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Informações sobre o trabalho:

Biomédicos, profissionais da saúde, solicitados pela Secretaria de Saúde do


Município onde vivem a divulgarem conhecimento e informações sobre a
doença.
Tema: Coleta de vírus de doença sexualmente transmissíveis
Foco: a coleta de material biológico
Forma de coleta: sífilis - soro
Local de palestra e público alvo: penitenciária

Apresentação:

SLIDE 1:

Bom dia a todos! Primeiramente gostaria de nos apresentar, eu sou a


Rafaela e ao meu lado está a Jaqueline e a Victoria, somos biomédicas e fomos
solicitadas pela Secretaria de Saúde do Município a divulgar nosso
conhecimento e informações sobre a coleta de vírus de doença sexualmente
transmissíveis, dando ênfase a sífilis.
Fomos solicitadas porque ouve uma pesquisa que investigou a
prevalência da sífilis e os fatores associados aqui pelas internas da penitenciária
feminina de Teresina – Piauí.

SLIDE 2:

Os dados foram coletados por meio de um formulário contendo questões


fechadas e mistas e nessa tabela a gente pode observar esses dados: a primeira
informação que a gente tem é que a idade média das internas é de 33,1 anos,
60,3% afirmaram não manter relacionamento estável e 93,1% possuem filhos.
A gente pode observar também que o consumo de álcool foi registrado
por 70,8% e o uso de drogas ilícitas por 56,2%. Além de que 38,5% das mulheres
nunca utilizam camisinha nas relações sexuais e 62,2% não sabem como se dá
a transmissão da sífilis.
A alta prevalência da sífilis, 25,2% está estatisticamente associada à
situação conjugal, uso de drogas ilícitas e consumo antes das relações sexuais.
Então, antes da gente começar a falar sobre a sífilis, eu vou passar um
vídeo bem rapidinho que fala um pouco sobre o surgimento dessa doença.

1 – Vídeo History - 3 min.


https://www.youtube.com/watch?v=CksJ_MU1LLE&ab_channel=TheHistoryCh
annelBrasil

SLIDE 3:

Então complementando o vídeo que a gente acabou de assistir, eu vou


falar mais um pouco sobre a história da sífilis.

História da Sífilis:

Essa doença se tornou conhecida na Europa no final do século 15 e teve


uma rápida disseminação por todo o continente o que a transformou em uma das
primeiras pragas mundiais.
Existe duas teorias que foram elaboradas na tentativa de explicar a origem
da sífilis: a primeira é chamada de Colombiana e teria sido um problema
endêmico, ou seja, os casos aconteceram com uma certa frequência na região
do Novo Mundo e teria sido introduzida na Europa pelos marinheiros espanhóis
que haviam participado da descoberta da América.
Já na segunda teoria, a sífilis teria se originado de mutações e
adaptações sofridas por espécies de treponemas endêmicos do continente
africano.
A sífilis é uma doença que desafia há séculos a humanidade. Apesar de
ser descrito há mais de 100 anos e sendo tratado desde 1943 pela penicilina
(antibiótico) além de possuir um tratamento eficaz e de baixo custo, a sífilis
continua sendo um problema de saúde importante em países desenvolvidos e
subdesenvolvidos.
Essa doença refletia a situação sociopolítica da Europa, sendo atribuída
sempre a estrangeiros e usavam adjetivos que identificava com outro povo ou
nação, como “mal espanhol”, “mal italiano” ou “mal francês” e só depois foi lhe
dado o nome sífilis, que foi derivado de um poema de Hieronymus.
Já no século 19, o crescimento dessa doença foi preocupante, mas em
contrapartida a medicina também avançava muito e com esse crescimento,
surgiu a penicilina que foi muito eficaz no controle da doença. E após a
introdução da penicilina deduziram que a sífilis estivesse controlada e por isso
ocorreu uma diminuição do interesse por seu estudo e controle.
Porém, essa doença acompanhou as mudanças comportamentais da
sociedade e em 1960, com as mudanças no comportamento sexual e surgimento
da pílula anticoncepcional o número de casos voltou a aumentar.
E no final dos anos 70, com o surgimento da síndrome da
imunodeficiência adquirida (Aids), a sífilis teve seu papel como facilitadora na
transmissão do vírus HIV o acabou gerando um novo interesse e necessidade
de estratégias para o controle da sífilis.

