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TREINAMENTO

PARA PROFESSORES

QUEM AMA FAZ!

M I N I S T É R IO

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APRESENTAÇÂO

Acreditamos que cada criança pode ser salva mediante a mensagem do evangelho de
Jesus, lançada em seu coração tão fértil, e é através de vocês, professores evangelistas, que
alcançaremos essa missão!
Esperamos que durante esse treinamento, sua vida seja transformada e enriquecida
com o desejo ardente de ganhar cada criança para o nosso Papai do Céu, e que elas
conheçam a verdadeira vida abundante que ele nos concede. (João 10:10)
Você já faz parte dessa missão! Dê o seu melhor!

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ÌNDICE

I. O Clube Bíblico para crianças.........................................................................................5-6


A. Filosofia
B. Objetivos
C. Base Bíblica para a evangelização de Crianças

II. Etapas para o início do Clube Bíblico...........................................................................7-9


A. O professor Evangelista
B. O Local
C. Preparativos Prévios
D. As crianças
E. O Programa

III. A Música no Clube Bíblico...........................................................................................9-10


A. Por que cantar?
B. Como selecionar os coros
C. Como ensinar os corinhos

IV. A Memorização de Versículos Bíblicos....................................................................11-13


A. Por que ensinar versículos?
B. Como selecionar os versículos
C. Como ensinar os versículos

V. A Oração no Clubinho................................................................................................13-14
A. Propósito
B. Modelo de Oração Cristã

VI. A História Bíblica........................................................................................................14-16


A. Como selecioná-la?
B. Finalidades da História
B. Preparo prévio para contar a história Bíblica
C. Técnicas na apresentação da lição

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VII. O Apelo e aconselhamento pós-apelo....................................................................16-21
A. Definição
B. Características
C. Visuais de Aconselhamento – métodos usados
D. Passos a seguir para o Apelo
E. Aconselhamento após o apelo

VIII. A Fixação do Ensino no Clubinho..........................................................................21-22


A. Trabalho Manual (TM)
B. As perguntas da Lição

IX. A Integração: os Primeiros Ensinos à Criança Salva.............................................22-27


A. Certeza de Salvação
B. Confissão de Pecados
C. Comunhão com Deus
D. Testemunho e Serviço

X. A Disciplina no clube Bíblico.....................................................................................24-27


A. Definição
B. Por que as crianças precisam de disciplina?
C. A responsabilidade do professor
D. Principais comportamentos inadequados
E. Medidas preventivas
F. Medidas corretivas

XI. O Batismo...................................................................................................................28-29
A. Passos para uma conversa com a criança sobre o batismo

XII. Anexos.......................................................................................................................30-44
A. Convite
B. Cartão de Matrícula
C. Cartão de decisão
D. Termo de compromisso
E. Calendário de Oração
F. A história do L.S.P. O Céu como ir lá
G. Evangelização de Crianças como Ensinado na Paalavra de Deus

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I. O CLUBE BÍBLICO PARA CRIANÇAS

A. Filosofia

1. Atender às crianças que não possam participar


de uma igreja evangélica.
2. Atingir os pais (a família) através das crianças
que frequentam. Para isso, é importante:
 Orar pelas crianças e seus lares.
 Visitar os lares para fazer amizade com os pais (a família).
 Explicar aos pais o seu interesse em ensinar verdades bíblicas às crianças.
 Procurar saber sempre o motivo por que as crianças faltam.
 Manter contato com as crianças e familiares sempre que encontrá-los na
vizinhança.

B. Objetivos (Mateus 28.19-20)

1. SALVAÇÃO - ponto principal e primeiro passo.


2. BATISMO - integrar ao corpo de Cristo, a igreja.
3. CRESCIMENTO ESPIRITUAL - ensinar os princípios bíblicos.
4. REPRODUÇÃO - dar frutos; testemunhar. (2 Tm 2.2)

C. Bases Bíblicas para a Evangelização de Crianças

1. Evangelizar é uma Ordem


Cada Cristão foi chamado por Cristo para uma vida frutífera.
(Mateus 4.19; João 15.5, 8, 16).

2. A Bíblia nos manda evangelizar:


a. "...Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura."
(Marcos 16.15)
b. "... e disse-lhes: Deixai vir a Mim os pequeninos, não os embaraceis, porque
dos tais é o reino de Deus." (Marcos 10.15)
c. "... Apascenta os meus cordeiros." (João 21.15)
d. "Assim também não é da vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um
destes pequeninos se perca." (Mateus 18.14)

3. A Criança é Pecadora - pode perder-se

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a. Todos já nascem com uma natureza pecaminosa. (Salmo 51.5; Rm 5.12)
b. "Todos pecaram"; isto inclui também as crianças. (Rm 3.23)
c. O coração do homem é mau desde a sua meninice. (Salmo 58.3)

d. Se Jesus disse que não é da vontade do Pai que uma criança se perca, é
porque ela está em perigo. (Mateus 18.14)
e. Todos serão julgados e darão contas de si mesmos a Deus. Certamente a
criança não estará livre disso. (Rm 14.12; Apocalipse 20.12)

4. A Criança Pode ser Salva


O que acontecerá às crianças que morrerem antes de
chegarem ao que chamam de "idade do entendimento" ou "Idade
da Razão" para reconhecer a Cristo como Salvador?
É difícil afirmar qual vai ser o seu destino eterno neste caso.
É difícil até afirmar a "idade do entendimento", pois pode variar de
uma criança para outra. Provavelmente, a partir dos 6 anos de
idade, a criança já possua essa capacidade de reconhecer que seus pecados merecem
castigo e que, portanto, precisa convidar Jesus para ser seu Salvador - o remédio para sua
doença de pecado.
Podemos deduzir, no entanto, da afirmação de Jesus Cristo: "... dos tais é o reino de
Deus" (Mateus 19.14), que tais crianças serão salvas pela misericórdia e graça de Deus.
Todavia, não devemos medir esforço para levar o Evangelho às crianças.

a. A Bíblia mostra que todos podem ser salvos. Isso inclui as crianças. (Atos 16.31)
b. Jesus falou dos "pequeninos que crêem em Mim". (Mateus 18.6; Marcos 9.36).
Note que Jesus tomou a criança nos braços; logo, pode-se concluir que se tratava
de uma criança pequena. (Até que idade, normalmente, coloca-se uma criança no
colo?)
c. O adulto precisa se tornar como uma criança para ser salvo. (Mateus 18.3).

Podemos, então, entender que a criança está na idade ideal para tomar uma decisão
de aceitar a Jesus, visto ser ela:
 Humilde: possui uma grande capacidade de se confessar pecadora, submetendo-
se a Cristo.
 Sensível ao pecado: seu coração não é endurecido.
 Confiante: acredita facilmente no que lhe dizem, especialmente pais e professores.
 Livre das complicações que impedem a conversão do adulto, como vícios, por
exemplo.
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 Firme na fé, como o caso de Samuel, Timóteo e outros. (I Samuel 3.10,19; II Tm
3.14,15)
II – ETAPAS PARA O INÍCIO DO CLUBE BÍBLICO

A. O Professor Evangelista:

1. Necessidade Primordial: experiência clara e certeza da


salvação.*
2.Vida Cristã Comprometida:
 Comunhão com Deus, através de Meditação e
Oração. (Js 1.8; I Ts 5.17)
 Frequência aos cultos e reuniões da igreja. (Hb 10.25)
 Participação nos alvos e esforços da igreja. (Hb 10.24)
 Fidelidade nos dízimos e ofertas, mostrando entrega dos seus bens a Deus.
(Ml 3.10)
 Visão da necessidade de ganhar almas para Cristo. (Mt 19.14)
 Automotivação e firmeza de caráter. (I Tm 4.12-16)

3. Treinamento Específico (preparar-se).

*Ser membro da Igreja e Cursar SENIB aos domingos pela manhã.

B. O Local:
1. Um lar cristão - de preferência o lar do próprio evangelista.
2. Numa sala ou ao ar livre.
3. Na igreja (Um com Deus)
4. Escolas

C. Preparativos Prévios:

1. Escolha o dia e a hora de realização do Clube bíblico. [Não deve ser num horário
em que o(a) professor(a) tem atividades na igreja.]
2. Dê um nome ao Clube Bíblico, se preferir.
3. Convide as crianças:
• Distribua convites na sua rua e vizinhança.
• Visite as casas e peça permissão aos pais, após ter feito contato com as
crianças.
• Matricule as crianças.
• Marque um horário para ir buscar e deixar as crianças em casa, quando
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necessário.
D. As Crianças:

1. Idades: de 6 a 11 anos (classe mista) - crianças menores e/ou maiores.


2. Quantidade: pode variar entre 10 e 20 crianças. Não se pode, porém, ser arbitrário
quanto à quantidade, lembrando-se, é claro, de que o mais importante é a
qualidade.

Observação: Em geral, as crianças são divididas em grupos, assim:

 Maternais - 2 e 3 anos: curiosidade a respeito de Deus e a criação.


