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Em 25 de janeiro de 2008.
I. DO OBJETIVO
2. As modificações sugeridas têm como principais indutores a evolução das normas de defesa
do consumidor, as novas tecnologias utilizadas no fornecimento de energia elétrica e a busca por tarifas mais
módicas.
4. De modo inconteste, esses objetivos foram adimplidos. Todavia, decorridos sete anos de seu
advento, período este marcado por grandes transformações no setor, impôs-se a necessidade de uma nova
atualização da norma em tela, de sorte a permitir que ela continue sendo o marco nas relações entre os
agentes de distribuição de energia elétrica e os seus consumidores.
6. Somem-se a todos esses atores, muitas das superintendências desta Agência, que vêm
apresentando sugestões, tanto com base em sua experiência na aplicação da norma em tela, quanto em
decorrência da edição de normas novas ou da modernização das existentes, correlacionadas com ela.
(Fls. 2 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
7. Entre as questões que essa atualização irá tratar podem ser listadas as seguintes:
− redução de perdas não-técnicas;
• furto e fraude;
• inadimplência;
• recuperação de receita;
− qualidade do atendimento comercial;
− inclusão e atualização de regras e conceitos sobre:
• consumidor baixa renda;
• postos de atendimento;
• tração elétrica;
• custo de disponibilidade;
• encerramento contratual;
• irrigante e aqüicultor;
− minimização de custos operacionais:
• supressão do reaviso para suspensão; e
• leitura para faturamento.
8. Em adição às questões supra, e com destaque especial, coloca-se aquela do impacto nas
tarifas de energia elétrica de que vêm tendo as perdas não-técnicas – com destaque para o furto de energia
elétrica, perdas administrativas e a inadimplência no setor de distribuição.
10. Em vista da determinação contida no Decreto no 4.562, de 2002, cujo art. 1o estabelece que
deva ser considerado, na fixação das tarifas das distribuidoras, o impacto financeiro causado pelas perdas,
conclui-se que esse é um elemento vital na composição do preço de fornecimento de energia elétrica a ser
pago por todos os consumidores localizados dentro de uma determinada área de concessão. Isso coloca para
o regulador o desafio de enfrentar a questão, aperfeiçoando constantemente as suas normas de modo a
prover mecanismos eficazes no combate a esse problema.
11. Ao lado da questão das perdas, e de seu impacto na composição das tarifas de fornecimento
de energia elétrica para o consumidor final, coloca-se o crescente problema da inadimplência no pagamento
das faturas, na medida em que ela também é reconhecida pelo regulador, dentro de uma trajetória regulatória
definida e de percentuais limitados, como um custo operacional.
12. Em vista disso, e com o objetivo de consolidar as contribuições até então recebidas, assim
como obter novas, coordenamos um grupo de trabalho para revisão da Resolução no 456, de 2000, que
contou com a participação das Superintendências de Mediação Administrativa – SMA, de Regulação dos
Serviços de Distribuição – SRD, de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade – SFE, da Procuradoria Federal
na ANEEL e de assessores do Diretor Relator.
(Fls. 3 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
13. Assim, em 25 de abril de 2007, promovemos uma audiência interna, na qual contribuíram as
áreas supracitadas e outras da ANEEL, bem como algumas das agências reguladoras estaduais
conveniadas, a despeito de todas terem sido avisadas.
14. Mais ainda, a pedido do Diretor Relator, em 8 de outubro de 2007, fizemos a uma última oitiva
das agências estaduais, tendo novamente apenas algumas apresentado contribuições, apesar de todas terem
sido instadas a se manifestar, por meio do Ofício-Circular no 613-2007/SRC-2007, com prazo estendido até
28 de outubro de 2007, por meio do Ofício-Circular no 629-2007/SRC-2007.
15. Elaboramos as Notas Técnicas no 003, que trata especificamente de Postos de Atendimento,
e no 004/2008-SRC/ANEEL, ambas de 25 de janeiro de 2008, que analisa as modificações que resultaram na
proposta de resolução normativa que estabelece, de forma atualizada e consolidada, as Condições Gerais de
Fornecimento de Energia Elétrica.
III. DA ANÁLISE
17. Tal resolução teve por objetivo central estabelecer as regras que regem o relacionamento do
consumidor com o agente de distribuição de energia elétrica que o atende, privilegiando os princípios que
norteiam a prestação desse serviço público e o bem-estar social.
