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Descriptors ABSTRACT
Hepatitis B. Adolescent. Vaccination Objective: This study aimed to analyze the behavior of adolescents' vulnerability to infection with the
Coverage. Risk factors. Hepatitis B virus. Methodology: This is a cross-sectional, descriptive, exploratory study with a
quantitative approach performed with 187 adolescents. For the analysis, descriptive static was used
Descritores with CI = 95% and the level of static significance (p <0.05). Results: Prevalence of female sex (62.6%),
Hepatite B. Adolescente. Cobertura sexual intercourse at 14.3 years and 70% of participants had an incomplete vaccination scheme,
Vacinal. Fatores de Risco. positively associated with male adolescents and between individuals who had already started sexual
intercourse (p<0.05). Conclusion: Adolescents are susceptible to hepatitis B infection through an
Descriptores incomplete vaccination scheme, together with the vulnerability behaviors to which they are exposed.
Hepatitis B. Adolescente. Cobertura
RESUMO
Vacunal. Factores de riesgo. Objetivo: Este estudo objetivou analisar o comportamento de vulnerabilidade dos adolescentes a
infecção pelo vírus da Hepatite B. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo,
exploratório com abordagem quantitativa, realizado com 187 adolescentes. Para análise utilizou-se
estática descritiva com IC=95% e o nível de significância estática (p<0,05). Resultados: Houve
prevalência do sexo feminino (62,6%), início das relações sexuais aos 14,3 anos e 70% dos participantes
apresentaram esquema vacinal incompleto, associados positivamente, em adolescentes do sexo
masculino e entre indivíduos que já tinham iniciado relações sexuais (p<0,05). Conclusão: Os
adolescentes são suscetíveis à infecção por Hepatite B mediante esquema vacinal incompleto, aliado a
comportamentos de vulnerabilidades a que estão expostos.
RESUMEN
Objective: This study aimed to analyze the behavior of adolescents' vulnerability to infection with the
Hepatitis B virus. Methodology: This is a cross-sectional, descriptive, exploratory study with a
Sources of funding: No quantitative approach performed with 187 adolescents. For the analysis, descriptive static was used
Conflict of interest: No with CI = 95% and the level of static significance (p <0.05). Results: Prevalence of female sex (62.6%),
Date of first submission: 2017-06-12 sexual intercourse at 14.3 years and 70% of participants had an incomplete vaccination scheme,
Accepted: 2017-07-01 positively associated with male adolescents and between individuals who had already started sexual
Publishing: 2017-07-28 intercourse (p<0.05). Conclusion: Adolescents are susceptible to hepatitis B infection through an
incomplete vaccination scheme, together with the vulnerability behaviors to which they are exposed.
Corresponding Address
¹Graduando do sétimo período de Direito pela Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão/FACEMA. Caxias – Maranhão. E-mail:
elizabethsouza_22@hotmail.com laercio_589589@hotmail.com
Tairo Barros Branco ²Especialista em História do Brasil: cultura e sociedade pelo Instituto de Ensino São Francisco/IESF; Especialista em História do Maranhão
Faculdade de Ciências e Tecnologias pela Universidade Estadual do Maranhão/UEMA e Graduando do sétimo período de Direito na Faculdade de Ciências e Tecnologia do
do Maranhão – FACEMA Maranhão/FACEMA. Bolsista PIBIC pela Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão/FACEMA. Caxias – Maranhão. E-mail:
Endereço: Aarão Reis, nº 1000, gerhard_berg@hotmail.com
3Doutora em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia/UFU. Docente em Direito pela Faculdade de Ciências e Tecnologia
Bairro: Centro - Caxias/MA, Brasil. do Maranhão/FACEMA. Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão/FACEMA. Rua Aarão Réis, 1000 - Centro, Caxias - MA, 65606-020.