 Principiantes - 4 e 5 anos: demonstram mais interesse pelas coisas de Deus e
começam a reconhecer o certo e o errado; sua consciência infantil é muito sensível.
 Primários - 6 a 8 anos: sabem distinguir entre o certo e o errado, e querem ser
boas, mas nem sempre conseguem, apesar do desejo de ser. (Idade ouro para
receber a Cristo).
 Juniores - 9 a 11 anos: já reconhecem o pecado como pecado e sentem
necessidade de se livrar das consequências do pecado.

Sabemos, no entanto, que a capacidade de compreensão de cada criança é variável,


dependendo em parte de sua hereditariedade e do ambiente em que vive.
Nos Clubinhos ocorre uma mistura desses quatro grupos convencionalmente
estabelecidos.

E. O Programa

Duração de mais ou menos 1 hora e 30 minutos, dividindo-se, basicamente, em:


1. Oração
2. Regras do clubinho
3. Período de louvor (cânticos) - 15 minutos
4. Memorização de versículos bíblicos - 10 minutos
5. Lição ou História Bíblica - 20 minutos
6. Aplicação e Apelo - 10 minutos
7. Período de Fixação do Ensino - 30 minutos
a. Perguntas da Lição
b. Trabalho Manual
8. Encerramento e Oração Final - 5 minutos

SUGESTÕES:

 Inclua no programa, uma vez por mês, uma festa de aniversariantes, ou

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simplesmente um tempo de lazer com lanche.

 Faça sempre promoções para manter a frequência (trazer um amigo, competições,


debates bíblicos), oferecendo brindes às crianças.
 No caso de clubinhos com cerca de 30 crianças ou mais, será interessante
desenvolver o programa como num auditório, incluindo concursos e
brincadeiras dirigidas.

III. A MÚSICA NO CLUBE BÍBLICO

A. Por que Cantar?


1. Para louvar e adorar a Deus. (Mt 21.15,16)
2. Para ensinar verdades bíblicas.
3. Para tornar o ambiente alegre e agradável.
4. Para acalmar o coração. (I Sm 16.23; Mt 26.30)
5. Para testemunhar. (At 16.25)

B. Como Selecionar os Coros


1. Deve combinar com o objetivo da lição do dia.
2. A mensagem dever ser clara e verdadeira.
3. Variar conforme a idade das crianças (coros mais curtos para crianças menores)
4. Separar cânticos que preparem o ambiente para determinadas partes do programa:
oração, história, apelo, etc.

C. Como Ensinar os Corinhos


1. Aprender bem o ritmo e a letra.
2. Ter um visual (com ou sem palavras):
 Figuras adequadas à letra.
 Caligrafia bem legível.
3. Segurar o visual à altura do ombro esquerdo.
4. Ler as palavras para as crianças:
 Explicar as palavras mais difíceis.
 Explicar a mensagem.
 Deixar as crianças repetirem cada parte, após você.
5. Cantar uma vez sozinho. (As crianças apenas escutam.) Repita, enfatizando as
partes mais difíceis.

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6. Cantar com as crianças. Elas devem cantar baixo, a fim de continuar ouvindo
sua voz.

7. Começar o corinho e parar, permitindo que elas continuem sozinhas. Assim, você
pode verificar se realmente aprenderam o ritmo correto.

* Algumas Dicas para o Momento da Música:

Todos nós gostamos de cantar, especialmente as crianças. É necessário, porém, variar


os métodos e a maneira de cantar, para que esse momento seja agradável e gostoso.

1. Variar os visuais, utilizando cartolina e figuras que ilustrem a mensagem.


2. Ensinar as crianças a cantar bem. Não deve ser um momento de gritaria, mas sim
de louvor e adoração ao Senhor.
3. Cantar com gestos, sempre que possível.
4. Ser um regente alegre. Usar as mãos para dirigir a música:
a) Movimentos rápidos devem indicar mais aceleração.
b) Movimentos lentos devem indicar lentidão.
c) Palmas das mãos para cima indicam mais volume.
d) Palmas das mãos para baixo indicam menos volume.
5. Dividir a classe em grupos, mantendo-os sempre atentos à orientação:
a) As meninas podem cantar sozinhas.
b) Os meninos podem cantar sozinhos.
c) Só o lado esquerdo; só o lado direito.
d) Cada grupo pode cantar apenas determinada parte do coro, alternada e
simultaneamente. (Exemplos: Meu Bom Pastor; Aleluia! Louvai ao Senhor!)
e) Todos podem cantar o refrão juntos, quando houver.
f) Cantar uma parte, e silenciar em outra. (Exemplo: É bom!)
g) Cantar apenas mexendo os lábios (sem som), ou sussurrando.
6. Permitir que as crianças, vez por outra, escolham um coro de sua preferência.
7. Deixar as crianças apresentarem um cântico (solo ou dueto) como número especial.
8. Orar para que o momento da música seja sempre organizado e alegre.

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IV. A MEMORIZAÇÃO DE VERSÍCULOS BÍBLICOS

Versículo é uma pequena parte completa da Palavra de Deus. Cada versículo serve
como um recurso para satisfazer as nossas necessidades espirituais.
Por exemplo: ao sentir medo, podemos lembrar o Salmo 27.1 - "O Senhor é a minha luz e
a minha salvação, a quem temerei?" ou de Salmo 34.7 - "O anjo do Senhor acampa-se ao
redor dos que O temem, e os livra."
Assim como Jesus usava passagens bíblicas para responder a Satanás e aos escribas,
nós também (e as crianças) precisamos de uma reserva de versículos para fugirmos às
tentações e crescermos espiritualmente. A Bíblia deve ser o nosso Livro-Guia para a vida, a
nossa única autoridade de fé e prática.

A. Por que Ensinar Versículos?

1. É a Palavra de Deus. (2 Tm 3.16)


2. É uma ordem de Deus. (Dt 6.6)
3. Contém verdades bíblicas, que santificam. (Jo 17.17)
4. Fortalece a vida espiritual. (Salmo 119.11; Ef. 6.17)
5. Ajuda a testemunhar. (Salmo 119.9)

B. Como Selecionar os Versículos

Cada versículo ensinado no clubinho serve de apoio ao ensino da lição do dia.


Portanto, devemos:
 Pensar no objetivo da lição a ser enfatizado com o versículo.
 Procurar orientação em chave bíblica, se necessário.
 Verificar se está ao alcance da compreensão das crianças. Estando ao alcance
de sua compreensão, as crianças aprenderão a apreciar mais ainda a Bíblia
como um Livro-Guia para o viver diário.
 Considerar a idade das crianças. Se o versículo escolhido for muito grande,
selecione apenas a parte que encerra o sentido desejado.

C. Como Ensinar os Versículos.


1.Ler diretamente da Bíblia.
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2.Ter um visual (com ou sem palavras):
 Caligrafia bem legível (atentar para espaços, disposição das palavras e não
cortar as frases ao meio, como "Eu sou a / porta. Se alguém..." - Jo 10.9)
 Figuras adequadas à mensagem (ou da lição do dia).
3. Ler o versículo no visual:
 Explicar as palavras mais difíceis. (Ne 8.8, 12)
 Explicar a mensagem. (Às vezes, a mensagem faz mais sentido quando o
versículo é ensinado após a história.)
4. Repetir sempre a referência. (A referência é o que chamamos de "endereço" do
versículo na Bíblia. Assim como eu moro na Rua Japurá nº 147, bairro de
Cachoeirinha, tais palavras ensinadas moram no livro de Salmos, cap. 119, verso
11, por exemplo.)
5. Deixar as crianças repetirem após você:
 Você fala, as crianças repetem, frase por frase.
 Você fala, as crianças repetem o versículo todo.
 Divida a classe em grupos: meninos, meninas, lado
direito, lado esquerdo.
 Crianças podem dizer o verso individualmente
(voluntários ou não).
 Cada um pode falar para o colega ao lado.
 Todos juntos podem recitar como se fosse um segredo.
 Todos juntos podem recitar em volume alto (sem forçar muito a garganta).

* Algumas Sugestões para Variar o Ensino do Versículo:

As crianças gostam de decorar, mas é bom variar a maneira de lhes transmitir os


versículos bíblicos.

1. QUADRO-NEGRO: Escrever o versículo na lousa (caligrafia legível). Após ensiná-lo,


pedir às crianças que fechem os olhos. Apagar algumas palavras do verso. As
crianças abrem os olhos e tentam dizer o versículo somente com as palavras que
ficaram na lousa. Continuar o processo até ter apagado todo o verso e a referência.
2. FLANELÓGRAFO: Preparar figuras ou escrever as palavras do versículo e a
referência em pedaços ou tiras de cartolina, forrando-as com flanela ou lixa fina.
Colocar no flanelógrafo para ensinar. Após repetir várias vezes com as crianças,
remover as tiras aos poucos.
3. CARTAZ: Escrever a referência num lado do cartaz e, no verso, escrever o versículo
ou colocar apenas uma figura que o ilustre. Pode, ainda, ser colocada uma
ilustração no fundo e escrever as palavras por cima, tendo o cuidado de enfatizar

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mais as palavras que a ilustração.
4. GESTOS: Usar gestos que combinem com a mensagem do versículo, como se faz
com os corinhos. (Exemplos: Apocalipse 3.20; João 14.6)
5. DEDOS: Para as crianças menores, pode-se ensinar um versículo ou parte dele,
contando nos dedos.
6.

