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ESTRUTURAS METÁLICAS II

Mestrado Integrado em Engenharia Civil Rui Simões


Área de Especialização António P. Adão da
Mecânica Estrutural Fonseca
Parte 2-2
Ano letivo 2020-2021

Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 2

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 VIGAS MISTAS SEGUNDO O EUROCÓDIGO 4

Vigas mistas

 VERIFICAÇÕES:
 ULS:  SLS:
 Resistência das secções transversais;  Deformações;
 Resistência à encurvadura lateral;  Fendilhação do betão;
 Resistência à compressão da alma sob ações  Vibrações.
de cargas transversais;
 Resistência ao corte longitudinal.

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 CONCEITO DE CONEXÃO (RESISTÊNCIA) E DE INTERAÇÃO (RIGIDEZ)

 Conexão - Uma viga mista possui conexão de


corte total quando o aumento do número de
conetores de corte não aumenta a sua
resistência à flexão; caso contrário, a conexão Conexão nula Conexão parcial Conexão total

de corte é parcial.

 Interação - Influência do escorregamento entre


o perfil de aço e a laje de betão na
quantificação da deformação das vigas mistas. Interacção total Interacção parcial Interacção nula

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 CONCEITO DE CONEXÃO (RESISTÊNCIA) E DE INTERAÇÃO (RIGIDEZ)

 De acordo com o artigo 7.3.1 (4) da EN 1994-1-1, e se forem verificadas simultaneamente as seguintes três
condições, pode desprezar-se a influência do escorregamento na quantificação da deformação das vigas
mistas:

 o cálculo da conexão seja feito de acordo com EN 1994-1-1, 6.6;

 seja utilizado um número de conetores não inferior a metade dos necessários para uma conexão total
(≥0.50), ou os esforços resultantes de um comportamento elástico e atuantes nos conetores no
estado limite de utilização não excedam PRd;

 no caso de uma laje nervurada de nervuras transversais à viga, a altura das nervuras não exceda
80 mm.

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 RESISTÊNCIA À FLEXÃO:
 Momento plástico – classes 1 e 2;
 Momento elástico – classes 3 e 4.

 HIPÓTESES DE CÁLCULO:
 A resistência à tração do betão é desprezada;
 As secções transversais mantêm-se planas;
 Existe interação total entre o aço estrutural, as armaduras e o betão;
 Tensão de cálculo do aço estrutural fyd = fy/ a, em tração ou em compressão;
 Tensão de cálculo das armaduras longitudinais fsd = fsk/ s, em tração ou em compressão;
 Tensão de cálculo das chapas perfiladas (se consideradas) fyp,d = fy/ ap em tracção; as chapas perfiladas
comprimidas devem ser desprezadas;
 Tensão de cálculo do betão 0.85 fcd = 0.85 fck/c em compressão.

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 MOMENTO PLÁSTICO RESISTENTE POSITIVO (3 posições do eixo neutro)

1) eixo neutro no pavimento hp = 0 em


lajes maciças

Fa  Aa  f y  a

Fc  hc  beff  0.85  fck  c 

Se Fc > Fa o eixo neutro localiza-se no pavimento, a uma


distância z da face superior.
Flexão positiva com eixo neutro no pavimento

Fa  z  beff  0 .85  fck  c   z  Fa beff  0 .85  fck  c   hc

Momento resistente M pl .Rd  F a  h a 2  h c  h p  z 2 

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 MOMENTO PLÁSTICO RESISTENTE POSITIVO (3 posições do eixo neutro)

2) eixo neutro no banzo superior hp = 0 em


lajes maciças

Fa  Aa  f y  a
2 fy/a

Fc  hc  beff  0.85  fck  c 

Se Fc < Fa e Fa- Fc ≤ 2.bf.tf.fy/a o eixo neutro localiza-se no


banzo superior.
Flexão positiva com eixo neutro no banzo superior

Fa  Fc  2  bf  z  hc  hp   f y  a  z = (Fa – Fc).a/(2.bf.fy) + hp + hc

Momento resistente M pl .Rd  Fa  h a 2  h c 2  h p   Fa  Fc   z  h p  2

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 MOMENTO PLÁSTICO RESISTENTE POSITIVO (3 posições do eixo neutro)

