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AULA 16.

Farmácia–Teoria e Exercícios
Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que
atuam nas dislipidemias.
Professora Cá Cardoso

Prof. Cá Cardoso
Farmacologia do Diabetes. Farmacologia das dislipidemias
Aula 16.2 – Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que atuam nas dislipidemias
Prof. Cá Cardoso

Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que atuam nas


dislipidemias

1. FÁRMACOS ANTIDIABÉTICOS E INSULINAS

DIABETES: UM POUCO DE FISIOPATOLOGIA

O Diabetes Melitus é definido por níveis elevados de glicemia, associados a uma secreção
pancreática de insulina inadequada ou ausente.

No Diabetes Tipo I, há uma destruição das células-beta pancreáticas que leva à deficiência
GRAVE ou ABSOLUTA da insulina (já que a insulina é produzida nessas células). É dividida
ainda em duas subclasses: idiopática e autoimune (esta última, mais comum). No geral, os
pacientes têm menos de 30 anos.

No Diabetes tipo I, a terapia de reposição da insulina é obrigatória, sendo necessária para


manutenção da vida, já que, caso não ocorra ou caso seja interrompida, o indivíduo pode
entrar em uma situação de CETOACIDOSE DIABÉTICA (que resulta da liberação excessiva
de ácidos graxos, em resposta à ausência de glicose nos tecidos – já que há ausência de
insulina. A liberação excessiva dos ácidos graxos leva a formação de níveis TÓXICOS de
cetoácidos).

Já no Diabetes tipo 2, há uma resistência dos tecidos à ação da insulina, e assim, em longo
prazo, há uma deficiência relativa na secreção deste hormônio. No geral, tratam-se de
indivíduos mais velhos, existindo relação com o sobrepeso e obesidade.
A terapia nestes pacientes é iniciada com antidiabéticos orais que, de maneira geral, devem:

Aumentar a secreção de insulina (quando as


células pancreáticas são funcionantes);

Reduzir a resistência a insulina ou;

Diminuir os níveis de glicose circulante.

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Além dos antidiabéticos orais, 30% dos indivíduos com Diabetes tipo II também precisam fazer
uso da Insulina para controle glicêmico. Por quê? Uma vez que existe a resistência à insulina
nos tecidos periféricos, em um primeiro momento, o pâncreas secreta mais insulina
(mecanismo de compensação). Com o decorrer do tempo, ocorre a exaustão das células-beta
pancreáticas, levando a uma secreção insatisfatória de insulina.

Perceba a diferença:
• No Diabetes tipo I, o uso da Insulina é OBRIGATÓRIO – A vida depende disso,
já que as células-beta pancreáticas estão DESTRUÍDAS;

• No Diabetes tipo II, o uso da Insulina NÃO é OBRIGATÓRIO, porém, muitas


vezes faz-se necessário para o controle glicêmico efetivo.

Dito isto, vamos inicialmente estudar, de maneira FOCADA em provas, as classes de


fármacos dos ANTIDIABÉTICOS.

SULFONILURÉIAS (Secretogogos de Insulina)

MECANISMO DE AÇÃO
As sulfoniluréias possuem 2 principais mecanismos de ação. Vejamos cada um deles:

1. Aumento da liberação de insulina pelo pâncreas (logo, as células-beta pancreáticas


precisam estar funcionantes).

Para entendermos como as sulfoniluréias aumentam a secreção de insulina, temos que lembrar
de como ocorre a secreção da insulina fisiologicamente.

Quando, na célula beta-pancreática, há uma quantidade pequena de ATP, os canais de


potássio estão abertos, e o potássio vai para o meio extracelular, mantendo o meio intracelular
negativo.

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Quando há aumento dos níveis de glicose na célula, aumenta a produção de ATP e isso faz
com que haja o fechamento dos canais de potássio, levando à despolarização da célula. A
despolarização da célula leva à abertura dos canais de cálcio regulados por voltagem. Com
mais cálcio na célula, há a exocitose da insulina, e assim, mais insulina é secretada. Observe
a figura abaixo:

Fonte: Farmacologia Básica e Clínica (Katzum)

Sendo assim, os secretogogos de insulina (sulfoniluréias), têm como mecanismo de


ação o fechamento dos canais de potássio, levando a despolarização e
consequente entrada de Cálcio e liberação de insulina.

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Entrada
de cálcio
Fechamen
Aumenta (abertura Liberação
Aumenta to dos Despolariz
produção de canais de
a glicose canais de ação
de ATP voltagem insluina
potássio
dependen
tes)

Local de ação das


sulfoniluréias

Vejamos agora o segundo mecanismo de ação das sulfoniluréias.

2. Redução da concentração sérica de GLUCAGOM


Está associado à administração prolongada de sulfonilureias (contribui para o efeito
hipoglicemiante desses fármacos). Mecanismo ainda não muito bem esclarecido, mas parece
tratar-se de uma inibição INDIRETA: aumento da liberação de insulina -> inibição das células
alfa-pancreática (são as que liberam glucagom).

Perceba que as sulfoniluréias requerem que o indivíduo esteja com as células-beta


pancreáticas FUNCIONANTES. Assim, NÃO podem ser utilizadas no diabetes tipo 1
nem no diabetes tipo 2 tardio. Seu uso clínico limita-se a estágios INICIAIS DO
DIABETES TIPO 2.

REPRESENTANTES
• 1ª geração: Tolbutamida, Clorpropamida e Tolazamida;
• 2ª geração: Glibenclamida, Glimepirina e Glipizida;
• Megletinidas – Replaglinida;
• Derivado da D-Fenilalanina – Nateglinida;

PRIMEIRA GERAÇÃO –> CLORPROPAMIDA, TOLBUTAMIDA E TOLAZAMIDA


• POUCO COBRADAS EM PROVAS;

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• Pouco usadas devido aos muitos efeitos colaterais e interações medicamentosas /


alimentares (com álcool, por exemplo, produz rubor, intoxicação hídrica – efeito semelhante
ao dissulfiram);
• Obtenção é cada vez mais difícil;

SEGUNDA GERAÇÃO –> GLIMEPIRIDA, GLIBENCLAMIDA E GLIPZIDA


• SÃO AS MAIS COBRADAS EM PROVAS;
• Classe mais prescrita das sulfoniluréias;
• Devem ser usados com cautela em pacientes com doença cardiovascular ou em idosos,
pois neste grupo de pacientes a HIPOGLICEMIA (principal efeito adverso) pode ser perigosa;
• Dentre os três, a GLIPIZIDA é a que tem menor tempo de meia vida, o que proporciona
muito menos probabilidade de produzir hipoglicemia grave, quando comparada aos demais
fármacos dessa classe. Para obter efeito máximo na redução de hiperglicemia pós-prandial,
deve ser ingerido 30 minutos antes do desjejum (absorção retardada na presença de
alimentos);
• A GIMEPIRIDA é a que reduz a glicemia com a menor dose de todas as sulfaniluréia;
• A GLIBENCLAMIDA é a que te maior tempo de meia-vida (maior potencial de gerar
hipoglicemia). Deve ser evitada em idosos e pacientes com comprometimento renal.

TERCEIRA GERAÇÃO –> MEGLETIDINAS


• Membros: REPAGLINIDA;
• Superposição quanto às demais classes de sulfoniluréias -> 2 sítios de ligação em
comum + 1 sítio próprio;
• Início de ação MUITO rápido com concentração máxima em 1 hora;
• Fármaco deve ser tomado imediatamente antes de cada refeição (risco de hipoglicemia
caso a refeição seja adiada ou omitida);

QUARTA GERAÇÃO –> DERIVADOS DA D-FENILALANINA


• Membros: NATEGLINIDA;

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• Além de estimular a liberação MUITO RÁPIDA e transitória de insulina, também


reestabelece parcialmente a liberação de insulina em resposta a um teste de intolerância à
glicose intravenosa;
• Fármaco deve ser tomado imediatamente antes da refeição;
• Não há necessidade de titulação da dose (em contraste com as demais
sulfoniluréias);
• Incidência de hipoglicemia mais baixa;
• Mais segura para paciente com função renal diminuída;

EFEITOS ADVERSOS E CONTRAINIDICAÇÕES


• Principal efeito: HIPOGLICEMIA (pode ser grave e prolongada).

o Maior incidência de HIPOGLICEMIA -> Fármacos de mais LONGA DURAÇÃO;


o Entre os fármacos da Segunda Geração (mais cobrados em provas e mais prescritos no
Brasil), o que tem maior potencial de gerar hipoglicemia é a GLIBENCLAMIDA (devido ao
longo tempo de ação).

• Outro efeito adverso importante: AUMENTO DE APETITE e de PESO (preocupação:


pacientes obesos).
• Efeito adverso RARO, mas grave: LESÃO DE MEDULA ÓSSEA.

• CONTRAIDICAÇÃO RELATIVA: Cautela no uso em cardiopatas.

Cautela no uso de Pacientes cadiopatas e idosos -


sulfoniluréias > Hipoglicemia é periogosa

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(2015 - Pref. Estância Hidromineral de Poá/SP – VUNESP) - Um paciente do sexo


masculino, com 50 anos de idade, apresentou quadro de fadiga, secura na boca e poliúria.
Após a realização de diversos exames, constatou-se que sua glicemia de jejum era de 150
mg/dL e o médico prescreveu, além de dieta balanceada, o uso de glibenclamida, 5,0 mg ao
dia, ingerida 30 minutos antes da primeira refeição. Sabe-se que a glibenclamida é um
hipoglicemiante oral, da classe das sulfonilureias, que age:

(A) bloqueando os canais de potássio sensíveis ao ATP (KATP) na membrana plasmática das
células B, o que causa despolarização, entrada de Ca+2 e secreção de insulina.
(B) ativando a proteína quinase ativada por AMP (AMPK) nos hepatócitos, o que leva a um
aumento da expressão de genes importantes para a gliconeogênese hepática.
(C) ligando-se ao receptor nuclear ativado por proliferadores de peroxissomo (PPARᵧ), com
consequente aumento da lipogênese e estímulo da captação de ácidos graxos e glicose
(D) inibindo competitivamente a enzima dispeptidil- -peptidase-4 (DPP-4) e, com isso,
reduzindo a glicemia pela potencialização de incretinas endógenas.
(E) inibindo a α-glicosidase intestinal, o que retarda a absorção de carboidratos e reduz a
glicemia pós- -prandial.

COMENTÁRIO: Questão simples que cobra que o candidato saiba unicamente o mecanismo
de ação das sulfoniluréias. Conforme vimos: FECHAMENTO dos canais de potássio, levando
a despolarização e consequente entrada de cálcio e liberação de insulina.

