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Quais São os Tipos de Investimentos e Como

Escolher o Melhor

Enriquecer é uma opção e para isso você precisa gastar


menos do que ganha e investir a diferença com qualidade,
segundo seu projeto pessoal.

Existem muitos tipos de investimentos. No entanto, nem


todos trarão tranquilidade, rentabilidade e segurança.

De início vale destacar que há uma diferença entre poupar e investir. Poupar é guardar
dinheiro, enquanto investir é fazer seu dinheiro poupado render e se multiplicar além
do valor da inflação

É um erro acreditar que se pode enriquecer investindo sem dedicar tempo para aprender
a investir e cuidar do seu dinheiro. “Lembre-se que as oportunidades estão onde os bem
informados vasculham,”

Assim, é fundamental que você pelo menos conheça os melhores tipos de


investimentos financeiros e suas categorias, e por isso essa cartilha foi elaborada1.

Boa leitura e bon$$$ investimentos!

Emerson Carvalho

1
Adaptado de Rico.com.vc on Julho 12, 2017 (https://blog.rico.com.vc/tipos-de-investimentos) com informações
complementares de Cerbasi, Gustavo, Investimentos Inteligentes, Ed. Sextante, SP, 2013 (anotadas no texto em azul)

Nota do autor (anotadas no texto em verde). Além dos textos base citados, ao longo dessa cartilha você vai encontrar
algumas referências de sites que poderão ser úteis no esclarecimento de dúvidas que você certamente você vai ter.
Essas fontes estão marcadas em vermelho.

Tipos de Investimentos 1
Sumário

1 Introdução – Conceitos gerais .........................................................................................3


2 Perfil do investidor .............................................................................................................6
3 Conclusão preliminar ........................................................................................................7
4 Tipos de investimentos .....................................................................................................8
4.1 Investimento em Renda Fixa ...................................................................................9
4.2 Investimento em Renda Variável.............................................................................9
4.3 Conhecendo melhor os tipos de investimentos ...................................................10
4.3.1 Poupança ..........................................................................................................10
4.3.2 Tesouro Direto – Renda Fixa .........................................................................11
4.3.3 CDB – Certificado de Depósito Bancário......................................................13
4.3.4 LCI e LCA .........................................................................................................16
4.3.5 LC - Letra de Câmbio ......................................................................................18
4.3.6 Ações / Bolsa de Valores ................................................................................19
4.4 Fundos de Investimentos........................................................................................20
4.4.1 Fundos de ações .............................................................................................21
4.4.2 Fundos de Curto Prazo ...................................................................................21
4.4.3 Fundos de Renda Fixa ....................................................................................21
4.4.4 Fundos Cambiais .............................................................................................22
4.4.5 Fundos da Dívida Externa ..............................................................................22
4.4.6 Fundos Multimercado ......................................................................................22
4.4.7 Fundos Imobiliários..........................................................................................23
4.4.8 Fundos Referenciados ....................................................................................23

Tipos de Investimentos 2
1 Introdução – Conceitos gerais
Para melhor compreensão das informações sobre investimentos é importante que sejam
conhecidos alguns dos termos e conceitos mais recorrentes. São eles:

BM&FBovespa
(fonte: https://www.bussoladoinvestidor.com.br/abc_do_investidor/bmfbovespa/)

A BM&FBovespa é a principal bolsa de valores do Brasil, sendo localizada em São


Paulo. Fundada em 1890, tinha o nome de “Bolsa de Valores de São Paulo”, ou
Bovespa. Em 2008, uniu-se à BM&F, dando origem ao novo nome e à terceira maior
bolsa de valores do mundo.

CDI

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um título de emissão feito pelos bancos,


que emprestam dinheiro entre si em uma modalidade de empréstimo de curtíssimo
prazo.

Isso acontece, entre outras coisas, por força de uma regra do Banco Central que diz
que os bancos precisam fechar o dia com saldo positivo, e, quando o número de saques
supera o de depósitos, a diferença é tomada de outros bancos, que estejam
superavitários, pagando-se a taxa de remuneração do CDI.

A referência adotada pelo mercado que vemos nos cadernos de economia nasce da
taxa média praticada nesses empréstimos entre os bancos.

FGC
(fonte: https://www.bcb.gov.br/pre/bc_atende/port/fgc.asp#1)

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que
administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que
permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até
determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência. A Resolução
4.222, de 2013, dispõe sobre o estatuto e o regulamento do FGC.

O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra


todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até
o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).

São garantidos pelo FGC

 depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;


 depósitos de poupança;
 depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (CDB/RDB);
 depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques,
destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à
prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares;
 letras de câmbio;
 letras imobiliárias;

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 letras hipotecárias;
 letras de crédito imobiliário;
 letras de crédito do agronegócio;
 operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após
08.03.2012 por empresa ligada.

IOF
(fonte: https://www.bidu.com.br/credito/o-que-e-iof/)

O IOF é mais conhecido como Imposto sobre Operações Financeiras, mas seu nome
completo é Imposto Sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro.

Todas as pessoas físicas ou jurídicas que realizam operações de câmbio, crédito e


seguro, além de operações referentes a títulos mobiliários, contribuem com o
pagamento do IOF.

As alíquotas do IOF não são fixas. Elas variam conforme a operação efetuada, e mais,
a qualquer momento a tabela de alíquotas do IOF pode sofrer alterações. Isso porque
sua regulação não depende da aprovação do Congresso Nacional.

No caso de investimentos, CBD, fundos DI e fundos de curto prazo, etc., eles sofrem
cobrança de IOF quando são feitas retiradas em um prazo menor do que 30 dias a partir
da aplicação.

Nesses casos, a tributação é feita por meio de uma alíquota regressiva, que incide
apenas sobre os rendimentos, e não sobre o montante total aplicado e essa alíquota é
reduzida a cada dia, justamente para desestimular as retiradas. Ela começa em torno
de 95%, para retiradas no primeiro dia após a aplicação, até cair a zero no trigésimo dia.

IPCA (inflação)

O IPCA é o Índice de Preços para o Consumidor Amplo. Esse importante índice é


medido mensalmente pelo IBGE para identificar a variação dos preços no comércio.

Ele é considerado, pelo Banco Central, o índice brasileiro oficial da inflação ou deflação.

A coleta de dados para o cálculo do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31 de cada mês,
contemplando setores do comércio, prestadores de serviços, domicílios (para verificar
valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos.