18. Desde a sua edição, em novembro de 2000, mudanças significativas foram experimentadas
nos diversos segmentos de atividades que compõem a prestação dos serviços públicos de distribuição de
energia elétrica.
19. Dentre outras, inúmeras mudanças foram introduzidas em nosso ordenamento jurídico,
especialmente na legislação setorial, assim como novas tecnologias fizeram revolucionar os procedimentos
aplicados à medição, leitura, faturamento e combate ao furto de energia elétrica.
20. Ademais, fatores sociais e culturais, aliados a situações econômicas conjunturais, revelam-se
elementos catalisadores de processos litigiosos que envolvem consumidores e agentes regulados, de tal
sorte que a regulamentação setorial deve ser dinâmica e acompanhar a evolução do ambiente, no intuito de
equilibrar essas relações, ao mesmo tempo que induz o aumento da qualidade e da eficiência na prestação
dos serviços de energia elétrica, bem como busca a modicidade das tarifas.
21. Dada a dimensão das mudanças a serem implementadas, entendeu-se por mais apropriado
promover uma completa revisão, atualização e reestruturação completa da resolução vigente, cuja proposta a
SRC submeteu por meio da Nota Técnica no 004/2008-SRC/ANEEL, de 25 de janeiro de 2008, a qual analisa
171 artigos integrantes da minuta de Resolução a ser disponibilizada à Audiência Pública.
(Fls. 4 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
22. Nesse diapasão, faz-se mister destacar a redução das perdas não-técnicas como um dos
grandes motes da revisão ora promovida, buscando-se atualizar os conceitos relacionados à caracterização
do furto de energia elétrica, assim como adequar os mecanismos de recuperação de receita e implementar
medidas de redução da inadimplência, uma vez que tais práticas penalizam a coletividade, onerando as
tarifas e induzindo ao uso ineficiente da energia elétrica.
23. Outro tema de relevo é aquele que trata da adoção de medidas que visam à minimização dos
custos operacionais, destacando-se a extinção do reaviso para suspensão do fornecimento e a adequação
das regras para execução da leitura para faturamento.
24. Por fim, destacamos a inclusão da regulação atinente aos consumidores “irrigantes” e
“aqüicultores”, bem como a adequação da forma de atendimento presencial aos consumidores, por meio de
postos de atendimento, e a padronização dos critérios e indicadores comerciais, com vistas a uniformizar o
tratamento dispensado aos consumidores de todo o país, uma vez que a meta para universalização plena dos
serviços de energia elé trica encontra-se próxima de ser atingida.
Artigo 1o – da observância
27. A nova redação incorpora que deve ser observado também pelos consumidores especiais:
Artigo 2o – definições
29. Em sua nova redação, foram introduzidos novos conceitos e definições, bem como
atualizados os demais de modo a uniformizá-los com a legislação setorial e a adequada prestação dos
serviços públicos de distribuição de energia elétrica.
Art. 2o. Para os fins e efeitos desta Resolução são adotadas as seguintes
definições mais usuais:
XVIII - Energia elétrica ativa: aquela que pode ser convertida em outra forma
de energia, expressa em quilowatts-hora (kWh).
XXIII - Horário de ponta (P): período definido pela distribuidora para toda sua
área de concessão considerando a curva de carga de seu sistema elétrico e composto por 3
(três) horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de
carnaval, sexta-feira da Paixão, “Corpus Christi” e, sem prejuízo de outros, os seguintes
feriados definidos por lei federal:
(Fls. 11 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
XXIV - Horário fora de ponta (F): período composto pelo conjunto das horas
diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta.
XXXI - Fatura: nota fiscal que apresenta a quantia total a qual deve ser paga
pelo consumidor à distribuidora referente ao fornecimento, conexão e uso do sistema,
prestação de serviços cobráveis e outros não vilculados à prestação do serviço público de
energia elétrica, desde que contratado livremente, observando-se a clara especificação do
período e discriminação das parcelas correspondentes.
a) Subgrupo B1 - residencial.
b) Subgrupo B1 - residencial baixa renda.
c) Subgrupo B2 - rural.
d) Subgrupo B2 - cooperativa de eletrificação rural.
e) Subgrupo B2 - serviço público de irrigação.
f) Subgrupo B3 - demais classes.
g) Subgrupo B4 - iluminação pública.
