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MATERIAL DE APOIO 1
Antes de abrir uma empresa, muitos empreendedores têm dúvidas sobre a configuração do
CNPJ que se aplica ao modelo de negócio. Para isso, é preciso saber que não existe
apenas um tipo de empresa e, sim, tipos societários, portes e regimes tributários diferentes,
que podem variar, respectivamente — e de forma bem resumida — entre empresas
individuais ou sociedades; microempresa, pequeno, médio a grande porte; e
enquadramentos no Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido. Não abordaremos
todos estes modelos, mas para contextualizar as diferenciações, escolheremos alguns para
nosso estudo.
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Iniciaremos com a seguinte pergunta: Qual o melhor tipo de empresa para abrir?
A resposta para essa pergunta depende de muitas questões.
Por exemplo, um comerciante tem seu faturamento bruto anual até R$86 mil — podendo
ultrapassar, no máximo, 20% desse valor —, ele poderá abrir uma empresa como MEI e
ser enquadrado no Simples Nacional.
No entanto, se sua renda bruta será maior que R$86 mil por ano ou caso a atividade de sua
empresa não seja permitida como MEI, há diversas outras opções que poderão se encaixar
ao seu negócio e que, inclusive, podem ser muito mais vantajosas para você. Note que
esse exemplo leva em consideração — especificamente e apenas — o porte.
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Por isso, não há uma resposta definitiva para saber se entre os tipos de empresa para abrir
existe um melhor. Neste caso, é essencial que se entenda os conceitos de tipos societários,
portes e regimes tributários que um CNPJ pode ter.
MEI
O MEI é o tipo de empresa ideal para quem trabalha por conta própria e precisa de CNPJ
(Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) para emitir notas fiscais pelo produto ou serviço
oferecido.
Em muitas formas, esse pode ser o “melhor” tipo de empresa para abrir por ser fácil, rápido
e sem burocracias, mas há também muitas limitações, como o fato de não poder empregar
mais de um funcionário, não poder ter uma renda bruta anual maior que R$86 mil e não
poder ser sócio em outras empresas.
No entanto, para empresas que atendem a esses requisitos e cujas atividades são
permitidas no MEI (confira aqui a Tabela de Atividades Permitidas), ser um
Microempreendedor Individual tem muitas vantagens, principalmente na hora do
pagamento dos tributos, que é feito em uma única guia e tem valores menores que as outras
opções.
EIRELI
No entanto, para abrir uma EIRELI é necessário investir um capital social relativamente alto,
equivalente a, pelo menos, 100 salários mínimos vigentes. Pode até parecer um ponto
negativo, mas, graças a isso, o patrimônio do empreendedor pessoa física é separado da
pessoa jurídica.
Empresário Individual
Assim como a EIRELI, uma Empresa Individual não necessita de sócios. Inclusive, quem
abre esse tipo de empresa não é sócio dela e, sim, único proprietário, e, por isso, o nome
do negócio precisa ser o mesmo do seu dono (exceto pelo nome fantasia).
Por causa disso, o empreendedor de uma EI não pode separar seus bens pessoais da
empresa, o que significa que seus patrimônios podem ser tomados em caso de dívidas
empresariais.
A Sociedade empresária Limitada (LTDA) é o tipo societário mais comum e adotado pela
maioria dos empreendedores que possuem sócios.
Isso se deve a dois motivos: o fato de poder incluir outros sócios através de um Contrato
Social e ter toda a responsabilidade limitada ao capital social da empresa (daí a origem do
nome “Limitada”, ou “Ltda.”), ou seja, bens pessoais dos sócios não são tomados em casos
de dívidas empresariais.
Sociedade Simples
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Simples Pura não conta com separação dos bens pessoais dos sócios com o patrimônio da
empresa (assim como o Empresário Individual);
Simples Limitada conta com essa separação e não permite que o patrimônio pessoal dos
sócios seja tomado (como uma Sociedade Empresária Ltda.).
Sociedade Anônima
Por causa dessa característica, os acionistas tem liberdade de comprar e vender as ações
– algo normalmente visto em grandes corporações.
Além disso, as S.A são divididas em duas modalidades, capital aberto e capital fechado:
Esse é outro ponto muito importante para saber que tipo de empresa abrir, pois escolher o
porte errado – ou então não “atualizar” o porte caso a empresa cresça e seu rendimento
bruto anual aumente – pode resultar em dor de cabeça.
A principal característica que faz um porte ser diferente do outro está relacionada a
exatamente isso: o faturamento bruto anual da empresa. Então, por exemplo, o
empreendedor pode começar o negócio como MEI, mas se cresce e, consequentemente,
ganha mais dinheiro a ponto de passar o limite do faturamento de R$86 mil por ano, será
necessário mudar o porte para ME.
Para entender melhor como funciona, os tipos de pequenas empresas para abrir e os
respectivos faturamentos brutos anuais permitidos para cada uma delas são:
• MEI: Como mencionamos acima, o rendimento bruto anual do MEI não pode
ultrapassar R$86 mil (ou, no máximo, até 20% desse valor). Outra característica
dessa empresa é de não poder contratar mais de um único funcionário;
• ME (Microempresa): O rendimento bruto anual de uma ME tem um limite de R$360
mil. Em relação à contratação de funcionários, é permitido 9 empregados para
empresas dos segmentos de comércio e de serviços, e até 19 empregados para
indústrias;
• EPP (Empresa de Pequeno Porte): Para uma EPP, o faturamento bruto anual pode
variar de R$360 mil até R$4,8 milhões. E para contratação dos funcionários, nos
segmentos de comércio e serviço, é permitido de 10 a 49 empregados; para
indústrias, é de 20 a 99 empregados.