Os preços obtidos na pesquisa retratam pagamentos à vista nas seguintes categorias:


alimentação e bebidas, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais,
educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário. Segundo o
IBGE, esta é a Ponderação das Despesas que definem o IPCA:

Tipo de Gasto Peso


Alimentação 25,21%
Transportes e Comunicação 18,77%
Despesas Pessoais 15,68%
Vestuário 12,49%
Habitação 10,91%
Saúde e Cuidados Pessoais 8,85%
Artigos de Residência 8,09%
Total 100%

Tipos de Investimentos 4
IRPF

O Imposto de Renda sobre Pessoas Físicas é um imposto que incide sobre a renda
e os proventos de contribuintes, residentes no país ou residentes no exterior, que
recebam rendimentos de fontes no Brasil.

LIQUIDEZ

Liquidez é a capacidade que um ativo tem em se transformar em dinheiro. Quanto mais


fácil vendê-lo ou resgatá-lo, mais liquidez ele terá.

RENDIMENTO REAL

É o rendimento de uma aplicação após a subtração da taxa de inflação do período, por


exemplo: se um determinando investimento rendeu 8,5% no ano e a inflação (IPCA) do
mesmo período foi de 4,5%, o rendimento real foi de 4,0% (8,5%-4,5%).

SELIC

A taxa Selic, é conhecida como "taxa básica de juros" é o índice que norteia todas as
operações de crédito no país. A diferença que a Selic serve de base para as operações
financeiras do Tesouro Nacional e o CDI entre instituições financeiras.

O termo Selic é uma sigla, e significa Sistema Especial de Liquidação de Custódia.

Na verdade, ela é um sistema do Banco Central (BC) que registra todas as operações
relacionadas aos títulos escriturais do Tesouro Nacional.

Boa parte destes ativos é comprada pelos grandes bancos, e por lei eles são obrigados
a direcionar uma porcentagem de seus depósitos a uma conta do BC.

O volume de operações bancárias em um único dia é enorme. Ao somar o montante


de todas as instituições, o total é ainda maior. Então, o BC impõe que os bancos devem
fechar o dia com o caixa equilibrado. O objetivo é evitar excesso de dinheiro em
circulação, que por sua vez, controla a inflação.

Para isso, as instituições fazem empréstimos entre elas. Há uma taxa de juros e também
a emissão de títulos de curtíssimo prazo (1 dia).

Assim, é feita uma média ponderada e ajustada que é divulgada diariamente. Ela é
a taxa Selic Overnight. No ano, ela é a taxa Selic anual.

A taxa Selic que conhecemos é a Taxa Selic Meta. Ela é estabelecida pelo Copom
(Comitê de Política Monetária).

A equipe se reúne a cada 45 dias, para decidir os rumos da taxa básica de juros do
próximo período.

A taxa Selic Meta é o parâmetro utilizado pelos bancos para determinar a taxa de juros
dos empréstimos diários que eles fazem uns aos outros.

TR
(fonte: https://www.tororadar.com.br/investimento/taxa-referencial-o-que-e-tr-mensal-calculo)

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TR, ou Taxa Referencial, é uma taxa de juros da economia brasileira. O cálculo do seu
valor é de responsabilidade do Banco Central do Brasil (BACEN), que realiza uma
pesquisa com os 30 maiores bancos do país, analisando as taxas de juros dos CDBs.

O valor desta pesquisa diária foi nomeada TBF (Taxa Básica Financeira), e para
encontrar a taxa TR será preciso calcular o valor de um redutor R.

As fórmulas são as seguintes:

R = a+b x TBF e TR = 100 x [ (1 + TBF ÷ R) - 1]

Onde:
 R: é o redutor
 a: valor fixo igual a 1,005 (valor definido na criação da TR)
 b: depende do valor da TBF e é divulgado pelo Banco Central
 TBF: tarifa básica financeira divulgada pelo Banco Central

2 Perfil do investidor
A escolha de um investimento deve respeitar as características dos investidores. Os três
tipos clássicos de investidor são:

Conservador

Esse é o investidor que prioriza a segurança e a alta liquidez. Ele não suporta
oscilações e por isso abre mão da alta rentabilidade.

Por isso, ele gosta de ter retornos previsíveis e controlados. Assim, normalmente o
conservador concentra o seu patrimônio em investimentos de renda fixa. Até pode ter
uma parcela de renda variável, mas normalmente é muito pequena.

Moderado

Ele gosta da segurança da renda fixa, mas pode arriscar um pouco mais do seu
patrimônio buscando uma rentabilidade maior. Ele não aceita riscos expressivos como
os da BM&FBovespa.

No entanto, o moderado adota uma parcela maior de renda variável para diversificar a
sua carteira. Ele pode fazer isso Fundos Multimercado ou Imobiliários de boa
performance.

Um investimento pode até performar fora do esperado na sua perspectiva, mas ele ainda
não reage bem a variações negativas.

Agressivo

Esse investidor é o que quer fazer o máximo de lucro possível em cima do patrimônio.
Ele escolhe os fundos de investimentos mais agressivos, ou seja, com maior oscilação,
como os de ações ou cambial.

Tipos de Investimentos 6
Além disso, ele também pode operar no Mercado de Ações ou Derivativos (mercado
futuro e de opções).

Os mais agressivos ainda são os que operam nesses mercados em operações de Day
Trade alavancados (utilizando dinheiro emprestado para comprar papéis e vendê-los no
mesmo dia).

Nunca invista em algo que não o deixa confortável e tranquilo.

3 Conclusão preliminar
Existem diversos tipos de investimentos e alguns são bem mais arriscados que outros.

E não tem nenhum problema com eles, é de sua natureza oscilar. Esses investimentos
visam um ganho maior a longo prazo. Entenda que cada investimento possui um
comportamento e um objetivo.

Comparar renda variável (agressiva) com renda fixa (conservadora) é como


comparar um carro de Fórmula 1 com um carro para a família.

Um deles é feito para ser competitivo e veloz. Ele deve dar o máximo de si para
conseguir estar à frente de todos. Para conseguir isso, é preciso acelerar nas curvas,
turbinar o motor e fazer manobras perigosas. O outro é feito para ser seguro e chegar
ao objetivo sem grandes surpresas.

O grande problema é você querer os resultados de um carro de Fórmula 1 com a


segurança do carro para família. Infelizmente é o que acontece todos os dias no
mercado.

As pessoas querem um grande lucro à curto prazo de forma garantida. E isso não existe.
Por isso, descubra qual é o seu perfil de investidor e depois disso, seja fiel a ele para
evitar situações desconfortáveis.