3) eixo neutro na alma hp = 0 em


lajes maciças

Fa  Aa  f y  a 2 fy/a

Fc  hc  beff  0.85  fck  c 

Se Fc < Fa e Fa- Fc > 2.bf.tf.fy/a o eixo neutro localiza-se na alma

Flexão positiva com eixo neutro na alma

Fa/2 + zw.tw.fy/a = Fc + Fa/2 - zw.tw.fy/a  zw  Fc 2  t w  f y  a 

Momento resistente M pl .Rd  M apl .Rd  Fc  h a 2  h c 2  h p   Fc  z w 2

M pl .Rd  M apl.Rd  Fc  ha 2  hc 2  hp   Fc 4  t  fy  a 


2
w

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 MOMENTO PLÁSTICO RESISTENTE NEGATIVO (2 posições do eixo neutro)

1) eixo neutro no banzo superior hp = 0 em


lajes maciças
2 fy/a
Fa  Aa  f y  a

Fs  As  fsk  s

Se Fa > Fs e Fa- Fs ≤ 2.bf.tf.fy/a o eixo neutro localiza-se no


banzo superior
Flexão negativa com eixo neutro no banzo superior

Fa  Fs  2  bf  zf  fy  a  zf = (Fa – Fs).a/(2.bf.fy)

Momento resistente M pl .Rd  Fa  h a 2  h s   Fa  Fs   z f 2  h s 

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 MOMENTO PLÁSTICO RESISTENTE NEGATIVO (2 posições do eixo neutro)

2) eixo neutro na alma hp = 0 em


lajes maciças

Fa  Aa  f y  a

Fs  As  fsk  s 2 fy/a

Se Fa > Fs e Fa- Fs > 2.bf.tf.fy/a o eixo neutro localiza-se na alma

Flexão negativa com eixo neutro na alma

Fa/2 + zw.tw.fy/a = Fs + Fa/2 - zw.tw.fy/a  zw  Fs 2  tw  fy  a 

Momento resistente Mpl.Rd  Mapl.Rd  Fs  ha 2  hs   Fs


2
4  t w  fy  a 

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 VIGAS EM CONEXÃO PARCIAL
(zonas de momento positivo, conetores dúcteis, 6.6.1.2 do EC4-1-1).
Quando n < nf, sendo nf o número mínimo
de conectores para se ter conexão total.

Conexão parcial
n N Análise plástica
Grau de conexão   c
nf N cf Análise simplificada

n  MEd  M pl .a.Rd 
 M pl .Rd  M pl .a.Rd 
n 0.4
  M Rd  M pl .a.Rd 
nf  M pl .Rd  M pl .a.Rd  nf
(nº mínimo de conectores) (momento resistente)

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 VIGAS MISTAS PARCIALMENTE ENVOLVIDAS EM BETÃO
 Aumento da resistência ao fogo;
 Confinamento da alma e dos banzos;
 Maior restrição à encurvadura lateral;
 Aumento da resistência ao esforço transverso;
 Pré-fabricação implica um aumento dos custos.

Cálculo do momento plástico em vigas mistas parcialmente envolvidas

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 VIGAS MISTAS EMBEBIDAS EM PAVIMENTOS
(actualmente não previstas no EC4-1-1)

Cálculo do momento plástico em vigas mistas embebidas tipo “slimfloor”

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 MOMENTO ELÁSTICO - SECÇÃO HOMOGENEIZADA


n

 
b

M
 d
I
Análise elástica de secções de vigas mistas

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 ESFORÇO TRANSVERSO
 Em geral considera-se apenas a 
VEd  V pl .Rd  Av  f y 
3 a
contribuição do aço estrutural;

 Em vigas parcialmente embebidas


pode ser considerada a contribuição
do betão armado (EC2-1-1).