GABARITO: A

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BIGUANIDAS

REPRESENTANTE: METFORMINA

MECANISMO DE AÇÃO
• DIMINUI NÍVEIS DE GLICOSE SÉRICA E;
• AUMENTA A SENSIBILIZAÇÃO DO RECEPTOR DE INSULINA TECIDUAL.

Ações bioquímicas especificas


• Diminui a glicogenólise e a gliconeogênese (síntese de glicose) hepática (que está
aumentada na diabetes tipo II), por meio da ativação da enzima proteinocinase ativada por
AMP (AMPK);
• Aumenta a captação e utilização de glicose no músculo esquelético (ou seja: REDUZ A
RESISTENCIA À INSULINA);
• Reduz a absorção de carboidratos;
• Aumenta a oxidação de ácidos graxos;
• Diminui os níveis circulantes de LDL e VLDL;

ATENÇÃO: Perceba que, diferente das sulfaniluréias, as biguanidas NÃO interferem na


SECREÇÃO de INSULINA, portanto NÃO levam à hipoglicemia.

ASPECTOS CLÍNICOS
• É o fármaco de ESCOLHA como terapia de primeira linha para o Diabetes tipo II;
• Por NÃO aumentar o apetite e NÃO aumentar o peso corporal trata-se do fármaco de
ESCOLHA para pacientes OBESOS (desde que não haja comprometimento hepático e
renal).

Atenção!!!

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Fármaco de escolha em
pacientes obesos ou com Biguanida (Metfomina)
sobrepeso

• NÃO leva a HIPOGLICEMIA (vantagem sobre as sulfoniluréias) – pois NÃO leva à


secreção de insulina;
• Diminui o risco de doença MICRO e MACROVASCULAR;
• ↓ o apetite.

ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS
• Meia vida de 1,5 a 3 horas;
• Não se liga a proteínas plasmáticas;
• Não é metabolizada pelo citocromo P450 – POUCAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS.
• É excretada pelos rins intacta (na forma de composto ativo);

EFEITOS ADVERSOS
• Principal: EFEITOS GASTROINTESTINAIS (diarreia, desconforto abdominal, anorexia,
náuseas e vômitos). É relacionado à dose e geralmente é transitório. Em alguns casos é
necessário suspender o uso. Para diminuir desconforto: fármaco pode ser administrado
após as refeições.

• Outros efeitos:
o Diminuição de vitamina B12 (necessária dosagem anual);
o Acidose lática – rara, mas fatal. Assim, o fármaco não deve ser administrado a
pacientes com doença renal ou hepática, doença pulmonar ou hipóxia (já que esses
pacientes estão mais predispostos à acidose lática por diminuição da excreção do
fármaco ou por menor oxigenação tecidual).

As sulfoniluréias e as biguanidas são as classes


farmacológicas dos antidiabéticos orais mais cobradas em concursos. Portanto, atente-
se a elas!

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CONTRA-INDICAÇÕES:
▪ Situações com tendência a desenvolver acidose láctica;
▪ Disfunção renal;
▪ Caso haja necessidade de administração de contraste, a metformina deve ser
suspensa - risco de comprometimento da função renal.
▪ Gravidez e lactação.

(FUNDATEC – 2015 - Pref. Gramado/RS) - Quanto ao Uso Racional de Antidiabéticos na


Atenção Primária, analise as seguintes assertivas:

I. Antidiabéticos orais são indicados para pacientes com diabetes tipo 2 não controlada.
II. Sulfonilureias são consideradas a primeira escolha para adultos obesos com diabetes tipo
2.
III. Metformina é o antidiabético oral preferencial em diabéticos adultos obesos ou com
sobrepeso.
Quais estão corretas?
A) Apenas II.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.

COMENTÁRIOS: Conforme vimos, de fato os antidiabéticos orais são indicados no


tratamento inicial do paciente com diabetes do tipo II. Posteriormente, pode existir (ou não),
necessidade de insulina (Item I – Correto). A primeira escolha para o tratamento de adultos
OBESOS com diabetes são as BIGUANIDAS, que tem como principal representante a
Metformina (Item II – ERRADO e Item III – CORRETO).
Sendo assim, apenas os itens I e III estão corretos.

GABARITO: C

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2015 - CEPERJ - Pref. Saquarema/RJ - Um dos tratamentos utilizados para a diabetes


mellitus do tipo 2 se baseia nos hipoglicemiantes orais como a metformina e glimepirida.
Estes dois fármacos têm diferentes mecanismos de ação e são categorizados,
respectivamente, como:

A) biguanida e sulfoniluréias
B) meglitinida e tiazolidinodiona
C) tiazolidinodiona e biguanida
D) sulfanilureia e biguanida
E) tiazolidinodiona e meglitinida

COMENTÁRIO: Lembre-se – Principal representante das biguanidas: METFORMINA; Quanto


à glimepirida, trata-se de uma sulfaniluréia de 2ª geração.

GABARITO: A

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(2009 / CAFAR - AERONAUTICA) - Quanto aos medicamentos de uso oral, prescritos para o
tratamento do diabetes. Analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
1. A ação farmacológica das sulfonilurérias está no aumento da ação da insulina nos
músculos periféricos.
2. As biguanidas provocam a liberação de insulina no pâncreas.
3. A metformina deve ser administrada após as refeições, para reduzir possível desconforto
intestinal, náuseas ou diarréia.
4. A repaglinida pertence ao grupo das biguanidas.

A) somente a assertiva 3 está correta.


B) as assertivas 1 e 2 estão corretas.
C) as assertivas 3 e 4 estão corretas.
D) somente a 4 está incorreta.

COMENTÁRIO:
1. ERRADA – Lembre-se que as sulfoniluréias aumentam a liberação de insulina pelo
pâncreas, através do bloqueio dos canais de potássio dependentes de ATP;
2. ERRADA – Descrição do mecanismo de ação das sulfoniluréias. As biguanidas não agem
aumentando insulina (lembre-se que uma vantagem sobre as sulfoniluréias é não provocar
hipoglicemia). O mecanismo de ação, no geral, é pela diminuição da glicose sérica;
3. CORRETO – Um dos principais efeitos adversos da metformina é o desconforto
abdominal, o qual é diminuído com o fármaco sendo administrado após as refeições;
4. ERRADA – Repagilinida trata-se de um sulfaniluréia de 3ª geração.

GABARITO: A

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TIAZOLIDINEDIONAS

MECANISMO DE AÇÃO
• São ligantes do receptor gama ativado por proliferador peroxissomo (PPAR-ϒ);
• Esses receptores PPAR-ϒ, que estão presentes no músculo, no tecido adiposo e no
fígado, modulam a expressão dos genes envolvidos no metabolismo de lipídios e da
glicose, na transdução de insulina e na diferenciação dos adipócitos a outros tecidos.

EFEITOS:
• Aumentam a captação de glicose pelo músculo através do aumento da EFETIVIDADE da
insulina ENDÓGENA (reduzem a resistência a insulina);
• Reduzem a produção hepática de glicose;
• Reduzem a quantidade de insulina EXÓGENA necessária para manter um determinado nível
de glicemia.

REPRESENTANTES
• PIOGLITAZONA;
• ROSIGLITAZONA

EFEITOS ADVERSOS
• Retenção Hídrica (edema periférico) por promoverem retenção de sódio – Contraindicação
para pacientes ICC;
• Ganho de peso ponderal;
• Perda de densidade mineral óssea – aumento do risco de fraturas (principalmente de mãos
e pés).

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INIBIDORES DA α-GLICOSIDASE

MECANISMO DE AÇÃO

• Inibem as α-glicosidases intestinais. Essas enzimas são responsáveis pela quebra de


amidos complexos em glicose e frutose (que são monossacarídeos passíveis de serem
transportados da luz intestinal para a corrente sanguínea).

EFEITO
• Retardam a absorção de carboidratos, reduzindo o aumento pós prandial da glicemia.

REPRESENTANTES

• ACARBOSE;
• MIGLITOL;

EFEITOS ADVERSOS

• Principais: Distúrbios gastrointestinais (flatulências, dor abdominal e diarreia) – resultam do


aparecimento de carboidratos não digeridos no cólon, que então, são fermentados em ácidos
graxos de cadeia curta com liberação de gases. Efeitos tendem a diminuir com o tempo.

• Contraindicação: Contraindicado para pacientes com doença inflamatória intestinal e


comprometimento renal (fármacos excretados pelos rins).

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INCRETINOMIMÉTICOS

Incretinas:
• São, peptídios intestinais liberados durante a digestão que aumentam secreção
de insulina.
• Quem são? GIP e GLP-1.
• São degradadas pelas enzimas dipeptidil peptidase IV (DPP-IV).

Assim, os incretinomiméticos podem ter como mecanismos de ação:

Agonistas de GLP-1 Inibição da enzima DDP-IV

• ↑ liberação de insulina • ↑ incretinas - ↑ liberação de


insulina
• Injetáveis
• Via Oral

Vejamos cada um deles.

AGONISTAS DOS RECEPTORES POLIPEPTÍDEO SEMELHANTE AO GLUCAGON (GLP1)

MECANISMO DE AÇÃO
Mimetismo do polipeptídeo semelhante ao glucagon (GLP1), já que no Diabetes tipo 2,
ocorre diminuição pós prandial de GLP1.

EFEITOS:

• Redução da glicemia após refeição:


o Estimulando secreção de insulina;
o Suprimindo a secreção de glucagon;
o Retardando o esvaziamento gástrico;

• Reduz ingestão alimentar (efeito sobre saciedade).

Principal vantagem clínica: PERDA DE PESO associada ao tratamento prolongado

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REPRESENTANTES
• EXENATIDA;
• LIRAGLUTIDA (Victoza®);
• DULAGLUTIDA, entre outros.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO
• Todos são administrados por via parenteral (administração subcutânea),

EFEITOS ADVERSOS
• GRAVE: Pancreatite.
• COMUNS: Distúrbios gastrointestinais;

Perceba que os agonistas de GLP1 diferem de maneira importante dos demais


antidiabéticos orais, principalmente em relação a duas características:

Características
diferenciais dos
agonistas de GLP1

Administração:
Levam à PERDA
parenteral
de peso.
(subcutânea)

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INIBIDORES DA DIPEPTIDIL PEPTIDASE 4 (DPP-4)

MECANISMO DE AÇÃO
A DDP-4 é uma enzima que degrada as incretinas. Assim, tais fármacos diminuem a glicemia
por potencializarem as incretinas endógenas (GLP-1);

REPRESENTANTES
• SITAGLIPTINA, SEXAPLIGTINA, LINAGLIPTINA, ALOGLIPTINA, entre outros.

