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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

EEEP OSMIRA EDUARDO DE CASTRO


SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - SAEB
LÍNGUA PORTUGUESA
AULA 09 (D13)  Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
(D16) Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

01. (D13) (SAEPE). Leia o texto abaixo e falha, e funções como a memória acabam
responda. prejudicadas. É por isso que precisamos aprender a
Cinco minutos apreciar o estresse com moderação. O segredo
Capítulo 5 estaria em levar uma vida saudável e buscar
Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a atividades que deem prazer, como diz McEwen –
fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a autor do livro O Fim do Estresse como Nós o
impressão triste de suas palavras. Conhecemos – na entrevista que concedeu à
Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua SUPER.
serenidade, disse-me com um tom doce e WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009.
Adaptado: Reforma ortográfica. Fragmento.
melancólico:
– Não pensas que melhor é esquecer do que amar O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial
assim? no trecho:
– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um A) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas
grande consolo para a desgraça. O que é triste, o orelhas...”
que é cruel, não é essa viuvez da alma separada de B) “... o estresse é fundamental para a nossa
sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar sobrevivência.”.
da morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do C) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais
coração que não tem uma afeição no mundo e que rapidez, ...”
passa como um estranho por entre os prazeres que D) “... funções como a memória acabam
o cercam. prejudicadas.”.
– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu E) “O segredo estaria em levar uma vida
sonhava ser amada! ... saudável...”.
– E me pedias que te esquecesse!...
– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos... 03. (D13) (Enem 2013) Uma língua é um sistema
– Não me fugirás mais? social reconhecível em diferentes variedades e nos
– Não. [...] muitos usos que as pessoas fazem ela em múltiplas
ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, situações de comunicação. O texto que se
1987. Fragmento. apresenta na variedade padrão formal da língua é:
Nesse texto, a linguagem usada é
A) arcaica. a) Quando você quis eu não quis
B) culta. Qdo eu quis você ñ quis
C) popular. Pensando mal quase q fui
D) regional. Feliz (Cacaso)
E) técnica.
b) — Aonde é que você vai, rapaz?!
02. (D13) (SPAECE). Leia o texto abaixo. — Tá louco, bicho, vou cair fora!
O estresse faz bem — Mas, qual é, rapaz?! Uma simples operação de
A prestação do carro está vencendo, a crise roeu apendicite! (Ziraldo)
suas economias, o computador travou de vez e o
mala do chefe insiste em pegar no seu pé. O c) Eu, hoje, acordei mais cedo
resultado disso é clássico: estresse. Ninguém gosta e, azul, tive uma ideia clara.
de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite, Só existe um segredo.
essa pressão faz muito bem para você. Pelo menos Tudo está na cara. (Paulo
é o que diz Bruce McEwen, o estresse é Leminski)
fundamental para a nossa sobrevivência.
Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o d) Com deus mi deito com deus mi levanto
cérebro nos prepara para reagir ao desastre. comigo eu calo comigo eu canto
Ficamos prontos para tomar decisões com mais eu bato um papo eu bato um ponto
rapidez, guardar informações que podem ser eu tomo um drink eu fico tonto. (Chacal)
decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja,
pessoas estressadas potencializam sua capacidade e) O tempo é um fio
de superar um problema, na visão do professor por entre os dedos.
(funciona quase como o espinafre para o Popeye). Escapa o fio,
Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os perdeu-se o tempo. (Henriqueta
efeitos benéficos acabam revertidos. Nosso cérebro Lisboa)
o outono, dançou, aproveitou o Sol, curtiu para
04. (D13) (Enem 2014) Só há uma saída para a valer, sem se preocupar com o inverno que estava
escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar por vir.
a mudança da língua como um fato. Isso deve Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era
significar que a escola deve aceitar qualquer forma o inverno que estava começando. A formiguinha,
da língua em suas atividades escritas? Não deve exausta, entrou em sua singela e aconchegante
mais corrigir? Não! toca repleta de comida.
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora
mundo real da escrita, não existe apenas um da toca. Quando abriu a porta para ver quem era,
português correto, que valeria para todas as ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra,
ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo do dentro de uma Ferrari, com um aconchegante
dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo casaco de visom. E a cigarra falou para a
não é o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais formiguinha:
dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de – Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será
cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus que você poderia cuidar da minha toca?
colunistas. – Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu?
POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano Como você conseguiu grana pra ir a Paris e
5, n. 67, maio 2011 (adaptado).
comprar essa Ferrari?
– Imagine você que eu estava cantando em um bar,
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um na semana passada, e um produtor gostou da
único “português correto”. Assim sendo, o domínio minha voz. Fechei um contrato de seis meses para
da língua portuguesa implica, entre outras coisas, fazer shows em Paris... A propósito, a amiga deseja
saber algo de lá?
a) descartar as marcas de informalidade do texto. – Desejo, sim. Se você encontrar um tal de La
b) reservar o emprego da norma padrão aos textos Fontaine por lá, manda ele pro DIABO QUE O
de circulação ampla. CARREGUE!
c) moldar a norma padrão do português pela
linguagem do discurso jornalístico. MORAL DA HISTÓRIA: “Aproveite sua vida, saiba
d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só
texto e contexto. traz benefício em fábulas do La Fontaine”.
e) desprezar as formas da língua previstas pelas Fábula de La Fontaine reelaborada.
gramáticas e manuais divulgados pela escola. http://www.geocities.com/soho/Atrium/8069/Fabulas/fabula2.html
- com adaptações.
05. (D16) ANEDOTA Em relação ao texto original da fábula, percebe-se
A esposa diz pro marido: ironia no fato de
- Se eu soubesse que você era tão POBRE, Não (A) a cigarra deixar de trabalhar para aproveitar o
teria CASADO contigo!!! Sol.
O marido responde: (B) a formiga trabalhar e possuir uma toca.
- Mas não foi por falta de aviso... (C) a cigarra, sem trabalhar, surgir de Ferrari e
Eu sempre te disse: VOCÊ É TUDO QUE EU casaco de visom.
TENHO. (D) a cigarra não trabalhar e cantar durante todo o
Disponível em: <http://www.piadas.com.br/piadas/casamento>. outono.
Acesso em: 12 de junho de 2019. Adaptado. (E) a formiga possuir o nome “trabalho” e o
sobrenome “sempre”.
O efeito de humor, na anedota, é produzido
(A) pelo sentido figurado da palavra “pobre”. 07.(D16) (SAEPE). Leia o texto abaixo.
(B) pelo valor conotativo da resposta do marido.
(C) pelo emprego de palavras maiúsculas, ênfase.
(D) pela utilização do ponto de exclamação
triplicado.
(E) pela colocação das reticências na penúltima
linha.

06. (D16) A Formiga e a Cigarra


Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito
amigas. Durante todo o outono, a formiguinha
trabalhou sem parar, armazenando comida para o
período de inverno. Não aproveitou nada do Sol, da
brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com
os
amigos ao final do expediente de trabalho, tomando
uma cervejinha. Seu nome era“trabalho” e seu
sobrenome, “sempre”.
Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar
nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não
desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo
Nesse texto, o efeito de humor é obtido pela
A) atitude agressiva do menino.
B) declaração autoritária do menino.
C) fala contraditória do menino.
D) pergunta inicial da menina.
E) postura passiva da menina.

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