Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 2
Vigas mistas
VERIFICAÇÕES:
ULS: SLS:
Resistência das secções transversais; Deformações;
Resistência à encurvadura lateral; Fendilhação do betão;
Resistência à compressão da alma sob ações Vibrações.
de cargas transversais;
Resistência ao corte longitudinal.
1
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de corte é parcial.
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De acordo com o artigo 7.3.1 (4) da EN 1994-1-1, e se forem verificadas simultaneamente as seguintes três
condições, pode desprezar-se a influência do escorregamento na quantificação da deformação das vigas
mistas:
seja utilizado um número de conetores não inferior a metade dos necessários para uma conexão total
(≥0.50), ou os esforços resultantes de um comportamento elástico e atuantes nos conetores no
estado limite de utilização não excedam PRd;
no caso de uma laje nervurada de nervuras transversais à viga, a altura das nervuras não exceda
80 mm.
2
Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 5
HIPÓTESES DE CÁLCULO:
A resistência à tração do betão é desprezada;
As secções transversais mantêm-se planas;
Existe interação total entre o aço estrutural, as armaduras e o betão;
Tensão de cálculo do aço estrutural fyd = fy/ a, em tração ou em compressão;
Tensão de cálculo das armaduras longitudinais fsd = fsk/ s, em tração ou em compressão;
Tensão de cálculo das chapas perfiladas (se consideradas) fyp,d = fy/ ap em tracção; as chapas perfiladas
comprimidas devem ser desprezadas;
Tensão de cálculo do betão 0.85 fcd = 0.85 fck/c em compressão.
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Fa Aa f y a
3
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Fa Aa f y a
2 fy/a
Fa Fc 2 bf z hc hp f y a z = (Fa – Fc).a/(2.bf.fy) + hp + hc
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Fa Aa f y a 2 fy/a
4
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Fs As fsk s
Fa Fs 2 bf zf fy a zf = (Fa – Fs).a/(2.bf.fy)
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Fa Aa f y a
Fs As fsk s 2 fy/a
5
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Conexão parcial
n N Análise plástica
Grau de conexão c
nf N cf Análise simplificada
n MEd M pl .a.Rd
M pl .Rd M pl .a.Rd
n 0.4
M Rd M pl .a.Rd
nf M pl .Rd M pl .a.Rd nf
(nº mínimo de conectores) (momento resistente)
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n
b
M
d
I
Análise elástica de secções de vigas mistas
7
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8
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Ea 210 10 6
n 6.4
Ecm 33 10 6
Eixo neutro – desprezando o betão à tracção e as armaduras longitudinais em compressão
z
8
5
.
9
m
m
1
1
0
m
m
2000 ︵ ︶
Aa d a Ac d c 5381 150 40 110 z
z
z (e. n. no betão)
6 .4 2 2000/6.4
Momento de inércia da secção homogeneizada
z e.n
110 dc
I m Ia Aa d a2 Ic Ac d c2 40
2000 6.4 85.9 2000 6.4 85.9 85.9
3 2
300
12 2 IPE 300 A = 53.81cm2
Im
3
9
6
1
0
m
m
Iy = 8356 cm4
6
IPE 300
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2 0
8 0
0
2 1
7 .
5 0
za
3
6
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.
1
1
0
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P
a
2
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.
4
M
P
a
2
7
5
M
P
a
3
E m
d
3
9
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1
0
a
Tensões no betão
MI
1n
1 6
1 .
2 0
8 0
0 1
3 1
0 .
zc
8
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9
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0
9
4
9
0
k
P
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5
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8
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1
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3
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6
c
9
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1
9
0
m
m
5
3
8
1
Momento de inércia
I m Ia Aa z 150 Is As 420 z
2 2
Im
8
3
5
6
1
0
5
3
8
1
1
9
0
1
5
0
0
.
0
0
9
4
8
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2
0
1
9
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2
4
2
1
4
2
1
0
m
m
1
4
2
0
0
c
m
6
12 10 mm - A = 9.48 cm2
Tensões no aço s
MI
1 0
5 0
0
2 1
7 .
5 0
z
1
9
0
1
0
2
0
0
7
0
4
k
P
a
2
0
0
.
7
M
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a
2
7
5
M
P
a
3
E m
d
1
4
2
1
0
a
e.n
Tensões nas armaduras longitudinais
MI
1 0
5 0
0 1
5 1
0 .
0 1
420
z
4
2
0
4
2
0
1
9
0
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0
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4
2
9
5
7
k
P
a
2
4
3
.
0
M
P
a
4
3
5
M
P
a
E m
d
︵ ︶ ︵ ︶ z
1
4
2
5
s
150
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1
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0
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8
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3
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4
0
k
N
6
k
1
.
5
0
c
Fc Fa (e. n. no betão)
0.85fck/c
3
0 1
1 5
0
3
Fa
z
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4
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0
0
0
1
0
0
.
8
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4
3
.
5
m
m
'c
z F’c
.
0
(Resultante axial nula) e.n
4
3
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5
M
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d
Fa
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0
1
5
0
1
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l
m
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.
