Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(brainstorming)
Toda proposta textual é composta dos mesmos elementos: textos verbais, imagens
referentes ao texto e uma caixa de texto, em destaque, contendo o tema – o que chamamos de recorte temático, a frase
específica do tema-, assunto e palavras-chaves precisam ser identificados nessa caixa de texto e depois em
todo o corpo da proposta.
Para tanto, estudos buscam tornar a interpretação do tema mais dinâmica e simples, auxiliando no processo de
escrita do texto, o brainstorming (tempestade de ideias).
Observe as instruções a seguir, vamos treinar a forma que você irá ler e interpretar a proposta, de modo que,
faça com que você tenha mais ideias e seja criativo.
1. Encontre a caixa de texto contendo o TEMA (é bem possível que esteja em negrito). Grife as palavras-chave
do tema, elas são as mais importantes. Tente encontrar as palavras que não podem ser retiradas dessa
frase, assim você encontrará o que há de principal.
2. Escreva sinônimos para cada palavra destacada, isso irá lhe ajudar a entender melhor o significado dos
termos e já irá adiantar seu processo para evitar repetições na escrita.
3. Transforme o tema em uma pergunta básica: POR QUE ISSO É UM PROBLEMA? Depois, continue
questionando:
Isso é um problema para quem?Liste Todos os grupos atingidos pelo problema: homens, mulheres, crianças,
idosos, jovens, e outros.
Desde quando esses grupos sofrem com isso?
Quais as causas?
Quais as consequências?
Quando ouvi sobre algo desse assunto?
Já assisti algo sobre?
O que já li que pode ser relacionado?
Todas essas questões irão te ajudar a escolher o seu repertório argumentativo, o que irá sustentar seus
argumentos, as suas citações diretas e indiretas. Anote tudo, do mais básico até o mais complexo.
4)FUNDAMENTAL: Todos os parágrafos devem conter a ideia central identificada, as palavras-chave que
foram grifadas. Veja o seu “esquema” textual e revise se em todos os parágrafos há o tema.
BRAINSTORMING
Portanto, a manipulação de pessoas no meio digital, favorecida pela falta de autonomia nesse contexto,
leva à formação de grupos os quais só compartilham um único interesse. Logo, cabe às escolas, instituições
que desenvolvem sujeitos autônomos, a tarefa de alertar acerca da necessidade de navegar com
responsabilidade pela internet, por meio de palestras e discussões sobre o assunto, envolvendo as
disciplinas de Filosofia e Sociologia, a fim de formar cidadãos que não sejam controlados pelas ferramentas
virtuais. Ademais, as redes sociais, principal espaço causador das “bolhas” de pensamentos e gostos, deve
facilitar a interação de ideias divergentes, mediante a criação de páginas voltadas para a troca de opiniões.
Só assim, o controle de indivíduos na “Era da Informação” será solucionado.
Estudando a Estrutura do TEXTO Nota 1000 do ENEM 2018
TEMA: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na
internetRylla Varela – 19 anos – RN
A obra musical "Admirável Chip Novo", da cantora Pitty, retrata a manipulação das
ações humanas em razão do uso das tecnologias, que findam por influenciar o
comportamento dos indivíduos. Não obstante, tal questão transcende a arte e mostra-se
presente na realidade brasileira através da filtragem de dados na internet e sua utilização
como ferramenta de determinação de atitudes, consequência direta do interesse do
mercado globalizado e da vulnerabilidade dos usuários. Assim, torna-se fundamental a
discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.
Convém ressaltar, a princípio, o estabelecimento do comércio virtual e sua
contribuição para a continuidade da problemática. Quanto a esse fator, é válido
considerar a alta capacidade publicitária da web, bem como sua consolidação enquanto
espaço mercantil - possibilitador de compra e venda de produtos. Sob esse aspecto, o
célebre geógrafo, Milton Santos, afirma a existência de relação entre o desenvolvimento
técnico-científico e as demandas da globalização, justificando, assim, a constante oferta
de conteúdos culturais e comerciais que podem ser adquiridos pelos usuários, de modo
a fortalecer o mercado mundial e o capitalismo.