Cada pessoa é de uma forma. No entanto, independente do seu perfil de investidor,


sempre tenha uma reserva de emergência. Esse dinheiro é aquele que você usará
caso seja demitido, porque ficou doente ou qualquer outra situação imprevisível.

Ele deve equivaler a seis vezes o custo mensal para manter sua família estável. Esse
dinheiro precisa estar seguro em uma aplicação de renda fixa como o Tesouro Selic que
possui liquidez imediata. Ou seja, pode sacar o dinheiro rápido.

Por que diversificar as aplicações

Nunca coloque todos os ovos na mesma certa. Tenha muitas modalidades de


investimentos na carteira para estar seguro.

Você não precisa escolher apenas uma categoria de investimento. Na verdade, o mais
recomendado por todos os especialistas é que você faça justamente o contrário:
escolha diversas categorias.

Tipos de Investimentos 7
O mercado e o cenário macroeconômico são muito voláteis. Mesmo analisados a
longo prazo, é complicado prever com 100% de certeza que um investimento será o
mais rentável disponível.

Por isso, é arriscado alocar todo o seu capital em ativos da mesma classe. Até o mais
competente dos analistas não arrisca uma aposta total de recursos em único
investimento.

Assim, é preciso escolher uma coleção de investimentos que, juntos, serão mais
seguros e rentáveis. Isso é o que chamamos de diversificar investimentos. Ao fazer isso,
você estará construindo uma carteira de investimentos.

Já ouviu falar daquela frase: nunca coloque todos os ovos na mesma cesta? É disso
que estamos falando. No entanto, não adianta escolher muitas categorias de um mesmo
mercado. Você deve escolher classes de investimentos que estão localizadas em
mercados e riscos diferentes.

Sempre leve em consideração esses itens abaixo na hora de escolher um ativo:

 Rentabilidade
 Risco
 Prazo (curto, médio ou longo)
 Mercado em que está

Os benefícios de apostar em um conjunto de investimentos são muitos. Você mitiga os


custos. Melhora a performance da carteira. E garante novas oportunidades antes
desconhecidas.

Em resumo, as diferentes modalidades de investimentos servem para diferentes


propósitos. Assim, nunca invista sem saber o porquê. A chance de você se frustrar é
grande.

Você deve definir uma estratégia com objetivos claros a curto, médio e longo prazo
para depois escolher as aplicações que melhor se encaixam na carteira.

Buscar apenas rentabilidade fará com que você escolha ativos mais arriscados e de
longo prazo. Buscar apenas segurança fará com que sua carteira seja apenas de renda
fixa a curto prazo.

É preciso ter um equilíbrio entre ambos de forma que atenda o seu perfil de investidor e
gosto ao risco. Por isso, é importante contar com uma corretora e especialistas que o
ajudarão a montar a sua carteira de investimentos.

4 Tipos de investimentos
É muito importante entender as categorias de investimentos. Existem duas
gerais (renda fixa ou renda variável) e mais uma série de subcategorias. Vamos a elas.

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4.1 Investimento em Renda Fixa

São todos os investimentos onde é possível ter uma boa previsibilidade do retorno.
Assim, todos os investimentos enquadrados nessa categoria são mais seguros e
conservadores.

Dentro de renda fixa, existem dois tipos de investimentos: os prefixados e os pós-


fixados.

Os prefixados possuem uma taxa de retorno fixa. No momento do investimento, você


sabe exatamente quanto ele vai render. E os pós-fixados possuem alguma conexão com
índices. Normalmente, é atrelado ao CDI, à Selic ou ao IPCA (inflação).

Os títulos de renda fixa mais populares são:

 Tesouro Direto
 CDB (Certificado de Depósito Bancário)
 LCI e LCA (Letras de crédito isentas do Imposto de Renda)
 LC (Letras de câmbio)
 Fundos de Renda Fixa

Todos esses investimentos são títulos de créditos emitidos por alguma organização
como o Governo (Tesouro Direto), bancos (CDBs, LCIs e LCAs) ou financeiras (LCs).

Ao comprar os ativos você estará emprestando dinheiro à organização. O seu lucro


virá quando ela pagar a taxa de juros combinada no período. Funciona exatamente igual
quando você pede dinheiro emprestado ao banco.

Títulos como o CDB, LCI e LCA são protegidos pelo FGC até o valor de R$ 250.000 por
organização emissora. Essa é uma forma de garantir o recebimento do capital e lucro
mesmo se a instituição fechar as portas.

Portanto, se você está buscando o melhor investimento sem risco, opte por uma
dessas opções.

4.2 Investimento em Renda Variável

Diferente da renda fixa onde é possível estimar o retorno, a renda variável reúne os
investimentos onde existem oscilações imprevisíveis determinadas por diversos fatores
difíceis de controlar. Dessa forma, o investimento pode performar2 bem ou até dar
prejuízo.

No entanto, esses ativos, por terem mais risco, também têm mais chances de trazer
uma rentabilidade maior que a renda fixa.

Essa é uma lei do mercado. Quanto maior a chance de lucro, maior a chance de perda.
É preciso equilibrar esses fatores na hora de escolher um investimento.

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Performar é uma expressão do mercado financeiro que diz respeito aos resultados do investimento.

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Veja os investimentos mais populares desse segmento:

 Fundos Multimercado (mescla renda fixa e renda variável)


 Fundos Imobiliários (destinado a empreendimento imobiliários)
 Fundos de Ações (objetivo de seguir índices como o Ibovespa)
 COE (Certificado de Operações Estruturadas)
 Mercado de Ações (compra e venda de papéis ou lucro com dividendos)
 Mercado de Opções (índice ou dólar)

Um dos fatores que mais afeta esses investimentos é a lei da oferta e da procura.
Quando um investimento é muito procurado (comprado), o seu valor sobe. Quando
existe mais demanda do que procura, ele desce.

O lucro está em identificar papéis que estão subvalorizados para comprar e esperar por
sua valorização. Para encontrar o preço médio, os operadores (traders) utilizam de
análise gráfica e/ou fundamentalista.

Além disso, assim como os investidores são classificados em três níveis de gosto ao
risco, os investimentos também são.

Portanto, atente bem para que tipo de aplicação está adicionando à sua carteira. Ela
deve ser coerente com seu perfil.

4.3 Conhecendo melhor os tipos de investimentos

A seguir são apresentadas alguns aspectos das principais opções de investimento, em


especial: Características gerais, Rentabilidade, Liquidez, Risco e Taxas e tributos.