XXXV - Iluminação pública: serviço que tem por objetivo exclusivo prover de
claridade os logradouros públicos, de forma periódica, contínua, ou eventual, excetuados
aqueles cuja emissão luminosa não se destine ao fim aqui especificado.
LIX - Tração elétrica: aquela cujo consumidor responsável, quer seja o Poder
Público ou seu delegatário, preste o serviço de transporte público por meio de tração elétrica
urbano-ferroviária, podendo ela operar eletricamente interligada a demais unidades
consumidoras de mesma natureza e sob a responsabilidade de um mesmo consumidor.
(Fls. 15 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
30. Este artigo traz todas as condições que se fazem necessárias para a ligação de unid ade
consumidora, tais como: observação técnica, preparação para instalação de equipamento de medição,
celebração de contrato, documentos, declaração de carga etc.
I - obrigatoriedade de:
a) observância, nas instalações elétricas da unidade consumidora, das
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT ou outra organização credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO, e das normas e padrões da
concessionária, postos à disposição do interessado;
b) instalação, pelo interessado, quando exigido pela concessionária, em
locais apropriados de livre e fácil acesso, de caixas, quadros, painéis ou cubículos destinados
à instalação de medidores, transformadores de medição e outros aparelhos da
concessionária, necessários à medição de consumos de energia elétrica e demandas de
potência, quando houver, e à proteção destas instalações;
c) declaração descritiva da carga instalada na unidade consumidora;
d) celebração de contrato de fornecimento com consumidor responsável por
unidade consumidora do Grupo “A”;
e) aceitação dos termos do contrato de adesão pelo consumidor responsável
por unidade consumidora do Grupo “B”;
f) fornecimento de informações referentes a natureza da atividade
desenvolvida na unidade consumidora, a finalidade da utilização da energia elétrica, e a
necessidade de comunicar eventuais alterações supervenientes.
II - eventual necessidade de:
a) execução de obras e/ou serviços nas redes e/ou instalação de
equipamentos, da concessionária e/ou do consumidor, conforme a tensão de fornecimento e
a carga instalada a ser atendida;
b) construção, pelo interessado, em local de livre e fácil acesso, em
condições adequadas de iluminação, ventilação e segurança, de compartimento destinado,
exclusivamente, à instalação de equipamentos de transformação, proteção e outros, da
concessionária e/ou do interessado, necessários ao atendimento das unidades consumidoras
da edificação;
(Fls. 16 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
I - obrigatoriedade de:
a) observância, nas instalações elétricas da unidade consumidora, das
normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes e das normas e padrões da
distribuidora, postos à disposição do interessado;
b) instalação, pelo interessado, até o limite de sua propriedade, quando
exigido pela distribuidora, em locais apropriados de livre e fácil acesso, de caixas, quadros,
painéis ou cubículos destinados à instalação de medidores, transformadores de medição e
outros aparelhos da distribuidora, necessários à medição de consumos de energia elétrica e
demandas de potência, quando houver, e à proteção destas instalações;
c) declaração descritiva da carga instalada na unidade consumidora;
d) celebração de contrato de fornecimento com consumidor responsável por
unidade consumidora do Grupo “A”, anterior ao fornecimento;
e) aceitação dos termos do contrato de adesão pelo consumidor responsável
por unidade consumidora do Grupo “B”;
f) fornecimento de informações referentes à natureza da atividade
desenvolvida na unidade consumidora, a finalidade da utilização da energia elétrica, e a
necessidade de comunicar eventuais alterações supervenientes;
g) apresentação dos documentos relativos à sua constituição e registro,
quando pessoa jurídica; e
h) apresentação do Cadastro de Pessoa Física - CPF e a Carteira de
Identidade ou, na inexistência desta, de outro documento de identificação oficial.
32. Este artigo, em sua redação atual, dispõe sobre as condicionantes cuja imposição é facultada
à concessionária para fins de atendimento a pedidos de ligação, religação, alterações contratuais, aumento
de carga ou contratação de fornecimentos especiais, solicitados por quem tenha débitos em sua área de
concessão:
33. Por meio da redação ora proposta, pretende-se compatibilizar o artigo em foco com o capítulo
no qual está inserido, que trata do pedido de fornecimento. Assim, as condicionantes nele instituídas serão
restritas ao momento do requerimento de ligação nova, sendo as demais hipóteses tratadas em outro
Capítulo. Ainda, o inc iso II do art. 73 do Decreto no 5.163, de 2004, dá tratamento diferenciado para a
subclasse baixa renda quando se exige vínculo entre o titular e a unidade consumidora.