E-mail: tairopk@msn.com (99) 3422-6800. E-mail: emilia.nery@gmail.com
Fone:55+ (99) 98164-6621
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INTRODUÇÃO METODOLOGIA
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Não 55,0
103
Já teve relação Tabela 3 – Distribuição da situação vacinal em
sexual adolescentes escolares. Caxias-MA, 2015. (n=187).
Sim 35 18,7
Não 152 81,3 Variáveis N %
Idade de início atividade sexual Possui cartão de vacina
14,3 (1,3)
Uso de camisinha Sim 88 47,0
(n=35) Não 99 53,0
Sim 20 57,2 Motivo de não possuir cartão de vacina (n=99)
Não 15 42,8 Não se lembra de ter sido
Número de parceiros 10 10,0
vacinado
3,9 (5,5) Perdeu o cartão 89 90,0
Total 100,0 Cobertura vacinal
187 Esquema completo 56 30,0
Esquema incompleto 131 70,0
Legenda: N: frequência; DP: desvio padrão.
Total 187 100,0
Fonte: Pesquisa direta Legenda: N: frequência
Fonte: Pesquisa direta
Entre os adolescentes que possuíam tatuagem
(5,9%), maioria referiu não usar material esterilizado para
Na tabela 4, a análise Razão de Prevalência (RP)
sua confecção (72,8%). apontou associação significativa entre a situação vacinal e
Identificou-se ainda que o início da vida sexual
a variável sexo (RP=0,61; p-value=0,049), faixa etária
dos adolescentes foi em média aos 14,3 anos (DP=1,3) com (RP=2,37; p-value=0,035), possuir cartão de vacina
média de 3,9 parceiros sexuais na vida (DP=5,5) conforme
(RP=14,6; p-value<0,001) e ter iniciado as relações sexuais
tabela 2.
(RP=0,43; p-value=0,025). A prevalência de esquema
Quanto à situação vacinal para Hepatite B,
vacinal completo foi maior no sexo feminino (35%). Já a
observou-se que 53% dos adolescentes não possuíam
prevalência de situação vacinal incompleta para Hepatite
cartão de vacina, destes, 90% referiram a perda do cartão B foi maior no sexo masculino (78,6%). Em relação à faixa
como principal motivo.
etária, quanto maior a idade, maior a prevalência de
Sobre o esquema vacinal, 70% estavam esquema vacinal incompleto (88%). Possuir cartão de
incompletos para Hepatite B, com menos de três doses da
vacina foi determinante para a presença de esquemas
vacina, conforme apresenta a tabela 3.
completos da vacina para a Hepatite B, aumentando a
situação vacinal em 14,6 vezes. A prevalência de situação
vacinal completa foi maior em quem não iniciou a vida
sexual (33,6).
Tabela 4 – Prevalência e Razão de Prevalência (RP) entre situação vacinal e as variáveis sexo, faixa etária, cartão de vacina
e relações sexuais na amostra estudada. Caxias-MA, 2015. (n=187).
Cobertura vacinal
Variáveis Sim Não RP (IC95%) P
N % N %
Sexo 0,049
Masculino 15 21,4 55 78,6 0,61 (0,37-0,98)
Feminino 41 35,0 76 65,0 ref.
Faixa etária 0,035
12-15 anos 53 32,7 109 67,3 2,73 (1,01-8,06)
16-19 anos 03 12,0 22 88,0 ref.
Possui cartão de vacina <0,001
Sim 52 59,1 36 40,9 14,6 (5,5-28,5)
Não 04 4,0 95 86,0 ref.
Já teve relações sexuais 0,025
Sim 05 14,3 30 85,7 0,43 (0,18-0,99)
Não 51 33,6 101 66,4 ref.
Teste qui-quadrado de Pearson, ref.: categoria de referência, RP: razão de prevalência, IC95%: Intervalo de confiança.