7. MUSICADO: Ensinar versículos cantando. (Exemplos: Atos 16.31; Pv. 15.3; etc.)
8. PERGUNTAS: Fazer perguntas que são respondidas pelo versículo. (Exemplos:
Salmo 119.11; Efésios 2.8,9; etc.)
9. VARAL: Tomar algumas folhas de papel ofício ou pedaços de cartolina e dobrá-las
ao meio. Escrever as palavras do versículo, com letras grandes, uma ou mais em
cada folha, incluindo a referência. Se você não tiver um varal (original), peça a duas
crianças que segurem um barbante, no qual serão penduradas as folhas com o
versículo. Após as crianças decorarem o versículo, faça uma brincadeira, assim:
"Essa não! Um vento forte (balançar a corda) derrubou todas as nossas folhas,
quem será que pode arrumá-las corretamente?" Assim, pode-se permitir que várias
crianças, uma por vez, possam vir à frente arrumar o versículo em ordem. É mais
interessante quando se escreve o versículo em roupinhas feitas de papel.

V. A ORAÇÃO NO CLUBINHO

Uma conversa com Deus, nosso Pai e amigo.

A. Propósito
1. Reconhecer a presença de Deus no clubinho.
2. Louvar e Agradecer.
3. Pedir sua bênção.
4. Mostrar um modelo de oração cristã às crianças

B. Modelo de Oração Cristã


A oração deve incluir os seguintes pontos (Mateus 6.9-13):
1. Louvor
2. Agradecimento
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3. Pedidos pessoais
4. Intercessão: pedidos por outros
5. Confissão de pecados

SUGESTÕES:
1. Antes de orar com as crianças pela primeira vez,
é bom explicar-lhes:
a) O que é oração.
b) Porque fechamos os olhos.
c) Porque pedimos em nome de Jesus.

2. Quando orar:
a) Use linguagem simples e comum às crianças.
b) Seja breve.
c) Verifique se as crianças têm pedidos e/ou agradecimentos a fazer.
d) Mantenha a disciplina da classe. Exija respeito.

3. Deve-se ensinar que Deus responde às nossas orações. Ele diz:


a) SIM. (Sl 66.18; Jo 14.13,14; 15.7; Tg 1.5-7, 5.16-18; I Jo 3.21, 22)
b) NÃO. (Tg 4.3)
c) ESPERE. (Fp 4.19)

4. Ensinar versículos e corinhos sobre oração.

5. Incentivar a criança a orar na classe, dando-lhe oportunidade.

VI. A HISTÓRIA BÍBLICA

A. Como Selecioná-la
A Bíblia toda é a Palavra de Deus. E, apesar de ter sido

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traduzida por adultos, contém mensagens, princípios e histórias para todas as idades. Por
apresentar um conteúdo precioso e de grande auxílio para todos, o professor deve selecionar
com cuidado porções relevantes para cada faixa etária, levando em conta as necessidades,
interesses, habilidades e limitações de suas crianças.
A Bíblia foi escrita para conduzir as pessoas nos caminhos e no conhecimento de
Deus. Ao escolher uma história bíblica para ser contada às crianças, devemos considerar,
portanto, alguns pontos:

1. A história deve estar ao alcance da compreensão das crianças e, de certo modo,


relacionada às suas experiências. (Uma boa história para crianças deve conter ação.)
2. A história deve contribuir para que o objetivo da aula seja atingido.
3. A história deve despertar na criança maior apreciação pela Bíblia e um amor mais
profundo a Deus e ao próximo. Por isso, damos preferência às histórias que falam
do grande amor de Deus por todos, as de Jesus, o único meio de salvação, e as dos
grandes líderes e missionários, como: Moisés, Josué, Elias, Paulo, Pedro e outros.

B. Finalidades da História:

1. Salvação - ganhar crianças para Cristo.


2. Crescimento e Integração - doutrinar as crianças nas
verdades fundamentais da Bíblia para crescimento espiritual.
3. Serviço - despertar na criança o interesse de servir a Deus.

C. Preparo Prévio para Contar a História Bíblica

1. Orar - por si mesmo, pelas crianças, pelo momento de apresentá-la às crianças.


2. Estudar a história na Bíblia. Ler o texto bíblico, pelo menos, três vezes:
a) Para obter uma idéia geral da história.
b) Para conhecer os personagens.
c) Para observar as lições que a história contém.
3. Estudar a história no roteiro, buscando, se necessário, maiores informações em
concordância, dicionário bíblico, etc. O estudo da história no roteiro é importante, por
que:
a) Resume as partes mais interessantes da história bíblica, que prenderão a
atenção da criança.
b) A história é contada de forma a atingir o objetivo da lição do dia. (A mesma
história poderia ser contada de forma diferente, conforme o objetivo a ser
atingido.)
c) A história é contada omitindo-se as partes que, talvez, as crianças não

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compreendam.
4. Organizar um esboço para ajudá-lo a lembrar a sequência dos fatos na história,
observando os seguintes pontos:
a) Introdução: deve ser breve e interessante para despertar a atenção da criança
para a história. Pode ser feita com uma pergunta, uma ilustração ou recordação
da história anterior.
b) Desenvolvimento: visualizar para si mesmo a história a ser contada, observando
a sequência dos fatos.
c) Aplicação e Apelo: devem atingir aos dois grupos de crianças:
 Salvas - aquelas que já têm Jesus devem tomar uma decisão de acordo com
o alvo principal, visando seu crescimento espiritual.
 Não Salvas - aquelas que ainda não têm Jesus devem ter oportunidade de
receber Jesus como Salvador e Senhor. (O plano de salvação deve ser
incluído durante a lição, preferencialmente, e não deixado para o final).
5. Ensaiar em voz alta, treinando, também, o uso do flanelógrafo ou outro tipo de
visual.

D. Técnicas para a Apresentação da Lição


1. Ter sempre a Bíblia aberta no lugar onde se encontra a história a ser contada. Às
vezes, pode-se ler um trecho da história diretamente da Bíblia. Assim, as crianças
entenderão que aquela história é verdadeiramente da Bíblia, a Palavra de Deus.
2. Conhecer bem a história. Contar com suas próprias palavras, sem ler a história para
as crianças; não decorar o que está escrito no roteiro ou manual.
3. Começar de forma atraente, a fim de prender a atenção das crianças.
4. Falar pelos personagens, dramatizando algumas partes.
5. Usar linguagem de fácil compreensão pelas crianças. Usar expressões que dão vida
à história. Por exemplo: Em vez dizer "João estava muito alegre", pode-se dizer
"João pulava de alegria". Viva a história.
6. Ter um bom fim. Ser breve na Aplicação e Apelo.
7. Mostrar a alegria e o amor de Cristo pelas suas expressões faciais.
8. Variar o tom de voz e a velocidade no falar para manter a atenção das crianças.
9. Ter uma boa aparência, não usando enfeites ou roupas que possam distrair as
crianças; ser modesto no vestir.
10. Variar os métodos de apresentar a história:
 Flanelógrafo; quadro de pregas; cartazes / cartelas.
 Fantoches (bonecos ou de saco de papel)
 Filmes; dramatização; materiais concretos.

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VII. O APELO E ACONSELHAMENTO PÓS-APELO

A. Definição
Convite para as crianças não salvas receberem a Jesus
como seu Salvador pessoal.

B. Características

1. Claro: a criança deve entender exatamente o que se


espera que ela faça e o porquê.
2. Breve: não se deve forçar uma decisão; deve ser
voluntária.
3. Pessoal: direcionar o apelo assim > "Se você quer receber Jesus como seu Salvador
pessoal, fique depois da aula", em vez de dizer "Se alguém quer" ou "Qualquer um
que queira". Enfatize a decisão pela vontade: "Se você quer".

C. Visuais de Aconselhamento - Métodos usados.

1. O LIVRO SEM PALAVRAS: um livro "sem palavras", mas que apresenta


uma linda história da salvação através de suas cinco cores: amarelo, escuro,
vermelho, branco e verde. Pode ser adquirido nas Livrarias Evangélicas (é
da APEC) ou ainda confeccionado com papel duplex.

2. DEDOS: método que se usa relacionando cada ponto do plano de salvação a um dedo
da mão: (o professor deve ter esses versículos decorados)
 Polegar: Deus me ama. (João 3.16)
 Indicador: Eu pequei. (Romanos 3.23)
 Médio: Cristo morreu por mim. (Romanos 5.8)
 Anelar: Eu recebo a Cristo. (João 1.12)
 Mínimo: Sou salvo; irei ao céu. (João 6.47; 1 João 5.12)

3. FIGURAS, como as da lição "O Céu como ir lá" (também da APEC). São o céu,
coração sujo, Bíblia, cruz, presente e mãos. Conta a história da salvação.