EFEITOS ADVERSOS
• Aumento da taxa de infecções (trato respiratório superior e urinário);
• Cefaleia e reações de hipersensibilidade;

INIBIDORES DA SGLT-2

• São Inibidores potentes e seletivos da proteína SGLT-2 dos rins: reduz a reabsorção de
glicose.

↑ eliminação
Inibidores da ↓ reabsorção ↓ glicose
de glicose na
SGLT-2 de glicose sérica
urina

• Quem são?
• DAPAGLIFLOZINA (Forxiga)
• CANAGLIFLOZINA (Invokana®)
• EMPAGLIFLOZINA (Jardiance®)

• Efeitos adversos:
o Infecções urinárias (em função da glicosúria).
o Desidratação.
o Redução da PA, tontura.
o Entre outros

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A tabela abaixo apresenta os principais pontos de cada uma das classes dos antidiabéticos
orais vistos:
Classe Fármacos Efeito / Mecanismo de ação
Glibenclamida Fecham os canais de K+ na célula beta,
Sulfoniluréias Glimepirida aumentando a liberação de insulina
Glipiza (secretogogos).
Diminui níveis de glicose sérica e aumenta a
Biguanidas Metformina
sensibilização do receptor de insulina tecidual.
Pioglitazona Regula expressão gênica por meio de ligação ao
Tiazolidinedionas
Rosiglitazona PPAR ϒ, diminuindo a resistência à insulina.
Análogo dos receptores de GLP1 (reduzem
Agonista do receptor Exanitina
glicemia após refeição estimulando a liberação de
semelhante ao glucagon Liraglutina
insulina, diminuindo glucagon e retardando o
(GLP-1) Dulaglutida
esvaziamento gástrico).
Inibidores Da Dipeptidil Sitagliptina Inibem a DDP-4, que é uma enzima que
Peptidase 4 (Dpp-4) Sexapligtina DEGRAGADA a GLP-1, impedindo, dessa forma, a
Linagliptina degradação de GLP1.
Inibidores da Α- Acarbose Retardam a absorção de carboidratos, reduzindo o
Glicosidase Miglitol aumento pós prandial da glicemia.
Dapagliflozina
Inibição da SGLT-2 dos rins: reduz a reabsorção
Inibidores da SGLT-2 Canagliflozina
de glicose.
Empagliflozina

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PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS ANTIDIABÉTICOS:

Sulfoniluréias • Hipoglicemia;

• Distúrbios gastrointestinais (diarréia, vômitos,


Biguanidas
nauseas);

• Distúrbios gastrointestinais (flatulências, dor


Inibidores da alfa glicosidase
abdominal e diarréia);

• Retenção Hídrica (edema periférico e e ganho de


Tiazolidinedionas
peso);

Agonista do receptor
• Pancreatite;
semelhante ao glucagon
• Perda de peso.
(GLP-1)

• Aumento da taxa de infecções (trato respiratório


Inibidores Da Dipeptidil
superior e urinário);
Peptidase 4 (Dpp-4)
• Cefaléia e reações de hipersensibilidade.

Vejamos agora algumas questões que tratam de todas as classes farmacológicas.

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(2010 / Pref. Quixadá/CE - ACEP) - Os objetivos do tratamento do Diabetes Mellitus (DM)


são melhorar os sintomas da hiperglicemia, reduzir a incidência e a progressão de
complicações micro e macrovasculares, diminuir a mortalidade e melhorar a qualidade de
vida. Vários medicamentos compõem a terapia farmacológica do DM. Assinale a alternativa
que apresenta a informação CORRETA relacionada aos medicamentos antidiabéticos.
A) As sulfoniluréias, como repaglinida e nateglinida, aumentam a sensibilidade à insulina nos
tecidos hepático e muscular, permitindo aumento da captação de glicose nesses tecidos.
B) As meglitinidas de segunda geração, como glipizida e gliburida, são inibidores da alfa -
glucosidase.
C) Os secretagogos de insulina, como acarbose, são úteis na DM tipo 2 para tratar pacientes
próximos do peso ideal.
D) As tiazolidinedionas (glitazonas) possuem como ação primária a regulação nuclear dos
genes envolvidos no metabolismo dos lipídios e na diferenciação dos adipócitos.

COMENTÁRIO:
A- ERRADA: Sulfoniluréias aumentam a liberação de insulina pelo pâncreas;
B- ERRADA – Glipizida e Gliburida são Sulfoniluréias;
C- ERRADA – Os secretogogos de insulina são as Sulfoniluréias;
D- CORRETA

GABARITO: D

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Farmacologia do Diabetes. Farmacologia das dislipidemias
Aula 16.2 – Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que atuam nas dislipidemias
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(2014 – EDUDATA – Residência Multiprofissional HAE) - . Assinale a alternativa correta.


(A) A metformina reduz a glicemia de jejum em 20 a 30%, a glicemia pós-prandial em 30 a
40% e a hemoglobina glicada em 1 a 2%.
(B) As sulfonilureias agem nos canais de cálcio ATP- sensíveis das células beta estimulando
a secreção pancreática de insulina.
(C) A pioglitazona exerce sua ação através de sua ligação aos receptores PPAR-α.
(D) Sitaglipitina e vildaglipitina são análogos do GLP-1.
(E) Edema é o principal efeito colateral dos inibidores de DPP-4.

COMENTÁRIOS:
A- CORRETA;
B- ERRADA – Agem nos canais de K+ e não cálcio;
C- ERRADA – Exerce sua ação ligando-se aos receptores PPAR ϒ e não α;
D- ERRADA - Sitaglipitina e vildaglipitina são Inibidores Da Dipeptidil Peptidase 4 (Dpp-4);
E- ERRADA – Edema é o principal efeito adverso das Tiazolidinedionas;

GABARITO: A

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INSULINOTERAPIA

Como disse a vocês no início da aula, para os pacientes com diabetes tipo I, não tem outro
jeito: é necessária a reposição hormonal de insulina. Por quê? Porque as células pancreáticas
estão destruídas, logo, não há secreção do hormônio.
E no Diabetes tipo II?

Lembre-se que no Diabetes Tipo II há uma resistência à insulina dos tecidos. Ou seja, no
início da doença há insulina sendo secretada, porém, esta não consegue fazer sua ação. Com
o tempo, o pâncreas passa a secretar mais insulina (pois como não há efeito desse hormônio,
ele entende que tem que secretar mais). Secretando mais e mais, há um momento que há a
exaustão das células beta pancreáticas, diminuindo assim os níveis de insulina produzidos.

Logo, geralmente, em uma situação um pouco mais tardia, o paciente com Diabetes tipo II
também pode precisar fazer a reposição de insulina.

Dito isso, muita atenção:


• Um paciente com diabetes tipo II pode precisar de reposição com insulina? SIM
• Todo paciente com diabetes tipo II obrigatoriamente faz uso de insulina? NÃO

INSULINA: Um pouco de fisiologia

SÍNTESE E SECREÇÃO
A insulina é sintetizada como precursor (pré-pró-insulina) no Retículo Endoplasmático
Rugoso. A pré-pró-insulina é transportada ao complexo de Golgi, sendo clivada em pró-
insulina e depois em insulina.
A insulina, então, é armazenada em grânulos nas células beta pancreáticas.

O principal fator que controla a síntese e a secreção de insulina é a CONCENTRAÇÃO


DE GLICOSE SÉRICA.

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Aula 16.2 – Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que atuam nas dislipidemias
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Assim, o aumento de glicose leva a secreção de insulina. Além disso, a insulina vai alterar a
dinâmica dos processos de forma a diminuir a glicose circulante pelos seguintes
mecanismos:
• Aumento da captação de glicose pelos tecidos;
• Aumento da síntese de glicogênio (armazenamento de glicose);
• Diminuição da glicogenólise (quebra de glicogênio em glicose);
• Diminuição da gliconeogênese (síntese de glicose);

Além desses efeitos, lembre-se que a insulina é um hormônio anabolizante que atua no
metabolismo tanto de carboidratos, como de lipídios e proteínas.

A tabela abaixo sintetiza as ações da insulina:

AA

Para fixar:
• Gliconeogênse – síntese de glicose no fígado, a partir de precursores (geralmente
ocorre no jejum);
• Glicogenólise – Degradação de glicogênio (reserva) em glicose com consequente
aumento glicose.
• Glicogênese – Síntese de glicogênio (reserva);
• Lipogênese- Síntese de lipídios;
• Lipólise – Degradação de lipídios;

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RECEPTOR DE INSULINA
• Para exercer sua ação, a insulina liga-se aos seus receptores nas células-alvo.
• Tais receptores são do tipo transmembrana e se auto-fosforilam (fosforilação mútua
de resíduos de tirosina), dando início a uma cascata complexa, que culmina com a
expressão de GLUT na superfície das células, que permite a entrada da glicose. Ou seja:
glicose passa da corrente sanguínea para o interior das células.

(2017 – IBFC- EBSERH)- As células β das ilhotas pancreáticas sintetizam insulina a


partir de um precursor de 110 aminoácidos de cadeia simples, denominado pré-pró-
insulina. A insulina ligase às superfícies localizadas nas regiões N terminal e C
terminal da subunidade α do receptor. Sobre o receptor da insulina, assinale a
alternativa correta:
a) Receptores do tipo canais iônicos controlados por ligantes
b) Receptores acoplados à Proteína G
c) Receptores ligados à quinase e receptores correlatos
d) Receptores nucleares
e) Receptores citoplasmáticos do tipo balsas lipídicas.
COMENTÁRIOS: Lembre-se: receptor de insulina -> receptor do tipo QUINASE!

GABARITO: C

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TRATAMENTO COM INSULINA


Com certeza você já dispensou ou teve contato com insulinas. E qual via de administração
desse hormônio? Parenteral (subcutânea, em regime domiciliar ou EV quando a regular -
apenas a REGULAR!- é usada em terapia intensiva). Por quê? Porque a insulina é
degradada no trato gastrointestinal, o que inviabiliza o seu uso por via oral.
Atualmente, a insulina para uso é produzida por meio de DNA recombinante (. Antigamente,
era de origem de boi e porco, o que levava a respostas imunológicas.
O objetivo da insulinoterapia por via subcutânea é imitar a secreção normal (fisiológica) de
insulina. O grande desafio é evitar grandes flutuações de insulina e consequentemente de
glicemia.