§ 2º Exercida qualquer das opções previstas nos arts. 53, 79 a 82, deverá ser
efetuada nova alteração nos critérios de faturamento quando:
35. Nesta redação, essencialmente, foi introduzido um comando que possibilita a mudança de
grupo tarifário quando das revisões tarifárias.
36. Estes artigos definem, de forma obrigatória e opcional, a tensão de fornecimento a ser
disponibilizada na unidade consumidora, seja por definição ou necessidade técnica, ou por opção do
consumidor, quando a tensão desejada for inferior à estipulada.
37. A nova proposta define que, para o Grupo “A”, deve ser considerada a maior demanda
contratada quando ocorrem valores diferenciados de ponta e fora de ponta e, ainda, da demanda discretizada
nos 12 (doze) meses do ano. Dispõe ainda de mudança de opção para tensão superior à definida, inclusive
para as unidades consumidoras em tensão secundária. O artigo 8º passa a ser o inciso IV do art. 7º.
38. Este artigo define a localização do ponto de entrega como o limite da via pública com o
imóvel em que se localizar a unidade consumidora e as ressalvas.
39. O novo artigo incorpora a definição de ponto de entrega, sua localização, na área urbana e
rural, e suas ressalvas. A opção de ser atendido por ramal subterrâneo em local servido por rede aérea passa
a ter anuência da distribuidora nas situações em que o ramal deve transpor a via pública, ficando o local de
entrega situado no limite desta com a primeira propriedade intermediária; diferente da disposição atual, que
define este ponto de entrega na conexão deste ramal com a rede aérea.
“Art. 28. Até o ponto de entrega a distribuidora deverá adotar todas as providências com
vistas a viabilizar o fornecimento, observadas as condições estabelecidas na legislação e
regulamentos aplicáveis, bem como operar e manter o seu sistema elétrico.
Art. 13. A antecipação de atendimento de que trata o art. 14, § 5o, da Lei no
10.438, de 26 de abril de 2002, com redação dada pela Lei no 10.762, de 11 de novembro de
2003, poderá ser feita mediante execução da obra pelo interessado, observados os termos
da Resolução no 223, de 29 de abril de 2003, e as seguintes condições:
41. Aqui é definido o atendimento por consumidor e por localidade, devendo este atendimento
estar vinculado a propriedades contíguas, sem utilização de vias públicas e de terceiros.
42. A proposta divide o assunto em dois artigos, um que trata de atendimento por consumidor e
outro sobre compartilhamento de subestação. Estamos especificando que a distribuidora poderá participar do
compartilhamento de subestação de propriedade de consumidor, sendo vedado o contrário.
44. A redação proposta visa, basicamente, atualizar e reordenar os conceitos ora vigentes, à
exceção de novo comando que viabiliza a individualização de medição para faturamento segundo novos
paradigmas, de tal sorte que as novas tecnologias para medição e faturamento possam significar a redução
de custos com tal implementação.
46. Este artigo define claramente a responsabilidade da concessionária para classificar a unidade
consumidora na melhor opção tarifária a que o consumidor tiver direito, inclusive para subclasses baixa renda
e agropecuária residencial, em face de inexistência, à época, de política social mais clara.
Art. 26. Quando for exercida mais de uma atividade na mesma unidade
consumidora, sua classificação corresponderá aquela que apresente a maior parcela da
carga instalada.
48. Este artigo procedimentaliza as mudanças tarifárias nos casos de alterações na atividade de
unidades consumidoras
49. Propõe-se um procedimento padrão nos casos de alteração de atividade e tarifa para uma
unidade consumidora, tendo em vista a existência entendimentos diversos nas distribuidoras.
(Fls. 32 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
50. O presente artigo estabelece os procedimentos a serem adotados pela distribuidora, quando
da classificação da unidade consumidora, considerando a atividade nela exercida.