4.3.1 Poupança

Características

Foi criada com o objetivo de levantar fundos para o mercado imobiliário (cerca de 70%
dos recursos captados são destinados a esse fim).

É o investimento mais popular no Brasil, no entanto, está longe de ser recomendado.

Apesar de ser uma aplicação segura, o seu rendimento real, com desconto da inflação
e custos, é muito baixo e pode até ser nulo em períodos de alta inflação.

Rentabilidade

A poupança é uma das aplicações financeiras que oferece menos ganhos ao poupador.
Desde de 2012, o governo estabeleceu uma nova regra de cálculo que funciona da
seguinte maneira:

 Se a taxa Selic for maior ou igual a 8,5% ao ano, a poupança terá rendimento
de 0,5% ao mês mais a TR.

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 Quando a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% a.a., a poupança terá um
rendimento equivalente a 70% da Selic vigente no período.

Hoje, com a taxa básica de juros em 6,5% ao ano, a rentabilidade da poupança é de


4,55% ao ano.

Em termos de ganho real, com o IPCA acumulado em 2,84%, a caderna retorna cerca
de 1,70%, enquanto que em relação ao CDI, a diferença é de 5,55%, ou seja, você
economizou para ganhar menos de 2,0% no ano todo.

Liquidez

A liquidez é diária, porém a rentabilidade é mensal, ou seja, se você fizer resgates antes
da data de aniversário não haverá rendimento sobre essa parcela resgatada.

Risco

Baixo. Recursos aplicados na poupança são garantidos pelo FGC até o limite de R$
250.000, e se foram aplicados na CAIXA são 100% garantidos pela União.

Taxas e tributos

Não há incidência de IRPF e nem IOF sobre os rendimentos, o que é um dos grandes
atrativos da poupança.

4.3.2 Tesouro Direto – Renda Fixa

Características

O Tesouro Direto é um título público de renda fixa. Ele é emitido pelo Tesouro Nacional,
que é um órgão do governo junto com a Secretária do Tesouro Nacional (STN).

Antigamente, o Tesouro Direto só estava disponível em Fundos de Renda Fixa


administrados pelos bancos. Hoje, é possível encontrar uma infinidade de meios para
investir em títulos públicos ou de maneira independente.

A rentabilidade e a liquidez são os pontos de destaque

Investir no Tesouro Direto é muito simples e rápido: você só precisa ter acesso à internet
e uma conta de uma instituição financeira. Diariamente, os títulos são disponibilizados
em horários definidos para a compra e venda. Então, você investe no conforto da sua
casa.

Há diversos títulos do Tesouro Direto, como Tesouro Prefixado, Tesouro Atrelado à


inflação, Tesouro Indexado à taxa Selic, dentre outros.

Risco

O Tesouro Direto é considerado como um investimento de baixo risco. Isso porque


ele é emitido pelo governo, que é o órgão máximo do país.

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Então, a possibilidade de quebra do Estado é muito pequena. Antes disso, todas as
demais instituições financeiras teriam falido.

O repasse dos rendimentos também é garantido pelo Governo. Assim, pode-se dizer
que o Tesouro Direto é tão seguro quanto a poupança.

Rentabilidade

Os títulos públicos se tornaram uma das estrelas da renda fixa, principalmente, por
causa da rentabilidade. Com eles você pode obter bons rendimentos sem abrir mão da
segurança.

Basicamente, o Tesouro Direto possui rentabilidade muito próxima a 100% do CDI,


que é o benchmark da renda fixa.

Além do rendimento do ativo, a venda antecipada também pode trazer bons lucros ao
investidor. Isso é possível porque os títulos são precificados diariamente conforme as
expectativas do mercado quanto aos juros futuros.

Basicamente, quando eles caem, o preço dos papéis aumenta. Assim, eles estão
valendo mais do que você pagou. Ao vendê-los, você obtém os ganhos.

Ao mesmo tempo, é preciso fazer uma boa marcação à mercado. Caso contrário, a
operação acarretará perdas.

Liquidez

Uma das grandes vantagens de investir no Tesouro Direto é a liquidez diária. Isso
significa que você pode solicitar o resgate do Tesouro Direto a qualquer momento.

Neste caso, o próprio governo faz a recompra dos títulos. E em apenas um dia útil, o
dinheiro já estará disponível na sua conta.

A liquidez diária permite que o Tesouro Direto seja flexibilizado a diversos objetivos de
investimento, por exemplo, fundo de emergência, aposentadoria ou comprar um imóvel.

Lembre-se de que os papéis são vendidos apenas a preço de mercado, ou seja, não
há como negociar o valor desejado.

Para o caso em que o título venceu, você tem a opção de resgatar o valor ou reinvestir
em ativos semelhantes, por exemplo, um novo Tesouro IPCA+ com data de
vencimento mais longa.

Taxas e tributos

Todas as vantagens do Tesouro Direto possuem um custo, que são as taxas e impostos.
De acordo com o valor investido e o prazo de aplicação, eles podem comprometer boa
parte dos lucros.

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um dos impostos cobrados pelo


investimento em títulos públicos. Ele incide sobre os rendimentos apenas nos
primeiros trinta dias da aplicação. Portanto, se você solicitar o resgate dentro deste
período, haverá essa cobrança.

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O Tesouro Direto também possui a taxa de custódia. Ela é cobrada semestralmente pela
BM&FBovespa para a guarda dos papéis e a segurança das suas informações pessoais.
No ano, ela totaliza 0,30%.

Por fim, há o Imposto de Renda (IR). Ele incide apenas sobre os rendimentos e de forma
regressiva, ou seja, quanto maior o tempo de investimento, menor a alíquota. Veja os
percentuais na tabela abaixo:

4.3.3 CDB – Certificado de Depósito Bancário

Características

O CDB é o Certificado de Depósito Bancário. Ele é um investimento de renda fixa emitido


pelos bancos.

O CDB é um dos investimentos mais conhecidos pelos investidores da renda fixa. Isso
se deve principalmente à rentabilidade e segurança.

Basicamente, o CDB funciona como um empréstimo do seu dinheiro para a


instituição bancária. Em troca, você recebe uma taxa de rentabilidade que é definida no
momento da compra.

A captação serve para financiar as atividades do banco emissor, como projetos,


crescimento e pagamento de dívidas.