D. Passos a seguir para o Apelo

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1. Escolher o método ou visual a ser usado.
2. Mostrar à criança a necessidade de aceitar Jesus para ter perdão. (Rm 3.23)
3. Ajudar a criança a reconhecer Jesus como o único caminho da salvação.
(João 14.6)
4. Ajudar a criança a receber o presente de Deus: a salvação. (João 1.12)
5. Estabelecer um sinal para saber quem respondeu positivamente ao apelo:
 Levantar a mão
 Ficar de pé
 Ficar depois da aula para conversar com o professor

E. Aconselhamento após o apelo


O que fazer quando uma criança responde positivamente ao apelo?

Fazer o aconselhamento inicial, usando um dos visuais citados anteriormente (item


C), observando os seguintes passos, através de diálogos simples (modelos a seguir).

*Diálogo 1 – a criança não consegue expressar por si


mesma o desejo de aceitar a Cristo:

(Nesta breve conversa, o professor fará uma triagem,


verificando se a criança realmente expressa por si mesma o
desejo de aceitar Jesus).
_ O que você quer falar comigo? (deixar a criança
responder. Se não sabe, o professor continua.)
_ Você lembra o que ia falar comigo? (Se ainda não disser nada, o professor diz):
_ Quando você lembrar o que quer falar comigo, pode vir falar... (Pode dar um
abraço na criança, e despedir-se. É preciso ter cuidado para não colocar as palavras na boca
da criança, dizendo, por exemplo, "você quer me falar que aceitou Jesus, não é?")

*Diálogo 2 – a criança expressa por si mesma o desejo de aceitar a Cristo, mas não
tem entendimento sobre sua necessidade de salvação e sua condição de pecadora:

(Neste diálogo, a criança expressa por si mesma o desejo de aceitar a Cristo, mas não
sabe dizer por que precisa de Jesus nem a definição de pecado. Nesse caso, supõe-se que
ela ignora o que é pecado e ainda não tem consciência disso, não havendo, portanto, a
urgência de receber a Cristo).

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_ O que você quer falar comigo?
_ Quero aceitar Jesus (ou aceitar Deus) - a criança responde.
_ Por que você quer aceitar Jesus? (Deixar a criança responder.)
_ Você sabe me dizer o que é pecado?
(Se a criança não consegue explicar nada, o professor diz):
_ Estou muito alegre por você ter ficado para falar comigo! Um dia você vai saber
o que é pecado e, quando souber, venha falar comigo de novo. (Pode dar um abraço na
criança, e despedir-se).

*Diálogo 3 - a criança expressa por si mesma o desejo de aceitar a Cristo, sabe explicar
o que é pecado, mas não se reconhece pecadora, talvez porque ainda não tenha consciência
de seus pecados:

_ O que você quer falar comigo?


_ Quero aceitar Jesus (ou aceitar Deus) - a criança responde.
_ Por que você quer aceitar Jesus? (Deixar a criança responder.)
_ Você sabe me dizer o que é pecado?
_ Pecado é desobedecer; é fazer o que Deus não gosta; etc.
_ E você, peca? Você desobedece a Deus?
_ Não! (a criança responde.)
_ Então, quando você desobedecer, venha falar comigo de novo. (Pode dar um
abraço na criança, e despedir-se).

*Diálogo 4 - a criança expressa por si mesma o desejo de aceitar a Cristo, sabe explicar
o que é pecado, e se reconhece pecadora, mostrando claramente a necessidade de Cristo
em sua vida:

_ O que você quer falar comigo?


_ Quero aceitar Jesus (ou aceitar Deus) - a criança responde.
_ Por que você quer aceitar Jesus? (Deixar a criança responder.)
_ Você sabe me dizer o que é pecado?
_ Pecado é desobedecer; é fazer o que Deus não gosta; etc.
_ E você, peca? Você desobedece a Deus?
_ Sim! (responde a criança.)
_ Então, preste bem atenção ao que eu vou lhe falar. A Bíblia diz que...

1. DEUS FEZ VOCÊ E O AMA E GOSTARIA DE SER SEU AMIGO. (Jo 3.16)
_ Deus quer que você vá morar no Céu com Ele.
_ Você quer ter Deus como amigo?

19
_ Você sabe por que as pessoas não são amigas de Deus?

4. PORQUE O PECADO SEPARA O HOMEM DE DEUS.


(Rm 3.23) – Todos são pecadores, inclusive as crianças.
_ Pecado é fazer o que você quer, é desobedecer a Deus.
A Bíblia diz:
"Não minta" - você mente.
"Obedeça aos seus pais" - você desobedece.
"Amem uns aos outros" - você briga.
_ O pagamento do pecado é a morte (separação de Deus).
_ Você me disse que já pecou. Então, qual é o pagamento pelo seu pecado?

3. JESUS O AMA E VEIO AJUDAR VOCÊ - PAGAR O PREÇO POR VOCÊ


(Rm 5.8; Jo 14.6) - Ele é o caminho da salvação!
a. Deus se tornou homem - Jesus nasceu!
b. Jesus sempre fez o certo - não pecou.
c. Jesus morreu na cruz para pagar o pecado.
d. Ao terceiro dia, Jesus viveu de novo (ressuscitou), dando-nos, assim, a certeza
de que tudo estava pago.
e. Jesus pagou tudo e dá de graça para você!

4. VOCÊ PRECISA ACEITAR (CRER EM) JESUS. Receber o presente de Deus.


(Jo 1.12)
a. Você aceita que Jesus é Deus.
b. Você aceita que Ele mande em você.
c. Você aceita obedecer ao que Deus diz na Bíblia.
d. Você aceita que Jesus pagou seus pecados e o faz um
filho de Deus.
e. O Espírito de Deus vem morar em você e nunca o deixará.

_ Você entendeu?
_ Sim! (responde a criança.)
_ Que bom! Então, vamos relembrar juntos...

Perguntas que vão ajudar a verificar se a criança entendeu sua explicação:


a. O que a Bíblia diz sobre Deus?
b. Por que as pessoas não são amigas de Deus?
c. O que é pecado?
d. Quais são alguns pecados?
20
e. Você peca?
f. O que Jesus fez por você?
g. Como você sabe que ficou tudo certo (que Jesus pagou tudo)?
h. Como você pode receber o perdão?
i. Que acontece quando você tem Jesus?
j. Você quer aceitar Jesus?

_ Deus sabe quando você O aceita no seu coração, mas quer que você
fale isso pra Ele. Falar com Deus é orar. Fale com Deus agora, dizendo-Lhe que aceita o
perdão e que Ele venha morar em seu coração, e mandar em você! (Rm 10.9,10. A
criança ora ou você pode ajudá-la a orar.)

Perguntar mais uma vez para fixar:


a. Você aceitou Jesus para pagar seus pecados?
b. Você pediu pra Jesus entrar e mandar na sua vida?
c. Deus mente?
d. Jesus pagou seus pecados?
e. Jesus entrou em sua vida? (Mesmo que não sintamos nada, Ele faz o que
prometeu. A Bíblia é a nossa garantia disso; ela nos dá a certeza.)

5. JESUS VEM MORAR EM VOCÊ. (Jo 14.23)

a. Você é perdoado. (I Jo 1.7,9)


b. Você se torna filho e amigo de Deus. (Jo 1.12 - nasce na família de Deus)
c. Você recebe a vida eterna; vai morar no céu. (1 Jo 5.12)
d. Você começa uma nova vida; você é uma nova criatura. (2 Co 5.17)
e. Jesus nunca o deixará. (Rm 8.37,38; Hb 13.5)

 Marcar um segundo aconselhamento para confirmar a firmeza da decisão da


criança e enfatizar os pontos citados no item 5, incentivando-a a continuar
frequentando as reuniões do clubinho para aprender mais sobre Deus/Jesus.
 Preencher o cartão de decisão.
 Dar um abraço na criança, parabenizando-a pela decisão.

21
VIII. A FIXAÇÃO DO ENSINO NO CLUBINHO

A. O Trabalho Manual (TM)

1. Deve ser escolhido de modo a reforçar o objetivo da lição.


2. Ajudar as crianças a trabalharem com entusiasmo e dedicação.
(Andar pela sala orientando as crianças, não permitindo que
elas apenas risquem o desenho.)
3. Incentivar as crianças a colaborarem umas com as outras,
emprestando e/ou trocando material de trabalho, como lápis
de cor.
4. Promover campanha, fazendo um álbum com os TMs, e premiar os que
conseguirem no tempo estabelecido.
5. O professor pode recolher os TMs durante um mês, fazer uma exposição e premiar
os mais caprichados.
6. Sugerir que usem os TMs para testemunhar em casa e para os amigos.

B. As Perguntas da Lição
O objetivo dessa parte não deve ser somente verificar aquisição de fatos bíblicos, mas
principalmente confirmar se o propósito do dia foi atingido. Assim, devemos observar os
seguintes itens na elaboração das perguntas:
1. Evitar perguntas cujas respostas sejam apenas 'sim' ou 'não'.
2. Dar preferência às perguntas cujas respostas exijam reflexão. (Por quê? Como? O
que aconteceu? O que você faria?)
3. Direcionar perguntas a cada criança individualmente, a fim de evitar que muitos
falem simultaneamente. (Os que sabem a resposta levantam os braços, e você
escolhe um pra falar, dando oportunidade a outros de participarem.)