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(4-
avanço no controle dessa enfermidade em todo mundo pouco os cuidados primários destinados a promover e
5,15-17)
. A partir de 1998 a vacina contra Hepatite B passou proteger a saúde.
a ser disponibilizada na rede pública e faz parte do Neste estudo possuir cartão de vacina foi
calendário de vacinas dos adolescentes. Apesar de a determinante para a presença de esquemas completos da
imunização conferir proteção na adolescência e corrigir vacina para a Hepatite B, aumentando a situação vacinal
lacunas na infância, a vacinação ainda não é uma pratica em 14,6 vezes quando comparados àqueles adolescentes
(5,15-16)
rotineira nessa população . que não possuíam o cartão. Outros estudos revelam ainda
(5,15)
Neste estudo esquemas vacinais incompletos para que os adolescentes geralmente pouco conhecem o
Hepatite B obteve associação significativa (P< 0,05) em cartão de vacinação bem como o calendário de vacinação
indivíduos do sexo masculino quando comparados ao sexo preconizado pelo Programa Nacional de imunização
feminino, conforme apresenta tabela 3. Corroborando Brasileiro para a população especifica.
(15)
com outro estudo Brasileiro , onde adolescentes do sexo Para estes mesmos autores a falta de
feminino também obtiveram maior adesão a esquemas conscientização não parte somente dos adolescentes, mas
vacinais completos (RP = 1,69; IC95%=1,09–2,61). decorre principalmente dos profissionais de saúde que
É importante atentar para o fato de que a geralmente têm demonstrado negligência em observar o
literatura especifica na área apontam os homens como cartão de vacinas dos usuários tem contribuído para as
mais suscetíveis a desenvolver a Hepatite B, baixas coberturas vacinais nessa população especifica.
principalmente no Brasil onde os dados epidemiológicos Outro resultado que trouxe preocupação em
(14)
apontam uma maior prevalência de casos registrados relação à situação vacinal dos adolescentes foi associação
de infecção pelo HBV no sexo masculino representando significativa (p< 0,05) entre a prevalência de esquema
(54,2%) dos casos confirmados no país. Esse perfil vacinal completo para Hepatite B maior em quem não
epidemiológico também foi verificado na literatura iniciou a vida sexual (33, 6%).Em contrapartida, ter
(18)
cientifica internacional. Na Líbia um estudo sobre a iniciado as relações sexuais diminuiu em (57%) a situação
prevalência de Hepatite B na população em geral verificou vacinal dos adolescentes.
uma maior prevalência da infecção viral entre os homens Soma-se a este fato que a via sexual ainda
(1,4: 1,0) quando comparado às mulheres. permeia como um dos principais mecanismos de
No que diz respeito à idade, adolescentes com transmissão da infecção na população, especialmente
menor faixa etária obtiveram maior prevalência de entre os adolescentes que estão mais expostos à prática
esquemas vacinais completos. Resultado semelhante foi de comportamentos sexuais de risco como já descrito
(19)
verificado em um recorte na Grécia onde se evidenciou neste estudo. Dessa forma a vacinação nesse grupo
menor cobertura vacinal para as principais doenças populacional deve ser encorajada e a busca por
imunoprevinivéis nos adolescentes mais velhos. Outro estratégias que alcancem esses indivíduos implementadas
(20)
estudo Americano corroborou com esses dados, pelos programas de saúde.
adolescentes com faixa etária situada entre 15-17 anos de Nesse sentido ressalta-se a importância de se
idade obtiveram a cobertura mais baixa do que os utilizar o espaço escolar como forma de expandir e
adolescentes com faixa etária de 13-14 anos de idade melhorar o PNI e o combate às doenças infecciosas
(4-5,15,18,20)
(77,6% vs. 87,1%, p <0,05). principalmente a Hepatite B. Diversos estudos
A prática de vacinação é centrada geralmente nas reforçam que as coberturas vacinais dos adolescentes
crianças. A família valoriza esta prática de saúde. Nesse podem ser melhoradas mediante o fornecimento de
sentido o cuidado da família é estendido aos adolescentes vacinas em um cenário escolar em virtude da atividade de
(15)
na faixa de menor idade . Por via de regra os vacinação ser uma prática de extremo valor, pois se trata
adolescentes de faixas etárias mais elevadas já se de uma tecnologia de saúde que além de utilizar uma
consideram mais independentes dos cuidados familiares e ferramenta muito poderosa contra determinados agentes
como é peculiar à idade se acharem imortais, valorizam infecciosos, ainda é relativamente simplificada.