SLIDE 4:

Sobre a Sífilis:

Agora vamos falar sobre a sífilis. Ela é uma doença infecciosa crônica e
tem como agente etiológico o Treponema pallidum, que possui uma forma de
espiral (10 a 20 voltas) e com cerca de 5-20 milímetros de comprimento e apenas
0,1 a 0,2 milímetro de espessura.
Além de que, ele não possui membrana celular e é protegido por um
envelope externo com três camadas ricas em moléculas de ácido. Elas também
se movem por rotação do corpo em volta desses filamentos, é impossibilitado de
ser cultivado em meios artificiais e é destruído pelo calor e falta de umidade, não
resistindo muito tempo fora do seu ambiente.
A penetração do treponema é realizada por pequenos machucados
durante a relação sexual e logo após, o treponema já atinge o sistema linfático
regional e depois outras partes do corpo. A resposta da defesa local resulta em
erosão e exulceração no ponto de inoculação (por onde ele entrou).
Entretanto, a imunidade humoral (processo de defesa do organismo em
que atuam os anticorpos) não tem capacidade de proteção, então nossa
imunidade celular (forma de resposta imunológica que não envolve anticorpos)
é mais tardia, permitindo ao T. pallidum multiplicar e sobreviver por longos
períodos.
SLIDE 5:

Transmissão:

A sífilis é transmitida por via sexual (sífilis adquirida) ou verticalmente


(sífilis congênita) pela placenta da mãe para o feto. O contato com as lesões
contagiantes (cancro duro e lesões secundárias) pelos órgãos genitais é
responsável por 95% dos casos de sífilis. Outras formas de transmissão mais
raras e com menor interesse com as questão epidemiológica são por via indireta
(objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão sanguínea.
A história natural da doença mostra evolução que alterna períodos de
atividade com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas
(sífilis primária, secundária e terciária) e períodos de latência (sífilis latente). A
sífilis é dividida em recente, nos casos em que o diagnóstico é feito em até um
ano depois da infecção, e sífilis tardia, quando o diagnóstico é realizado após
um ano.

SLIDE 6:

Sífilis Primária:

Agora vamos falar sobre a sífilis primária, onde a lesão específica (cancro
duro ou protossifiloma) surge no local da inoculação em média três semanas
após a infecção.
É inicialmente uma pápula (que significa ser uma lesão sólida na pele,
elevada, com menos de 1cm de diâmetro e facilmente detectável) de cor rosada
que evolui para um vermelho mais intenso e exulceração.
Após uma ou duas semanas e em 90% a 95% dos casos aparece uma
reação na região genital, não supurativa (que produz ou facilita saída de pus),
nódulos duros e indolores. No homem é mais comum no sulco balanoprepucial,
prepúcio, meato uretral ou mais raramente intra-uretral. Na mulher é mais
frequente nos pequenos lábios, parede vaginal e colo uterino.
As localizações extragenitais mais comuns são a região anal, boca,
língua, região mamária e dedos das mãos. O cancro regride espontaneamente
em período que varia de quatro a cinco semanas sem deixar cicatriz. A ausência
de lesão primária geralmente fazia decorrer de transfusões com sangue
infectado (sífilis decapitada).
SLIDE 7:

Aqui nessas imagens a gente pode observar as lesões da sífilis primária


na região do sulco balanoprepucial no homem e nessa segunda imagem na
região dos pequenos lábios na mulher.
A sífilis primária, principalmente na mulher, passa despercebido
justamente pela localização das lesões, que inclusive pode ser ainda mais
interno.