4. Faça 'jogos de lousa' para esse momento ser mais dinâmico. Promova concursos,
usando ilustrações como:
a) Jogo da Velha (rostinhos de menina e menina ou “círculo” e "x", de feltro).
b) Flor - o círculo, as pétalas, o talo, a folha, vão sendo colocados à medida que
acertam as perguntas. Pode haver uma flor por equipe, ou meninos e meninas.
c) Canguru e filhotes (ou outros animais); pescaria (peixinhos na rede) - verificar
animais e/ou objetos da lição contada no dia.
d) Balão cheio (espocar pisando ou sentando).
e) Balão vazio (encher até espocar)
f) Imagem e ação (desenho na lousa; um desenha, outro adivinha; um faz gestos, o

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outro adivinha).

IX. INTEGRAÇÃO - OS PRIMEIROS ENSINOS À CRIANÇA SALVA

A missão de um professor evangelista é ganhar suas crianças


para Cristo. Tal responsabilidade do professor, porém, não acaba
quando uma criança aceita a Cristo como Salvador pessoal; pelo
contrário, é exatamente nesse ponto que ela aumenta, uma vez que
todo "recém-nascido" necessita de cuidados especiais para não morrer
devido à sua fragilidade.
A primeira necessidade de um recém-nascido é o leite: seu alimento básico. Para o
nenê espiritual, o leite é a Palavra de Deus (I Pe 2.2).
Certamente o Espírito Santo, que passa a habitar na vida daquele que recebe a Cristo
pela fé, fará Sua parte, operando o crescimento espiritual, abrindo-lhe o entendimento para
compreender as Escrituras e poder aplicar os princípios bíblicos em sua vida diária. (I Co
2.12-16; 3.16)

A. Certeza de Salvação.

A base da nossa certeza de salvação deve residir na Palavra de Deus e não em


sentimentos pessoais. Precisamos confiar nas promessas do Deus que nunca falha. Ele
mesmo prometeu perdoar todas as nossas iniquidades e esquecer-se delas completamente, a
partir do momento que depositamos nossa fé em Jesus Cristo como Salvador pessoal. Daí a
importância de levar a criança a confessar sua fé em Jesus. (Rm 10.9, 10). A criança deve
falar a alguém da sua fé em Jesus, começando pelos seus pais, testemunhando também por
seu comportamento.

Há vários versículos que fortalecem nossa confiança e certeza de salvação, entre os


quais: Isaías 44.22; Hebreus 10.17; I João 5.11-13; João 1.12; João 10.27-29; Romanos 8.38,
39, e outros. (Não é necessário mostrar todas essas referências bíblicas de uma vez só para
a criança. Ore, e escolha um desses para usar no aconselhamento.)

B. Confissão de Pecados.

Esclareça à criança convertida que não é necessário receber Jesus a cada apelo, pois
uma vez recebido como Salvador pessoal, Jesus Cristo permanece conosco para sempre
(Hebreus 13.5).

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Então devemos ensinar à criança que:

1. A pessoa salva ainda está sujeita a pecar. (I João 1.8). Temos duas naturezas: a
humana (o velho homem) e a de Cristo (o novo homem, nova criatura), mas
podemos vencer o velho homem com a ajuda de Cristo.
2. O pecado entristece o nosso Salvador, mas Ele está sempre pronto a nos perdoar.
(Efésios 4.30; 1 João 1.21). Nós não perdemos a salvação, e sim a comunhão
com o Senhor.
3. Há um remédio quando se peca: confessar imediatamente aquilo que fizemos (1
João 1.9). Confessar diretamente a Deus, pedindo-lhe perdão, e renovando a
comunhão com o nosso Pai e amigo.
4. Se o pecado envolver mais alguém, devemos conversar com a pessoa contra quem
pecamos e pedir-lhe perdão também.

C. Comunhão com Deus.

1. Meditação: estudo diário da Palavra de Deus. Se a criança


souber ler, deve ser incentivada a ler a Palavra de Deus
diariamente. Recomenda-se o Evangelho de João para
começar. Se não souber ler, a criança precisa continuar frequentando o clubinho
bíblico para ouvir as lições e aprender os versículos ensinados semanalmente.
(Salmo 119.11, 105)

2. Oração: conversa com Deus. É preciso incentivar a criança a conversar com seu
novo Pai e amigo, não só contando-lhe suas alegrias, tristezas, problemas,
necessidades, mas também louvando-O e agradecendo-Lhe pelo seu amor e
cuidado, assim como pelas respostas às orações. (I Ts 5.17; Fp 4.6; Salmo 66.20)

Observação:
É preciso enfatizar que, mantendo comunhão com Deus, estamos sempre buscando
Sua direção em tudo o que fazemos diariamente. Deus deve estar presente nas nossas
decisões e escolhas. Ele é o nosso Senhor e Mestre.

D. Testemunho e Serviço

A criança precisa ser incentivada a dar testemunho do seu


Salvador, entregando a Ele suas atitudes, pois Jesus deve ser o
orientador e Senhor do nosso modo de agir. (Salmo 119.9; Gl 2.20)

24
Além disso, devemos ganhar outras almas para Jesus. Sua vontade é que demos frutos,
que passemos a outros o que dEle recebemos. (Mateus 4.19)
Exemplo: a menina na casa de Naamã.
Dicas: Entregar folhetos, convidar amigos para o clubinho, dar ofertas de suas mesadas,
frequentar a igreja (clubinho).
A criança aprende isso de uma vez só? (Is 28.10). Evitar congestão.

X. DISCIPLINA NO CLUBE BÍBLICO

A. Definição:

1. Treinamento da mente para desenvolver o autocontrole, o caráter a eficiência e o


senso de obediência e de hierarquia; resultado desse treinamento; autocontrole.
(Minidicionário Sacconi da Língua Portuguesa, São Paulo: Atual Editora, 1996)
2. Conjunto de regras que regem uma organização, atividade, etc; submissão a essas
regras; ensino, instrução. (Sérgio Ximenes, Minidicionário da Língua Portuguesa,
Ed. Revista e ampliada. Ediouro)

B. Por que as crianças precisam de disciplina?

A Vontade da Criança:

Assim como muitos adultos, as crianças precisam de orientações


para ajudá-las a tomar decisões certas. Deus planejou que os pais (e outros adultos também)
treinassem a vontade das crianças em fazer suas próprias escolhas e decisões de forma
acertada. Isso, porque nos seus primeiros anos de vida, a criança ainda não possui a
capacidade de decidir o que é melhor para si mesma.

A vontade de Jesus constitui um padrão de uma vontade perfeita:


a) Jesus tinha uma "capacidade perfeita" para tomar decisões e fazer escolhas, sem
precisar da ajuda de ninguém, visto ser Ele o próprio Deus.
b) A "vontade de Jesus era submissa". Ele se submetia à vontade de Seu Pai em
tudo. (Hebreus 10.9)

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Essas duas qualidades devem ser desenvolvidas nas crianças:

 Capacidade para tomar decisões -

Nos primeiros anos de vida de uma criança são os pais que decidem o que ela
deve comer, vestir, calçar, aonde deve ir, etc. Isso porque a criança ainda não
sabe o que é melhor para si mesma, dependendo, assim, da ajuda de seus
pais.
Há decisões, porém, que uma criancinha pode fazer, como a escolha de um
brinquedo nas horas de lazer. Essa é uma maneira de treiná-la a tomar decisões.

Qualquer adulto cristão, ao ser consultado por uma criança a respeito de uma decisão
a tomar, deveria ter a seguinte atitude: "levar a criança a considerar os fatos, orientando-a
a tomar uma decisão conforme a vontade de Deus, dizendo: ' a Bíblia fala assim desse
assunto; o que você acha melhor fazer, já que Deus diz isso em Sua Palavra?' "

 Submissão à autoridade -

Aprendendo a submeter-se, a criança certamente terá sucesso e felicidade no seu


viver. A verdadeira felicidade depende de sua submissão à vontade de Deus. Depois, ela
precisa aprender a respeitar as autoridades: pais, professores, mais velhos, etc. E a melhor
maneira de aprender a submissão é através da disciplina. (Hebreus 5.8)

C. A Responsabilidade do Professor:

Para você obter sucesso no trabalho com as crianças, é necessário haver disciplina
em seu clubinho. Então, no primeiro encontro com as crianças, estabeleça as normas de
comportamento, que serão exigidas em cada reunião.
Após o estabelecimento das normas de comportamento, ensine a executá-las, observe
e inspecione a execução durante a reunião.

1. Estabelecer as Normas de Comportamento:

a) Sentar-se durante o culto: costas no encosto da cadeira (se houver), pés juntos no
chão, mãos apoiadas nas próprias pernas ou nos braços da cadeira, e olhos
atentos ao professor. (Ficar de pé para determinadas atividades é uma ótima opção
até mesmo para relaxar. Para ficarem de pé, porém, estabeleça um sinal, a fim de
que todos levantem juntos, evitando, assim, maiores tumultos. O mesmo para

26
sentarem novamente).
b) Fazer silêncio nas horas do ensino: não arrastar os pés no chão e manter a boca
fechada.
c) Levantar o braço, quando quiser a palavra.

