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Índice
Lista de figuras............................................................................................................................................. iv
Lista de mapas.............................................................................................................................................. iv
Lista de gráficos ........................................................................................................................................... iv
Lista de Siglas e abreviaturas ........................................................................................................................ v
Declaração.................................................................................................................................................... vi
Dedicatória .................................................................................................................................................. vii
Agradecimentos ......................................................................................................................................... viii
Resumo ........................................................................................................................................................ ix
Abstrat ........................................................................................................................................................... x
0. Introdução ........................................................................................................................................... 11
0.1. Problematização .............................................................................................................................. 12
0.2. Justificativa e importância do estudo .............................................................................................. 13
0.3. Objectivo geral: ............................................................................................................................... 13
0.3.1. Objectivos específicos................................................................................................................. 13
0.4. Metodologias de Pesquisa ............................................................................................................... 14
0.4.1. Abordagem Metodológica........................................................................................................... 14
0.4.2. Método Estatístico ...................................................................................................................... 15
0.4.3. A Pesquisa documental ............................................................................................................... 16
0.4.4. Técnicas de Recolha de Dados.................................................................................................... 17
0.4.5. Observação.................................................................................................................................. 17
0.4.6. Entrevista .................................................................................................................................... 17
0.4.7. População e amostra ................................................................................................................... 18
0.4.8. Estrutura do Trabalho.................................................................................................................. 18
CAPÍTULO I: QUADRO CONCEPTUAL E TEÓRICO SOBRE COMERCIO E SUAS IMPLICAÇÕES
.................................................................................................................................................................... 19
1.1. Discussão de comércio ......................................................................................................................... 19
1.1.1. Comércio ........................................................................................................................................... 19
1.2. Implicações sócio Ambientais ............................................................................................................. 20
1.4. Mercado formal ou informal ................................................................................................................ 21
CAPÍTULO II: GENERALIDADES DO OBJECTO DE ESTUDO ......................................................... 29
CAPITULO III: Análise e Interpretação de Dados ..................................................................................... 33
3.4. Actividades comerciais ........................................................................................................................ 36
iii
Lista de figuras
Figura (1,2,3) Vendedores de conta própria e Vendedores ao relento vendendo em plena via
pública……………………………………………………………………………………………36
Figura (4): Disposição de bancas no Mercado de Ximpamanine ………………………….……39
Lista de mapas
Mapa 1: Localização Geográfica do Mercado de Ximpamanine………………………..………28
Lista de gráficos
Gráfico 1: Idade dos Inquiridos. ………………………………………………….………….. 31
Gráfico 2: Características dos Inquiridos segundo o Sexo………………………………………32
Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações dos
meus supervisores, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.
________________________________
Dedicatória
Aos meus pais, irmãos, minha esposa, minha filha e a toda minha família que, com muito carinho
e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.
Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constantes.
À minha família, por sua capacidade de acreditar em mim e investir em mim. Mãe, seu cuidado e
dedicação foi que deram, em alguns momentos, a esperança para seguir. Pai, sua presença
significou segurança e certeza de que não estou sozinho nessa caminhada
.
viii
Agradecimentos
Ao meu Supervisor Professor Doutor Apolinário Joaquim Malauene Nhamposse pelas suas
recomendações e ensinamentos científico-profissionais.
A minha esposa, meus filhos e família em geral pelo apoio prestado durante a elaboração do
trabalho. Aos funcionários por onde passei para a recolha de dados pela paciência e o apoio
prestado.
Aos colegas, meus amigos e todos que directa ou indirectamente contribuíram para o término
deste trabalho, obrigado.
ix
Resumo
O trabalho aborda sobre “Implicações Socio Ambientais na Cidade de Maputo: de Caso Mercado de
Ximpamanine de (2018 a 2021) ” surge no âmbito da elaboração da monografia para a obtenção do grau
académico de Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em Ensino de Turismo. O mesmo
tem como principal objectivo analisar a Implicações Socio Ambientais na Cidade de Maputo: Caso do
Mercado de Ximpamanine. Para o efeito, usou-se a abordagem mista com o intuito de maximizar a
qualidade dos resultados, com recurso à pesquisa documental, bibliográfica, descritiva, estatístico. Foram
entrevistados 100 vendedores escolhidos de forma intencional, dois funcionários públicos de conselho
municipal da cidade de Maputo, um responsável de mercado de Xipamanine. Conclui-se que a actividade
comercial trás grandes implicações socio ambientais, os vendedores ocupam os passeios públicos e as
bermas das principais vias de acesso, aumentam o lixo nas ruas e contribuem para aparecimento de
malfeitores. Recomenda-se uma maior colaboração entre os vendedores e Conselho Municipal da Cidade
de Maputo com vista a se criar uma solução de formalização da venda Informal.
