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MAISA BASSINI PRETO RA :200248

Disciplina: Direito Civil V- Teoria Geral dos Contratos e contratos em espécie.

Atividade 01:
Questionário – Contrato de doação

1. Em que consiste a doação?

Consiste no contrato pelo qual o doador compromete-se a transferir um bem


de sua propriedade ou vantagens para o patrimônio de outrem, o donatário.
Note-se que de acordo com o artigo 548, do Código Civil, "é nula a doação de
todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência
do doador”.

2. Qual a natureza jurídica da doação?


A doação é um contrato gratuito ou benéfico (não oneroso) porque apenas
atribui benefícios ao receptor enquanto cobra do doador. Envolve a
generosidade do doador, que pratica o comportamento pautado na intenção
de beneficiar o donatário.

3. Quais os caracteres da doação?

Gratuito, porque constitui uma liberalidade, não sendo imposto qualquer ônus
ao encargo ao beneficiário. Será, no entanto, oneroso, se houver tal
imposição.

Unilateral, porque cria obrigação para somente uma das partes. Contudo, será
bilateral, quando modal ou com encargo.

Consensual, porque se aperfeiçoa com o acordo de vontade entre o doador e


donatário, independentemente da entrega da coisa. Mas a doação manual (de
bens móveis de pequeno valor) é de natureza real, porque o seu
aperfeiçoamento depende da incotinenti tradição destes (Código Civil – artigo
541 – Parágrafo Único).

Em geral solene, porque a lei impõe a forma escrita (Código Civil - artigo 541 –
Caput), salvo a de bens móveis de pequeno valor, que pode ser verbal (Código
Civil - Artigo 541, Parágrafo Único).

Típico: regulado nos arts. 538 a 564 do Código Civil;

4. Em nosso ordenamento, admite-se a existência da promessa de doação?

"I - É válida a promessa de doação. Mas uma coisa é a validade da doação e


outra é a de saber se a mesma é passível de execução específica, como
determina o art. 830.º do CC. II - A natureza da obrigação assumida pelo
promitente opõe-se pela sua natureza à execução específica.

5. O que ocorre quando na doação pura e simples o doador fixa um termo final
para que o donatário aceite ou não a liberalidade e este, ciente do prazo,
mantém-se inerte?

A aceitação da doação determina que o doador pode definir um prazo para


que o beneficiário declare se aceita ou não a doação (artigo 539). Se o
cessionário conhece o prazo, mas não o mostra dentro do prazo, entende-se
que aceitou o prazo sem qualquer cobrança (artigo 540). As doações a bebês
em gestação serão válidas e aceitas por seus representantes legais (art. 542).
Se o destinatário estiver totalmente incapacitado (artigo 3.º), desistirá de
aceitar doações puras, que não estão sujeitas a acontecimentos futuros ou
incertos, nem à execução de taxas ou ao reconhecimento dos serviços
prestados (artigo 543) ) Doações considerando futuros casamentos não
podem ser contestadas por não serem aceitas (Artigo 546).

6. Quando se presume perfeita a doação pura e simples feita ao nascituro?


Feita por mera liberalidade, sem condição presente ou futura, sem encargo,
sem termo, enfim, sem quaisquer restrições ou modificações para a sua
constituição ou execução. Trata-se da doação em seu estado de perfeita e
plena liberalidade, sem que haja imposição de limitações ao donatário.

7. Em se tratando de donatário absolutamente incapaz, em que hipótese sua


aceitação será dispensada?

Dessa forma, a doação com reserva de usufruto a um indivíduo absolutamente


incapaz atrai a incidência do artigo 543 do CC/02. Consolida-se o negócio
jurídico mesmo sem o aceite. Parece-nos, portanto, que se trata aqui de
verdadeiro negócio jurídico unilateral.

8. A doação perdurará ainda que o doador venha a falecer antes da aceitação


do donatário?