M
4
1
1
.
8
k
N
m
2
8
0
k
N
m
E
d
300 Fa
10
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M M
W 2
fy 3
1 1
7 5
2
.
8 M
1
k
N
m
Análise plástica - Momento negativo
p
l
I
P
E
p
l
y .
M
,
3
0
0
0
6
2
k
N
m
.
2
Hipótese de cálculo – Conexão total entre o perfil e o pavimento
p
l
m
R
d
p
l
I
P
E
.
,
3
0
0
Eixo neutro – desprezando o betão à tracção
fy a e
fs s 1
2
7 1
5 .
1 0
0
5
0
0
1
0
3
3
Fa
Aa Fs
Fs 0
As 3
5
3
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0
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N
9
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0
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1
2
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k
N
6
6
k
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1
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k
N
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1
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0
1
.
0
0
8
8
2
.
8
k
N
3
3
(e. n. na alma do perfil IPE 300)
a
4 3
1 2
2
.
2 7
zw
0
.
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0
6
m
1
0
6
m
m
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1
0
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1
0
1
.
0
0
3
12 10 mm - A = 9.48 cm2
fsk/s
Mpl.m.Rd Mapl.Rd Fs ha 2 hs Fs
2
4 t w fy a
Fs
fy/s
M
hs
6
2
8
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4
1
0
2
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6
p
l
m
R
d
.
.
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4 1
1 0
2
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2
2 2
4
1
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2
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0
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0
3
0
0
1
0
Fat
3
︵ ︶
4
7
.
1
7
5
1
0
3
zw 420
M
2
6
2
.
3
k
N
m
1
5
0
k
N
m
E
d
150 Fac
fy/s
Secção O.K. (Secção deve ser de classe não superior a 2)
IPE 300
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k .
N k k
m
2
1
0
1
0
1
0
1
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0
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1
2
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3
6
M M
N
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1 9
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11
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m
Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering
Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 24
Meio vão:
beff min ( 2 0.85 10000 8 100; 3500 ) min ( 2225; 3500 ) 2225 mm
Apoio interno:
beff min ( 2 0.25 (10000 10000 ) 8 100; 3500 ) min (1350; 3500 ) 1350 mm
12
Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 25
Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 26
2
M
k
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m
5
0
0
a
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o
i
o
e
r
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o
i
n
t
Momento flector no apoio intermédio de uma viga de secção constante e tramos iguais.
M n
5 4
0 9
0 1
k
P
a
M
P
a
7
5
1
4
7
.
5
1
aW
p
o i
o
e
r
n
o
i n
t
1
3
.
5
5
1
1
0
b
e
t
ã
o
m
a
x
.
2 f ctm 2 2.6 5.2 MPa Máxima tensão de tracção para não consideração da fendilhação (5.4.2.3 (2) do EC4-1-1).
Como max. betão > 2 fctm, deve ser considerada a fendilhação do betão.
Procedimento 1 – Análise fendilhada, com zonas fendilhadas previamente definidas (5.4.2.3 (3) do EC4-1-1).
Procedimento 2 – Análise elástica não fendilhada, com redistribuição de esforços (5.4.4 do EC4-1-1) – esta análise não pode ser
aplicada quando max. betão > 2 fctm , será efectuada apenas para efeitos ilustrativos de implementação do método.
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Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 27
Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 28
Procedendo a uma análise elástica, obtém-se o seguinte diagrama de momentos flectores, sendo o momento no apoio intermédio
dado por:
Mapoio interno = 394.3 kNm.
Procedendo a uma redistribuição de 15% (5.4.4 (5) do EC4-1-1), este momento decresce para:
Mapoio interno = 335.2 kNm.
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Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 29
Numa secção de classe 2, pode ser efectuada uma redistribuição de 30% (parte devido à fendilhação do betão):
Mapoio interno = 500 x (1-0.30) = 350 kNm.
Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 30
Estudos numéricos (Johnson e Chen, 1991), demonstraram que, de um modo geral, independentemente da classe da
secção, os valores dos momentos fletores negativos obtidos através de uma análise fendilhada são cerca de 10% inferiores,
quando comparados com os obtidos através de uma análise não fendilhada.
Tendo por base esta constatação, surgiu um método simplificado que consiste na aplicação de uma redistribuição de 10%
aos momentos flectores negativos, obtidos através de uma análise não fendilhada, para ter em consideração a fendilhação
do betão na zona dos apoios internos.
Este método chegou a estar previsto numa das versões provisórias da EN 1994-2, mas veio, posteriormente, a ser retirado.
Porém, verifica-se na Tabela 5.1 da EN 1994-1-1, que a diferença entre os valores propostos para a redistribuição de
momentos obtidos através dos dois tipos de análise (fendilhada e não fendilhada) é no mínimo de 10%.
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Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 31
Estruturas Metálicas II (Parte 2-2) – 2020-2021 Rui A. D. Simões, António P. Adão da Fonseca 32
Momentos flectores (kNm) num pórtico periférico Momentos flectores (kNm) num pórtico periférico
considerando variação de secção nas vigas considerando secção constante nas vigas
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