Atualmente, há 4 tipos de insulinas injetáveis, conforme esquema abaixo:

LISPRO e ASPART • ação rápida, com ação muito rápida e duração curta

REGULAR • ação curta com início rápido

NPH • ação intermediária

GLARGINA • ação longa com início lento

O tratamento do diabetes do tipo II que passa a necessitar de insulina se inicia com a Insulina
NPH. Geralmente, é iniciada uma dose noturna (antes de dormir – bed time). Após, as doses
podem ser fracionadas ao longo do dia (geralmente uma no café da manhã e outra no
almoço). Com a progressão da doença, outros tipos de insulina podem passar a ser utilizadas.

Insulinas de ação rápida, com ação muito rápida e duração curta


• Quem são? LISPRO e ASPART;
• Forma farmacêutica: solução transparente contendo zinco para aumentar estabilidade e
validade;
• Permitem que haja reposição PRANDIAL de insulina;
• Têm rápido início de ação, ação máxima rápida -devem ser administradas imediatamente
antes da refeição.

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• Benefícios:
o Pode ser administrada imediatamente antes da refeição, sem prejudicar o controle
glicêmico;
o Duração de ação pequena (4 a 5 horas) -> Diminui risco de hipoglicemia;

Insulinas de ação curta com início rápido


• Representante: Insulina REGULAR;
• Forma farmacêutica: solução transparente contendo ZINCO para aumentar estabilidade e
validade;
• Efeito aparece após 20/30 minutos da administração (deve ser administrada em torno de 15
a 20 minutos antes das refeições);
• Atinge pico entre 2 e 3 horas e tempo de ação de 5 horas;

• É A ÚNICA QUE PODE SER ADMINISTRADA POR VIA INTRAVENOSA, sendo útil em
ambiente hospitalar em casos de emergência, como cetoacidose.

Insulinas de ação intermediária


• Representante: Insulina NPH (Protamina neutra Hagedorn);

Insulina + Depósito Liberação


Insulina NPH
Protamina subcutâneo gratativa

• É a inicial em pacientes com diabéticos do tipo II que iniciam tratamento com insulina.
Geralmente, inicia-se o tratamento com uma dose 1x ao dia antes de dormir (bed time).
Após, as doses podem ser fracionadas até 3x ao dia, conforme glicemia;
• Forma farmacêutica: Suspensão turva em pH neutro, com protamina em tampão fosfato;
• Tem início e ação prolongados, pois são combinadas com PROTAMINA;
• Após administração por via subcutânea, primeiro as enzimas teciduais DEGRADAM a
Protamina e depois a insulina é absorvida;
• Tem início de ação entre 2 e 5 horas e duração de 4 a 12 horas;
• Problema: Farmacocinética – Variabilidade de absorção de 50%;

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Insulinas de ação longa com início lento


• Representante: GLARGINA e DETERMIR;
• Forma farmacêutica: Solução transparente ÁCIDA;
• Tem ação longa e SEM PICO (amplo platô de ação);
• Início de ação: 1,5 hora; Efeito máximo: 4 a 6 horas; Atividade mantida por 11 a 24 horas –
Geralmente administrada apenas 1 vez ao dia;

• Como é possível que a ação seja longa e o início lento?

o Fixação de duas argininas nas extremidades da cadeia β da insulina


o Substituição de asparagina por glicina na posição A21

-> Em solução ácida: SOLÚVEL


-> No pH neutro (corpóreo): Precipitação. Após serem precipitadas, as moléculas de insulina
dissolvem-se lentamente do depósito cristalino, produzindo BAIXOS e contínuos níveis de
insulina circulante.

Obs: As insulinas Glargina e Detemir NÃO podem ser misturadas com outras insulinas,
pois a mistura levará à mudança de pH.

A figura abaixo apresenta o padrão de efeitos dos diferentes tipos de insulina:

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(2013- UNIFESP – Residência Multiprofissional) - Com relação ao tempo de ação, coloque


na ordem crescente os seguintes tipos de insulina: – Insulina Regular – Insulina Lispro –
Insulina NPH
(A) NPH>Regular>Lispro
(B) Regular>Lispro>NPH
(C) Regular>NPH>Lispro
(D) Lispro>NPH>Regular
(E) Lispro>Regular>NPH

COMENTÁRIOS: Quanto ao tempo de ação, temos que:

Glargina
NPH

Regular

Lispro

GABARITO: E

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MISTURAS DE INSULINA
• A glargina e a determir NÃO pode ser misturada, para que não haja contaminação. Lembre-
se que se trata de uma solução ácida.

• A mistura mais comum é a de:


o Insulina NPH (de ação intermediária) e que necessita de horas para alcançar efeito
terapêutico;
o Com insulina REGULAR ou LISPRO (que têm ação curta) – antes das REFEIÇÕES.

• Para maior comodidade posológica, as duas insulinas (NPH e REGULAR ou NPH e Lispro)
podem ser preparadas na MESMA seringa. Porém, deve-se obedecer à ordem de
ASPIRAÇÃO:

o Primeiro a Regular ou Lispro (solução) – Ação rápida


o Depois a NPH (suspensão) – Ação intermediária

Evita-se assim a contaminação da Insulina de ação MAIS RÁPIDA pela mais LENTA.

EFEITOS ADVERSOS DAS INSULINAS


• Principal efeito adverso: hipoglicemia (caso seja grave, pode levar a dano cerebral –
Lembre-se que o cérebro tem como única fonte de energia a glicose).

Finalizamos aqui esse primeiro momento de nossa aula. Na próxima seção veremos os
fármacos que atuam nas dislipidemias. Vamos lá?

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2. FÁRMACOS QUE ATUAM NAS DISLIPIDEMIAS

UM POUCO DA FISIOPATOLOGIA DAS DISLIPIDEMIAS


Lembre-que quando há aumento de LIPOPROTEÍNAS temos a hiperlipidemia, que tem como
sequela clínica a arterosclerose e pancreatite aguda (essa última, quando há aumento de
triglicerídeos).

As lipoproteínas LDL, IDL e VLDL são as responsáveis por carregar lipídeos nas paredes das
artérias (contribuem para eventos ateroscleróticos). Já a HDL, exerce efeito ANTIaterogênico,
já que, participa da retirada de colesterol das paredes das artérias.

AGENTES HIPOLIPEMIANTES
Quanto aos fármacos, são 5 as classes dos agentes hipolipemiantes, conforme abaixo:

Classes de fármacos hipolipemiantes

Sequestradores Inibidor da
Inibidores da
Fibratos de ácidos absorção de Niacina
HMG-Coa
biliares esteróis

Vamos discutir os principais aspectos de cada uma dessas classes. De maneira geral, um
fármaco hipolipemiante deve DIMINUIR LDL ou VLDL e/ou AUMENTAR HDL.

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Inibidores da HMG-Coa

• Quem são? Estatinas (sinvastatinas, atorvastatina, fluvastatina, etc);


• Mecanismo de ação: A HMG-CoA redutase é uma enzima que medeia a primeira etapa da
síntese de esteróis. Os fármacos INATIVAM essa enzima.

A etapa enzimática limitante na síntese do colesterol é a HMG- CoA redutase, que


catalisa a conversão de HMG-CoA a ácido mevalônico

inibição da etapa
Inibição competitiva ↓ conversão da HMG- inicial e limitante na
da HMG-CoA redutase CoA em mevalonato biossíntese do
colesterol

• Efeitos clínicos:
o Diminuição da síntese de colesterol;

o Aumento dos receptores de LDL;


Ficou confuso? Pense assim: com a redução da síntese de colesterol hepática, há uma
SUPRARREGULAÇÃO da síntese de RECEPTORES de LDL. O organismo entende da
seguinte forma: “há menos colesterol, então, vou AUMENTAR o número de receptores
para que o pouco colesterol que existe, possa se ligar”.

• O aumento dos receptores LDL leva ao CATABOLISMO de LDL e EXTRAÇÃO


HEPÁTICA dos precursores das LDL (remanescentes VLDL) do sangue – ou seja,
aumenta a remoção de LDL do plasma para os hepatócito reduzindo assim, os
níveis de LDL.

PRINCIPAL EFEITO DAS ESTATINAS: Redução dos níveis de LDL

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• Além de REDUZIR LDL, as estatinas também apresentam uma modesta redução de


Triglicerídeos (TG) e modesto aumento de HDL;

Resumindo, as estatinas:
• Diminuem LDL (PRINCIPAL EFEITO);
• Diminuem de maneira modesta os TG;
• Aumentam de maneira modesta o HDL.

• Uso clínico:
o Diminuição de LDL;
o Prevenção primária de doença arterial em pacientes de alto risco em razão de
concentração elevada de colesterol sérico (principalmente se houver outros fatores de
risco para aterosclerose tais como diabetes ou insuficiência renal).
o Prevenção secundária de infarto do miocárdio e de AVC em pacientes com doença
aterosclerótica sintomática.

• Farmacocinética
o Administração:
▪ Em função da existência de um PICO de síntese de colesterol entre meia-noite e 2 h
da manhã, as estatinas devem ser administradas a NOITE (para que esse pico seja
evitado), quando em dose única. Exceções: atorvastatina e rosuvastatina.

A síntese hepática de colesterol é máxima entre meia-noite e 2 h da manhã. Por


isso, as estatinas com meias-vidas de 4 h ou menos (todas, exceto a atorvastatina
e a rosuvastatina) devem ser tomadas à noite.

o Meia vida:
▪ A meia vida varia de 1 a 3 horas.
• Exceções: atorvastatina (14 horas) e rosuvastatina (19 horas).

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o Metabolização:
▪ Todas são metabolizadas pelo fígado, sofrendo extenso metabolismo de primeira
passagem.
▪ Atenção: a sinvastatina é um PRÓ-FARMACO inativo de lactulona – é metabolizada
no fígado, dando origem à sua forma ATIVA.
▪ Agem como INIBIDORES de CYP-3A4 – Atenção às interações medicamentosas!

o Excreção:
▪ A maior parte é excretada na BILE. Apenas de 5% a 20% são excretadas na urina.

• Efeitos adversos principais:


São dois os principais efeitos adversos das estatinas:

Miopatia
Hepatotoxicidade
(rabdomilólise).

Fibratos
• Quem são? Bezafibrato, ciprofibrato, genfibrozila, fenofibrato;
• Maior efetividade: Diminuição de VLDL.

Fibratos

↓ VLDL ↓ triglicerídeos

o Também levam a uma redução modesta do LDL e aumento modesto do HDL.