De forma geral, os CDBs emitidos por instituições bancárias de menor porte tendem a
oferecer taxa de rendimento maiores. Assim como aqueles que possuem prazo de
vencimento mais longo costumam ter rentabilidade mais atrativa. Nos próximos tópicos,
vamos mostrar este fator com mais detalhes.

O CDB é categorizado segundo o tipo de rentabilidade em: prefixados, pós-fixados e


híbridos.

Títulos pós-fixados

Este é o tipo mais comum de CDB. A sua taxa de rentabilidade é atrelada a um


indexador da economia.

Basicamente, o emissor paga um percentual do índice de referência utilizado, por


exemplo, 120% do CDI ao ano.

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Como os indexadores variam com o tempo, os rendimentos do CDB pós-fixados
também estão sujeitos a oscilações até a data do vencimento. Portanto, ao investir neste
ativo, você só tem uma previsão: de quanto irá receber no prazo de resgate. De forma
geral, se o indexador sobe, os seus rendimentos também aumentam.

Títulos prefixados

A taxa de rentabilidade prefixada consiste em uma remuneração fixa, por exemplo,


10% ao ano. Ela se mantém desta forma, independentemente das condições do
mercado.

No momento da compra, você já sabe exatamente o quanto o seu dinheiro vai valorizar
até a data do vencimento.

Prazo Para Investir no CDB

Todos os investimentos de renda fixa possuem prazos de vencimento bem definidos.


Os CDBs costumam ser emitidos para períodos entre 30 dias e 1826 dias (5 anos).

Além disso, há o prazo de liquidação, que é o tempo que o emissor tem para depositar
o dinheiro investido e corrigido na sua conta. Ele varia conforme as condições de
investimento e o porte do banco.

Então, antes de investir, é fundamental conhecer estas informações e verificar se elas


estão alinhadas aos seus objetivos. Caso contrário, você pode ter perdas de rendimento.

Hoje, com a evolução do mercado financeiro, você já encontra CDBs com liquidez
diária, ou seja, ao solicitar o resgate antecipado, o dinheiro estará disponível na sua
conta em apenas um dia útil.

Alternativas de investimento disponíveis na Rico - Tela capturada em 01/04/18

O CDB é muito conhecido pela sua segurança. Ao investir nesta aplicação, você conta
com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para valores de até R$ 250 mil
por CPF e por instituição. Assim, se o emissor falir você não perde o valor aplicado.

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Rentabilidade

Um dos fatores de destaque do CDB é a sua rentabilidade. Hoje, é possível encontrar


títulos que oferecem rendimentos acima de 100% do CDI. Assim, você pode ganhar
acima do benchmark da renda fixa de forma segura e prática.

Outro fator interessante nos CDBs e que afeta sua rentabilidade é o momento da
tributação. Ao contrário dos fundos cuja cobrança de IRPF ocorre semestralmente 3, no
caso dos CDBs a tributação ocorre no momento do resgate, permitindo assim que o
rendimento já obtido fique “rendendo” por mais tempo até ser cobrado o imposto.

Liquidez

O CDB tem se tornado um investimento flexível. Com as inúmeras opções disponíveis


no mercado, está cada vez mais comum encontrar ativos com prazo de liquidez menor.

Então, se você quer investir em CDB, mas precisará utilizar o dinheiro antes da data
do vencimento, o ideal é optar pelos ativos que possuem liquidez diária. Caso contrário,
o prazo de liquidação elevado será uma desvantagem.

Risco

Independentemente do porte do emissor, todo CDB é um investimento de renda fixa.


Ou seja, ele é conservador e possui baixo risco.

Não existem surpresas em seu rendimento. Ele renderá exatamente o que está proposto
no momento da compra. Se é 120% do CDI, o título renderá cerca de 6,60% com a taxa
Selic a 6,5% a.a, por exemplo.

No entanto, existe sim um fator a ser considerado que é o risco de crédito. Trata-se da
possibilidade de calote do banco que emite o CDB. Vale dizer que esse risco é maior
com bancos pequenos e mais frágeis.

Taxas e tributos

Investir em CDB também possui custos, entretanto, as taxas nas aplicações em CDB
são cobradas apenas sobre os rendimentos

O primeiro deles é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ele incide sobre o
investimento apenas nos primeiros trinta dias de aplicação. Caso você solicite o
resgate do CDB durante este período, haverá a cobrança deste tributo.

Por fim, há o Imposto de Renda (IR). Ele incide apenas sobre os rendimentos e de forma
regressiva, então, quanto maior o tempo de investimento, menor será a alíquota. Veja a
tabela:

3
Mecanismo conhecido como chamado come-cotas (ver o item tributação no tópico
Fundos de Investimento),

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Tabela da tributação do IR para o CDB - Fonte: Receita Federal
% de IR sobre o rendimento Período de aplicação
22,5% 180 dias após a aplicação
20% 360 dias após a aplicação
17,5% 720 dias após a aplicação
15% 720 da aplicação

4.3.4 LCI e LCA

Características

A LCI é a Letra de Crédito Imobiliário. Ela é um investimento de renda fixa emitido


pelos bancos.

Os recursos captados pelo emissor são utilizados para o financiamento das atividades
do setor imobiliário. Em troca, ele oferece uma taxa de rentabilidade anual que é definida
no momento da compra.

A LCI também possui uma data de vencimento estabelecida. Assim, ao investir neste
ativo, você já tem uma ideia de quanto o seu dinheiro irá render até o final deste prazo.

A LCA é a Letra de Crédito do Agronegócio. Ela também é um título renda fixa emitido
pelos bancos. A diferença para a LCI é o foco de investimento.

Neste caso, a captação é direcionada para financiar as atividades do setor do


agronegócio. Assim como para a LCI, a taxa de rentabilidade e a data de vencimento
são definidas no momento da compra.

Para o investidor, não há diferenças significativas entre investir em LCI e LCA, a


menos que você tenha interesse em aplicar o seu dinheiro no setor do agronegócio ou
o imobiliário.

De forma geral, a LCA possui aporte mínimo e prazo de aplicação maiores que a
LCI. Uma dica é optar por aquela que está alinhada aos seus objetivos e tempo de
investimento.

Caso você busque diversificação, analise o setor que você deseja investir, por exemplo,
ao escolher uma LCI, é possível impulsionar o crescimento do setor imobiliário.

Então, decidir entre LCI e LCA envolve tanto aspectos relacionados ao investimento,
quanto pessoais.