2. Orar pela disciplina das crianças e por si mesmo.


3. Aprender os nomes das crianças, a fim de chamá-las pelos nomes.
4. Estar sempre preparado para dar sua aula com segurança.
5. Ser positivo. Esperar bom comportamento por parte das crianças,
mostrando satisfação pelo bom comportamento.
6. Amar as crianças, pois elas sentirão e corresponderão a esse amor.
7. Visitar os lares das crianças, mostrando, assim, interesse por cada uma
individualmente.
8. Cumprir sempre o que prometer: prêmios ou castigos. (Cuidado com
arbitrariedades e abusos).

D. Principais Comportamentos Inadequados:

1. Conversa sem permissão


2. Desatenção
3. Falta de respeito aos mais velhos e às coisas de Deus
4. Mau comportamento - brincadeiras fora de hora

E. Medidas Preventivas:

1. Estar no local da reunião antes das crianças.


2. Estabelecer e recapitular, a cada encontro, as normas de comportamento.
3. Iniciar a reunião na hora marcada e terminar também na hora.
4. Manter as crianças sempre ocupadas.
5. Evitar cânticos acelerados no decorrer da aula.

6. Premiar, sempre que possível, os bons comportamentos.


7. Ame genuinamente as crianças; elas corresponderão e respeitarão os limites com
mais facilidade (ainda, assim, haverá testes, porque é natural querermos
ultrapassar os limites).

F. Medidas Corretivas:

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É muito importante que as crianças entendam que o seu amor por elas não se altera
por causa de seu mau comportamento. Por isso, as crianças devem ser corrigidas com
firmeza e amor, devendo sempre entender a razão da disciplina e/ou castigo. O que você não
aceita é o mau comportamento, e não a criança.
A Bíblia nos ensina que o castigo corporal é necessário. (Provérbios 13.24; 22.15;
23.13,14; 29.15). Deve, contudo, ser administrado com muito amor, na hora e medida certa,
sem exageros, pelos pais.

Algumas sugestões para correção nos clubinhos:

1. Remover o objeto causador da desordem e só devolver para a criança no final da


aula, orientando-a a não trazer mais para a classe.
2. Colocar os dedos sobre os lábios indicando silêncio, com os olhos fixos no
conversador.
3. Parar de falar um minuto para recuperar a atenção.
4. Fazer perguntas à criança desatenta, chamando-a pelo nome, a fim de reconquistar
sua atenção, sem “parecer uma torneira pingando”. (Sem perda de tempo).
5. Trocar a criança má comportada de lugar se for preciso.
6. Conversar com a criança em particular, na hora da ocorrência (conversa de pé de
ouvido) ou após o culto (conforme a necessidade), sendo firme, mas amoroso.
7. Cantar um corinho suave e orar para acalmar os ânimos, se houver “bagunça
generalizada”.
8. Permitir que a criança desatenta a ajude em algo durante a aula, tendo o cuidado de
não fazê-la pensar que está sendo premiada.
9. Em caso de rebelião aberta, retirar a criança da classe, para conversar em particular.
10. Ser justo, a fim de manter a simpatia da classe.
11. Cativar as crianças mais difíceis fora do ambiente de tensão.
12. Pedir ajuda aos pais.
13. Investir nas crianças, incluindo as mais difíceis: visitar; convidar para sua casa, levar
para um sorvete, cinema, etc.

XI. BATISMO

É a confissão pública de que já entregou sua


vida a Jesus (Mateus 28:19). A palavra batismo vem
de uma palavra grega que significa imergir, mergulhar.

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Uma criança pode ser batizada quando for estabelecido sobre a obra de Cristo na cruz,
crer de todo o coração e manifestar o desejo de se batizar.

A. 3 Passos para uma conversa com a criança sobre o batismo

A conversa com uma criança que mostra desejo de batizar – deve ser acompanhada de
muita oração e direção de Deus baseado naquilo que a Bíblia nos ensina. Para ajudá-los
nessa desafiadora e sublime tarefa, sugerimos três passos:

1. Pergunte seu nome e converse amigavelmente. Sorria, faça um elogio.


Deixe-a bem à vontade

2. Converse individualmente e faça perguntas como:


a. Que legal que você quer se batizar! De quem foi a ideia?
O batismo deve ser de iniciativa da própria criança
b. Por que você quer se batizar?
O desejo de ser batizado vem da alegria de ter entregue a vida a Cristo. É o
desejo de estabelecer um marco na vida, fazer uma aliança com Deus. É uma
cerimônia, como acontece em um casamento.
c. Você já convidou Jesus para ser o Senhor e Salvador de sua vida?
O batismo vem depois da conversão. É a partir da fé que nasce o desejo de
batizar-se. Exemplo é Felipe e o etíope (Atos 8:26-38).
d. Onde foi? Como foi?
A criança que fez uma decisão pode até não lembrar a data, mês e ano, mas
certamente lembrará onde e como foi. Quando não lembra é sinal que não está
madura e pronta para o batismo. Não basta crer na pessoa de Cristo, é preciso
crer na obra de Cristo na cruz.

3. Conclua a conversa falando da alegria de estar conversando sobre um assunto


tão especial como o batismo.
• Se a criança estiver pronta para o batismo:
- Encaminhe-a para isso. Dê um abraço e os parabéns.
- Se possível, ore com ela agradecendo a Deus pela sua vida e pedindo pelo seu
caminhar e crescimento com Cristo.

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• Se a criança não estiver pronta para o batismo:
- Afirme sua alegria de conversar com ela. (Foi muito gostoso conversar com você,
Camila! Obrigada por essa oportunidade).

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Termo de Compromisso
Manaus,______ março de 2020
Eu,________________________________________________________________________

Estado civil _______________________________Nascido(a) em ______/______/________


Residente à _________________________________________________________________
E-mail:___________________________________________Whatsapp:_________________
Telefones __________________________________________________________________
Comprometo-me servir a Deus através deste ministério, no período de 14.03.2020 a 31.10.2020,
exercendo a função de professor (a) evangelista de crianças.
PARA CRESCIMENTO PESSOAL
1. Manter frequência aos cultos da igreja para ter comunhão com os irmãos;
2. Procurar fazer meditação e oração diariamente;
3. Fazer as matérias promovidas pelo SENIB;
4. Participar de um grupo de amigos (G.A)
PARA DESENVOLVIMENTO DO MINISTÉRIO
1. Reunir com as crianças todos os sábados ou dia escolhido a fim de evangelizá-las;
2. Comunicar a liderança sobre mudanças na realização da atividade;
3. Visitar as crianças sempre que possível;
4. Orar pela criança;
5. Acompanhar as crianças convertidas em seu crescimento, levando-as, se possível, a integrar-
se ao corpo de Cristo através do batismo;
6. Despertar na criança o interesse de servir ao Senhor através de seu testemunho e convidando
colegas para o clubinho;
7. Estar sempre atento ao calendário do ministério para não faltar às reuniões;
8. Ter este ministério como prioridade, estando certos de que se aparecer outro evento que
comprometa a programação elaborada no calendário deste ministério, eu já estarei
comprometido (a) com o Ministério Clubinho Bíblico.

ENDEREÇO DO CLUBINHO
Professor Titular: _____________________________________________________________
Professor Auxiliar: ___________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________________
Telefones: ___________________________________________________________________
Dia da semana/hora: ___________________________________________________________

Ponto de referência: ____________________________________________________________

_______________________________________________________________
Assinatura
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32
33
34
O Céu como ir lá
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EVANGELIZAÇÃO DE CRIANÇAS COMO ENSINADO NA PALAVRA DE DEUS

Mateus 18: 1-14 é a passagem mais conhecida de toda a Bíblia sobre a questão das
crianças. se o evangelismo de crianças é ensinado na Bíblia, seria de se esperar que
tal ensino fosse encontrado nela. se a Bíblia não ensina a evangelização de
crianças,não quero ter nada a ver com o assunto, no caso de a Bíblia realmente
ensinar a Evangelização de crianças, todos nós devemos crer e praticar isso.

O que deu Lugar a este discurso sobre crianças foi uma pergunta dos discípulos. Eles
foram perguntar a Jesus Quem deveria ser o maior no Reino (Mateus 18:1). Em outras
palavras, desejaram saber quem receberia a maior recompensa dos crentes. Esta
pergunta era muito apropriada. Você vai encontrar a resposta de Jesus nesses
quatorze versículos. Várias passagens das Escrituras ensinam que as maiores
recompensas que Deus Tem a oferecer são dadas aos que ganham almas (Provérbios
11:30). Sendo assim, esperaríamos que nosso Senhor, se fosse responder a esta
pergunta tratasse conquista de almas de modo a harmonizar sua resposta sem o
restante das escrituras.

ele falou, sim, da Conquista de almas da Conquista de almas de criancinhas!


qualquer tentativa de interpretar esssa passage, que deixe de ressaltar este fato, vai
perder seu real significado.