• Mecanismo de ação: São agonistas do receptor de transcrição nuclear PPAR-α. Assim,


regulam a transcrição de mediadores, o que leva a AUMENTO da oxidação de ácidos graxos
no fígado e no musculo estrado;
• Uso clínico:
o Hipertrigliceridemia (em que predomina o aumento de VLDL);

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o Dislipidemia mista (p. ex., elevação dos triglicerídeos séricos, bem como do
colesterol), desde que essas taxas não tenham sido causadas por consumo
excessivo de álcool.
o O fenofibrato é uricosúrico, o que pode ser útil quando coexistir hiperuricemia com
dislipidemia mista.
o Em pacientes com baixo nível HDL e alto risco de doença ateromatosa.
o Combinados com outros redutores de lipídeos em pacientes com dislipidemia grave
resistente a tratamento.

• Efeitos adversos principais: Hepatotoxicidade e miopatia (rabdomilólise).

Resinas sequestradoras de ácidos biliares


• Quem são: Colestipol, colestiramina;
• Efetividade: APENAS em caso de elevação isolada de LDL;
• Mecanismo de ação:
o São resinas trocadores de cátions, insolúveis em água, que se ligam aos ácidos
biliares no lumem intestinal e impedem sua reabsorção;
o Sequestradores de ácidos biliares (cargas +) ligam-se a ácidos biliares (carga -). Em
virtude de seu grande tamanho, as resinas não são absorvidas, com os ácidos
biliares ligados sendo excretados nas fezes.
o Não são absorvidos pelo intestino: fármacos seguros.

• Uso clínico:
o Hipercolesterolemia primária (níveis de LDL aumentados isoladamente).
o Diminuem prurido em pacientes que apresentam colestase e aumento de sais biliares
e, por ligarem-se aos digitálicos, são uteis na intoxicação por tais fármacos;

o Não pode ser utilizados em casos de VLDL aumentado;


o Concentração de HDL não se altera, e causam aumento indesejado de triglicerídeos

• Efeitos adversos principais: Constipação intestinal, distensão abdominal, interferência na


absorção de algumas vitaminas.

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Inibidores da absorção intestinal de esteroides


• Quem são? Ezetimiba;
• Mecanismo de ação: Inibidor seletivo da absorção intestinal de colesterol e fitoesterol por
meio do bloqueio de uma proteína transportadora (NPC1L1) nas microvilosidades dos
enterócitos.

• Uso clínico:
o Hipercolesterolemia primária e fitosterolemia.
o Usada como coadjuvante à dieta e ao uso de estatinas na hipercolesterolemia.

• Efeitos adversos
o diarreia, dor abdominal ou cefaleia; rash e angioedema.

Niacina -Vitamina B3 (ácido nicotínico)

• Mecanismo de ação:
o É convertido em nicotinamida, que inibe a secreção hepática de VLDL, com
consequente redução de triglicerídeos e LDL circulantes e aumento do HDL.

o No tecido adiposo, a niacina inibe a lipólise dos triglicerídeos, pela lipase sensível a
hormônio, reduzindo o transporte de ácidos graxos livres para o fígado e a síntese
hepática de triglicerídeos.

• Principais efeitos adversos: Irritação gástrica, rubor, baixa incidência de hepatotoxicidade.


Pode reduzir tolerância à glicose.

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Veja abaixo os locais de ação de cada uma das classes de fármacos (exceto a niacina):

Acetil-coA

Inibidores de
HMG-COA

Colesterol

Colesterol Ezetimiba

Ácidos Biliares

Resinas

Sangue Hepatócito Intestino

A tabela abaixo mostra uma síntese do que trabalhamos até agora:

Subclasse Fármacos Mecanismo de ação Efeitos Aplicações clínicas


• Doença vascular
• Redução da síntese
Sinvastatina aterosclerótica
de colesterol;
Atorvastatina Inibem a HMG-COA (prevenção primária e
Estatinas • Diminuição de LDL;
Rosuvastatina redutase secundária da
Entre outras • Redução modesta de Síndrome coronariana
TG.
aguda)
• Diminuem VLDL;
Fenofibrato
• Aumenta HDL;
Genfibrozila • Hipertrigliceridemia
Fibratos Agonistas do PPAR-α • Aumentam a
Ciprofibrato • Baixos níveis de HDL
atividade da
Entre outros
Lipoproteína Lipase;
Sequestrador • Níveis elevados de
Liga-se aos ácidos
es de ácidos Colestipol LDL;
biliares no intestino, Diminui LDL
biliares Colestiramina • Toxicidade digitálica;
impedindo a absorção;
(Resinas) • Prurido
Bloqueia o Inibe a reabsorção de
Inibidor da
transportador de colesterol excretado na • Níveis Elevados e LDL;
absorção de Ezetimiba
esterol NPC1L1 no bile; • Fitoesterolemia
esteróis
intestino. Diminui LDL.
Inibe a lipólise dos Aumenta HDL;
• Baixos níveis de HDL;
Niacina Niacina triglicerídeos VLDL no Diminui níveis de:
• Altos níveis de VLDL
fígado. Lipoproteína, LDL e TG

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(HEMOPE – PE)- Os fármacos antilipidêmicos, tais como a atorvastatina e sinvastatina,


agentes usados no tratamento da aterosclerose, doença causada pela deposição de lipídios
plasmáticos na íntima da parede arterial, apresentam como mecanismo de ação
A) inibir a HMG-CoA redutase
B) inibir a COX-1.
C) o controle da secreção do GHRF.
D) inibir 5-HT
E) diminuir a ED50

COMENTÁRIO: Conforme vimos, a sinvastatina e atorvastatina são inibidores da HMG-COA


redutase.

GABARITO: A

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(CEPERJ - Prefeitura ITAOCARA -2010) - Um dos medicamentos utilizados para o combate


dos distúrbios envolvidos com lipídeos plasmáticos classificados como hiperlipidemia e que
apresenta seu mecanismo de ação baseado no aumento da atividade enzimática da
lipoproteína-lipase, é conhecido como:
a) Sinvastatina
b) Ciproterona
c) Montelucaste
d) Alendronato
e) Genfibrozila

COMENTÁRIOS: Conforme vimos anteriormente, os únicos fármacos que AUMENTAM a


atividade enzimática da Lipoproteína Lipase (enzima responsável pela hidrólise de
Triglicerídeos em Ácidos Graxos livres em tecidos periféricos, como musculo e adiposo), são
os FIBRATOS, que tem como representantes um dos representantes a GENFIBROZILA.

Aumentam a atividade
Fibratos enzimática da Liproteína
Lipase

GABARITO: E

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(2013- UNIFESP – Residência Multiprofissional)- Paciente ABN, 40 anos, consciente, com


alimentação oral e apresenta níveis de colesterol alto. Em uma visita multidisciplinar sugeriu-
se um fármaco para diminuir os níveis de colesterol através da ação de ligar-se a ácidos
biliares do trato gastrointestinal e que não apresentasse efeito adverso sistêmico. Qual foi a
droga sugerida?
(A) Lovastatina
(B) Clofibrato
(C) Sinvastatina
(D) Genfibrozila
(E) Colestiramina
COMENTÁRIOS: Ora, os fármacos que se ligam aos ácidos biliares do TGI, conforme vimos,
são as RESINAS (sequestradores de ácidos biliares), que tem como representantes o
COLESTIPOL e a COLESTIRAMINA. Esses fármacos ligam-se aos ácidos biliares no lúmem
do intestino, e assim, impedem que sejam reabsorvidos para o sangue. A resina (fármaco) em
si NÃO É ABSORVIDA. Fica no intestino e é eliminado junto aos ácidos biliares. Assim, não
exerce efeitos sistêmicos. Seus efeitos adversos são locais e incluem constipação e distensão
abdominal.
Lembre-se, porém, que as resinas podem ser utilizadas APENAS por pacientes que tenham
aumento ISOLADO de LDL, NÃO podendo ser usadas em pacientes que tenham aumento de
VLDL, pois caso isso ocorra, os níveis de VLDL podem aumentar ainda mais.

Resinas

Colestipol e
colestiramina

Só podem ser usadas com aumento Não são absorvidas, assim, não têm
ISOLADO de LDL efeitos sistemicos

GABARITO: E

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Aula 16.2 – Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que atuam nas dislipidemias
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(2014- UNIFESP – Residência Multiprofissional)- A colestiramina é utilizada isoladamente


quando:
(A) O paciente apresenta nível normal de colesterol LDL, porém com concentração elevada
de triglicérides
(B) O paciente apresenta nível elevado de triglicérides, porém com concentração elevada de
colesterol HDL
(C) O paciente apresenta nível elevado de colesterol LDL, porém com concentração normal
de triglicérides
(D) O paciente apresenta nível elevado de colesterol HDL, porém com concentração normal
de colesterol LDL
(E) O paciente apresenta nível elevado de triglicérides, porém com concentração normal do
colesterol VLDL

COMENTÁRIOS: Conforme vimos na questão anterior, as resinas podem ser utilizadas


APENAS quando há aumento isolado de LDL. Lembre-se que na hipertrigliceridemia há
aumento de VLDL, portanto, para o uso desse fármaco, o paciente deve estar com
concentração normal de triglicerídeos.

GABARITO: C

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(COPESE – UFJF – 2014) - As estatinas, tais como sinvastatina, lovastatina e atorvastatina,


são inibidoras da HMG-CoA redutase, enzima importante da síntese do colesterol. Embora
sejam bem tolerados, esses fármacos podem alterar algumas funções orgânicas. Marque a
opção do efeito adverso das estatinas que pode ser monitorado através de exames
laboratoriais.

a) elevação da glicemia
b) aumento da creatinina
c) proteinúria
d) neutropenia e eosinofilia
e) elevação das concentrações de enzimas hepáticas

COMENTÁRIOS: Temos aqui uma questão que trata dos EFEITOS ADVERSOS das
estatinas. São dois os principais efeitos adversos: Hepatotoxicidade e Miopatia
(rabdomiólise).
A hepatotoxicidade mediada pela sinvastativa pode ser monitorada por meio da elevação das
concentrações de enzimas hepáticas. Uma elevação até 3x o normal que seja
INTERMITENTE, não está associado a hepatotoxicidade, sendo que, a medicação pode ser
mantida nesses pacientes se houver ausência de sintomas e se os níveis de
aminotransferases forem estáveis.
Porém se houver: elevação de 3x o normal CONTÍNUA em pacientes assintomáticos OU
aumento superior a 3x o normal (principalmente em pacientes de uso de álcool ou doença
hepática prévia), o fármaco deve ser suspenso, pois tais achados denotam hepatotoxicidade
grave!
Já a miopatia, pode ser monitorado por meio da medição de CPK (creatinino quinase), sendo
que, tal aumento acompanha dor e fraqueza muscular. Nessa situação o fármaco também
tem que ser interrompido, pois há risco de mioglobinúria e consequente lesão renal.
Importante saber também que a Sinvastatina é metabolizada pelo CYP3A4. O que isso
importa? São VÁRIOS os fármacos que interagem com esse fármaco em nível de
metabolização. Assim, é importante que se note quais outros fármacos o paciente está em