Esses ativos são recomendados para a diversificação da carteira. Como eles financiam
setores estratégicos da economia, você pode ganhar dinheiro e ainda ajudar no
desenvolvimento deles. Geralmente, a escolha é feita com base na taxa de rendimento,
prazo de aplicação e aporte inicial.

Rentabilidade

A LCI e LCA costumam ter taxas de rentabilidade muito próximas do CDI, que é o
benchmark da renda fixa. Então, se você que investir com rendimentos alinhados ao
mercado, elas podem ser ótimas alternativas.

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O rendimento da LCI e LCA pode ser de duas formas: prefixado ou pós-fixado.

A LCI ou LCA prefixada consiste em uma taxa de rentabilidade fixa, por exemplo, 10%
ao ano.

Assim, no momento da compra, você sabe exatamente o quanto o seu dinheiro vai
crescer até a data do vencimento.

A LCI e LCA pós-fixadas possuem taxa de rendimento atrelada a um indexador,


como o CDI e o IPCA, ou seja, o emissor paga um percentual deste índice. Um exemplo
seria um papel com rentabilidade de 120% do CDI.

Se você está em dúvida sobre qual delas rende mais, utilizamos o nosso Simulador de
Investimentos para você compará-las e tomar a sua decisão agora mesmo. Veja:

LCI e LCAs disponíveis para você investir agora mesmo!

Liquidez

LCI e LCA costumam ter prazo de carência, ou seja, você não pode solicitar o resgate
delas durante esse intervalo de tempo.

Além do prazo de carência, esses ativos têm baixa liquidez. Isso significa que o ideal é
mantê-los até a data do vencimento para evitar perdas nos rendimentos.

Na data do vencimento da LCI e LCA, o investidor tem duas opções: reinvestir ou


resgatar. Ao optar por resgatar, você receberá o valor investido com os seus
rendimentos.

O reinvestimento consiste em aplicar o seu dinheiro em um título semelhante ao que


você já tinha ou escolher entre os oferecidos pelo mesmo emissor.

Um dos pontos que gera muitas dúvidas é o resgate antecipado. Ao investir em LCI e
LCA, por conta do período de carência, que costuma ser de 90 dias, você só pode
solicitá-lo após esse prazo.

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Em motivos de emergência, há possibilidade de que a liquidação ocorra dentre deste
intervalo de tempo. Porém, você terá que pagar multas, que variam conforme o emissor.

Passado o prazo de carência, o resgate antecipado pode ser realizado. Mas, não
costuma ser vantajoso porque você pode perder boa parte dos rendimentos.

O ideal é manter o seu título até o prazo final

Então, o ideal é fazer a alocação da sua carteira e direcionar a LCI e LCA para objetivos
de médio e longo prazos.

Risco

LCI e LCA são classificados como investimentos de baixo risco. Então, elas podem ser
interpretadas como ativos tão seguros quanto a poupança.

Primeiramente, ao investir nestes títulos, as chances de perder o seu dinheiro são


mínimas, porque eles possuem a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito)
para valores de até R$ 250 mil por instituição e por CPF.

Taxas e tributos

Esta é uma das melhores vantagens destas aplicações. Você investe o seu dinheiro e
ganha rendimentos sem pagar impostos.

Investir o seu dinheiro em LCI e LCA não gera qualquer custo. Isso mesmo! Não há
tributos ou taxas.

Assim, o rendimento bruto é igual ao líquido, ou seja, os retornos vêm diretamente para
o seu bolso.

A isenção de impostos é promovida pelo governo, pois o setor imobiliário e o do


agronegócio são considerados como estratégicos.

Então, esta é uma forma de incentivar o crescimento de ambos e a captação de recursos


dos investidores.

4.3.5 LC - Letra de Câmbio

Essa "LC", diferente das LCIs e LCAs, é um pouco diferente. Sua finalidade é fomentar
o crédito. Isso quer dizer: a Instituição Financeira toma o dinheiro do investidor e
empresta para o tomador na outra ponta, não necessariamente para um fim específico,
como Imobiliário o Agropecuário.

Um diferença importante é que as LCs são tributadas pelo IR, sendo a alíquota
máxima 22,5%, com regressão até 15% conforme o prazo em que o dinheiro
permanecer aplicado.

Do resto, o funcionamento é muito parecido, havendo pós e prefixadas, sendo que as


pós usam o CDI como referência.

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Essa modalidade também é garantida pelo FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF, por
instituição financeira.

4.3.6 Ações / Bolsa de Valores

O que são ações?


(fonte: https://www.xpi.com.br/investimentos/acoes/o-que-sao-acoes/

Ações representam uma fração do capital social de uma empresa. Ao comprar uma
ação o investidor se torna sócio da empresa, ou seja, de um negócio. Passa a correr os
riscos deste negócio bem como participa dos lucros e prejuízos como qualquer
empresário.

Quem compra uma ação na Bolsa de Valores está levando uma pequena parte de uma
empresa de terceiros e passa a ser chamado de acionista minoritário. Ser sócio de uma
empresa listada na bolsa de valores traz algumas vantagens. Um exemplo disso é que
enquanto a entrada ou saída na sociedade de uma empresa limitada ou de capital
fechado requer um processo burocrático de alterações de contratos sociais, comprar ou
vender uma ação de uma empresa listada em bolsa é um ato feito eletronicamente com
poucos clicks. A liquidez do mercado acionário também permite ao investidor ter a opção
de se retirar da sociedade e migrar para outro negócio mais atraente, a qualquer
momento

As ações são basicamente de dois tipos: ações ordinárias (ON), com direito a voto nas
decisões da empresa, e preferenciais (OP), que têm preferência na hora de receber os
dividendos. Elas são negociadas nas bolsas de valores, e a principal delas no Brasil é
a BM&FBOVESPA.

Todos sabem que o mercado de renda variável, representado pela Bolsa de Valores é
bastante volátil. Isso significa que, os valores dos ativos negociados em bolsa mudam
constantemente.

Sendo assim, espera-se da bolsa, dada a volatilidade e o risco inerente ao negócio, um


retorno muito superior ao da renda fixa.

O principal índice da Bolsa é o Ibovespa e é comum ver comparações entre este e o


CDI, pois, se a bolsa não está superando o principal benchmark da renda fixa, talvez
não seja o melhor investimento para o momento.

Para o pequeno investidor, é preciso encarar a bolsa para o longo prazo, de forma
que o tempo ajude a absorver a volatilidade. Depois de formada uma reserva na renda
fixa, é possível investir um pouco por mês.