Há também quem tenha dúvida sobre que tipo de empresa abrir que não seja de porte
pequeno. Para essas opções, existem as empresas de médio a grande porte, mas elas não
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contam com um faturamento bruto anual específico. A única diferença, nestes casos, é em
relação à contratação de funcionários.
Após definir o tipo societário e o porte, será necessário compreender qual regime tributário
se aplicará melhor ao seu negócio. É muito importante ter um contador acompanhando todo
esse processo para que a empresa opte pelo melhor enquadramento.
Entre todos os tipos de empresa para abrir que mostramos por aqui, existem três opções
de regimes de tributação que os empreendedores pode escolher. São elas:
Simples Nacional
Esse é o regime tributário mais usado pelas pequenas empresas. O motivo disso é
simplesmente porque o Simples Nacional permite que o empreendedor tenha mais
facilidade na hora de pagar os impostos e evita ter que lidar com toda aquela burocracia,
pois é tudo feito de forma unificada com uma única guia mensal, o DAS (Documento de
Arrecadação do Simples Nacional).
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Lucro Presumido
Assim como o próprio nome sugere, o Lucro Presumido é a tributação onde, para calcular
o valor de todos os tributos que deverão ser pagos, a Receita Federal presume o lucro que
uma empresa teve dentro de seu faturamento bruto anual total. No entanto, o valor inteiro
desse faturamento não pode ultrapassar R$78 milhões.
Ou seja, as empresas enquadradas no Lucro Presumido terão seus impostos – que incluem
o IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e o CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido) – calculados pela Receita Federal e o valor que as empresas terão que pagar será
baseado no lucro das empresas.
Lucro Real
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Para as empresas que faturam anualmente mais que R$78 milhões (e, por isso, não se
enquadram no Lucro Presumido), o regime de tributação do Lucro Real é a opção. Com ele,
no entanto, o valor dos tributos que devem ser pagos será calculado com base não no lucro,
mas no faturamento total da empresa, ou seja, baseado no lucro líquido.
Agora, falando um pouco mais sobre a estrutura organizacional dentro de um contexto geral,
é importante saber que ela se subdivide em duas: Estrutura Informal e Formal.
ESTRUTURA FORMAL:
É planejada e formalmente representada em um organograma.
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ESTRUTURA INFORMAL:
Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolvem
espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Representa relações que usualmente
não aparecem no organograma.
São relacionamentos não-documentados e não-reconhecidos oficialmente entre os
membros de uma organização que surgem inevitavelmente em decorrência das
necessidades pessoais e grupais dos empregados.
• Está nas pessoas;
• Sempre existirão;
• A autoridade flui na maioria das vezes na horizontal;
• É instável;
• Não está sujeita a controle;
• Está sujeita aos sentimentos;
• Líder informal;
• Desenvolve sistemas e canais de comunicação.
Ao descer do nível Hierárquico mais alto para o nível hierárquico mais baixo, a amplitude
de autoridade vai diminuindo até chegar no limite mínimo.
- Níveis Hierárquicos: Representam um conjunto de cargos na empresa com um mesmo
nível de autoridade.
- Delegação: Transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu
subordinado, fazendo com que ele esteja comprometido com a execução da tarefa
delegada.
- Centralização ou descentralização: É a maior concentração do poder decisório na alta
administração de uma empresa. Já a descentralização é a menor concentração do poder
decisório na alta administração da empresa, sendo, portanto, mais distribuído por seus
diversos níveis hierárquicos.
Para uma organização ser orientada para o cliente é necessário que haja um ótimo fluxo
de comunicação, ou seja, de baixo para cima; de cima para baixo e lateral. Criando-se uma
estrutura mais apropriada, com uma equipe multidisciplinar em que todos se interajam, é
possível alcançar todos os objetivos estabelecidos.
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TIPOS DE ESTRUTURA
O que são estruturas organizacionais?
Como já foi dito antes, a estrutura organizacional é o elemento fundamental para que uma
empresa mantenha o foco nos seus objetivos. A missão, a visão, os valores e as estratégias
de mercado servirão de base para a formulação da estrutura. Estrutura organizacional é o
conjunto ordenador de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das
unidades organizacionais de uma empresa. Está diretamente relacionada à sua estratégia,
que envolve aspectos físicos, humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e
econômicos.
Uma ferramenta como essa oferece uma visão panorâmica sobre a organização e é
interessante não apenas para os gestores, mas também para os colaboradores em todos
os níveis.
Existem diversos modelos diferentes de Organograma. Eles podem servir para toda a
organização e também ser utilizado para demonstrar a estrutura de determinados
departamentos. Abaixo veremos alguns dos principais:
1. Clássico
(Fonte: elaboração própria)
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2. Horizontal
(Fonte: elaboração própria)
3. Circular
(Fonte: elaboração própria)
4. Setorial
(Fonte: elaboração própria)
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5. Matriz
(Fonte: elaboração própria)
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Pode ser usado em projetos específicos para demonstrar quais setores vão trabalhar juntos
e a quem prestarão contas.
6. Funcional
(Fonte: elaboração própria)
Este tem como principal diferença a classificação por funções e não por cargos hierárquicos.
O conceito de organograma funcional se mostra muito interessante para empresas que
estão desenvolvendo uma cultura organizacional mais sólida e com foco na valorização de
pessoas.
Outras informações
Modelos tradicionais tendem a exaltar as relações de poder, criando, muitas vezes, a
sensação de inferioridade nos cargos que estão mais baixo na hierarquia.
Já na estrutura funcional, a proposta é valorizar as atividades exercidas por cada pessoa e
mostrar, de maneira integrada, como o profissional se insere no desempenho total da
empresa.
Referências: