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e­Book
Para Sempre Umbanda 
 

Coletânea de Textos publicados


no facebook

 
 
 

O ​
Para Sempre Umbanda nasceu no yahoo-grupos como um grupo
de discussão que não alimentava as diversas discussões sobre
vertentes…

Nossa luta sempre foi expandir a Umbanda através de ensinamentos


e dialogo.

Com a evolução o Para Sempre Umbanda, partiu para sua plataforma


EAD, ​www.psuead.com.br com cursos bem acessíveis para manter o
site.

Montamos uma FanPage no Facebook e sempre enviamos mensagens,


textos, fotos de eventos, vídeos para que todos nós possamos
aprender cada vez mais.

Hoje, tanto o site quanto a Fanpage é mantida pelos Sacerdotes:

Paulo Ludogero (fundador do PSU), Roberto Angeli, Adérito Simões

Essa coletânea é gratuita seja bem vindo ao 1º e-Book do Para


Sempre Umbanda.

O grupo Umbanda eu Curto, já possui muitos ebooks e nos inspiramos


nessa idéia para criar essa coletânea.

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Índice

1. Sem consulta não tem assistência. Será?..........................​


4
Por Adérito Simões

2. Consulta mediúnica na Umbanda………………………………………….​


8

Por Paulo Ludogero

3. A Fé que me sustenta!..................................................​
12

Por Paulo Ludogero

16
4. Umbanda, depois que você entra, não tem mais como sair.​

Por Adérito Simões

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Sem consulta não tem assistência.


Será?

imagem de: http://ellenlopes-fotografia.blogspot.com.br/

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Hoje de manhã um irmão de fé perguntou:

- Se não tem consulta no candomblé por que alguém ficaria na assistência?

Boa pergunta, não é mesmo?

Por que alguém ficaria ali sentado por duas horas assistindo pessoas incorporando
divindades?

A resposta veio à minha mente de uma forma muito clara e me impulsionou a escrever.

Vejam, irmãos, eu estudei em colégio católico, o colégio Santa Maria aqui em minha
cidade, Praia Grande. Sim, eu moro mal. Tudo bem. Nessa época, obviamente, participei
de muitas missas e não me lembro do padre Paulo prestar consulta lá na igreja Santo
Antônio. Até mesmo no confessionário não havia nenhum conselho. Era apenas um
número de rezas e “vai com Deus, meu filho”. Lembro também que as missas
tinham muito mais “consulentes” do que as giras de meu terreiro ou de qualquer terreiro
que eu tenha conhecido.

Também cheguei a frequentar alguns cultos evangélicos. Há muito mais “consulentes”


por lá do que as giras de Umbanda. Porém, não há nenhum tipo de consulta, apesar de
incorporarem o espírito santo e girarem igualzinho aos caboclos incorporados nos cavalos
de Umbanda.

Conversando com um amigo muçulmano fiquei sabendo também que não há consulta
durante o culto muçulmano. Os muçulmanos vão à mesquita não só para cultuar e rezar,
mas também para aprender sobre o islã e conviver com outros muçulmanos.

Nós, umbandistas, erroneamente confundimos gira com “a única prática religiosa que
existe na Umbanda”. Não é assim que fazemos comumente?

Irmão, acompanhe meu raciocínio e veja se faz sentido. Normalmente não faz sentido
algum, mas dê uma chance a mim desta vez (rsrsrsrs). Um terreiro de Umbanda é
formado por uma comunidade religiosa baseada na unidade familiar.

O dirigente é chamado de pai, babá (pai em ioruba) ou padrinho. Os demais integrantes


são chamados de filhos. É dever do pai cuidar de seus filhos ensinando-lhes a doutrina e
a ética de sua religião para assim, tornarem-se pessoas capazes de encarar o mundo que
os rodeia na fase adulta de sua vida espiritual.

Esta união é chamada de corrente mediúnica. Esta família pratica rituais religiosos para
seu próprio fortalecimento. Contudo, em um dia específico, abre suas portas para ajudar

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a comunidade que lhe cerca. Abre suas portas para ajudar aqueles que necessitam de
auxílio espiritual e não fazem parte da família.

Percebem que a gira aberta não é o objetivo principal de um terreiro? Entendem porque
não faz sentido para mim colocar a gira como função principal de um terreiro? Porém,
mesmo assim, há terreiros que vivem somente para a gira de consulta.

As igrejas evangélicas têm mil pessoas por culto e, dessas, muito mais do que a metade
oferta 10% de seu salário à igreja. Não questionarei o destino do dinheiro ou se é certo
ou errado. É uma prática religiosa e devemos respeitá-la.

Não é porque existem policiais corruptos que todos os policiais são corruptos.