Importante lembrar que o rendimento obtido com ações vem tanto da valorização das
ações quando dos dividendos distribuídos aos acionistas.

Uma das maneiras mais eficientes de se acompanhar o mercado é através das ETFs.
Esses papéis são "Fundos de Índices", negociados como papéis na bolsa, eles
performam seguindo os principais indicadores. Por exemplo, o BOVA11, segue o
iBovespa, e assim por diante.

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É importante ter paciência e disciplina para não realizar prejuízo ao menor sinal de
queda. A Bolsa, repetindo, é algo para se pensar a longo prazo e, sobretudo, para se
alocar um capital que você não precise de uma hora para outra. Assim, boa parte do
risco pode ser mitigado.

Para conhecer um pouco mais sobre esse mercado leia a cartilha Opções e mercado
futuro

4.4 Fundos de Investimentos

Um fundo de investimento é formado por uma carteira de ativos financeiros. Ele é


oferecido por administradoras que disponibilizam cotas para captação de recursos.

Basicamente, ele funciona como um condomínio, onde cada morador adquire uma cota
(um apartamento), paga uma mensalidade para a administração e segue algumas
regras preestabelecidas.

O fundo é uma instituição independente do banco que a oferece, e possui CNPJ próprio.
Portanto, o risco do fundo não está diretamente ligado ao risco do banco e sim ao risco
da sua carteira de investimento.

A regulamentação deste investimento é feita pela CVM e pela ANBIMA. Estes


órgãos são responsáveis por classificar e fiscalizar todas as atividades.

Os fundos de investimentos são uma forma simples de fazer investimentos complexos.


Por isso, é uma ótima forma de diversificar a carteira de investimentos com pouco tempo
e de maneira fácil.

Entretanto, essa facilidade tem um preço, Os fundos de investimentos podem cobrar


dois tipos de taxas: a de administração e a de performance (que nem todos cobram).

Ao selecionar um fundo considere o desempenho do fundo (rentabilidade após o


desconto das taxas) e não apenas o valor da taxa de administração.

Basicamente, os fundos de investimento podem ser abertos, onde é possível aplicar no


momento em que o investidor preferir, ou fechados, no quais só é permitido investir por
um período pré-determinado e fazer o resgate no vencimento.

O que é uma cota?

A cota é a menor parte de um fundo. Quando o investidor (cotista) aplica em um fundo,


ele adquire cotas.

O patrimônio total dele é composto pela somatória de cotas distribuídas, ou seja, todas
elas têm o mesmo valor. A soma delas totalizam o patrimônio do fundo.

As taxas cobradas também são proporcionais à sua porção no fundo de investimentos.

O valor das cota mudam diariamente conforme a performance do fundo. No entanto,


seu número de cotas sempre é a mesmo.

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Seu número de cotas só diminui quando acontece o famoso come-cotas, que é quando
o IRPF é cobrado semestralmente e essa cobrança se traduz na prática numa redução
do seu número de cotas, ou seja, parte das suas cotas são “vendidas” para pagar o
IRPF devido no semestre.

Tipos de Fundo de Investimentos

Há diversas opções de carteiras para você investir o seu dinheiro

Os fundos de investimentos são classificados de acordo com a composição da carteira,


objetivo de rentabilidade e prazo de aplicação.

Então, antes de investir, você precisa conhecer sobre cada um e definir qual é o mais
apropriado para os seus objetivos. Saiba mais:

4.4.1 Fundos de ações

Os fundos de investimento em ações direcionam cerca de 67% dos seus investimentos


em ações da bolsa de valores. Dessa forma, a rentabilidade esperada depende da
valorização dos papéis.

Além disso, eles pode ser classificados como:

 Fundos passivos: as ações são alocadas de forma a obter rendimentos atrelados


à um índice, como o Ibovespa.
 Fundos ativos: a composição da carteira é feita com base em análises
macroeconômicas.

4.4.2 Fundos de Curto Prazo

Os fundos de curto prazo buscam acompanhar as variações das taxas de juros com
investimento exclusivo em títulos públicos prefixados ou privados de baixo risco de
crédito. Em geral, a rentabilidade destes fundos está atrelada à Selic ou ao
CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Os fundos de curto prazo são considerados investimentos conservadores e de


baixíssimo risco.

4.4.3 Fundos de Renda Fixa

Os fundos de investimento em renda fixa, por exemplo, fazem um meio de campo


entre a poupança e as ações da Bolsa em termos de risco e rentabilidade.

Trata-se de uma boa alternativa pra quem busca diversificar o portfólio de investimentos
sem precisar de muito conhecimento sobre o mercado: o gestor de fundos é o
responsável por administrar a sua carteira e fazer recomendações. Enquanto no
Tesouro Direto você faz a compra e venda de títulos públicos, os Fundos de Renda Fixa

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contam com a figura de um profissional que monta uma carteira de títulos de acordo
com os seus objetivos, oferecendo assim riscos menores.

Os fundos de renda fixa direcionam no mínimo 80% dos seus investimentos em ativos
de renda fixa prefixados (em que você sabe exatamente o valor que vai resgatar no
vencimento) ou pós-fixados (com rentabilidade atrelada a alguns indexadores como a
taxa Selic, IGP-M e IPCA).

A porção de 20% pode ser alocada em derivativos. Isso é feito para aumentar a sua
rentabilidade, que costuma seguir o CDI.

Os fundos de renda fixa são indicados para o perfil conservador, principalmente para
aqueles que buscam bons rendimentos sem abrir mão da segurança.

Como exemplos de fundos de renda fixa, boa parte deles oferece uma política de
investimento que consiste em alocar recursos em títulos públicos federais e crédito
privado de baixo risco como Letras Financeiras, Debêntures, CDBs, DPGEs e FIDC
através de uma rigorosa análise dos emissores.

É importante atentar a fatores como taxas de administração e prazo de aplicação que


irão influenciar no valor de Imposto de Renda (IR) descontado dos rendimentos.
Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e
Contabilidade (Anefac), os fundos de renda fixa costumam ser mais vantajosos em
aplicações no longo prazo e taxas de administração reduzidas. O procedimento de
simular e calcular e recolher o Imposto de Renda (IR) é de responsabilidade do
administrador do fundo da instituição financeira.

4.4.4 Fundos Cambiais

Os fundos cambiais são compostos por investimentos em moeda estrangeira, como os


títulos públicos de outros países. Os mais comuns são os de dólar e euro.