Palavras-Chaves: Comercio; Implicações Socio Ambientais, Mercado.
x
Abstrat
The work addresses "Socio-Environmental Implications in Maputo City: Case of the Ximpamanine
Market (2018 to 2021)" arises in the context of the preparation of the monograph to obtain the academic
degree of Degree in Geography Teaching with Qualifications in Tourism Education . The same has as
main objective to analyze the Socio-Environmental Implications in the City of Maputo: of the Market
Case of Ximpamanine . For this purpose, the mixed approach was used in order to maximize the quality
of the results, using documentary, bibliographic, descriptive, statistical research. We interviewed 100
vendors intentionally chosen, 2 Public Employees of the Municipal Council of Maputo City, 1 manager of
the Xipamanine Market. It is concluded that the activity of Commerce brings a Socio-Environmental
Implications, vendors occupy public sidewalks and the edges of the main access roads, increase garbage
in the streets and contribute to the emergence of petty theft. Greater collaboration between vendors and
the Municipal Council of Maputo City is recommended with a view to creating a solution for formalizing
Informal sales
0. Introdução
As actividades Sector imformal estam associadas ao desemprego que pode ser resultado do
êxodo rural e dificuldades económicas do pais, favorencendo surgimento espontâneo de formas
de ocupação que garantem a subsistência da população pobre. Com isso, o Comércio Informal
tem vindo a ganhar espaços na Cidade de Maputo e constitui um conjunto de actividades
productivas e comerciais que são praticados pela população que vêem nele como uma fonte de
rendimento e de emprego que ajuda a suprir as necessidades do dia-a-dia.
Esta actividade é praticada em grande parte por mulheres, pessoas jovens a procura da primeira
ocupação, e trabalhadores de baixos salários do sector formal como meio de complementarização
de rendimentos familiares insuficientes. O comércio informal é ainda uma consequência de
desequilibrios, distorções ou ropturas de mercado e de politicas desajustadas, debilidades
institucionais e termina por se sustentar da económia e do comércio formal estabelecendo
relações de reforço mutuo.
A maior ou menor informalidade em Moçambique resulta por um lado das bareiras que
dificultam ou impedem as pessoas de exercer com eficácia e eficiência as suas actividades
económicas, com vista a melhorarem o seu bem-estar e aumentarem a sua protecção social Neste
sentido, a preocupação deste trabalho de pesquisa é de analisar a implicação do comércio
informal na estética urbana da cidade de Maputo.
A cidade, e no mercado apresenta uma grande parte dela tornou se corredor dos ambulantes que
dia pós dia se apoquentam com a polícia camarária, na fuga de prestarem contas fiscais ou taxas
diárias.
0.1. Problematização
As actividades comerciais de esquina, feitas nos passeios das estradas, dominadas por
vendedores é associada inicialmente à venda de bens alimentares (que sofreram o primeiro
impacto da liberalização de preços), constituiu assim, a fase emergente do que são presentemente
estes mercados. Hoje, mantêm-se as formas de pequeno comércio de esquina, ou ambulante, mas
a evolução deste sector assumiu características diferentes. Entre grossistas e retalhistas, o sector
informal oferece-nos uma variedade de produtos em termos de qualidade e quantidade, que são o
reflexo do seu crescimento.
Assim, a busca por formas alternativas de sobrevivência levou ao surgimento de uma forte
actividade Informal que a cada dia se expande para áreas mais centrais do mercado de
Ximpamanine, competindo com o Comércio formal, gerando processos de degradação da
qualidade de vida.
A motivação tem a ver com o facto de o Sector ser dinâmico e de extrema importância para a
sobrevivência de maior parte da População Moçambicana, e da Cidade de Maputo em particular
que não encontra emprego no Sector
Com isso, tendo em conta o crescimento acelerado que caracteriza este sector, é necessário que
haja uma intervenção e controlo por parte das autoridades competentes sob o risco de se por em
causa o sentido e o valor estético de espaços públicos urbanos.
Este trabalho de pesquisa pretende ser um contributo com vista a ajudar as autoridades
competentes a perceberem da Implicação do comércio na estética urbana, para envidarem
esforço de modo a controlarem e regular esta actividade com vista a salvaguardar a estética
Urbana da Cidade de Maputo.
Para a materialização dos objectivos definidos nesta monografia, adoptou-se uma abordagem
mista (qual-quantitativa).
A abordagem quantitativa tem o objectivo de testar teorias colocadas neste trabalho. Neste tipo
de abordagem a teoria é desenvolvida ao longo do estudo e deve ser o resultado deste,
característica que faz com que o pesquisador tenha maiores chances de realizar uma descoberta
(CRESWELL, 1994:87). Ainda de acordo com este autor, a estatística é um instrumento usado
neste método.
Neste trabalho a abordagem quantitativa foi feita através da análise dos dados recolhidos no
campo, bem como a descrição do tamanho da amostra. A abordagem quantitativa tem a
vantagem de contribuir para o desenvolvimento e validação dos resultados e oferece a
possibilidade de generalizar os resultados. Porém, todos os métodos de abordagem apresentam
alguma desvantagem. A desvantagem desta abordagem tem a ver com a impossibilidade de
discutir uma grande variedade de aspectos em poucos casos, uma vez que, a análise estatística
trabalha com um grande número de unidades ou casos (NEUMAN, 2000:77).
Especificamente para este trabalho, a abordagem quantitativa tem a fragilidade de não poder
responder “como” e “porquê” é que os vendedores informais entram para esta actividade, em que
contexto específico se encontrava, quando iniciaram a actividade e aquando da entrevista em que
situação ou contexto social se encontravam.
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Neste trabalho a abordagem qualitativa, permitiu o pesquisador Manter contacto directo com o
ambiente e objecto de estudo em questão necessitando um trabalho mais intensivo de campo.
