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Em janeiro de 1979, os islâmicos xiitas do Irã, liderados pelo aiatolá Rouhollah

Khomeini, derrubaram o governo do xá Reza Pahlevi, no poder desde a década de


1940 e aliado aos Estados Unidos, e proclamaram a Revolução Islâmica. O
movimento já vinha desde 1978, quando as diversas correntes de oposição ao xá
(esquerdistas, liberais e muçulmanos tradicionalistas) se uniram sob a liderança de
Khomeini – exilado desde 1964 no Iraque e, a partir de 1978, na França. O governo
não conseguiu controlar as manifestações de oposição ao regime, o que acarretou na
queda e no exílio do xá Reza Pahlevi. O poder foi transferido ao primeiro-ministro
Shapur Baktiar, mas durou pouco. As forças armadas aderiram aos revoltosos e, no
dia 1º de fevereiro de 1979, Khomeini voltou triunfalmente a Teerã, capital do Irã.

Dois meses depois, em 1º de abril, um plebiscito referendou o governo revolucionário


provisório do aiatolá Khomeini. O Irã foi declarado oficialmente uma república islâmica,
que, em plena Guerra Fria, não se aliava nem com os EUA, nem com a União
Soviética. Os xiitas acreditavam na Jihad, a guerra santa que converteria o mundo à fé
islâmica, e diziam que essas duas potências eram regidas pelo “Grande Satã”.

. Para efeito de análise histórica, a Revolução Iraniana é dividida em duas fases: na


primeira, houve uma aliança entre grupos liberais, grupos de esquerda e religiosos
para depor o xá; na segunda, frequentemente chamada Revolução Islâmica, viu-se a
chegada dos aiatolás ao poder

Causas da revolução

 Repressão política executada pelo SAVAK, a polícia secreta Iraniana, que


empregava censura e recorreria a prisões, tortura de dissidentes, assassinatos de
opositores ao regime implantado pelo xá Pahlevi.

 Os problemas do regime: a pobreza e a inflação, resultado das ações do xá


Reza Pahlevi, foram objetos de programa econômico do governo, porém sem
sucesso.

 O crescimento da rivalidade islâmica que se opôs à ocidentalização do Irã e viu


em Aiatolá Khomeini um promotor da Revolução.

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