Antes de Jesus pronúnciar qualquer palavra, ele chamou uma criança pequena e
colocou-a no meio dos discípulos. Então, usou a criança como uma lição objetiva.
Tudo que Jesus afirmou nesses versículos foi em relação àquela criança.

Mateus diz que aquela criança era pequena não um bebê; Este não é o relato daquela
ocasião em que Jesus tomou criancinha nos braços e as abençoou (Lucas 18:15-17).
Esta criança era pequena, mas não um bebê. Marcos 9:36 lança uma luz sobre a
questão da idade da criança, pois esse versículo diz que Jesus tomou a criança em
seus braços; não no colo, mas nos braços a não ser que seja bem bem pequena.
Esta Criança tinha provavelmente seis ou sete anos, ou até menos que isso; com
36
certeza não mais do que dez. Jesus falava nestes versículos sobre crianças dessa
idade (Mateus 18:10).

Até um adulto deve tornar-se uma criança para entrar no Reino a criança pequena é
humilde, pode ser ensinada e confia nas pessoas. Cada uma dessas características é
essencial para alguém achegar-se adeus, reconhecendo-se um pecador perdido, e
aceitar a salvação pela graça, um dom gratuito! coisa dultos perderam essas
qualidades essenciais. Somente pela angústia do arrependimento e pela graça de
Deus podem alcançá-las. Visto que as criancinhas Já possuem essas características,
Jesus está ensinando que é mais fácil uma criança vir a Cristo do que um adulto.
A experiência prova isto. As crianças vêm facilmente a Cristo quando lhe e dada uma
oportunidade (Mateus 18:3).
● Muitos acham que se conhecido como “obreiros de criança” é está em que
posição inferior, abaixo de sua dignidade. Evangelizar crianças não traz
reconhecimento, elas continuam crianças depois de aceitarem a Cristo. Não
são um acréscimos imediato a força da igreja, não são membros contribuintes.
● Jesus no entanto ensinou que aqueles que quisessem ser os maiores aos
olhos de Deus deveriam calcular devidamente o valor da alma da criança e agir
de acordo com isto. ele ensinou ou que Isto mostra humildade (Mateus 18:4).
● Jesus disse que receber uma dessas criancinhas em seu nome ( em sentido
espiritual) é como receber ver o próprio Cristo. Marcos 9:37 torna esta
declaração ainda mais forte. Receber uma criança é como receber a Deus Pai.
● Por que o senhor valorizou tanto uma criança pequena? A resposta é simples.
Cada criança tem uma alma Imortal. Ela passará a eternidade em um lugar. Se
crescer no pecado e não vier a Cristo durante a sua vida, não passará a
eternidade no céu.
● Levar almas Cristo é a maior cobra do mundo. levar crianças de Cristo é uma
obra tão Excelente quanto levar adultos a Cristo.

Muitos do vidro que crianças de seis, oito ou dez anos possam crer em Cristo e ser
regeneradas pelo Espírito Santo. Jesus resolveu esta questão para sempre. Ele disse:
“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim...”
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(Mateus 18:6). João 1:12 dá a promessa: “A todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem chamados filhos de Deus”. Não há limite de idade aqui! Uma
criança pode preencher os requisitos e reivindicar a promessa.

● É razoável acreditar que uma criança de, digamos, oito anos de idade possa
vir a Cristo e crer para a salvação?
● A criança de oito anos peca conscientemente?
● Quando peca, está consciente de sua culpa?
● A criança dessa idade tem condições de compreender a mensagem simples de
Cristo morrendo para salvar pecadores?
● Tal criança pode tomar uma decisão por vontade própria?
● Quando estas perguntas forem respondidas, Só Há um meio de respondê-la,
tornar-se claro que crianças pequenas podem realmente para a salvação.
Depois que elas creem, será que Deus não vai regenerá-las segundo a sua
promessa?
Muitos de nossos cristãos mais excelentes - Leigos, ministros e missionários -
testemunham que realmente nasceram de novo quando crianças, alguns deles como
menos de seis anos.

AS CRIANÇAS PRECISAM DA SALVAÇÃO?


Nosso Senhor respondeu também a questão, pois é da máxima importância. Ele nos
surpreende ao dizer no versículo onze - lembre-se também de que Ele ainda falava
de pequeninos - que veio “para salvar o que estava perdido”. Os Pequeninos estão
perdidos? Sim em potencial. No versículo quatorze, Ele diz que não é da vontade do
Pai que os pequeninos pereçam, tornando claro que irão perecer se não forem levados
a Cristo. Se crermos no que a Palavra de Deus diz aqui, jamais descansaremos
enquanto não virmos as nossas crianças e as crianças por quem somos responsaveis
convertidas e salvas.
Jesus não nos diz qual a idade em que uma determinada criança se perderá (pois
todos cremos que a salvação de bebês está assegurada na obra de Cristo na cruz),
mais é um fato evidente que cada uma delas vai atravessar essa linha invisível.
Qualquer criança está potencialmente perdida se não for levada a Cristo, na qualidade
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de pecadora, para que o Senhor Jesus Cristo possa Salvá-la. Diante desta verdade, a
única coisa razoável e segura a fazer é levar cada criança a Cristo o mais cedo
possível. No momento em que a criança sabe a diferença entre o certo e o errado, no
momento em que mostra evidência de uma consciência culpada quando age mal, ela
morreu pelos seus pecados. Também te idade suficiente para aprender quanto Deus a
ama e como Jesus morreu pelos seus pecados, Também tem idade suficiente para que
lhe expliquem como Deus, em sua palavra, promete perdoar todos os nossos ir
pecados, e que o Senhor Jesus vem morar em nossos corações quando O aceitamos
como nosso Salvador (Mateus 18:11, 14).

Os pequeninos podem crer e ser salvos, e o Senhor encarregou a nós, os crentes, de


levar os pequeninos a Cristo para terem salvação. Muitos que até acreditam na
conversão de crianças insistem em que não devemos esforçar-nos para levar crianças
a Cristo aguardando que o Espírito Santo a influencie até que ela venha a Cristo por si
mesma, ou nos procure para ser levada a Cristo Jesus derrubou essas falsas teorias,
responsáveis pelo fato de muitíssimas crianças não virem a Cristo. Elas teriam sidos
levavas a Ele se tivéssemos cumprido nosso dever em lugar de pôr toda a
responsabilidade sobre o Espírito Santo e a criança.
Nos versículos 12 e 13, Jesus nos conta a parábola da ovelha perdida. Nestes
versículos, Ele afirma ser dever dos discípulos sair e encontrar o perdido, trazendo-o
ao redil, da mesma forma que um pastor fiel faria se uma única ovelha se desviasse.
Esta parábola torna ridícula a ideia de quê crianças pequenas devem ir à Cristo por
por si mesma, pois como uma ovelha perdida voltaria ao rebanho por si mesma sem
ajuda do pastor? O pastor nesta, parábola, não é o Espírito Santo ou o Senhor, mas o
discípulo. Visto que Jesus deu este ensina a todos os seus discípulos, a
responsabilidade de evangelizar crianças cabe a todos os crentes. Ele ainda está
tratando da questão da maior recompensa. Ninguém que negligenciar este dever
solene ganhará a maior recompensa.

OS PAIS CRISTÃOS DEVEM EVANGELIZAR SEUS FILHOS


Em Efésios 6:4, os pais crentes recebem ordem de criar seus filhos na disciplina e na
admoestação do Senhor. Nenhum pai pode obedecer este mandamento sem
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evangelizar seus próprios filhos. O plano de Deus é que os filhos de crentes sejam
levados a Cristo no lar pelos próprios pais. Em que idade? Quando são crianças que
ainda podem ser carregados nos braços. Se fossem guiados dessa forma, poucos
filhos de pais cristãos cresceriam não salvos, e iríamos para o céu em família. Este
texto pressupõe que um pai crente sabe como que é seu filho a Cristo. Todo pai falha
em seu dever para com seus filhos se não tiver conhecimento. Deus vai
responsabilizar os pais pela salvação de seus filhos.

A IGREJA E A ESCOLA DOMINICAL DEVERIAM EVANGELIZAR SUAS CRIANÇAS

Em João 21:15 Jesus mandou Pedro alimentar suas (de Jesus) ovelhas e, sem sombra
de dúvida, Ele queria indicar os pequeninos. Jesus não falava a Pedro como a um pai,
mas como a um apóstolo o líder da igreja. Neste momento, o Senhor estava
responsabilizando os líderes da igreja pelas crianças da igreja. Elas não podem ser
alimentadas se não forem evangelizadas. Tentar alimentar ovelhas não salvas -
crianças não salvas - não é o plano de Deus e levar ao fracasso. I Coríntios 2:14 fala
que os não salvos não podem entender coisas espirituais. As crianças que vão à escola
dominical durante anos mas não nascem de novo, podem só receber a "letra" da
Palavra; mas "a letra mata" (2 Coríntios 3:6). Quantas de nossas crianças foram
"mortas" em vez de salvas! Não é de admirar que oitenta e cinco por cento as crianças
deixam a escola dominical na adolescência e a maioria delas não voltam mais? Por
quê? Matamos o seu interesse e o seu amor pela palavra de Deus. Elas nunca viram A
beleza de seu mais profundo significado espiritual.
Assim como é dever dos pais crentes evangelizarem seus filhos, nosso Senhor tornou
o dever dos líderes da igreja evangelizar as crianças da Escola Dominical, e esta
evangelização certamente deve estender-se ah os filhos nos lares de toda a
congregação. Em que idade estas crianças deveriam ser levadas a Cristo? Enquanto
forem enquanto forem suficientemente pequenas para um homem tomá-las nos
braços. Se fossem assim orientadas, poucas crianças da Escola Dominical cresceriam
não salvas. Da maneira como as coisas estão atualmente, milhares de alunos da
Escola Dominical a abandonam na condição de Não salvos. Creio que Deus vai

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considerar os líderes da igreja e da Escola Dominical responsáveis pela salvação de
cada criança sob seus cuidados.