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uso e se tais fármacos levam ao aumento dos níveis séricos de sinvastatina, aumentando o
risco de efeitos adversos (trabalho de clínica farmacêutica ;) ).
Já que estamos falando de efeitos adversos, vamos aproveitar para lembrar principais efeitos
adversos de cada uma das classes de hipolipemiantes:

Subclasse Fármacos Efeitos adversos principais


Sinvastatina
• Hepatotoxicidade;
Estatinas Atorvastatina
• Miopatia (rabdomiólise);
Rosuvastatina
Fenofibrato • Hepatotoxicidade;
Fibratos
Genfibrozila • Miopatia (rabdomiólise);
• Constipação intestinal;
Sequestradores de ácidos Colestipol • Distensão Abdominal;
biliares (Resinas) Colestiramina • Interferência na absorção de algumas
vitaminas;
Inibidor da absorção de • Baixa incidência de disfunção hepática
Ezetimiba
esteróis e miosite;
• Irritação gástrica;
• Rubor;
Niacina Niacina
• Baixa incidência de hepatotoxicidade;
• Pode reduzir tolerância à glicose;

GABARITO: E

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Aula 16.2 – Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que atuam nas dislipidemias
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(UFPR – Pref. Município de Araucária – 2012) - As estatinas representam uma classe de


drogas que podem baixar efetivamente os níveis séricos de colesterol, por meio da inibição da
síntese do colesterol no fígado e outros tecidos. Com relação a esse assunto, identifique as
afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) A sinvastatina é considerada um pró-farmaco.
( ) A sinvastatina é administrada sob a forma de uma lactona farmacologicamente inativa,
devendo ser hidrolisada principalmente no fígado, para o beta-hidroxidoácido correspondente
– um potente inibidor da HCMG CoA redutase
( ) A sinvastatina é altamente solúvel em água e possui grupos hidrofílicos ligados a uma
cadeia lateral.
a) V – F – V
b) V – V – F
c) F – V – V
d) F – F – V
e) V – F – V – F.
COMETÁRIOS: A sinvastatina é um dos fármacos mais cobrados em provas. Então, vamos
fazer uma análise mais aprofundada sobre esse fármaco. Vamos analisar item a item:
( ) A sinvastatina é considerada um pró-farmaco.
VERDADEIRO – De fato, a sinvastatina é um pró-fármaco, ou seja, é INATIVA. Ao ser
hidrolisada no TGI gera β-hidroxila ATIVOS que, então, têm atividade de inibição da HMG-
CoA;
( ) A sinvastatina é administrada sob a forma de uma lactona farmacologicamente inativa,
devendo ser hidrolisada principalmente no fígado, para o beta-hidroxidoácido correspondente
– um potente inibidor da HCMG CoA redutase;
VERDADEIRO – De fato a molécula inativa da sinvastativa é uma LACTONA inativa.
( ) A sinvastatina é altamente solúvel em água e possui grupos hidrofílicos ligados a uma
cadeia lateral.
FALSO – Pela estrutura molecular, a sinvastatina é HIDROFÓBICA, não sendo solúvel em
água.
GABARITO: B

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Caro aluno, finalizamos aqui essa aula. Não deixe de resolver questões da lista abaixo, para
fixação dos conteúdos.
Até nosso próximo encontro!
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LISTA DE QUESTÕES

1. (2016 – FUNDATEC - Pref. Nova Alvorada/RS) O antidiabético oral glibenclamida


compreende a subclasse farmacológica:
A) Sulfonilureias.
B) Biguanidas.
C) Inibidores de dipeptidil peptidase-4.
D) Tiazolidinedionas.
E) Meglitinidas.

2. (2015 - CEPERJ - Pref. Saquarema/RJ) - Um dos tratamentos utilizados para a


diabetes mellitus do tipo 2 se baseia nos hipoglicemiantes orais como a metformina e
glimepirida. Estes dois fármacos têm diferentes mecanismos de ação e são categorizados,
respectivamente, como:
A) biguanida e sulfoniluréias
B) meglitinida e tiazolidinodiona
C) tiazolidinodiona e biguanida
D) sulfanilureia e biguanida
E) tiazolidinodiona e meglitinida

3. (2014 – Biorio – Fundação Saúde/RJ) - Os tiazolinedionas são hipoglicemiantes orais


capazes de ativar a seguinte enzima:
(A) GluT 4.
(B) GluT 1.
(C) Hexocinase.
(D) PPAR-gama
(E) PPAR-alfa.

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4. (2015 - Pref. Estância Hidromineral de Poá/SP – VUNESP) - Um paciente do sexo


masculino, com 50 anos de idade, apresentou quadro de fadiga, secura na boca e poliúria.
Após a realização de diversos exames, constatou-se que sua glicemia de jejum era de 150
mg/dL e o médico prescreveu, além de dieta balanceada, o uso de glibenclamida, 5,0 mg ao
dia, ingerida 30 minutos antes da primeira refeição. Sabe-se que a glibenclamida é um
hipoglicemiante oral, da classe das sulfonilureias, que age
(A) bloqueando os canais de potássio sensíveis ao ATP (KATP) na membrana plasmática das
células B, o que causa despolarização, entrada de Ca+2 e secreção de insulina.
(B) ativando a proteína quinase ativada por AMP (AMPK) nos hepatócitos, o que leva a um
aumento da expressão de genes importantes para a gliconeogênese hepática.
(C) ligando-se ao receptor nuclear ativado por proliferadores de peroxissomo (PPARᵧ), com
consequente aumento da lipogênese e estímulo da captação de ácidos graxos e glicose
(D) inibindo competitivamente a enzima dispeptidil- -peptidase-4 (DPP-4) e, com isso,
reduzindo a glicemia pela potencialização de incretinas endógenas.
(E) inibindo a α-glicosidase intestinal, o que retarda a absorção de carboidratos e reduz a
glicemia pós- -prandial.

5. (2014 – EDUDATA – Residência Multiprofissional HAE) - . Assinale a alternativa correta.


(A) A metformina reduz a glicemia de jejum em 20 a 30%, a glicemia pós-prandial em 30 a
40% e a hemoglobina glicada em 1 a 2%.
(B) As sulfonilureias agem nos canais de cálcio ATP- sensíveis das células beta estimulando
a secreção pancreática de insulina.
(C) A pioglitazona exerce sua ação através de sua ligação aos receptores PPAR-α.
(D) Sitaglipitina e vildaglipitina são análogos do GLP-1.
(E) Edema é o principal efeito colateral dos inibidores de DPP-4.

6. (2010 / Pref. Quixadá/CE - ACEP) - Os objetivos do tratamento do Diabetes Mellitus (DM)


são melhorar os sintomas da hiperglicemia, reduzir a incidência e a progressão de
complicações micro e macrovasculares, diminuir a mortalidade e melhorar a qualidade de
vida. Vários medicamentos compõem a terapia farmacológica do DM. Assinale a alternativa
que apresenta a informação CORRETA relacionada aos medicamentos antidiabéticos.

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A) As sulfoniluréias, como repaglinida e nateglinida, aumentam a sensibilidade à insulina nos


tecidos hepático e muscular, permitindo aumento da captação de glicose nesses tecidos.
B) As meglitinidas de segunda geração, como glipizida e gliburida, são inibidores da alfa -
glucosidase.
C) Os secretagogos de insulina, como acarbose, são úteis na DM tipo 2 para tratar pacientes
próximos do peso ideal.
D) As tiazolidinedionas (glitazonas) possuem como ação primária a regulação nuclear dos
genes envolvidos no metabolismo dos lipídios e na diferenciação dos adipócitos.

7. (2014 - CONSUPLAN – MAPA) - A metformina é uma biguanida, sendo frequentemente


prescrita para pacientes cuja hiperglicemia decorre de uma ação ineficaz a insulina. Em
relação aos mecanismos propostos para a sua ação, marque V para as alternativas
verdadeiras e F para as falsas.
( ) Redução da gliconeogênese hepática e renal.
( ) Redução da conversão da glicose em lactato nos enterócitos.
( ) Aumento da glicólise nos tecidos.
( ) Aumento dos níveis plasmáticos de glucagon. A sequência está correta em
A) V, F, V, F.
B) V, V, F, F.
C) F, F, V, V.
D) F, V, F, V.

8. (FUNDATEC – 2015 - Pref. Gramado/RS) - Quanto ao Uso Racional de Antidiabéticos na


Atenção Primária, analise as seguintes assertivas:
I. Antidiabéticos orais são indicados para pacientes com diabetes tipo 2 não controlada.
II. Sulfonilureias são consideradas a primeira escolha para adultos obesos com diabetes tipo
2.
III. Metformina é o antidiabético oral preferencial em diabéticos adultos obesos ou com
sobrepeso.
Quais estão corretas?
A) Apenas II.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.

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D) Apenas II e III.
E) I, II e III

9. (SES-DF -2010)- JR, 46 anos, sexo masculino, obeso, hipertenso, com Doença Vascular
Periférica, Trombose Venosa Profunda recorrente e hiperglicemia, apresenta fadiga e
nocturia. Fuma 2 maços de cigarros por dia há 15 anos e possui histórico familiar de
cardiopatia. Em duas ocasiões, sua glicemia foi maior que 200 JR, glicemia em jejum de 150
mg/dl e hemoglobina glicosilada de 9,2% l. Medicação em uso inclui: enalapril, sinvastatinas.
Os dados confirmam diagnóstico de diabetes melitus tipo 2. O fármaco de escolha para tratar
esse paciente é:
A) Glipizida
B) Insulina NPH
C) Clorpropamida
D) Metformina
E) Glicazida

10. (2010 / Pref. Sairé/PE - MGF) - O sucesso no tratamento farmacológico do diabetes


depende da escolha das drogas corretas. Assim, o grupo dos principais hipoglicemiantes orais
é:
A) o glucagon e os glicocorticoides.
B) a insulina e o glucagon.
C) a sulfoniluréia e as biguanidas.
D) as tiazolidenidionas e a insulina.
E) a meglitinida e o glucagon.

11. (2009 / CAFAR - AERONAUTICA) Quanto aos medicamentos de uso oral, prescritos
para o tratamento do diabetes. Analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
1. A ação farmacológica das sulfonilurérias está no aumento da ação da insulina nos
músculos periféricos.
2. As biguanidas provocam a liberação de insulina no pâncreas.
3. A metformina deve ser administrada após as refeições, para reduzir possível desconforto
intestinal, náuseas ou diarréia.

