Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Mvukiyingoma Evariste
Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3
1. Cientistas ................................................................................................................................ 4
3. Conclusão ............................................................................................................................. 10
Introdução
As observações da regularidade e perfeição geométrica de cristais macroscópicos forneceram,
já no século XVIII, os primeiros indícios de que os cristais são formados por uma colecção de
partículas organizadas de forma periódica1. A confirmação experimental directa deste fato
veio no início do século XX, através dos experimentos de difracção de raios-X e do
desenvolvimento de uma teoria elementar de difracção de ondas por um sistema periódico,
descobertas que valeram o prémio Nobel a W. H. Bragg e W. L. Bragg em 1915 e a M. T. F.
von Laue no ano anterior.
É desta feita que surge o estudo das estruturas cristalinas, é definida como como um conjunto
de átomos periodicamente distribuídos no espaço, formando uma rede.
Portanto, o presente trabalho debruçará sobre os cientistas que contribuíram para a descoberta
da estrutura cristalina, os tipos de redes cristalinas com os respectivos defeitos. Esta fornece a
base elementar para o entendimento de todas as demais propriedades dos sólidos.
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1. Cientistas
1.1. William Henry Bragg
William Henry Bragg nasceu em 2 de Julho de 1862 em Cumberland, Inglaterra. Seu pai,
Robert John Bragg, era oficial da marinha mercante e agricultor. A mãe de Bragg, Mary,
morreu quando o futuro Físico tinha apenas 7 anos, com isso, ele teve de ser criado por seu tio
em Leicestershire.
Em 1886 foi exigido que Bragg trabalhasse com aulas de Física também, matéria que ele era
até então ignorante. Bragg não era somente activo nos esportes, ele também lidava com
escolas e locais públicos como a Biblioteca Pública e o Museu e Galeria de Arte do Sul da
Austrália.
Alguns anos depois, Bragg concluiu que raios X e raios γ eram constituídos por um fluxo de
pares de partículas neutras ao invés de ondas electromagnéticas, postura que o colocou sob
muita controvérsia
Em cima da demonstração de Max von Laue de que raios X podem ser difractados por
cristais, Bragg e seu filho discutiram esse desenvolvimento. Com isso, seu filho conseguiu
formular a lei de Bragg, a qual simplifica o problema de Laue. Assim, o filho e o pai se
uniram para trabalhar com raios X, iniciando o campo da cristalografia por raios X, o que lhes
rendeu o prémio Nobel de Física em 1915.
Os trabalhos de Bragg e seu filho foram interrompidos para que pudessem contribuir para os
interesses de guerra. Posteriormente, foi dado sequência ao trabalho com cristalografia de
raios X e iniciado aulas com o objectivo de popularizar a ciência entre os jovens. Recebeu
diversas honras e medalhas. William Henry Bragg faleceu em 12 de Março de 1942 em
Londres (Penteado, 2016).
2. Estrutura Cristalina
A estrutura cristalina resulta da associação de um motivo (ou base) a cada nó da rede
cristalina. Cada motivo (um átomo ou conjunto de átomos ou íons) pode ser obtido por
translação ao longo da recta que une os nós da rede. A estrutura tem matéria, enquanto que a
rede é um conceito geométrico.
A célula unitária é definida como a menor porção do cristal que ainda conserva as
características do mesmo.
Existem sete arranjos que podem representar as estruturas de todas as substâncias cristalinas
conhecidas, denominados sistemas cristalinos. Esses sistemas são: cúbico, tetragonal,
ortorrômbico, monoclínico, triclínico, hexagonal e romboédrico. As características dos sete
sistemas cristalinos são dadas no quadro mostrado na figura abaixo.
Fig. Células unitárias dos sistemas cristalinos e suas relações de parâmetros. Fonte: (Silva, 2015, p.
41).
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Fig. a) Átomo em posição (1,1,0); b) linha de átomos sinalizando duas direcções cristalinas; c? Vector
indicando direcção cristalina [111].
Fig. Defeitos pontuais: (a) lacuna e (b) auto-intersticial ou intersticial, na rede de um metal sólido
compacto (Guy; 1976, p. 55).
Defeitos lineares: irregularidades que se estendem através de uma única fileira de átomos
(unidimensionais), podendo ser discordâncias em hélice ou discordâncias em cunha;
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Figura 7.6 - (a) Discordância cunha (aresta) positiva, numa rede cristalina. (b) Discordância cunha
(aresta) com indicação (Guy; 1976, p. 55).
3. Conclusão
No presente trabalho conclui-se que, as estruturas cristalinas um material cristalino,
independentemente do tipo de ligação encontrada no mesmo, caracteriza-se por apresentar um
agrupamento de seus átomos, iões ou moléculas, que se repete tridimensionalmente. A
repetição tridimensional nos cristais é devida à coordenação atómica no interior do material, a
qual, como já mencionado anteriormente, decorre de condições geométricas que são impostas
por ligações direccionais e compacidade.
Quando os átomos não têm direcções específicas de ligação, como os metais ou os compostos
iónicos, eles se comportam como esferas rígidas de raio definido e tendem a maximizar os
contactos com outros átomos (esferas), ou seja, tendem a preencher o volume disponível,
maximizando a densidade.
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Referências bibliográficas
Davies, M. (1970). Peter Joseph Wilhelm Debye. Biographical Memoirs of Fellows of
the Royal Society.