 Quando VEd > 50% Vpl,Rd, o momento


plástico resistente deve ser reduzido.
1     fyd
  2  VEd VRd  1
2

Redução do momento plástico resistente devido ao esforço transverso

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 1
Considere a secção mista de uma viga constituída por um perfil IPE 300 em aço S275 (fy=275MPa;
Ea=210GPa) ligado a um pavimento em betão C30/37 (fck=30MPa; Ecm=33GPa), com chapa metálica
colaborante, com uma armadura constituída por 12 varões 10 mm em aço A500NR (fsk=500MPa;
Es=210GPa), ilustrada na figura. Avalie a resistência à flexão da secção para MEd+=280kN.m e MEd-=-150kNm,
considerando uma:
 análise elástica da secção (verificação aos 28 dias);
 análise plástica da secção.

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 1
Análise elástica - Momento positivo

Ea 210  10 6
n   6.4
Ecm 33  10 6
Eixo neutro – desprezando o betão à tracção e as armaduras longitudinais em compressão

Sa  Sc (eixo neutro é baricentrico)

z
8
5
.
9
m
m

1
1
0
m
m
2000 ︵  ︶
Aa d a  Ac d c  5381  150  40  110  z  
z  
z (e. n. no betão)
6 .4 2 2000/6.4
Momento de inércia da secção homogeneizada
z e.n
110 dc
I m  Ia  Aa d a2  Ic  Ac d c2 40

I m  8356  10 4  5381 150  40  110  85.9 


2 da


2000 6.4  85.9   2000 6.4  85.9   85.9 
3 2
300
12  2  IPE 300 A = 53.81cm2
Im
3
9
6
1
0
m
m

Iy = 8356 cm4
6

  Wpl,y = 628.4 cm3


3
9
6
0
0
c
m
4

 IPE 300

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 1
Análise elástica - Momento positivo
Tensões no aço
MI

2 0
8 0
0

2 1
7 .
5 0
za

3
6
4
.
1
1
0

2
5
7
4
4
4
k
P
a
2
5
7
.
4
M
P
a

2
7
5
M
P
a


3
E m
d

3
9
6

1
0

     
   
a



Tensões no betão
MI
1n

1 6

1 .

2 0
8 0
0 1

3 1
0 .
zc

8
5
.
9
1
0

9
4
9
0
k
P
a
9
.
5
M
P
a
0
.
8
5

1
7
M
P
a


'c

3
E m
d
.
4

6
4
3
9
6

         
    
c


Secção O.K. (Secção de classe 1 – aço sempre em tracção)

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 1
Análise elástica - Momento negativo
Eixo neutro – desprezando o betão à tracção
Ai
ziAi
9
4
8
4 9
2 4
0 8
5
3
8
1
1
5
0

z

1
9
0
m
m
  
5
3
8
1

   (e. n. na alma do perfil IPE 300)


 

Momento de inércia
I m  Ia  Aa z  150   Is  As 420  z 
2 2
Im
8
3
5
6
1
0

5
3
8
1
1
9
0
1
5
0

0
.
0
0
9
4
8
4
2
0
1
9
0
2
4

2
          
1
4
2
1
0
m
m

1
4
2
0
0
c
m
6

  
12 10 mm - A = 9.48 cm2
Tensões no aço s
MI

1 0
5 0
0

2 1
7 .
5 0
z

1
9
0
1
0

2
0
0
7
0
4
k
P
a
2
0
0
.
7
M
P
a

2
7
5
M
P
a

3
E m
d

1
4
2

1
0

     
   
a



e.n
Tensões nas armaduras longitudinais
MI

1 0
5 0
0 1

5 1
0 .
0 1
420
z
4
2
0

4
2
0
1
9
0
1
0

2
4
2
9
5
7
k
P
a
2
4
3
.
0
M
P
a

4
3
5
M
P
a

E m
d

︵ ︶  ︵ ︶ z
1
4
2

5
   
   
s


 150

Secção O.K. (Secção deve ser de classe não superior a 3)


IPE 300 a

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 EXEMPLO 1
M

W
f

1
7
2
.
8
1
k
N
m

Análise plástica - Momento positivo   


p
l
I
P
E

p
l
y
y

M
,

3
0
0

0
M

M
4
1
1
.
8
k
N
m
2
.
3
8

Hipótese de cálculo – Conexão total entre o perfil e o pavimento


 
p
l
m
R
d

p
l
I
P
E
.
,

3
0
0

Eixo neutro – desprezando o betão à tracção e as armaduras longitudinais em compressão


fy a

2
7 1
5 .
1 0
0
3
Fa

Aa

5
3
8
1
1
0

1
4
7
9
.
8
k
N


6


    

fc

3
0
1
0
3
Fc

Ac
0
.
8
5

2
0
0
0
1
1
0
1
0

0
.
8
5

3
7
4
0
k
N

  
6
k

1
.
5
0


     

c

Fc  Fa  (e. n. no betão)
0.85fck/c
3
0 1
1 5
0
3
Fa

z
1
4
7
9
.
8

2
0
0
0

1
0

0
.
8
5

4
3
.
5
m
m

  
'c

z F’c
.
0


        (Resultante axial nula) e.n
4
3
.
5
M

Fa
d
Fa
4
5
0
1
5
0

1
0
3

 
2

  d
     
p
l
m
R
d
.
.

 
M
4
1
1
.
8
k
N
m

2
8
0
k
N
m


  
E
d

300 Fa

Secção O.K. (Classe 1 – aço sempre em tracção)

IPE 300 fy/a

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 1

M M

W 2
fy 3

1 1
7 5
2
.
8 M
1
k
N
m
Análise plástica - Momento negativo   

p
l
I
P
E

p
l
y .

M
,

3
0
0

0
6
2
k
N
m

.
2
Hipótese de cálculo – Conexão total entre o perfil e o pavimento 
 

p
l
m
R
d

p
l
I
P
E
.
,

3
0
0
Eixo neutro – desprezando o betão à tracção
fy a e

fs s 1
2
7 1
5 .
1 0
0

5
0
0
1
0
3

3
Fa

Aa Fs

Fs 0

As 3
5
3
8
1
1
0

1
4
7
9
.
8
k
N

9
4
8
1
0

4
1
2
.
2
k
N

  
6

6
k
0

1
.
1
5
 
        
 
Fa

Fa
Fs

bf
tf
fy
1
0
6
7
.
6
k
N
2

2
1
5
1
0

0
.
7
1
0

2
7
5
1
0
1
.
0
0
8
8
2
.
8
k
N
3

3
        
  
    (e. n. na alma do perfil IPE 300)
a

4 3
1 2
2
.
2 7
zw

0
.
1
0
6
m
1
0
6
m
m
zw  Fs 2  tw  fy  a  
2
7
.
1
1
0

5
1
0
1
.
0
0
  

3
 
   
12 10 mm - A = 9.48 cm2
fsk/s
Mpl.m.Rd  Mapl.Rd  Fs  ha 2  hs   Fs
 2
4  t w  fy  a 
Fs
fy/s
M

hs
6
2
8
.
4
1
0

2
7
5
1
0
6

 
    
p
l
m
R
d
.
.

e.n
4 1
1 0
2
.
2
2 2
4
1
2
.
2
1
5
0
4
2
0
3
0
0
1
0

Fat
3

︵ ︶
4
7
.
1

7
5
1
0


   
3

zw 420

   
M
2
6
2
.
3
k
N
m

1
5
0
k
N
m


  
E
d

150 Fac
fy/s
Secção O.K. (Secção deve ser de classe não superior a 2)
IPE 300

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 2
Considere uma secção de uma viga mista composta por uma secção metálica obtida por soldadura de chapas
(S 355) ligada a um pavimento maciço em betão armado (C25/30) com 150 mm de espessura, com uma
armadura longitudinal constituída por varões 12 mm (fsk=500 MPa; Es=210 GPa) espaçados de 100 mm.
Calcule:
 Rigidez de flexão positiva (não fendilhada) e a rigidez de flexão negativa (fendilhada e não fendilhada);
 Momentos plásticos positivo e negativo.
Rigidez de flexão positiva (não fendilhada):
Ea I1  210  10 6  115478  10 8  242503.8 kNm 2
Dados adicionais:
Rigidez de flexão negativa (fendilhada):
 Propriedades do betão a tempo infinito
Ea I 2  210  106  55383  10 8  116304.3 kNm 2
 beff+ = 2225 mm;
 beff- = 1350 mm; Rigidez de flexão negativa (não fendilhada):
Ea
I1

k .
N k k
m
2
1
0
1
0
1
0
1
3
6
3
1
0

2
1
2
8
6
2
.
3
6


    
M M

N
m
1 9
2 2
8 6
8 .
7



p
l

Momento plástico positivo:


N
m
4



p
l

Momento plástico negativo:

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 3
Calcule os esforços numa viga contínua com 2 vãos de 10.00 m cada, afastamentos entre vigas de 3.50 m,
submetida a uma carga distribuída. A secção transversal é constituída por um perfil soldado em aço S 355
ligado a um pavimento maciço de betão (C25/30), com 150 mm de espessura e armadura longitudinal
constituída por varões 12 mm em aço A500 NR afastados de 100 mm.

Aço estrutural S355


fy = 355 MPa; Ea = 210 GPa
Betão C25/30
fck = 25 MPa; fctm = 2.6 MPa; Ecm = 31 GPa
Aço A 500 NR
fsk = 500 MPa; Es = 210 GPa

Carga de cálculo - peso próprio (perfil + pavimento) +


sobrecarga de 4.0 kN/m2
qE 1

p
pp 0

p 2
pb 5

s
o .
b 0

      
d
U3
L5
S

G9

e
r
f
i
l5

e
t
ã
o

Q
,.

0
.
4
.
1

. 0
3
.
5
1
5

4
.
0
3
.
5
4
0
.
0
k
N
/
m

        
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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 3 Vão Apoio
2225 1350
Avaliação da largura efetiva 2225/13.55

Meio vão:
beff  min ( 2  0.85  10000 8  100; 3500 )  min ( 2225; 3500 )  2225 mm

Apoio interno:
beff  min ( 2  0.25  (10000  10000 ) 8  100; 3500 )  min (1350; 3500 )  1350 mm

Coeficiente de homogeneização (efeitos de longa duração)


E 210  10 6 Propriedades elásticas da secção homogeneizada
n a   13.55
Ecm 31 106 2 Secção Tipo de Coef. de beff Eixo neutro Inércia Módulo de
Área dos varões: Análise homogeneização (mm) em relação I x 104 flexão
ao topo (mm4) elástico
(A12 mm = 113 mm2) (mm) W x 103
(mm3)
As  1350 100  113  1526 mm 2 Não
Apoio 13.55 1350 206.4 101363 4911
fendilhado
Área da secção de aço: Interno
Fendilhado --- 1350 332.8 55383 --
Não
As  2  200  20  400  10  12000 mm 2 Vão 13.55 2225 171.6 115478 6278
Fendilhado

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 3
Classe da secção sobre o apoio intermédio (M-)
Banzo
c 200  10  2
  4.75  9   9  0.81  7.3 Classe 1
t 20
Alma
500  103
Fs  1526  10 6   663.5 kN
1.15
355 10 3
Fa  12000 10 6   4260 kN
1.00
   
zw  Fs 2  tw  f y  a  663.5 2 10 103  355103 1.00  9.345102 m  93.45 mm
293.45
  0.73
400
c 400 456  456  0.81
  40    43.7 Classe 2
t 10 13  1 13  0.73  1

Classe da secção no vão (M+)


25 103
Fc  2225 150 10 6  0.85   4737.6 kN  Fa  4260 kN e. n. p. no betão - Classe 1
1.50

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 3
Análise global elástica não fendilhada – largura efectiva do vão usada ao longo de toda a viga ((5.4.1.2 (4) do EC4-1-1)
p 8
L
4
0
1 8
0
2

2
M

k
N
m
5
0
0


  
a
p
o
i
o
e
r
n
o
i
n
t

Momento flector no apoio intermédio de uma viga de secção constante e tramos iguais.
M n

5 4
0 9
0 1

k
P
a

M
P
a
7
5
1
4

7
.
5
1
aW
p
o i
o
e
r
n
o
i n
t

1
3
.
5
5

1
1
0

    
b
e
t
ã
o
m
a
x
.