Para a ilustração da área em estudo, usou-se o Método Cartográfico. Segundo Cerri (1990), o
método cartográfico é a representação das características do meio físico natural, englobando a
distribuição espacial dos diferentes tipos de solos e rochas, com suas propriedades geológico-
geotécnicas, formas de relevo, dinâmica dos principais processos actuantes e as eventuais
alterações decorrentes da implantação de obras de engenharia e das diferentes formas de uso e
ocupação do solo.
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A pesquisa Exploratória constitui a primeira etapa de uma investigação científica mais ampla. De
acordo com GIL (1999:44), a pesquisa exploratória tem como principal finalidade: desenvolver,
esclarecer e modificar conceitos e ideias, com vista na formulação de problema mais preciso ou
hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. A Pesquisa exploratória é desenvolvida com o
objectivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.
É elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico, (GIL,1999:45). Esta
pesquisa é constituída com o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no
momento em que o facto ou fenómeno ocorre, ou depois.
Para a realização deste estudo recorreu-se também a pesquisa bibliográfica que consiste na
consulta de várias obras que versam sobre o comércio informal. Este tipo de pesquisa serve-se a
partir de materiais já publicado, constituído principalmente de livros, artigos periódicos e
actualmente com material disponibilizado pela internet.
Assim sendo, foi feita a recolha de material bibliográfico nas diferentes bibliotecas da Cidade de
Maputo e a outra consultada na Internet. O que permitiu um maior conhecimento da abordagem
do Tema em estudo e uma maior compreensão de conceitos e obtenção de informações
fundamentais inerentes ao Tema em destaque.
Segundo GIL (1999:25), a pesquisa bibliográfica e documental tem como vantagem possibilitar
ao investigador a cobertura de uma gama de acontecimentos muito mais amplo do que aquela
que poderia pesquisar directamente. Assim, com base no exposto, procurou-se a partir da leitura
de livros de diversos autores que se debruçam sobre o tema, compreender e responder os
questionamentos levantados no problema.
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0.4.5. Observação
Nesta pesquisa usou-se observação directa que consistiu na visualização e registo sistemático de
fenómeno em estudo de forma a obter informações sobre o objecto de pesquisa. Este método
permitiu o conhecimento in loco na área em estudo dos fenómenos físico comerciais
nomeadamente a organizações das bancas, saneamento do meio, tipo de actividade realizadas,
forma de organização do mercado. Referir que este processo foi contínuo e decorreu num
período de quatro anos ou seja decorreu entre 2018 até 2021.
0.4.6. Entrevista
De acordo com GIL (1999:14), a entrevista é uma das técnicas de colecta de dados mais
utilizados nas pesquisas sociais. Esta técnica de colecta de dados é bastante adequada para a
obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem crêem, esperam e desejam, assim como
suas razões para cada resposta. O autor apresenta ainda algumas vantagens na utilização da
técnica de entrevista, tais como maior abrangência, eficiência na obtenção dos dados,
classificação e quantificação.
O tipo de entrevista usada nesta pesquisa é a entrevista do tipo semiestruturada por achar que
está possibilita uma conversa, favorecendo um dialogo espontâneo, uma maior interacção entre
os agentes envolvidos na pesquisa, uma vez que não é estabelecida como um roteiro fechado,
mas sim abre espaço para novas informações que podem surgir na entrevista, não fugindo do
objectivo da pesquisa.
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A pesquisa social possui dois tipos de amostragem: a probabilista e não probabilista (GIL,
1999:26). O tipo de amostra usado neste trabalho é amostragem não probabilística intencional,
que de acordo com RICHARDSON (1999:14) é aquela que contém elementos com mesmas
características, apresentando uma relação mútua entre eles, onde a mesma apresenta-se como
representativa do universo.
Assim, num Universo populacional de 3508 vendedores que operam no mercado de Xipamanine,
o estudo abrangeu 100 vendedores Informais escolhidos de Forma Intencional, 2 Funcionários
Públicos de Conselho Municipal da Cidade de Maputo, 1 responsável de Mercado de
Xipamanine.
Neste capítulo traz-se uma discussão de alguns conceitos descritos neste trabalho, bem como
relacionar com o ponto de vista de alguns autores.
O Sector Informal tem vindo a crescer na África Sub-Sahariana, empregando uma percentagem
elevada da População Economicamente Activa. Evidências sugerem que o Sector Informal é
maior na África Sub-Sahariana do que em outras partes do mundo, pois ocupa 60-80% do total
do emprego não agrícola (CHARMES, 2000:44).
O argumento para o crescimento deste sector que se tem registado desde a década 90 centra-se
em grande parte, na fraca capacidade do Sector formal em gerar empregos e rendimentos em
muitos países, em face das altas taxas de crescimento da força de trabalho e migração
(SETHURAMAN, 1997:456).
1.1.1. Comércio
De acordo com SILVA et al (1986:211), Comércio é actividade do Sector terciário que ordena,
dinamiza e efectua a distribuição e venda através de canais específicos dos produtos do sector
primário, secundário e terciário entre fontes de produção e os vários níveis de consumo
intermédio e final.