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4. A repaglinida pertence ao grupo das biguanidas.

A) somente a assertiva 3 está correta.


B) as assertivas 1 e 2 estão corretas.
C) as assertivas 3 e 4 estão corretas.
D) somente a 4 está incorreta.

12. (2013- UNIFESP – Residência Multiprofissional) -Com relação ao tempo de ação,


coloque na ordem crescente os seguintes tipos de insulina: – Insulina Regular – Insulina
Lispro – Insulina NPH
(A) NPH>Regular>Lispro
(B) Regular>Lispro>NPH
(C) Regular>NPH>Lispro
(D) Lispro>NPH>Regular
(E) Lispro>Regular>NPH

13. (2010 / Pref. Nova Lima/MG - FUNDEP) - A escolha de um tipo de insulina depende de
sua farmacocinética, espécie de origem e grau de purificação. No Brasil, alguns dos tipos
disponíveis são a insulina regular, a NPH (Neutral Protamine Hagedorn), a lispro e a glargina.
Os princípios utilizados na escolha de insulinas e na composição dos horários de
administração tentam mimetizar a secreção endógena normal. Analise as seguintes
afirmativas referentes à utilização das insulinas e assinale com V as verdadeiras e com F as
falsas.
( ) A regular é indicada quando há necessidade de um controle mais rápido da glicemia, por
exemplo, em cetoacidose ou na coma hiperosmolar.
( ) A lispro é usada para cobrir as necessidades insulínicas durante todo o dia, e a dose única
diária propicia insulinemia basal mais estável e com ausência de picos.
( ) A glargina é indicada imediatamente antes das refeições e apresenta o início de ação mais
rápido e a duração de ação mais curta do que a NPH.
( ) A NPH é usada à noite para reduzir a hiperglicemia matinal, em combinações com
antidiabéticos orais diurnos, para o tratamento da diabete tipo 2.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.
A) (F) (V) (F) (V)

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B) (V) (F) (F) (V)


C) (V) (V) (F) (F)
D) (F) (F) (V) (V)

14. (2010 / Pref. Vertentes/PE) –Assinale a alternativa ERRADA


A) A insulina glargina é uma insulina humana análoga produzida por tecnologia de DNA
recombinante, utilizando Escherichia coli (cepa K12) como organismo produtor. LANTUS®
(insulina glargina) é uma insulina humana análoga desenhada para ter baixa solubilidade em
pH neutro. Em pH 4 [como na solução injetável de LANTUS® (insulina glargina)], é
completamente solúvel.
B) Após ser injetada no tecido subcutâneo, a solução ácida é neutralizada, levando a
formação de micro-precipitados do qual pequenas quantidades de insulina glargina são
liberadas continuamente, levando a um perfil de concentração / tempo previsível, sem pico e
suave, com duração de ação prolongada, que suporta a administração uma vez ao dia.
C) A atividade fundamental da insulina, incluindo insulina glargina, é a regulação do
metabolismo da glicose. A insulina e seus análogos diminuem os níveis glicêmicos
estimulando a captação da glicose periférica, especialmente pelo músculo esquelético e
tecido adiposo, e pela inibição da produção da glicose hepática. Insulina inibe a lipólise no
adipócito, inibe a proteólise e aumenta síntese protéica.
D) A duração de ação prolongada da insulina glargina é diretamente relacionada à sua maior
taxa de absorção, o que permite uma única administração diária.
E) O tempo de ação da insulina e seus análogos tais como insulina glargina pode variar
consideravelmente em indivíduos diferentes ou no mesmo indivíduo, porém devido a ausência
de um pico, há menor variabilidade com insulina glargina do que com insulina NPH.

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15. (CESPE - SESA-ES – 2013) -

Considerando os dados da tabela acima, que contém o perfil de ação dos principais tipos
de insulina utilizados no controle da glicemia em pacientes diabéticos, assinale a opção
correta, com relação à insulinoterapia para controle do diabetes melito
A) Associações entre os vários tipos de insulina não são recomendadas de forma alguma,
pois podem ocasionar casos graves de hipoglicemia.
B) A vantagem da insulina Lispro em relação à regular vem do fato de poder ser injetada
poucos minutos antes das refeições, ao passo que a regular deve ser injetada
aproximadamente trinta minutos a uma hora antes do início da refeição.
C) A insulina é indicada para pacientes com diabetes tanto do tipo 1 quanto do tipo 2,
sendo contraindicada em casos de diabetes melito gestacional e controle perioperatório de
pacientes com diabetes.
D) Nenhum dos quatro principais tipos de insulina é capaz de mimetizar a secreção basal
do hormônio ao longo do dia.
E) A glicemia de jejum tende a ser maior com o uso da insulina regular do que com o uso
da insulina de ação ultrarrápida.

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16. (HEMOPE – PE- 2006)- Os fármacos antilipidêmicos, tais como a atorvastatina e


sinvastatina, agentes usados no tratamento da aterosclerose, doença causada pela deposição
de lipídios plasmáticos na íntima da parede arterial, apresentam como mecanismo de ação:

A) inibir a HMG-CoA redutase


B) inibir a COX-1.
C) o controle da secreção do GHRF.
D) inibir 5-HT
E) diminuir a ED50

17. (UFPR – Pref. Município de Araucária – 2012) - As estatinas representam uma classe
de drogas que podem baixar efetivamente os níveis séricos de colesterol, por meio da inibição
da síntese do colesterol no fígado e outros tecidos. Com relação a esse assunto, identifique
as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) A sinvastatina é considerada um pró-farmaco.
( ) A sinvastatina é administrada sob a forma de uma lactona farmacologicamente inativa,
devendo ser hidrolisada principalmente no fígado, para o beta-hidroxidoácido correspondente
– um potente inibidor da HCMG CoA redutase
( ) A sinvastatina é altamente solúvel em água e possui grupos hidrofílicos ligados a uma
cadeia lateral.
a) V – F – V
b) V – V – F
c) F – V – V
d) F – F – V
e) V – F – V – F.

18. (COPESE – UFJF – 2014) - As estatinas, tais como sinvastatina, lovastatina e


atorvastatina, são inibidoras da HMG-CoA redutase, enzima importante da síntese do
colesterol. Embora sejam bem tolerados, esses fármacos podem alterar algumas funções
orgânicas. Marque a opção do efeito adverso das estatinas que pode ser monitorado através
de exames laboratoriais.

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a) elevação da glicemia
b) aumento da creatinina
c) proteinúria
d) neutropenia e eosinofilia
e) elevação das concentrações de enzimas hepáticas

19. (UNIFESP – Residência Multiprofissional-2014) A colestiramina é utilizada isoladamente


quando:
(A) O paciente apresenta nível normal de colesterol LDL, porém com concentração elevada
de triglicérides
(B) O paciente apresenta nível elevado de triglicérides, porém com concentração elevada de
colesterol HDL
(C) O paciente apresenta nível elevado de colesterol LDL, porém com concentração normal
de triglicérides
(D) O paciente apresenta nível elevado de colesterol HDL, porém com concentração normal
de colesterol LDL
(E) O paciente apresenta nível elevado de triglicérides, porém com concentração normal do
colesterol VLDL

20- 2013- UNIFESP – Residência Multiprofissional- Paciente ABN, 40 anos, consciente,


com alimentação oral e apresenta níveis de colesterol alto. Em uma visita multidisciplinar
sugeriu-se um fármaco para diminuir os níveis de colesterol através da ação de ligar-se a
ácidos biliares do trato gastrointestinal e que não apresentasse efeito adverso sistêmico. Qual
foi a droga sugerida?
(A) Lovastatina
(B) Clofibrato
(C) Sinvastatina
(D) Genfibrozila
(E) Colestiramina

21- (2017-CEFET/BA-Policlínica Região de Guanambi)- Sobre o mecanismo de ação e a


segurança de fármacos antidiabéticos, analise as assertivas e identifique com V as
verdadeiras e com F as falsas.

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( ) A glibenclamida age pelo aumento da secreção de insulina e é contraindicada a pacientes


com insuficiência renal ou hepática.
( ) A pioglitazona age retardando a absorção de carboidratos e é segura para pacientes
portadores de insuficiência hepática e/ou cardíaca.
( ) A nateglinida age pela redução da produção hepática de glicose com menor ação
sensibilizadora da ação insulínica e é contraindicada a pacientes com insuficiência renal.
( ) A metformina age pela redução da produção hepática de glicose com menor ação
sensibilizadora da ação insulínica e é contraindicada a portadores de insuficiências renal,
hepática, cardíaca, pulmonar e acidose grave.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é:
A) V V F V
B) V F F V
C) V F V F
D) F F V V
E) F V F F

22- (2017- AMEOSC- Pref. Paraíso/SC)- As estatinas são agentes hipolipemiantes que exercem
os seus efeitos através:
A) Do sequestro de ácidos biliares no intestino e impedem a sua reabsorção e circulação
enterohepática.
B) Da inibição seletiva da absorção de colesterol proveniente da dieta e de origem biliar.
C) Do estímulo dos PPAR-a, promovendo um incremento na transcrição de alguns genes
relacionados com o metabolismo lipídico.
D) Da inibição da HMG-CoA redutase, enzima fundamental na síntese do colesterol, levando
a uma redução do colesterol tecidual e um consequente aumento na expressão dos
receptores de LDL.

23-(2016- FADESP- Polícia Militar/PA)- Pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2


geralmente são obesos. Uma das terapias mais indicadas nesses casos é o uso de
metformina, que
(A) promove o fechamento de canais de potássio e a despolarização das células beta
pancreáticas, estimulando a liberação de insulina.

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(B) ativa canais potássio ATP-dependente, induzindo o aumento de cálcio intracelular e a


liberação de insulina pela célula beta pancreática.
(C) aumenta a sensibilização do receptor de insulina tecidual, reduz níveis de glucagon e inibe
a glicogenólise hepática.
(D) bloqueia a absorção intestinal de amido e outros polissacarídeos.

24- (2016-FUNCAB- Pref. Anápolis/GO)- A insulina NPH é do tipo:


A) ultrarrápida.
B) rápida.
C) intermediária.
D) lenta.
E) ultralenta.