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CONCLUSÃO http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
S1413-81232007000500022.
Verificou-se na população estudada a presença 3. Taquette SR. Quando suspeitar, como
de comportamentos chave de vulnerabilidade que os diagnosticar e como tratar doenças sexualmente
transmissíveis na adolescência. Adolescência & Saúde
tornam suscetíveis a desenvolver infecção pelo vírus da [Internet]. 2007 [cited 2015 June 10];4(2):6-11. Available
HBV destacando-se, o consumo de drogas, em especial a from:
http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.as
ingestão de bebidas alcoólicas, compartilhamento de p?id=103
objetos pessoais perfurocortantes e a prevalência de
4. Araújo TME, Sá LC, Silva AAS, Costa JP. Cobertura
esquemas vacinais incompletos para Hepatite B. Outro vacinal e fatores relacionados à vacinação dos
fator de risco identificado nos adolescentes foi o início adolescentes residentes na área norte de Teresina/PI. Rev
Eletr Enfermagem [Internet]. 2010 [cited 2016 Jan 16];
precoce das atividades sexuais que se deu em média 14,4 12(13): 502-510. Available from:
anos de idade aumentando assim as chances de https://www.fen.ufg.br/fen_revista/v12/n3/pdf/v12n3a
13.pdf
desenvolver uma IST.
Em virtude dos aspectos mencionados, o estudo 5. Araújo TME, Carvalho KM, Monteiro RM. Análise
da vulnerabilidade dos adolescentes à hepatite B em
aponta para a necessidade de implementação de ações e Teresina/PI. Rev Eletr Enfermagem [Internet]. 2012.
estratégias à promoção da saúde em relação ao [cited 2015 Aug 14];14(4): 242-247. Available from:
https://www.fen.ufg.br/fen_revista/v14/n4/pdf/v14n4a
desenvolvimento saudável dos adolescentes, 16.pdf
principalmente em relação às doenças infecciosas como a
6. Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de
Hepatite B. Portanto espera-se que intervenções Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
integradas sejam efetivadas junto a este grupo Resolução Nº 466/12. Normas regulamentadoras de
pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério
populacional, principalmente voltadas a saúde sexual e da Saúde; 2012.
reprodutiva, uso de álcool e outras drogas e conhecimento
7. Sasaki RSA, Leles CR, Malta DC, Sardinha LMV,
adequado sobre as imunizações necessárias nessa fase, Freire MCM. Prevalência de relação sexual e fatores
visando principalmente à minimização de associados em adolescentes escolares de Goiânia Goiás,
Brasil. Ciênc saúde coletiva [Internet]. 2015 [ cited 2015
comportamentos de risco. june 10];20(1): 95-104. Available from:
Ademais por ser a vacina o principal meio de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
S1413-81232015000100095
prevenção da doença, torna-se necessário por parte dos
profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros para 8. Ramiro L, Reis M, Matos MG,
Diniz JÁ, Simões C. Educação sexual, conhecimentos,
que realizem intervenções principalmente no cenário crenças, atitudes e comportamentos nos adolescentes.
escolar identificando os esquemas vacinais incompletos, Rev Port Sau Pub [Internet].2011[cited 2016 jan 10];
29(1): 11-21. Available from:
podendo assim aumentar a oferta de imunização junto aos http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S087
escolares, rompendo com a cadeia de transmissão das 0902511700037
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Branco TB et al. Prevalence of vulnerabilities and vaccination …
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/5715/1/5899
-16364-1-PB%5B1%5D.pdf
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