A cláusula de revogação (2) está estipulada no artigo 547 do Código Civil, “O


doador pode concordar em devolver o bem se a coisa doada sobreviver ao
donatário”. Portanto, se o receptor morrer antes do doador, os bens doados
serão restaurados ao seu estado anterior.
9. Os relativa e absolutamente incapazes são dotados da capacidade para
doar? E se forem representado ou assistidos, conforme o caso?
São pessoas que não podem exercer ou usufruir de seus direitos. A
deficiência pode ser absoluta ou relativa. Os menores de 16 anos que não têm
capacidade pessoal para a vida civil, os que não têm os conhecimentos
necessários para praticar esses comportamentos por doença ou deficiência
mental, os que não conseguem expressar os seus desejos, mesmo que por
razões temporárias. Os maiores de 16 e menores de 18 anos são relativamente
incapazes; bêbados habituais, viciados em drogas e pessoas cujo julgamento
é reduzido devido a defeitos mentais; especiais sem desenvolvimento
intelectual completo; filhos pródigos, etc. Ver artigos 3 a 5 do Código Civil.
10. Em que casos podem os cônjuges doas bens próprios a terceiros, sem que
se mostre necessária a outorga marital ou uxória?

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648 , nenhum dos cônjuges pode,
sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que
possam integrar futura meação.”

11. A doação de ascendente a descendente ou de um cônjuge ao outro é


possível?

Segundo a redação do artigo 544 do Código Civil, “a doação de ascendentes a


descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes
cabe por herança.” Em relação ao Código Civil de 1916 foi acrescido o
cônjuge que é herdeiro necessário, nos termos do art. 1845.

12. É correto afirmar que somente os bens que se encontram no comércio


podem ser doados?

Ninguém pode gravar os próprios bens. Só se gravam bens de terceiros em


negócios gratuitos e somente por meio de [...] doações e testamentos”.

13. Como é considerada a doação de todos os bens de uma pessoa sem a


reserva de parte ou renda suficiente para garantir a subsistência do doador?

É anulável a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda


suficiente para a subsistência do doador. É nula é a doação quanto à parte que
exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em
testamento.
14. No que se refere à forma, como pode ser a doação?

Desta forma, a doação pode ocorrer de modo verbal e informal, quando se


tratar de bens móveis e de pequeno valor. Tal conceito por muito amplo foi
objeto de análise da VIII Jornada de Direito Civil da Justiça Federal, no
Enunciado 622, mas há quem considere o parâmetro de um (01) salário
mínimo.

ENUNCIADO 622 – Art. 541: Para a análise do que seja bem de pequeno valor,
nos termos do que consta do art. 541, parágrafo único, do Código Civil,
deve-se levar em conta o patrimônio do doador.

No entanto, quando o objeto da Doação se referir a bem imóvel acima de 30


(trinta) salários mínimos, a lei obriga que seja feita por meio de Escritura
Pública, no Cartório de Notas, sob pena de nulidade. Tal forma refere-se a um
ato solene e prescrito em lei.

15. Quais as causas de revogação da doação?

553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a


benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral. Parágrafo único - Se
desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua
execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito.

16. É possível a renúncia antecipada do direito de revogar a liberalidade por


ingratidão do donatário?

556 Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade


por ingratidão do donatário. A lei traz as hipóteses objetivamente
consideradas para que haja a revogação por ingratidão do doador. ... 557, do
Código Civil estabelece um rol taxativo para se pleitear a revogação da doação
por ingratidão.

17. Quais as hipóteses de revogação por ingratidão do donatário?

557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações: (I) se o donatário


atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra
ele; (II) se cometeu contra ele ofensa física; (III) se o injuriou gravemente ou o
caluniou; (IV) se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de
que este necessitava.”

18. Quais as doações insuscetíveis de revogação por ingratidão?

557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações: (I) se o donatário


atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra
ele; (II) se cometeu contra ele ofensa física; (III) se o injuriou gravemente ou o
caluniou; (IV) se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de
que este necessitava.”

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