25- (2016 – UEPB - Pref. Sapé/PB) - A metformina é um agente antidiabético de uso oral,
derivado da guanidina. Ao contrário das sulfamidas, a metformina não estimula a secreção de
insulina, não tendo, por isso, ação hipoglicemiante em pessoas não-diabéticas. Em
diabéticos, a metformina reduz a hiperglicemia, sem o risco de causar acidentes
hipoglicêmicos. Assim sendo, a forma correta de administração oral da metformina é:
a) Com suco
b) Em jejum
c) Com bastante água
d) Junto com Alimentos

26 - (2017 – IBFC- EBSERH)- As células β das ilhotas pancreáticas sintetizam insulina a


partir de um precursor de 110 aminoácidos de cadeia simples, denominado pré-pró-
insulina. A insulina ligase às superfícies localizadas nas regiões N terminal e C terminal
da subunidade α do receptor. Sobre o receptor da insulina, assinale a alternativa correta:
a) Receptores do tipo canais iônicos controlados por ligantes
b) Receptores acoplados à Proteína G
c) Receptores ligados à quinase e receptores correlatos
d) Receptores nucleares
e) Receptores citoplasmáticos do tipo balsas lipídicas.

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27 - (2017 – IBFC- EBSERH)- O diabetes melito é um grupo de síndromes que se


caracterizam por hiperglicemia, alteração do metabolismo dos lipídios, carboidratos e
proteínas, e maior risco de complicações por doença vascular. Para o seu tratamento
podem ser utilizadas várias classes de medicamentos; assinale a alternativa que
apresenta a classe de medicamentos utilizados para o tratamento do diabetes melito é
feita somente através de administração parenteral:
a) Biguanidas
b) Sulfonilureias
c) Metiglinidas
d) Agonistas do receptor GLP-1 (glucagon-símile-1)
e) Inibidores da α-glicosidase

28- (2016-MS CONCURSOS – CASSEMS-MS) - O Diabetes Melito consiste em um grupo de


distúrbios caracterizados por hiperglicemia, alteração do metabolismo dos lipídeos,
carboidratos e proteínas. Além da insulinoterapia, vários agentes hipoglicemiantes são
utilizados no tratamento. Há um fármaco que diminui os níveis de glicose pela redução da
produção hepática de glicose e aumento da ação da insulina no músculo e gordura. É um
fármaco anti-hiperglicemia e não estimula a produção de insulina pelo pâncreas. Assinale a
alternativa com o nome deste fármaco.
a) Metformina
b) Glicazida
c) Glibenclamida
d) Glimepirida

29- (2016- MÁXIMA – Prefeitura de Fronteira/MG)- Dos medicamentos abaixo quais são
usados para o tratamento do Diabetes Melittus:

I. Insulina glargina
II. Gliclazida
III. Benzoato de Alogliptina
IV. Maleato de Rosiglitazona

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a) Apenas II;
b) Apenas I, II e IV;
c) Todos;
d) Apenas I e II.

30- (2016- Prefeitura de Fortaleza/CE ) - A pioglitazona é um fármaco que é empregado no


controle da glicemia. O seu mecanismo de ação se refere à:

a) promoção do aumento da liberação de insulina pelo pâncreas, reduzindo a glicemia.


b) ligação ao receptor alfa ou gama ativado por proliferador de peroxissomos (PPAR),
reduzindo a glicemia.
c) inibição da absorção de glicose no intestino, reduzindo a glicemia.
d) inibição da dipeptidil peptidase 4 (DDP 4), reduzindo a glicemia

31- (2019-Fundação CEFETBAHIA - MRN – BA) A Síndrome Metabólica (SM) pode ser
definida como um grupo de fatores de risco inter-relacionados, de origem metabólica, que
diretamente contribuem para o desenvolvimento de doença cardiovascular e/ou diabetes
mellitus (DM) do tipo 2. Esses fatores incluem pressão arterial alterada, altas taxas de glicose
no sangue, elevado nível de triglicerídeos, baixo nível de lipoproteína de alta densidade (HDL)
e obesidade. Algumas medidas não-medicamentosas são indicadas para controle do peso
corporal e da glicemia, porém, quando os pacientes com hiperglicemia não respondem ou
deixam de responder adequadamente às medidas não-medicamentosas, devem ser inseridos
um ou mais agentes antidiabéticos, com a finalidade de controlar a glicemia e promover a
queda da hemoglobina glicada. Sobre os agentes antidiabéticos utilizados no tratamento
medicamentoso do DM relacionado à SM, é correto afirmar que

A) a pioglitazona é um secretagogo de insulina que desenvolve uma ação hipoglicemiante


mais prolongada que as tiazolidinedionas.
B) no período do DM tipo 2 quando ocorre diminuição de secreção de insulina, é correta a
indicação da acarbose apenas em monoterapia.

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C) não é indicada a combinação de insulina de depósito (Neutral Protamine Hagedorn – NPH)


com medicamentos antidiabéticos orais em nenhuma situação.
D) no período inicial do DM tipo 2, caracterizado por obesidade com insulino-resistência, a
melhor indicação são os fármacos do grupo das sulfoniluréias, como glibenclamida e glipizida.
E) a metformina, quando utilizada em monoterapia, não está relacionada como o
aparecimento de hipoglicemia e, portanto, pode ser utilizada com segurança desde o início da
efermidade.

32- (2016- CONSULPLAM - Prefeitura de Cascavel/Pr)- O medicamento capaz de impedir a


recirculação entero-hepática dos sais biliares é:
a) Fenofibrato.
b) Sinvastatina.
c) Ciprofibrato.
d) Colestiramina.
e) Rosuvastatina.

33- (2016-MS CONCURSOS – CASSEMS-MS)- Fármaco de escolha no tratamento das


hipertrigliceridemias, é um análogo do ácido fíbrico que reduz os níveis de lipoproteínas e
eleva os de HDL. Na terapia primária, esse fármaco aumenta a depuração dos triglicerídeos e
a diminuição da síntese desses pelo fígado.
Assinale a alternativa com um exemplo do fármaco citado.

a) Ezetimiba
b) Rosuvastatina
c) Niacina
d) Ciprofibrato

34- (2015- VUNESP – HC-FMUSP)- Os fármacos antilipidêmicos, tais como a atorvastatina e


sinvastatina, agentes usados no tratamento da aterosclerose, têm como mecanismo de ação:
a) aumentar a síntese hepática da apo-B e das VLDL, destas últimas pela maior
disponibilidade de ácidos graxos livres.
b) atuar como resinas de troca iônica que se ligam aos ácidos biliares, intensificando o seu
ciclo êntero-hepático e diminuindo o número de receptores para LDL.

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c) atuar aumentando as concentrações de lipoproteínas de alta densidade, mas só se verifica


se houver alta intensidade de exercícios aeróbios.
d) atuar diminuindo os níveis de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), que
competem com o LDL e conduzem a normalização do colesterol.
e) atuar diminuindo a síntese intracelular do colesterol e aumentando a formação dos LDL-
receptores e reduzem as VLDL.

35. (CESPE - 2013 - SESA-ES) --Com relação aos fármacos utilizados nas dislipidemias,
assinale opção correta.

A) Lovastatina é um fármaco que provoca redução da síntese hepática de triacilglicerol pela


limitação de ácidos graxos livres.
B) As estatinas de uma forma geral reduzem o LDL plasmático e o risco de isquemia.
C) O tratamento com fármacos anti-hiperlipêmicos não apresenta efeitos adversos
significativos.
D) Os fibratos inibem a enzima HMG-CoA redutase, responsável pela etapa limitante da
síntese de colesterol.
E) Nicacina reduz a síntese de novo colesterol, inibindo a enzima HMG CoA redutase.

36. (2018-ISGH-Pró-Municício) - As dislipidemias podem ser tratadas com os seguintes


agentes farmacológicos abaixo, exceto:
A) Estatinas;
B) Sequestradores de ácidos biliares;
C) Fibratos;
D)Anticolinérgicos

37. (2013-UFPEL) - Com relação às dislipidemias e a medicação utilizada para o seu


tratamento, é correto afirmar que
(a) as estatinas agem inibindo a enzima HMG-CoA sintase, sendo empregadas para reduzir
os níveis de colesterol sanguíneo.

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(b) as estatinas agem inibindo a enzima HMG-CoA redutase, sendo empregadas para reduzir
os níveis de colesterol sanguíneo.
(c) os fibratos têm como principal efeito a inibição da enzima HMG-CoA redutase, sendo
empregados para reduzir os níveis de triacilgliceróis sanguíneos.
(d) as resinas sequestradoras de ácidos biliares são consideradas a medicação ideal para a
redução dos níveis de triacilgliceróis.
(e) os principais efeitos das estatinas na população em geral são: aumentar os níveis
sanguíneos de LDL-colesterol e reduzir significativamente os níveis de HDL-colesterol e
triacilgliceróis.

38. (CESPE-- Secretaria de Estado da Saúde - ES - 2013) - A respeito de tratamento das


dislipidemias, assinale a opção correta.
A. A ezetimiba atua como inibidor da absorção de colesterol e é capaz de inibir a enzima
NPC1L1, proteína importante para a absorção do colesterol.
B. As estatinas são agonistas de genes controlados por lipídeos e apresentam mecanismo
complexo, com o resultado final de maior síntese de lipase de lipoproteínas.
C. Fibratos são responsáveis pela etapa limitante da síntese de colesterol.
D. Niacina é uma vitamina capaz de inibir a absorção de colesterol.
E. Em altas doses, a ezetimiba é usada como redutor de lipídeos.

39. (SCHNORR - 2012 - Prefeitura de Cruzeiro do Sul - RS)-Paciente de 60 anos chega a


farmácia com receita de Sinvastatina 80mg à noite, Anlodipino lOmg ao dia e Hidroclorotiazida
25mg ao dia. Durante a dispensaçâo, farmacêutico conversa com a paciente, questionando
quanto à dúvidas com o uso dos medicamentos. Paciente relata estar sentindo fortes dores
nos braços e pernas. O farmacêutico orienta a procurar o médico para reavaliar os
medicamentos, pois esta dor muscular pode estar relacionada:

A. alta dose de sinvastatina, que pode causar miopatia (lesão muscular).


B. Ao uso de Hidroclorotiazida, que causa dor muscular pelo seu efeito diurético.
C. A interação medicamentosa entre Anlodipino e Hidroclorotiazida, que não devem ser
administrados concomitantemente.
D. Ao uso de Sinvastatina, antilipêmico contra-indicado em pacientes idosos.

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E. Nenhuma das alternativas, pois a dor muscular não pode estar relacionada ao uso dos
medicamentos.

GABARITO
1-A 2-A 3-D 4-A 5-A
6-D 7-A 8-C 9-D 10-C
11-A 12-E 13-B 14-D 15-B
16-A 17-B 18-E 19-C 20-E
21-B 22-D 23-C 24-C 25-D
26-C 27-D 28-A 29-C 30-B
31-E 32-D 33-D 34-E 35-B
36-D 37-B 38-A 39-A

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