TODOS OS CRISTÃOS DEVERIAM EVANGELIZAR AS CRIANÇAS NÃO SALVAS


A parábola da ovelha perdida não está, porém, tratando da criança em um lar cristão
ou uma escola dominical; em vez disso, faz referências às crianças perdidas, não
alcançadas. Nosso Senhor responsabilizou todos os seus discípulos pela evangelização
destas e o único meio de alcançá-las é ir alcançá-las lá fora, ir para lá onde estão, de
todas as maneiras possíveis. De acordo com esta parábola, o plano do Senhor para
essas crianças perdidas é evangelizá-las primeiro, lá onde as encontramos, e depois,
assim que for possível, trazê-las ao redil da igreja e da Escola Dominical. Como se vê,
Deus tem um plano triplo para evangelização dos pequeninos: no lar, na igreja ou
Escola Dominical e, então, em qualquer lugar em que possam ser encontrados ou
reunidos. O ensino da parábola é que a ovelha perdida é o primeiro dever do pastor.
Nosso primeiro dever, como crentes, é buscar salvar as crianças enquanto são
crianças, enquanto há facilidade de encontrá-la e evangelizá-las, "antes que venham
os dias mais" (Eclesiastes 12:1) quando será mais difícil contatá-las e ganhá-las

.O PERIGO DE NEGLIGENCIAR A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS


Jesus disse: “Vede, não desprezeis [desprezar = subestimar, negligenciar] a qualquer
destes pequeninos” (Mateus 18:10).A tendência de muitos é o descuido em levar os
pequeninos a Cristo, negligenciando até que fiquem mais velhos ou esperando que os
outros o façam. Nosso Senhor disse que as crianças não são “desprezadas” no céu. O
céu se preocupa com elas. O céu sabe quando uma criança pequena crê; sabe se
certa criança nasce de novo ou não e, verdade maravilhosa o céu designa um anjo
guardião para cada criança salva.
Deve se notar que as crianças referidas no versículo dez são aquelas mencionadas no
versículo seis, as “as que crêem em mim”. São estas que recebem os anjos guardiães.
Se Jesus está interessado na evangelização as crianças e o céu se comove com a
conversão de uma delas, por que então o povo de Deus se descuida tanto deste
trabalho? Não existe influência de Satanás nisto? Satanás não sabe que as crianças
podem ser salvas e não faria todo o possível para que adiássemos a salvação delas?
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Ele não sabe como é difícil conquistá-las quando ficam mais velhas? Lucas 15:10 diz
“...há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. Isto não
seria também verdade no caso do pecador ter apenas seis ou oito anos?

AS CRIANÇAS SALVAS VÃO “PERSEVERAR”?


São muitos os que hesitam em ganhar crianças para Cristo com medo que elas não
“perseverem”. Vamos nos lembrar de que o céu está protegendo cada uma delas,
cada uma tem um anjo pessoal. A experiência prova que as crianças em geral
“perseveram” melhor do que adultos. Quando as crianças não “vivem como cristãs é
geralmente por que não nasceram de novo por terem sido escandalizadas Por aqueles
que deveriam ter-se importado com elas. muitas crianças foram levadas a tomar
uma decepção com base em obras em vez de graça e, é claro, não nascerem de
novo, De que forma poderiam então ter uma vida cristã? O caminho da salvação,
“pela graça mediante a fé” (Efésios 2:8-10), Deveria ser explicado a cada criança
antes que ela seja levada a uma decisão. se isto for feito com cuidado simplicidade,
a regeneração irá quase sempre acontecer.

O TERRÍVEL PECADO DE FAZER TROPEÇAR AS CRIANÇAS


A respeito daquele que fazem tropeçar as crianças, Mateus 18:6 diz que seria melhor
eles se afogarem nas Profundezas do mar. os versículos sete a nove afirmam que, e
aqueles que fazem tropeçar as crianças tivessem o castigo merecido, no fogo do
inferno seria o seu destino. Por quê é um pecado tão terrível fazer tropeçar as
crianças com respeito as coisas espirituais? (1) Porque o bem-estar eterno delas
está em jogo; (2) porque não são capazes de encontrar a verdade por si mesmas -
elas dependem de nós; (3) porque se não nos esforçarmos para levá-las a Cristo,
elas naturalmente pensam que não podem vir a ele, por serem jovens demais; (4)
Por que as crianças pequenas desejo agradar a Deus e amar a Jesus, Se isto lhe for
ensinado da maneira certa. elas estão dispostas a se aproximar de Jesus, se alguém
lhes mostrar amorosamente como fazer isso. o fracasso delas em vir a Cristo, a culpa
é nossa, não delas.

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FAZENDO TROPEÇAR AS CRIANÇAS SALVAS
Especificamente falando, o ensinamento em Mateus 18:6 com relação a fazer
tropeçar crianças pequenas tem a ver com com crianças que já creram para a
salvação. Como se pode fazer tropeçar uma criança salva, e por este é um pecado
tão terrível?

1. Quando tem mais criança aceita a Cristo em um ambiente no qual aqueles que
deveriam encorajá-la a crer que está salva, duvidam dela e questionam a
sua conversão, ela vai, é claro, ouvir que outros, talvez até o diácono ou o
presbítero, não acham que esteja realmente salva. A não ser Que tenha ajuda
especial de alguém, ela vai provavelmente começar a duvidar de que seja
salva e não se esforçará para para viver desse modo. Qualquer criança que
aceitar a Cristo e der qualquer evidência descer um verdadeiro crente deve
ser apoiada e encorajada por todos os crentes verdadeiros.
2. Todos pois nascidos de novo são “ bebês” em Cristo e precisam ser
alimentados com leite da palavra (1 Pedro 1:22). Uma criança nascida de novo
é um bebê em Cristo e ainda é uma criança. Ela precisa ser alimentada e não
tem conhecimento suficiente para encontrar o “leite” da Palavra e alimentar a
si. E dever dos crentes adultos, que a têm sob os seus cuidados, escolher o
leite e alimentá-la. Se não fizerem isto, como ela vai crescer na graça, e de
quem é a culpa quando ela fracassar? Se não alimentarmos fisicamente os
nossos filhos em nossos lares, eles vão passar fome e nós poderemos acabar
na prisão. Jesus diz que, se deixarmos de cuidar e de alimentar espiritualmente
as crianças sob os nossos cuidados, seria melhor nos afogarmos nas
profundezas do mar. Se todos os crentes culpados deste pecado fossem
afogados hoje, iria espirrar água para todos os lados, e haveria vagas em
cargos surpreendentes!
3. As razões por que fazer tropeçar as crianças crentes é um pecado tão terrível
são: primeiro, destrói a fé e a vida cristã dessas crianças; segundo, leva a
evangelização de crianças ao descrédito, pois as crianças salvas não vivem uma
vida transformada. Esta falha desanima os obreiros que trabalham com as
crianças e os impede de cumprir seu dever; como resultado, milhões de
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crianças que alegremente viriam a Cristo não são levadas a Ele. Uma multidão
delas nunca será salva por causa do nosso fracasso. É fácil ver por que o
pecado de fazer tropeçar crianças salvas é tão terrível aos olhos de Deus. Que
Deus permita que este pecado também se torne terrível aos nossos olhos!

DEUS DECLAROU A SUA VONTADE SOBRE A SALVAÇÃO DE CADA CRIANÇA


Jesus resumiu Sua maravilhosa mensagem sobre a evangelização de crianças e sobre
a real importância da criança, removendo qualquer dúvida quanto a vontade de Deus
com respeito a salvação dos pequeninos. Ele disse: “Não é da vontade de vosso Pai
celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mateus 18:14). Com estas palavras do
Senhor soando em nossos ouvidos podemos e devemos sair e ganhar as crianças para
Cristo em toda parte. Durante muitos anos, minha experiência na evangelização de
crianças tem sido que Deus está sempre pronto a abençoar cada esforço sincero de
evangelizar pequeninos, e que o Espírito Santo vai regenerar imediatamente cada um
deles que crer realmente com base na graça.

Fonte: Livro O obstinado Mr. O - Norman Roher (APEC)

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