I - Residencial
Fornecimento para unidade consumidora com fim resid encial, ressalvado os
casos previstos na alínea “a” do inciso IV, deste artigo, devendo ser consideradas as
seguintes subclasses:
a) Residencial - fornecimento para unidade consumidora com fim residencial
não contemplada na alínea “b” deste inciso, incluído o fornecimento para instalações de uso
comum de prédio ou conjunto de edificações, com predominância de unidades consumidoras
residenciais; e
b) Residencial Baixa Renda - fornecimento para unidade consumidora
residencial, caracterizada como “baixa renda” de acordo com os critérios estabelecidos em
regulamentos específicos.
(Fls. 33 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
II - Industrial
Fornecimento para unidade consumidora em que seja desenvolvida
atividade industrial, inclusive o transporte de matéria-prima, insumo ou produto resultante do
seu processamento, caracterizado como atividade de suporte e sem fim econômico próprio,
desde que realizado de forma integrada fisicamente à unidade consumidora industrial,
devendo ser feita distinção entre as seguintes atividades, conforme definido no Cadas tro
Nacional de Atividades Econômicas - CNAE:
1 - extração de carvão mineral;
2 - extração de petróleo e serviços correlatos;
3 - extração de minerais metálicos;
4 - extração de minerais não metálicos;
5 - fabricação de produtos alimentícios e bebidas;
6 - fabricação de produtos do fumo;
7 - fabricação de produtos têxteis;
8 - confecção de artigos do vestuário e acessórios;
9 - preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de
viagem e calçados;
10 - fabricação de produtos de madeira;
11 - fabricação de celulose, papel e produtos de papel;
12 - edição, impressão e reprodução de gravações;
13 - fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis
nucleares e produção de álcool;
14 - fabricação de produtos químicos;
15 - fabricação de artigos de borracha e plástico;
16 - fabricação de produtos de minerais não-metálicos;
17 - metalurgia básica;
18 - fabricação de produtos de metal – exclusive máquinas e equipamentos;
19 - fabricação de máquinas e equipamentos;
20 - fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática;
21 - fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos;
22 - fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de
comunicações;
23 - fabricação de instrumentos médico-hospitalares, de precisão, ópticos e
para automação industrial;
24 - fabricação e montagem de veículos automotores , reboques e
carrocerias;
25 - fabricação de outros equipamentos de transporte;
26 - fabricação de móveis e indústrias diversas;
27 - reciclagem de sucatas metálicas e não metálicas;
28 - construção civil;
29 - outras indústrias.
(Fls. 34 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
IV - Rural
Fornecimento para unidade consumidora localizada em área rural, onde seja
desenvolvida atividade relativa à agropecuária, inclusive o beneficiamento ou a conservação
dos produtos agrícolas oriundos da mesma propriedade, sujeita à comprovação perante a
concessionária, devendo ser consideradas as seguintes subclasses:
a) Agropecuária
Fornecimento para unidade consumidora cujo consumidor desenvolva
atividade relativa à agricultura e/ou a criação, recriação ou engorda de animais, inclusive o
beneficiamento ou a conservação dos produtos agrícolas oriundos da mesma propriedade
rural, bem como a transformação de produtos destinados à utilização exclusivamente na
unidade consumidora, devendo ser incluída também nesta subclasse:
c) Indústria Rural
Fornecimento para unidade consumidora que se dedicar a atividades
agroindustriais, ou seja, em que seja promovid a a transformação, o beneficiamento, a
armazenagem e a conservação de produtos advindos diretamente da agropecuária, desde
que a potência posta à sua disposição não ultrapasse 112,5 kVA.
d) Coletividade Rural
Fornecimento para unidade consumidora caracterizada por grupamento de
usuários de energia elétrica, com predominância de carga em atividade classificável como
agropecuária, que não seja cooperativa de eletrificação rural.
(Fls. 35 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
f) Escola Agrotécnica
Fornecimento exclusivamente para unidade consumidora em que seja
desenvolvida atividade de ensino e pesquisa direcionada à agropecuária, sem fins lucrativos,
e explorada por entidade pertencente ou vinculada à Administração Direta, Indireta ou
Fundações de Direito Público da União, dos Estados ou dos Municípios.