SLIDE 8:

Sífilis Secundária:

Agora sobre a sífilis secundária e após o período de latência da sífilis


primária que pode durar de seis a oito semanas, a doença entrará novamente
em atividade, afetando a pele e os órgãos internos correspondendo à distribuição
do treponema por todo o corpo.
Na pele, as lesões ocorrem por surtos e de forma simétrica sob a forma
de máculas (ou seja, manchas) com uma cor mais rosada e de duração efêmera,
ela dura pouco tempo.
Novos surtos ocorrem com lesões papulosas (que é a mudança na cor e
textura da pele, recobertas por discretas escamas mais intensas) na região da
palma da mão e planta do pé.
Na face, as pápulas tendem a se agrupar em volta do nariz e da boca. Na
região da coxa, perto da virilha, as pápulas sujeitas ao atrito e à umidade podem
se tornar vegetantes (ou seja, lesões úmidas e de consistência mole) que são
ricas em treponemas e altamente contagiosas.
Na mucosa oral, na nossa boca, ocorre lesões vegetantes de cor
esbranquiçada que constituem as placas mucosas, também contagiosas. Pode
ocorrer ainda perda dos cílios e porção final das sobrancelhas. Outros sintomas
característicos é o mal-estar, fraqueza, anorexia, febre baixa, cefaléia, rigidez na
nuca, intolerância ao brilho da luz, dor de cabeça, dores nas articulações,
faringite e rouquidão. As lesões papulosas evoluem rapidamente para necrose e
ulceração.
A fase secundária evolui no primeiro e segundo ano da doença com novos
surtos que regridem espontaneamente por períodos de latência cada vez mais
duradouros até que esses surtos desaparecem e um grande período de latência
é estabelecido.
Através de estudos da evolução natural da sífilis mostra que um terço dos
pacientes obtém a cura clínica e sorológica, outro terço evolui sem sinal ou
sintoma que posam ser observados em exames, mas mantendo as provas
sorológicas não treponêmicas (anticorpos não específicos) positivas. E no último
grupo, a doença voltaria a se manifestar (sífilis terciária).

SLIDE 9:

Agora podemos observar na primeira imagem as lesões na palma da mão


causada pela sífilis secundária. E já na segunda imagem, as lesões no rosto
também causada pela sífilis secundária.

SLIDE 10:

Sífilis Terciária:

Nessa fase, os pacientes desenvolvem lesões localizadas envolvendo


pele e mucosas, sistema cardiovascular e nervoso. Em geral a características
dessas lesões é a formação de granulomas destrutivos (gomas, que são
pequenos nódulos de caráter inflamatório que servem para isolar qualquer
substância estranha insolúvel que o organismo foi incapaz de expulsar) e
ausência quase total de treponemas.
Pode ainda atingir os ossos, músculos e fígado. As lesões são solitárias
ou em pequeno número, assimétricas, endurecidas com pouca inflamação e
formação de cicatrizes. Na língua, a lesão é indolor e com espessamento e
endurecimento do órgão, além de lesões gomosas podem invadir e perfurar o
palato (céu da boca) e destruir a base óssea do septo nasal.
Em relação ao sistema cardiovascular, os sintomas geralmente se
desenvolvem entre 10 a 30 anos após a infecção inicial. Geralmente 70% dos
casos é aortite (lesão primária ou exclusiva da aorta), na maioria dos casos,
assintomática e o diagnóstico pode ser suspeitado pela radiografia de tórax
evidenciando calcificações na parede da aorta e dilatação.
A invasão das meninges (sistema das membranas que revestem e
protegem o encéfalo, incluindo o tronco encefálico e medula espinhal) pelo
treponema é precoce, de 12 a 18 meses após a infecção, mas desaparece em
70% dos casos sem tratamento. Quando a infecção persiste, estabelece um
quadro de neurossífilis, que pode ser assintomática ou sintomática. As
meningéias agudas, pode levar o paciente a uma paralisia geral progressiva e
por fim, sintomas localizados e semelhantes à tumores cerebrais ou medulares.

SLIDE 11:

Na primeira imagem a gente pode observar lesões na pele causadas já


pela sífilis terciária. Na segunda imagem, vemos o céu da boca que foi perfurado
e seguiu uma destruição para a base óssea da região nasal. E já na terceira
imagem, a gente tem o nosso sistema cardiovascular, nosso coração, onde
essas regiões com um vermelho mais forte e bolinhas é a sífilis terciária agindo.

