouso, quanto atividades que demandam um esforço moderado. Normalmente, a
ventilação não invasiva é inclusive aplicada durante a noite, em situações de repouso do
paciente e ele durante o dia vai fazer as suas atividades né? Por isso, o estudo optou por
estudar os pacientes em repouso (claro!), mas eles adaptaram o exercício de preensão manual
dinâmico e estático para tentar mimetizar/simular as situações do dia-a-dia que o paciente
estaria exercendo as atividades de esforço moderado e o objetivo era estudar então o impacto
da ventilação não invasiva no tônus simpático após a sua utilização né? Ah, mais uma coisa, a
preensão manual foi adaptada para cada paciente, então eles levaram em consideração a força
máxima de cada um.