Segundo o Dicionário de Ciências Sociais, Comércio é uma forma de interacção por troca de
mercadorias e serviços entre pessoas, grupos bem como entre espaços políticos e económicos
integrados por convenção de ambas as partes.
Para o efeito desta monografia considera se a definição de Chivangue porque mostra ligação do
trabalho e a teoria.
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Impactos sócio Ambientais são alterações sofridas pelo meio ambiente e que foram provocadas
por determinadas acções ou actividades, impactando sobre a qualidade de vida, a saúde humana,
a economia urbana e modificar ainda mais o meio ambiente e os ambientes construídos.
1.3. Mercado
Segundo MOSCA (2010:41), mercado é o ambiente social ou virtual propício às condições para
a troca de bens e serviços. Também se pode entender como sendo a instituição ou organização
mediante a qual os ofertantes (vendedores) e os demandantes (compradores) estabelecem uma
relação comercial com o fim de realizar transacções, acordos ou trocas comerciais
a)Mercado formal caracteriza-se como uma formalização legal de qualquer tipo de negócio de
produtos ou de serviços conciliada com um conjunto de regras, leis, normas jurídicas, com a
finalidade de verificar e controlar esse mercado. (MOSCA,2010,44).
b)Mercado informal é aquele que envolve elementos que ou não são regulamentados (não há
legislação específica que determine como devem ser comercializados) ou da comercialização de
produtos ilegais, sendo uma forma de mercado que existe, para o bem e para o mal, "as margens
da Lei", sem garantias e protecções adequadas aos consumidores, produtores e comerciantes.
Por seu turno MOSCA (2011:18), situa o fenómeno nos anos de 1980, associando-o à crise de
escassez que na época atravessava a economia moçambicana motivada pela quebrada produção.
Esta situação, ocorrendo num contexto em que a guerra civil vitimizava o país, gerou um
fenómeno altamente reprimido pelo Estado Socialista, vulgarmente conhecido por candonga, e
que resultava da fuga de produtos do mercado formal para o sector informal.
A economia “Informal”, tal como o Comércio, Surgem como estratégia de sobrevivência dos
pobres por incapacidade da economia “formal” em absorver o factor trabalho e de gerar
rendimentos. É ainda uma consequência de desequilíbrios, distorções ou rupturas de mercado e
de políticas desajustadas.
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Os poderes públicos permitem o Comércio “Informal”, porque este termina por reduzir a
pobreza, gerar auto-emprego e criar rendimentos que camuflam os sintomas mais chocantes da
pobreza e, em muitas situações, beneficiam as sub-elites e as burocracias intermédias. O
comércio “informal” representa alterações significativas no papel do género na sociedade e
economia. PIEPOLI (2006:24).
Assim, a economia informal, por um lado, responde a demandas legítimas e encaminha possíveis
soluções no âmbito da nova ordem económica e social; por outro lado; constitui focos de tensões
e de desigualdades sociais, pois a falta e vagueza de regras legais ou consensuais, num ambiente
intensivo em competitividade causam grande incerteza.
Estas actividades estão mais próximas das pessoas e estruturam redes sociais de interesses que
ultrapassam os tradicionais elementos de afinidade entre os cidadãos, como sejam as identidades
étnicas, linguísticas ou outras. Inversamente, também se asiste um reforço de negócios, de
interesses e de “lobbies” com base em elementos de identidade regional ou mesmo racial, com
especializações produtivas e de alguma divisão social do trabalho.
Tanto nas Cidades como no meio rural, o Comércio “Informal” alimenta-se dos canais de
distribuição “formais” e são estes últimos agentes os principais beneficiários, seja por razões de
escala, como por serem também, em muitos casos, agentes “informais” articulando as duas
economias, possuírem maior capacidade negocial e dominarem as diversas fases dos circuitos
comerciais. As margens de lucro no “informal” são geralmente pequenas e as escalas diminutas
não permitem acumulação.
Pelas especificidades do Sector Informal, uma das suas características é a existência de dois tipos
de trabalhadores: assalariados e não assalariados que geralmente são os familiares não pagos
regularmente, mas a quem lhes é concedido certas condições como alojamento, alimentação e
alguns subsídios, grande parte dos trabalhadores não assalariados são as mulheres.
A dinâmica da economia rural e urbana não tem sido a mesma. Após a independência em 1975, o
movimento das pessoas do campo para as cidades, não foi acompanhado por um ordenamento
adequado e uma expansão de infra-estruturas urbanísticas e imobiliárias, adequados a novas
necessidades.
Assim, a Informalidade em Moçambique resulta por um lado, das barreiras que dificultam ou
impedem as pessoas de exercer com eficácia e eficiência as suas actividades, com vista a
melhorarem o seu bem-estar e aumentarem a sua protecção social. Por outro lado, a
informalidade ilegítima deriva da fraqueza e dificuldade das instituições, em impor uma
legalidade eficiente através dum combate explícito a impunidade.
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Em Moçambique o comércio informal faz-se sentir nas zonas urbanas, onde podemos encontrar
em forma de mercados com alguma organização e em uma boa parte nos passeios e outros em
forma de ambulantes.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que o sector informal é responsável por 43% das
receitas urbanas. A realidade mostra hoje que o sector informal em Moçambique acaba estando
directo ou indirectamente associado aos principais objectivos do desenvolvimento (aumento da
produção, criação de emprego e combate à pobreza).
A actividade informal registou um grande crescimento a partir de meados da década de 80, com
a introdução do programa de Reabilitação económica (PRE). O PRE deu origem a um amplo e
profundo processo de reformas institucionais e de todo o modelo de economia, permitindo que a
economia informal saísse da clandestinidade a que estava remetida, essencialmente por
imposição legal e determinação política do estado.
O sector informal em Moçambique emprega mais de 87% dos cerca de 14.401.500 indivíduos
com idade superior a 7anos. Este sector, segundo dados preliminares do inquérito ao sector
informal, movimenta um volume de negócios na ordem de 2000 milhões de meticais por ano, de
referir que estes valores não se encontram contabilizados nas contas nacionais.
Em Moçambique observamos nas avenidas dos centros urbanos, vendedores ambulantes, outros
sem localização fixa e ou periódica que exercem as suas actividades em locais deploráveis, sem
infra-estruturas de apoio, (como é o caso de balneários públicos), ou ainda contribuindo para a
degradação das infra-estruturas existentes, e aumentando a poluição do meio ambiente.
De acordo com MOSCA (2009:19), são referidos o comércio “informal” nas cidades e no meio
rural, os transportes públicos urbanos, a agricultura de pequena escala (camponesa, “tradicional,
etc.) e as informalidades nas relações económicas tomando como exemplo o crédito e as relações
de interesse entre a política e os negócios.
Estes são alguns dos sectores informais importantes da economia moçambicana. Referem-se
ainda alguns exemplos de informalidades de natureza comportamental e como estas influenciam
o funcionamento económico. Ficam omissas muitas actividades/sectores “informais”, como por
exemplo, na pequena indústria e no artesanato, a medicina tradicional (permitam-me a utilização
27
Vários estudos em Moçambique indicam que as mais importantes actividades das mulheres para
a geração de rendimento, é a produção e vendas de produtos agrícolas, criação de animais,
produção e venda de produtos alimentares, carvão, lenha, tapetes de palhas entre outros.
O sector informal em Moçambique actualmente, cobre vários tipos de actividades que passam
praticamente todos os sectores, da agricultura, da indústria e construção, do comércio e turismo,
e outros serviços.
Com base em MOSCA (2009: 21), o caso da agricultura de pequena escala, confirma como o
“informal” se articula com o “formal”, financia o padrão de acumulação dominante e recolhe
alguns benefícios. Mas mantém-se quase inalterável ao longo de décadas e a pobreza
eventualmente aumenta.
O sector da agricultura (informal) é que absorve a maioria dos indivíduos identificados como
estando no sector informal, com um total de 90,9% de indivíduos, os restantes 9,1% são
preenchidos pelos outros sectores nomeadamente: indústria e construção, comércio e turismo e
outros serviços. Os transportes públicos urbanos são paradigmáticos no que se refere as
dificuldades de regulação e fiscalização de actividades, onde as formalidades e informalidade se
misturam numa combinação que busca a optimização do lucro, a fuga as regras e a qualidade do
serviço público, ao pagamento de impostos, a corrupção e a promiscuidade com agentes de
autoridade e no relacionamento entre empresários e empregados. As relações de trabalho são
muitas vezes não regidas por contratos conforme a lei, os salários assentes em acordos pessoais
(por exemplo, cada motorista deve entregar um certo montante de receitas diárias sendo o
remanescente do obtido para o motorista e cobrador em proporções também estabelecidas
casuisticamente).
Os “chapas formais e informais” não oferecem aos utentes diferenças nos serviços prestados. São
igualmente de má qualidade e indiferenciados. Não existe documento comprovativo do
pagamento da passagem, a sobrelotação é a prática comum, as relações entre cobradores e
motoristas com os utentes pouco têm de cordial e profissionalismo.
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Dar uma visão a postura municipal pode eles tem que promover e consolidar uma cultura de
planeamento estratégico integrado, investir em controlos operacionais, estudar a composição dos
resíduos, aumentar a abrangência dos serviços de recolha para os bairros peri-urbanos, garantir
qualidade e eficiência dos serviços nos mercados.
O conselho municipal deve desenvolver programas de educação cívica coordenados com a área
operacional de limpeza dentro da área da sua jurisdição, no sentido de co-responsabilizar os
munícipes pela manutenção da limpeza do mercado.
A criação de empresa pública só se justifica para as Autarquias de maior porte, pois permite
maior agilidade e autonomia na gestão dos serviços, por sua recente criação, ainda não oferece
dados concisos para avaliar seu desempenho.
Qualquer que seja o arranjo institucional adoptado para o desenvolvimento operacional dos
serviços de limpeza, seja administração directa ou indirecta, implicará uma estrutura
administrativa adequada à complexidade e ao porte da Autarquia, contando com recursos
humanos qualificados e competentes. Pois, mesmo tercerizando os serviços de limpeza, o
conselho municipal não se exime da responsabilidade de coordenação e controle de maneira a
garantir a qualidade dos mesmos.
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Neste capítulo vai se abordar sobre a localização geográfica e temporal, bem como a descrição
física do objecto de estudo.
ximpamanine
ene mapa
que e
necessário
O Distrito Municipal Lhamanculo engloba regiões de periferia suburbana e rural, Constituído por
zona em forte da expansão habitacional e infra-estruturas, é habitada por cerca de 331.968 h/km2
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(INE 2017). Este bairro é caracterizado por possuir na sua maioria uma população oriunda de
outras províncias do país que estão a procura de melhores condições de vida.