Paralelo a isso, a imperícia social vinculada ao déficit em letramento digital fomenta
a perpetuação do impasse. Nesse viés, as instituições educacionais ainda não são
eficazes na educação tecnológica, por não contarem com estrutura profissional e
material voltada ao tema. Ademais, a formação de indivíduos vulneráveis possibilita a
ação do mecanismo que pode transformar comportamentos, tornando-os passíveis de
alienação. Essa conjuntura contraria o Estado proposto pelo filósofo John Locke
assegurador de liberdade -, gerando falsa sensação de autonomia e expondo internautas
a um ambiente não transparente, em que decisões são previamente programadas por
outrem.
Em suma, faz-se imprescindível a tomada de medidas atenuantes ao entrave
abordado. Posto isso, concerne ao Estado, mediante os Ministérios da Educação e
Ciência e Tecnologia, a criação de um plano educacional que vise a elucidar a população
quanto aos riscos da navegação na rede e à necessidade de adaptação aos novos
instrumentos digitais. Tal projeto deve ser instrumentalizado na oferta de aparelhos
tecnológicos às escolas, para a promoção de palestras e aulas práticas sobre o uso da
tecnologia, mediadas por técnicos e professores da área, objetivando a qualificação dos
usuários e a prevenção de casos de manipulação de atitudes. Dessa maneira, o Brasil
poderá garantir a liberdade de seus cidadãos e o Estado lockeano poderá ser
consolidado.
"O filme ‘’Cine Hollywood’’ narra a chegada da primeira sala de cinema na cidade de Crato,
interior do Ceará. Na obra, os moradores do até então vilarejo nordestino têm suas vidas
modificadas pela modernidade que, naquele contexto, se traduzia na exibição de obras
cinematográficas. De maneira análoga à história fictícia, a questão da democratização do
acesso ao cinema, no Brasil, ainda enfrenta problemas no que diz respeito à exclusão da
parcela socialmente vulnerável da sociedade. Assim, é lícito afirmar que a postura do Estado
em relação à cultura e a negligência de parte das empresas que trabalham com a ‘’sétima arte’’
contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Em primeiro plano, evidencia-se, por parte do Estado, a ausência de políticas públicas
suficientemente efetivas para democratizar o acesso ao cinema no país. Essa lógica é
comprovada pelo papel passivo que o Ministério da Cultura exerce na administração do país.
Instituído para se rum órgão que promova a aproximação de brasileiros a bens culturais, tal
ministério ignora ações que poderiam, potencialmente, fomentar o contato de classes pouco
privilegiadas ao mundo dos filmes, como a distribuição de ingressos em instituições públicas
de ensino básico e passeios escolares a salas de cinema. Desse modo, o Governo atua como
agente perpetuador do processo de exclusão da população mais pobre a esse tipo de
entretenimento. Logo, é substancial a mudança desse quadro.
Outrossim, é imperativo pontuar que a negligência de empresas do setor – como
produtoras, distribuidoras de filmes e cinemas – também colabora para a dificuldade em
democratizar o acesso ao cinema no Brasil. Isso decorre, principalmente, da postura capitalista
de grande parte do empresariado desse segmento, que prioriza os ganhos financeiros em
detrimento do impacto cultural que o cinema pode exercer sobre uma comunidade. Nesse
sentido, há, de fato, uma visão elitista advinda dos donos de salas de exibição, que muitas
vezes precificam ingressos com valores acima do que classes populares podem pagar.
Consequentemente, a população de baixa renda fica impedida de frequentar esses espaços.
É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para facilitar o acesso democrático ao
cinema no país. Posto isso, o Ministério da Cultura deve, por meio de um amplo debate entre
Estado, sociedade civil, Agência Nacional de Cinema (ANCINE) e profissionais da área, lançar
um Plano Nacional de Democratização ao Cinema no Brasil, a fim de fazer com que o maior
número possível de brasileiros possa desfrutar do universo dos filmes. Tal plano deverá focar,
principalmente, em destinar certo percentual de ingressos para pessoas de baixa renda e
estudantes de escolas públicas. Ademais, o Governo Federal deve também, mediante
oferecimento de incentivos fiscais, incentivar os cinemas a reduzirem o custo de seus
ingressos. Dessa maneira, a situação vivenciada em ‘’Cine Hollywood’’ poderá ser visualizada
na realidade de mais brasileiros.
LEGENDA
Coesão
Tema
Repertório argumentativo
Tese 1
Tese 2