4.4.5 Fundos da Dívida Externa

Estes fundos são compostos por, no mínimo, 80% de títulos da dívida externa da
União. A sua rentabilidade é determinada por uma combinação entre:

 Taxas de juros pagas pelos ativos


 Desempenho dos papéis no mercado internacional
 Taxa de câmbio do dólar ante o real

4.4.6 Fundos Multimercado

Os fundos multimercado são compostos por diversos ativos da renda fixa e variável.
Neste caso, o gestor possui uma gama de investimentos maior do que para as demais
categorias.

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Esse tipo de aplicação é ideal para os investidores que buscam rentabilidade mais
atrativas com riscos menores.

Além disso, a maioria dos fundos multimercado são altamente diversificados. Se


você busca pulverizar os seus investimentos, eles são ótimas opções.

4.4.7 Fundos Imobiliários

Os Fundos de Investimentos Imobiliários, conhecidos como FIIs, são feitos de


investimentos do setor imobiliário. Ao aplicar no setor imobiliário por meio destes ativos,
você possui pequenas partes de imóveis.

Os Fundos Imobiliários têm um profissional especializado para fazer a gestão do FI e,


conforme os resultados, alocações são feitas, com foco na maior rentabilidade.

4.4.8 Fundos Referenciados

Um fundo referenciado possui um benchmark como objetivo de rentabilidade. Então, a


composição deve ter 95% de ativos que estejam atrelados à esta referência.

Ele é um investimento seguro, pois, o patrimônio possui cerca de 80% de títulos públicos
ou privados com baixo risco de crédito.

Nesta categoria, você encontra os fundos DI. A nomenclatura é porque eles são
referenciados na taxa CDI.

Rentabilidade

Com certeza este é um dos maiores atrativos dos fundos de investimento.

No entanto, lembre-se da regra de ouro do mercado financeiro:

Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Mesmo assim, na média anual, é possível conseguir ganho superiores ao CDI, de forma
segura. É ótimo ter um rendimento mensal de 4%. Todavia, isso indica que no próximo
mês, este mesmo fundo pode trazer uma oscilação negativa de 5%.

Então, tenha claro em sua carteira de investimentos o quanto você está disposto a
arriscar.

Uma ótima forma de escolher os melhores fundos é analisando a categoria de riscos


na plataforma da Rico que é organizada por cores:

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Tela capturada em 8 de junho de 2018.

É possível que um fundo de renda fixa seja agressivo, assim como um fundo
multimercado pode ser moderado. Então, analise bem o tipo de fundo e também o
quanto ele arrisca.

Você pode até ir mais a fundo e olhar o histórico de rendimento, buscando quais foram
suas piores performances e maiores acertos.

Um fundo de risco moderado (amarelo) dificilmente vai ter um rendimento anual de 50%,
mas também dificilmente terá um prejuízo de -20% no ano, como pode acontecer com
alguns fundos agressivos.

Então, busque arriscar apenas uma pequena parcela do seu capital caso esteja
aplicando em fundos agressivos que buscam altíssima rentabilidade

Liquidez

A maioria dos fundos possuem alta liquidez. Assim, é possível solicitar o regaste do
valor investido a qualquer momento

Risco

Como esse investimento é regulamentado, ele é uma opção bastante segura para a sua
carteira.

Antes de ser ofertados no mercado, os fundos precisam ser registrados pela CVM.
Então, ao investir o seu dinheiro, a recomendação é verificar antes se ele está listado
no site do órgão.

A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de


Capitais) é responsável por determinar parâmetros de composição destas carteiras.

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Outra função dela é fiscalizar a qualidade das informações disponibilizadas pela gestão
ao mercado. O objetivo é a transparência e clareza para os investidores.

Analise os dois riscos associados à esta aplicação

Assim como todos os ativos, os fundos de investimentos possuem riscos. Por isso, antes
de adquirir as suas cotas, é fundamental conhecer os fatores arriscados. Veja quais são:

 Risco de crédito: esse fator representa a falta de pagamento dos rendimentos


pelo emissor de um ativo que faz parte do fundo de investimento. Um exemplo
disso, é um fundo que possui títulos do Tesouro Direto. Como o governo é o
emissor, o risco de calote é baixo.

 Risco de mercado ou de estratégia: é a probabilidade do gestor do fundo não


obter sucesso na estratégia de investimento. Assim, os cotistas terão retornos
negativos.

Tributos

O Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) são cobrados na


fonte. Esta é uma grande facilidade ao investidor, que não precisa se preocupar com o
recolhimento dos tributos.

Fundos de Ações

O Imposto de Renda é cobrado apenas do dia do resgate das cotas. A alíquota é de


15% e incide sobre o rendimento bruto obtido.

Fundos de Curto Prazo

Esses fundos possuem títulos em carteira com prazo médio igual ou inferior a 365 dias.
O Imposto de Renda é cobrado nas seguintes alíquotas:

Prazo de aplicação Alíquota


Até 180 dias 22,5%
Acima de 180 dias 20%

Tabela de tributação do IR para os fundos de Curto Prazo - Fonte: Receita Federal

Fundos de Longo Prazo

Para fins de tributação, são considerados fundos de longo prazo aqueles que possuem
títulos com prazo médio igual ou superior a 365 dias.

A alíquota do IR é cobrada da seguinte forma:

Prazo de aplicação Alíquota


Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%

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Tabela da alíquota do Imposto de Renda para os fundos de Longo Prazo - Fonte:
Receita Federal

Taxas dos Fundos de Investimentos

Todos os custos dos fundos de investimentos são especificados nos seus


regulamentos. Fique atento, pois, alguns deles não cobram taxas como a de
performance e saída.

Taxa de administração

A taxa de administração é cobrada para custear o serviço de gestão e operação dos


fundos de investimentos.

O seu valor é um percentual sobre o patrimônio total. Portanto, ele varia conforme o
emissor.

Há alguns fundos em que o gestor adquire cotas de outros fundos (FIC), por isso existe
a taxa de administração máxima.

Taxa de performance

A taxa de performance é como um bônus pelo trabalho desempenhado pelo gestor.


Quando o rendimento do fundo de investimento supera o seu benchmark, este custo
pode incidir sobre as cotas.

O percentual cobrado varia conforme os critérios da instituição emissora.

Taxa de saída

Se aplicável, a taxa de saída é cobrada sobre o valor investido, caso o cotista queira
vender suas cotas antes do prazo de liquidez estabelecido no regulamento do fundo.

O IOF incide apenas se o resgate foi realizado em um período inferior a 30 dias da data
de aplicação.

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