SLIDE 12:

Sífilis Congênita:

Agora, justamente por estarmos aqui em uma penitenciária feminina,


vamos falar sobre a sífilis congênita (na gravidez). A infecção do embrião pode
ocorrer em qualquer fase da gestação e os principais fatores que determinam a
probabilidade de transmissão é o estágio da sífilis na mãe e a duração da
exposição do feto no útero. Portanto, a transmissão será maior nas fases iniciais
da doença. A taxa de transmissão é de 70 a 100% nas fases primária e
secundária, 40% na fase latente recente e 10% na latente tardia.
A contaminação do feto pode ocasionar o aborto, óbito fetal e morte
neonatal em 40% das pacientes infectadas ou o nascimento de crianças com
sífilis. Aproximadamente 50% das crianças infectadas são assintomáticas no
nascimento e há possibilidade de transmissão direta do treponema pelo contato
do recém-nascido com lesões genitais maternas no canal do parto.
SLIDE 13:

As lesões na pele e mucosas podem estar presentes desde o nascimento,


com locais mais avermelhados, com bolhas, algo semelhante a verrugas perto
da região íntima e fissura anal. Também, a mucosa nasal desse recém-nascido
apresenta a rinite com excesso de sangue e já nos outros órgãos, se observa
anemia, aumento do fígado e do baço, entre outros.
Na sífilis congênita tardia as lesões são irreversíveis e as que mais se
destacam são a fronte olímpica, onde a criança nasce com o rosto inchado,
deformado, com saliências na fronte e depressões nas regiões laterais e
posteriores da cabeça, então o formato do rosto desse recém-nascido fica
bastante deformado.
E podemos destacar também o palato em ogiva, que é o
comprometimento no ato de engolir e respirar, causando uma alteração no “céu
da boca”. Além de má formação dos dentes, surdez e retardo mental.

SLIDE 14:

Sífilis e HIV:

Ambas as doenças são transmitidas principalmente pela via sexual e


aumentam sua importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco
de contrair e transmitir o vírus HIV. A sífilis nos pacientes infectados pelo HIV
possui característica clínicas menos usais e o acometimento do sistema nervoso
é atingido precocemente.
Na maioria dos pacientes os testes sorológicos se apresentam dentro dos
padrões encontrados nos pacientes não infectados, entretanto, os resultados
atípicos podem ocorrer. A titulação poderá ser muito alta ou muito baixa e as
flutuações no resultado de exames consecutivos e falsa-negatividade poderão
dificultar o diagnóstico laboratorial.
SLIDE 15:

Procedimentos de Coleta e Diagnostico Laboratorial:

Agora o diagnóstico laboratorial da sífilis e a escolha dos exames


laboratoriais mais adequais consideram a fase evolutiva da doença. Na sífilis
primária e em algumas lesões da fase secundária, o diagnóstico poderá ser
direto, isto é, feito pela demonstração do treponema.
A utilização da sorologia (que para simplificar, é uma parte do sangue) é
feita a partir da segunda ou terceira semana após o aparecimento do cancro,
quando os anticorpos começam a ser detectados e na maior parte dos casos é
quando o paciente começa a sentir febre e as manchas pela pele após a primeira
fase que é de latência.
Os testes sorológicos, são exames realizados com amostras de sangue,
para detectar a presença de anticorpos gerados pelo sistema imunitário contra
antígenos pertencentes a agentes infecciosos, de modo que determina a
quantidade ou concentração.
O treponema no organismo promove o desenvolvimento de dois tipos de
anticorpos, as reaginas que dão origem aos testes não treponêmicos e os
anticorpos específicos contra o T. pallidum que deu origem aos testes
treponêmicos.
Os testes não treponêmicos são úteis para a triagem em grupos
populacionais e monitorização do tratamento, enquanto os treponêmicos são
utilizados para a confirmação do diagnóstico.

SLIDE 16:

2 – Vídeo Teste não treponêmico – 5 minutos

https://www.youtube.com/watch?v=nAWWmxLM9vg&t=134s&ab_channel=Curs
osTELELAB
SLIDE 17:

Os testes treponêmicos utilizam o T. pallidum como antígeno e são


usados para confirmar a reatividade de testes não treponêmicos e nos casos em
que os testes não treponêmicos têm pouca sensibilidade, como na sífilis tardia.
O positivo é um pouco mais cedo que os testes não treponêmicos. Em 85% das
pessoas tratadas com sucesso, os resultados permanecem reativos por anos ou
até mesmo por toda a vida.