Antes mesmo da existência dos mercados, existiram na cidade de Maputo, os dumba nengues.
Trata-se de esquinas consideradas estratégicas para o negócio, assim chamadas porque tratando-
se de locais proibidos, enquanto vendem, as pessoas também estão sempre prontas para fugir da
polícia, quando esta as surpreender.
Segundo a senhora Sandra Matavel, o mercado foi formado por essas pessoas que vieram de
diferentes esquinas da cidade no dia 03 de Agosto de 1989. Estas pessoas desenvolviam as suas
actividades num espaço aberto que na altura era tido como uma feira comercial, próximo a
bombas de Total. Nesta altura os vendedores não pagavam taxas diárias ao C.M.C.M, devido a
não existência nesta mesma altura de uma administração Municipal.
Em 1994, os donos de espaço dirigiram-se a C.M.C.M com o intuito de que pretendiam o espaço
para poderem construir algumas Infra-estruturas comerciais. Foram mandatados alguns técnicos
de C.M.C.M para puderem reunir com os vendedores, na tentativa de estes disponibilizarem o
espaço aos proprietários para poderem erguer as suas Infra-estruturas.
Este mercado é tido como um dos maiores mercados informais da cidade de Maputo onde, o
nível de investimentos realizados, a diversidade da oferta de produtos e o movimento de pessoas
que circulam, tem crescido significativamente nos últimos anos. O mercado funciona das 7h do
período de manhã até às 17h 30minutos durante todos os dias da semana, e oferece vários tipos
de produtos.
31
Existe no Mercado uma estrutura de gestão que compreende o chefe do mercado conhecido por
Moseis Covene e outros dirigentes subdivididos em cinco áreas de trabalho, designadamente:
higiene, segurança, organização, mobilização e assuntos sociais. Para além dos chefes de cada
uma destas áreas de trabalho, em cada sector de venda existe um chefe que funciona como elo
entre os vendedores desse sector com a direcção máxima do mercado.
O Mercado encontra-se organizado segundo áreas de venda por tipos de produto. Existe uma
área específica onde são comercializados alimentos confeccionados, que inclui pequenos
restaurantes, alguns deles especializados. Também existe dentro do mercado uma área específica
onde apenas são comercializados produtos electrónicos como aparelhagens sonoras entre outros.
Esta mesma área também se vende matérias eléctricas.
No Xipamanine, vende-se um pouco de tudo, mas os produtos mais destacados são materiais de
construção; equipamentos hidráulicos; electrodomésticos, aparelhagem de som, material
eléctrico; peças e acessórios de viaturas entre outros. Outros produtos dignos de destaque são a
roupa e calçados, tanto novo como usado, produtos alimentares e comida confeccionada.
Ao lado da venda destes produtos no mercado, também existem disponíveis viaturas de caixa
aberta e pessoas prontas para carregar diversas trouxas e outros produtos, os chamados
“Mojeiros”. Encontram-se também, pese embora em número reduzido, engraxadores de sapatos,
barbearias e alfaiatarias.
32
As barracas e as bancas estão dispostas em filas, com corredores muito apertados que permitem a
circulação de pessoas. Todavia, as filas não são muito consistentes. A sua largura e o seu
comprimento não são uniformes. Nalgumas vezes os corredores não passam de becos sinuosos,
muito perigosos
As próprias barracas e bancas variam, não só em termos de material de fabrico, mas também em
termos de dimensões. Algumas barracas têm as paredes e a cobertura feitas de chapas e apoiadas
por varões; outras têm as paredes feitas de blocos. Este quadro indicia claramente, a ocupação
desordenada do espaço, sobretudo no começo dos mercados informais.
Ao longo das bermas da estrada perfilam vendedores que dividem o espaço, uns em bancas
móveis, outros em bancas, digamos imaginárias. Imaginárias no sentido de que, não são feitas de
material nenhum e não há fronteiras visíveis que as delimitam. Mesmo assim, os vendedores
conhecem e respeitam as fronteiras imaginárias. É isso que faz com que não haja usurpação dos
espaços por parte dos mais fortes ou dos que chegam primeiro.
No olhar de qualquer pessoa que por lá passa, sobretudo antes de arrumação dos produtos, o
espaço é livre, mas para os vendedores, as bermas da estrada representam filas de bancas
devidamente ocupadas; sejam elas fixas ou móveis. Nessas bancas, vendem-se produtos
alimentares de origem industrial, bem como vegetais nalguns casos, frutas e leguminosas,
tubérculos Etc. Alguns vendem roupa e calçados, exposta no chão ou nas paredes dos muros.
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Este Capítulo é reservado à análise e Interpretação dos dados colectados na análise documental,
observação directa e na entrevista realizada com vendedores do mercado de Xipamanine, com
vista a apurar as Implicações Socio Ambientais na Cidade de Maputo: de Caso Mercado de
Ximpamanine.