Enfim, existem muito mais pessoas que procuram Deus em cultos evangélicos, onde não
tem consulta direta, do que nos terreiros. Em uma missa católica do padre Marcelo há
muito mais pessoas do que em qualquer terreiro que já fui ou conheço. Ninguém passa
por nenhuma consulta com o padre Marcelo. As pessoas não vão até lá para falar com o
padre Marcelo. Vão lá para falar com Deus.

Pergunto. As pessoas vão até o seu terreiro para falar com quem? Com a Pombagira,
com o caboclo, com o preto-velho, com Deus (Olorum, Tupã ou Zambi)? Sua resposta
definirá o tipo de consulentes que você atrai e qual a transformação que está operando
dentro de sua comunidade, seja externa ou sobre sua família espiritual.

Existe a possibilidade de uma pessoa que frequenta seu terreiro encontrar Deus por lá de
alguma forma? Alguém vai para lá porque encontra o Criador em suas giras?

Não estou dizendo que você gira errado ou certo e sim, fazer você pensar a respeito e
responder a seguinte pergunta feita por um irmão de fé:

- Por que alguém vai a um terreiro de candomblé se lá não tem consulta?

- Para beber na fonte viva de Deus.

- Como eles fazem isso, Adérito?

- Através dos Orixás, incorporados em seus cavalos, ou seja, pessoas preparadas para
recebe-los e transmitir o poder e a palavra de Deus por meio da incorporação sem
sequer dizer uma só palavra.

Uma boa semana a todos. Axé!

Adérito Simões

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Consulta mediúnica na Umbanda 


 
 
 
 
 
 

 
imagem retirada da internet 
 
 
 

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A Umbanda não faz adivinhações, sendo assim a primeira palavra tem que partir do
consulente, essa iniciativa autoriza o guia espiritual interagir com o consulente com
palavras que o levam a evolução…

Partimos do principio que todos os consulentes estão fragilizados e buscam uma palavra
amiga, uma palavra de consolo, uma palavra de esperança e incentivo.

Sabemos que as entidades em sua maioria são austeras e em determinadas situações


são rígidas por causa da conduta do consulente, mas NUNCA uma entidade maltrata um
consulente ou tira-lhe a esperança.

São diversas as situações que faz muitos consulentes deixar de frequentar determinados
terreiros e até mesmo questionar a religião.

Já ouvi reclamações de consulentes das mais diversas possíveis:

a. O guia disse que minha mãe já terminou a missão dela e que vai morrer​
.

Um guia de luz jamais tiraria a esperança de alguém, mesmo num caso irrervessível, a
resposta seria: Vamos trabalhar para ela e pedir o melhor por ela.

b. O guia disse que ia resolver tudo para mim mas não resolveu

Um guia não resolve tudo, no entanto ajuda as pessoas a encontrar os caminhos para ela
trilhar.

c. O guia deu a data para “X” para acontecer o que pedi, mas não aconteceu.

O futuro somente a Deus pertence, como um guia pode prever o futuro? Podem me
responder que a pessoa não fez o que o guia mandou, oras o guia não previu que isso
podia acontecer?

d. O guia disse que eu peço demais.

Se é uma consulta, é busca de uma palavra de consolo, não de uma critica, a critica pode
ate existir de uma outra maneira, a resposta seria: Já estou trabalhando nisso, tudo a
seu tempo!

e. O guia foi mal educado comigo

Um guia pode ser duro, austero, rígido mas não mal educado!

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f. O guia disse que preciso sair do terreiro onde frequento e vir para a casa
dele.

Isso é o guia ou o médium querendo aumentar a corrente dele?

g. O guia mandou eu fazer escondido do meu sacerdote.

Um guia de luz não incentiva a mentira ou a traição

h. O guia me aconselhou a terminar com meu namorado / namorada /


esposo / esposa, etc.

Um guia de luz não interfere na vida material, apenas escuta e trabalha para que haja
harmonia e incentiva o dialogo entre as partes​
.

E por aí vai!

Sabemos que os médiuns são veículos de comunicação com o meio espiritual, portanto
pode em determinadas giras, não estar bem e não ser capaz de fluir as mensagens dos
guias corretamente. Nessa situação o médium deve solicitar ao sacerdote não participar
da consulência, isso não é demérito e sensatez!

Que todos os médiuns de consulta sejam mais responsáveis em suas manifestações e em


seu trabalho no dia a dia

Que todos os médiuns que chegarão ao grau mediúnico que lhes permite participar das
atividades de consulta leiam e reflitam para se prepararem desde já.

Paulo Ludogero
13/06/2015
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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A Fé que me sustenta!

Foto: retirada da Internet

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A Fé que me sustenta se chama Umbanda, é nela que encontro coragem para seguir nos
caminhos da vida.

Cada Orixá, cada entidade de trabalho é um incentivo para que eu não esmoreça e
enfrente as adversidades da vida.

É em Pai Ogum que encontro determinação e coragem.