 Máxima tensão de tracção no betão.


 
c
e
l
a
s
t
i
c
o
,

2 f ctm  2  2.6  5.2 MPa Máxima tensão de tracção para não consideração da fendilhação (5.4.2.3 (2) do EC4-1-1).

Como max. betão > 2 fctm, deve ser considerada a fendilhação do betão.

Procedimento 1 – Análise fendilhada, com zonas fendilhadas previamente definidas (5.4.2.3 (3) do EC4-1-1).
Procedimento 2 – Análise elástica não fendilhada, com redistribuição de esforços (5.4.4 do EC4-1-1) – esta análise não pode ser
aplicada quando max. betão > 2 fctm , será efectuada apenas para efeitos ilustrativos de implementação do método.

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS   beff,2

 EXEMPLO 3 beff,1 beff,1

Procedimento 1 – Análise fendilhada, com zonas fendilhadas previamente definidas.

Comprimento da zona fendilhada


0.15 L  0.15  10000  1500 mm

Comprimento da zona não fendilhada


0.85 L  0.85  10000  8500 mm
8500 1500 1500 8500
Rigidez da zona não fendilhada
Ea I1  210  10 6  115478 10 8  242503.8 kNm 2
Secção Tipo de Coef. de beff Eixo neutro Inércia Módulo de
Análise homogeneização (mm) em relação I x 104 flexão
Rigidez da zona fendilhada ao topo (mm4) elástico
Ea I 2  210  10 6  55383  10 8  116304.3 kNm 2 (mm) W x 103
(mm3)
Não
Apoio 13.55 1350 206.4 101363 4911
fendilhado
Interno
Fendilhado --- 1350 332.8 55383 --
Não
Vão 13.55 2225 171.6 115478 6278
Fendilhado

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 3
Procedimento 1 – Análise fendilhada, com zonas fendilhadas previamente definidas.

Procedendo a uma análise elástica, obtém-se o seguinte diagrama de momentos flectores, sendo o momento no apoio intermédio
dado por:
Mapoio interno = 394.3 kNm.

Procedendo a uma redistribuição de 15% (5.4.4 (5) do EC4-1-1), este momento decresce para:
Mapoio interno = 335.2 kNm.

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 3
Procedimento 2 – Análise elástica não fendilhada, com redistribuição de esforços.

Numa secção de classe 2, pode ser efectuada uma redistribuição de 30% (parte devido à fendilhação do betão):
Mapoio interno = 500 x (1-0.30) = 350 kNm.

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 3
Procedimento 2 – Análise elástica não fendilhada, com redistribuição de esforços.

Estudos numéricos (Johnson e Chen, 1991), demonstraram que, de um modo geral, independentemente da classe da
secção, os valores dos momentos fletores negativos obtidos através de uma análise fendilhada são cerca de 10% inferiores,
quando comparados com os obtidos através de uma análise não fendilhada.

Tendo por base esta constatação, surgiu um método simplificado que consiste na aplicação de uma redistribuição de 10%
aos momentos flectores negativos, obtidos através de uma análise não fendilhada, para ter em consideração a fendilhação
do betão na zona dos apoios internos.

Este método chegou a estar previsto numa das versões provisórias da EN 1994-2, mas veio, posteriormente, a ser retirado.
Porém, verifica-se na Tabela 5.1 da EN 1994-1-1, que a diferença entre os valores propostos para a redistribuição de
momentos obtidos através dos dois tipos de análise (fendilhada e não fendilhada) é no mínimo de 10%.

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 EXEMPLO 4
 Análise de estruturas mistas em edifícios - modelação de um edifício misto 3D

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DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS


 EXEMPLO 4
 Análise global elástica

Momentos flectores (kNm) num pórtico periférico Momentos flectores (kNm) num pórtico periférico
considerando variação de secção nas vigas considerando secção constante nas vigas

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