Com base nos dados do Gráfico, as mulheres envolvem-se cada vez mais no comércio porque
para além de suprir o magro orçamento familiar, o comércio emerge como uma estratégia para
ganhar influência social, constitui uma forma de luta e de resistência contra a ideologia do poder
patriarcal que relega as mulheres a domesticidade e vida familiar (LOFORTE, 2000:21).
A mulher enfrenta barreiras no acesso ao emprego formal, como consequência das condições que
ela enfrenta na juventude, tais como o acesso limitado à educação e saúde. Esta situação de fraco
acesso à educação limita a entrada da mulher no emprego formal e influência negativamente na
procura de emprego que permite a obtenção de rendimentos para a satisfação das necessidades
básicas do seu agregado familiar e o comércio afigura-se como uma das poucas alternativas.
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O resultado do inquérito mostra que, relativamente às qualificações académicas, grande parte dos
Trabalhadores Informais, 52% possui Ensino primário (1ª a 7ªclasses), 32% tem Ensino básico
(8ª a10ª classes), 14% Ensino secundário ou pré-universitário (11ª a 12ª classes), 1% tem Ensino
Universitário. O baixo nível de escolaridade e de Formação são apontados aqui como sendo os
principais factores de entrada ao Sector da actividade comercial.
Com o surgimento das novas tecnologias e métodos de produção, as empresas passaram a exigir
trabalhadores com lógica de raciocínio, comunicação fluente, capacidade para transferir
conhecimentos de uma área para outra e competência para trabalhar em grupo.
De acordo com Pastore (1998), a partir de finais da década 90, nota-se que os empregadores não
procuram mão-de-obra barata e não qualificada, pois é uma grande desvantagem, visto que, a
meta de uma empresa não é tornar-se competitiva, mas sim é manter-se competitiva e este grupo
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A situação de dependência económica é perceptível, não só pela óptica dos comerciantes, mas
pela configuração da estrutura da actividade comercial.
Também é preciso atenção aos factores de ordem sócio- económica que provocam alterações nos
hábitos culturais, do tipo do comércio com que forma ele obteve o seu crédito.
Observa-se que a questão visa saber os processos das actividades comercial, de modo a
compreender as reais causas das actividades, para concretização desse objectivo, foram
entrevistados 100 vendedores do mercado, dos quais 20% apontaram para o sector privado, onde
os 34% falaram os agentes do comércio informal e os restantes que exercem actividades
comercial no sector privado que corresponde 46%.
No que diz respeito às razões que motivam a prática da actividade informal no Mercado de
Ximpamanine, das respostas obtidas observa-se que a falta de emprego, constitui a principal
causa para a opção da actividade Comercial.
Figura.1 local onde vendem produtos básicos Figura.2 Banca que vende roupas usadas
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Para Santos (1994), os indivíduos ao agirem nos espaços, consumindo-os e apropriando-se deles,
atribuem-lhes novos sentidos e usos daqueles inicialmente planejados. Assim, é possível afirmar
que os espaços não sejam dotados de sentido em si mesmos, mas o adquirem através da sua
absorção pelos grupos e indivíduos.
Das formas que apresenta o gráfico acima os 42% dos que vendem no mercado tiveram as suas
bancas nas mãos dos seus próximos, 25% foram atribuídos pela autoridade municipais, 20% pela
herança dos seus familiares, e por fim temos os 12% esses vendedores adquirem por via de
empréstimo temporário.
A ocupação das bancas é resultante da ocorrência de uma conjunção de diversos factores como a
falta de fiscalização por parte das autoridades municipais.
Nesta pesquisa concluiu-se que o baixo nível de educação e a falta de experiência de trabalho
dificultam a inserção da força de trabalho no mercado formal, pois é considerada força de
trabalho não qualificada tendo em consideração que as formas de contratação tornaram-se
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A pesquisa demonstra ainda que devido à maior fluxo de Cidadãos ao sector Informal, verifica se
uma desordem enorme de actividades do Comércio na Cidade de Maputo. No lugar de
desenvolverem as actividades dentro de mercados, os vendedores informais invadem as estradas
e os passeios, embaraçam o trânsito, aumentam o lixo e promovem o roubo na medida em que
fazem parte dos principais clientes dos ladrões.
Nota se também que a relação entre os vendedores e as autoridades Municipais é de amor e ódio.
Devido a Importância que as actividades de Comércio desempenham na vida das famílias têm
valorizado as actividades, através de conversas e palestras que tem levado a cabo com os
vendedores no Intuito de sensibilizar com vista a desenvolverem as actividades dentro de
mercados. Porém, reconhecendo de problema de Insuficiência de espaço devido a maior número
que se tem registado de vendedores, adoptou se como solução a transferência dos vendedores
para um local distante onde esta sendo erguido um novo mercado acolhedor. Este facto vai
reduzir as incidências de Comércio Informal nas vias públicas.
Este facto pode ser explicado devido à heterogeneidade que caracteriza os produtos vendidos. Os
produtos como pesqueiros e agrícolas são comercializados nos passeios, enquanto os produtos
alimentares processados incluindo calçados e vestuário são na sua maioria vendidos.