É em Pai Oxossi que encontro o auto conhecimento, o remédio para os males que
possam me atingir.

É em Pai Oxalá que encontro paz, acalanto e perdão pelas minhas imperfeições.

É nos Eres que encontro o sorriso e alegria para viver.

É em Exu que encontro a superação.

É em Pomba Gira que encontro palavras para me reerguer sempre que caio.

Eu poderia citar todos os Orixás e todas as entidades, pois cada um tem qualidades e
atributos para sustentar todas as pessoas.

Todo Umbandista deve enxergar a Religião como um religar-se com o Divino.

Nos momentos que mais estamos necessitados, é que precisamos nos religar, e através
das Entidades e Orixas, nos religaremos a Deus e encontraremos a paz em nosso ser.

Não entendo, como algumas pessoas podem dizer que se afastam dos terreiros que
frequentam por estar passando por problemas diversos...

Se afastam dizendo que não vão conseguir incorporar, estão de cabeça quente,
desequilibrados emocionalmente, e etc.

Se esquecem que a Umbanda é muito mais que incorporar, quando um médium não está
bem, basta avisar aos sacerdotes e estes devem entender que o filho precisa se
reequilibrar e deixar as energias que movimentam o terreiro purificar e reequilibrar o
filho.

Não consigo entender alguém que se afasta de sua religião para melhorar, pois é Ela que
deveria te sustentar em todos os momentos.

Ouso dizer que muitas pessoas devem estar na religião errada, como pode se afastar de
sua fé para melhorar?

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Não seria sua fé que deveria te sustentar?

Eu confio em minha fé, sou Umbandista em todos os momentos!

A Umbanda me sustenta nos caminhos da vida.

Paulo Ludogero
16/06/2015

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Umbanda, depois que você entra, não tem mais como sair.

Foto: Para Sempre Umbanda - Eduardo Oliveira

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Um amigo meu me avisou uma vez:

- Adérito, não entra nesse negócio de Umbanda. Depois que entra, você não consegue
sair mais!

Hoje, muitos anos depois de ter ouvido isso, tenho que concordar. Depois de conhecer
Deus (Olorum), os Orixás e as entidades não dá mais vontade de sair! Antes, eu não
falava com Deus. Hoje, falo com Ele todos os dias e ainda de quebra ganhei uma centena
de amigos. Sou amigo do seu Zé, do Caboclo 7 Montanhas, do Exu Tranca-Ruas, da dona
Maria Padilha, do Pai Maneco, do Cacique Cobra Coral. O melhor de tudo é que meus
amigos novos são imortais!

Nunca passarei pela dor da perda com eles! Quer amigo melhor que esses? Não importa
onde você esteja ou o que aconteça, eles estarão sempre ali.

Ganhei uma família. Eu tenho pai carnal e pai espiritual. Eu tenho mãe carnal e mãe
espiritual. Meus avós carnais já faleceram, mas ainda tenho uma vó espiritual, a dona
Maria Imaculada e um tio-avô, Pai Edson.

Ganhei também pais e mães divinos! Tem a mãe Iemanjá, que é a maior mãezona de
todas, tem o pai Xangô, que é um brincalhão, mas adora passar lição de moral toda vez
que faço besteira, tem a mãe Iansã, que é a mãe viajandona, pai Ogum, pai Obaluaê e
uma pancada de outros.

Por que eu iria querer sair da Umbanda? Não dá! Eu agora tenho filhos espirituais e eles
são minha responsabilidade!

Tenho filhos espirituais que não tiveram contanto com seus pais carnais. Sou a única
referência de pai que tiveram na vida. Tem como cair fora da obrigação de ser pai? Pai
que cai fora não é pai, não é mesmo?

Não tem como cair fora. Quem cai fora do terreiro e da religião no primeiro problema que
aparece cairá fora de todos os outros lugares da mesma forma.

Pedirá divórcio na primeira briguinha com a esposa, fugirá da raia quando souber que a
namoradinha engravidou, pedirá arrego quando a primeira pessoa lhe desafiar e assim
por diante. Tem uma música do Zeca Pagodinho, letra de Sylvio da Silva, que diz: “Se eu
quiser fumar eu fumo. Se eu quiser beber eu bebo. Pago tudo o que consumo com o suor
do meu emprego. Confusão eu não arrumo, mas também não peço arrego”.

Esse é o resumo popular da pessoa sincera e honesta consigo mesmo. Cumpre com
todas as suas obrigações, mas quando o bicho pega parte para cima e resolve o
problema. Não estou falando de porradeira, até pode ser uma de verdade, mas falo da
vida.

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Quem pede arrego fácil no terreiro, pede arrego fácil em qualquer lugar e nunca
conseguirá nada na vida. Você pede arrego fácil? Eu não. Sair não é uma opção.

Onde Deus está eu estou também.

Adérito Simões

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