SLIDE 18:

Os testes rápidos são de grande importância no auxílio do diagnóstico


pela leitura imediata. O teste imunocromatográfico, promove a detecção visual e
qualitativa de anticorpos contra um antígeno em sangue total, soro e plasma
humano. A leitura do teste é feita entre cinco e 20 minutos após sua realização
e a especificidade do teste são de 93,7% e 95,2%. Entretanto, o teste não deve
ser usado como critério exclusivo no diagnóstico da infecção pelo T. pallidum
mas esses testes poderão substituir os teste rápidos não treponêmicos,
principalmente como testes de triagem.
Já as provas diretas é a pesquisa direta com material corado, exame em
campo escuro e imunofluorescência direta que demonstram a presença do
treponema e são consideradas definitivas, pois não estão sujeitas a dar falso
positivo. Têm indicação na fase inicial da enfermidade, quando os
microrganismos são muito numerosos. Encontram sua indicação na sífilis
primária e secundária em lesões bolhosas, placas mucosas e condilomas.

SLIDE 19:

Nessa primeira imagem, está ilustrando o teste rápido, que é coletado na


hora através de uma picadinha no dedo do paciente e colocado na superfície
própria onde vai mostrar a positividade, caso a pessoa esteja com a sífilis,
através de 2 risquinhos ou o negativo, permanecendo com 1 risco.
Na segunda imagem, é uma demonstração da prova direta, que nesse
caso, foi feita pelo exame em campo escuro e podemos observar a bactéria.
SLIDE 20:

Tratamento:

Inicialmente, foram usados mercúrio, arsênico, bismuto e iodetos na


tentativa de tratar a sífilis, porém mostraram baixa eficácia, toxidade e
dificuldades operacionais. Além de mostrarem pouca eficácia nos tratamentos
que, inspirados na pouca resistência do treponema ao calor, preconizavam o
aumento da temperatura corporal por meios físicos como banhos quentes de
vapor.
A crescente preocupação com o aumento dos casos de sífilis mobilizou o
trabalho de médicos e cientistas, entre eles, Paul Erlich, que em 1909, após 605
tentativas de modificar o arsênico, sintetizou um composto que foi denominado
composto 606 ou salvarsan, o primeiro quimioterápico da história da medicina.
Em 1928, a descoberta do poder bactericida do fungo Penicilium notatus,
por Fleming, modificou a história da sífilis e de outras doenças infecciosas. A
penicilina age interferindo na síntese de peptidoglicano, componente da parede
celular do T. pallidum. O resultado é a entrada de água no treponema, o que
acaba por destruí-lo.
Em 1943, Mahoney mostrou que a penicilina agia em todos os estágios
da sífilis. A sensibilidade do treponema à droga (penicilina), a rapidez da
resposta com regressão das lesões primárias e secundárias com apenas uma
dose são vantagens que permanecem até hoje e até o momento não foram
documentados casos de resistência.
Além, de ser a única droga considerada eficaz no tratamento de mulheres
grávidas. O esquema terapêutico deverá ser empregado conforme o estágio da
sífilis nas mesmas doses do tratamento padrão e os pacientes alérgicas à
penicilina deverão ser dessensibilizadas e tratadas com a penicilina.

SLIDE 21:

Essa primeira foto é do Paul Ehrlich, biólogo bacteriologista alemão, que


foi o que fez o 606 ou salvarsan, o primeiro quimioterápico da história.
Na segunda foto é o John Mahoney, médico estadunidense, que mostrou
que a penicilina agia em todos estágios da sífilis conforme a gente já tinha falado.
SLIDE 22:

Prevenção e controle:

Agora, como a gente pode prevenir e controlar a sífilis?


Bom, primeiro evitar a transmissão da doença na detecção e no
tratamento precoce e adequado do paciente e do parceiro, ou parceiros é
essencial.
Na detecção de casos, a introdução do teste rápido, tanto nos parceiros
do paciente quanto em gestante é de extrema importância. Assim como, a
prevenção de novos casos pode ser feita através de informação como na
palestra de hoje.
Além do uso de preservativos nas relações sexuais e o cuidado no contato
com novos parceiros é o método mais eficaz para a prevenção.

Obrigada!

SLIDE 24

Fim.

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