Importa também referir que o lixo produzido no local nunca chega ao destino final duma forma
correcta. Os resíduos sólidos constituem uma preocupação ambiental a nível mundial,
especialmente nos centros urbanos, pois quando colectados e tratados inadequadamente
provocam efeitos directos e indirectos na saúde da população e contribuem para a degradação do
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ambiente. A carência de higiene e saneamento deve-se a falta de educação ambiental por parte
dos vendedores, visto que existe um contentor de lixo que se encontra nas proximidades do local
para o depósito de resíduos sólidos. Ao longo das ruas é possível constatar a presença de lixo
amontoado em alguns locais, sobre tudo no período da tarde em que os vendedores marcam a sua
grande presença no local, isso revela que o nível de consciencialização dos entrevistados é muito
baixo, pois não obedecem as regras de saneamento do meio ambiente.
Quando questionamos sobre a remoção de lixo no local, estes dizem que o C.M.C.M é
responsável nós apenas no final do dia limpamos para complementar o trabalho deles. Este facto
não se materializa no local, foi possível observar durante a pesquisa vendedores desinteressados
na limpeza, apenas vendem os seus produtos e no final do dia deixam abandonam simplesmente
o lugar. A poluição advinda dos resíduos sólidos actua nas características naturais do ambiente,
causando uma mão aspecto que é visível através da observação do local.
Figura.3 águas estagnadas ao lodo por onde Figura.4 bancas de sapatos na berma do
vendem produtos passeio
Figura.5. Contentor de Lixo posicionado no local para o depósito dos resíduos sólidos
Conclusão
A presente monografia, têm como objectivo analisar Implicação ambiental de Comércio Informal
na Estética Urbana: Caso de Mercado de Xipamanine na Cidade de Maputo de 2018 a 2021. Para
o efeito usou-se uma abordagem mista (Qualitativa e quantitativa) com Intuito de maximizar a
qualidade dos resultados obtidos. Para a obtenção dos dados, foi usado a entrevista como
Instrumento de recolha de dados. Foi elaborado um guião de entrevista com número
diversificado de questões, para diferentes pessoas a serem Inquiridas, entre os vendedores
Informais, Responsável de Mercado de Xipamanine e, Funcionários de Conselho Municipal da
Cidade de Maputo.
Nesta pesquisa concluiu-se que o baixo nível de educação e a falta de experiência de trabalho
dificultam a inserção da força de trabalho no mercado formal, pois é considerada força de
trabalho não qualificada tendo em consideração que as formas de contratação tornaram-se
regidas e mais exigentes em termos de qualificações académicas. A incidência da falta de
emprego formal é maior entre as mulheres que entre os homens, porque as mulheres são menos
escolarizadas. A maioria dos entrevistados da enfâse a pobreza, o desespero pela manutenção da
vida aliado ao desemprego como principais motivos de entrada ao sector Informal.
A pesquisa demonstra ainda que devido à maior fluxo de Cidadãos ao sector Informal, verifica se
uma desordem enorme de actividades de Comércio Informal na Cidade de Maputo. No lugar de
desenvolverem as actividades dentro de mercados, os vendedores informais invadem as estradas
e os passeios, embaraçam o trânsito, aumentam o lixo e promovem o roubo na medida em que
fazem parte dos principais clientes dos ladrões.
Nota se também que a relação entre os vendedores e as autoridades Municipais é de amor e ódio.
Devido a Importância que as actividades de Comércio Informal desempenham na vida das
famílias têm valorizado as actividades, através de conversas e palestras que tem levado a cabo
com os vendedores no Intuito de sensibilizar com vista a desenvolverem as actividades dentro de
mercados. Porém, reconhecendo de problema de Insuficiência de espaço devido a maior número
que se tem registado de vendedores, adoptou se como solução a transferência dos vendedores
para um local distante onde esta sendo erguido um novo mercado acolhedor. Este facto vai
reduzir as incidências de Comércio Informal nas vias públicas.
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Sugestões
Bibliográficas
LOPES, Carlos. M. M. G. F. Elementos para uma compreensão do sector Informal urbano nos
países em desenvolvimento: anotações sobre o retalho informal em Luanda e Maputo. Revista
Internacional Interuniversitária de Estudos Africanos, nº 2. Associação Académica África
Debate. Lisboa. 2003.
LOFORTE, Ana. M. Género e Poder: Entre os Tsonga de Moçambique. Edições Promédia.
Maputo. 2000.
SANTOS, Carlos Nelson F. A cidade como um jogo de cartas. São Paulo: Projecto Editores,
1994.
LOPES, Carlos. M. M. G. F. Elementos para uma compreensão do sector Informal urbano nos
países em desenvolvimento: anotações sobre o retalho informal em Luanda e Maputo. Revista
Internacional Interuniversitária de Estudos Africanos, nº 2. Associação Académica África
Debate. Lisboa. 2003.
LOFORTE, Ana. M. Género e Poder: Entre os Tsonga de Moçambique. Edições Promédia.
Maputo. 2000.
VLETTER, Fion De. Estudo do Sector Informal em Moçambique (Maputo e Sofala), Unidade de
Reprodução da Pobreza, Ministério do Plano e finanças. 1996.
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Género M
F
Básico
Perfil académico Médio
Superior
Atribuição pela autoridade municipais
Herança
Outros (Especifique)
Blocos de cimento
Caniços
Estacas
Renda familiar
1.Funcionário público
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Província
Fora
Como a sua banca esta localizada Dentro
No passeio
Media
Qual é o tamanho da sua banca Grande
Pequena