g) Residencial Rural
Fornecimento para unidade consumidora situada em área rural com fim
residencial, utilizada por trabalhador rural ou trabalhador aposentado nesta condição, e,
também, para unidade consumidora localizada em área urbana e onde se desenvolvam as
atividades estabelecidas no “caput” do inciso IV, também sujeitos à comprovação perante à
concessionária ou permissionária de distribuição, observados os seguintes requisitos:
V - Poder Público
Fornecimento para unidade consumidora onde, independentemente da
atividade a ser desenvolvida, for solicitado por pessoa jurídica de direito público que assuma
as responsabilidades inerentes à condição de consumidor, com exceção dos casos
classificáveis como Serviço Público de Irrigação Rural, Escola Agrotécnica, Iluminação
Pública e Serviço Público, incluído nesta classe o fornecimento provisório, de interesse do
Poder Público, e também solicitado por pessoa jurídica de direito público, destinado a atender
eventos e festejos realizados em áreas públicas, devendo ser consideradas as seguintes
subclasses:
a) Poder Público Federal;
b) Poder Público Estadual ou Distrital; e
c) Poder Público Municipal.
VI - Iluminação Pública
Fornecimento para iluminação de ruas, praças, avenidas, túneis, passagens
subterrâneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usuários de transportes
coletivos, e outros logradouros de domínio público, de uso comum e livre acesso, de
responsabilidade de pessoa jurídica de direito público ou por esta delegada mediante
concessão ou autorização, incluído o fornecimento destinado à iluminação de monumentos,
fachadas, fontes luminosas e obras de arte de valor histórico, cultural ou ambiental,
localizadas em áreas públicas e definidas por meio de legislação específica, excluído o
fornecimento de energia elétrica que tenha por objetivo qualquer forma de propaganda ou
publicidade.
(Fls. 36 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
51. As adequações ocorrem nas classes Industrial e Rural. Na Industrial, retira-se as várias
definições das atividades vinculadas ao CNAE, em face das mesmas sofrerem constantes atualizações,
permanecendo a referência ao CNAE, o qual deve ser consultado. Na Rural, em face de atualizações
ocorridas no art. 16 do Decreto 62.724, de 1968, propõe-se a adequação dessa classe, renomeando as
subclasses, considerada a diferença existente entre uma atividade agropecuária localizada na área urbana e
uma na rural.
I - Residencial
Fornecimento para unidade consumidora com fim residencial, devendo ser
consideradas as seguintes subclasses:
a) Residencial; e
b) Baixa Renda – observado os critérios adicionais estabelecidos em
regulamentação específica.
II - Industrial
Fornecimento para unidade consumidora em que seja desenvolvida
atividade industrial, conforme definida no CNAE, bem como o transporte de matéria-prima,
insumo ou produto resultante do seu processamento, caracterizado como atividade de
suporte e sem fim econômico próprio, desde que realizado de forma integrada fisicamente à
unidade consumidora industrial.
IV - Rural
Fornecimento para unidade consumidora que desenvolva atividade relativa à
agropecuária, inclusive o beneficiamento ou a conservação dos produtos agrícolas oriundos
da mesma propriedade, sujeita à comprovação perante a distribuidora, devendo ser
consideradas as seguintes subclasses:
a) Agropecuária-Rural
Fornecimento para unidade consumidora localizada na área rural cujo
consumidor desenvolva atividade relativa à agropecuária, incluído também os seguintes
fornecimentos nesta subclasse:
c) Agroindustrial
Fornecimento para unidade consumidora, independente de sua localização,
que se dedicar a atividades agroindustriais, ou seja, em que seja promovida a transformação,
o beneficiamento, a armazenagem e a conservação de produtos advindos diretamente da
agropecuária, desde que a potência posta à sua disposição não ultrapasse 112,5 kVA.
(Fls. 38 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
e) Escola Agrotécnica
Fornecimento exclusivamente para unidade consumidora localizada na área
rural em que seja desenvolvida atividade de ensino e pesquisa direcionada à agropecuária,
sem fins lucrativos, e explorada por entidade pertencente ou vinculada à Administração
Direta, Indireta ou Fundações de Direito Público da União, dos Estados ou dos Municípios.
f) Agropecuária-Urbana
Fornecimento para unidade consumidora localizada na área urbana e cujo
consumidor desenvolva atividade relativa a agropecuária, observados os seguintes
requisitos:
V - Poder Público
Fornecimento para unidade consumidora onde, independentemente da
atividade a ser desenvolvida, for solicitado por pessoa jurídica de direito público que assuma
as responsabilidades inerentes à condição de consumidor, com exceção dos casos
classificáveis como Serviço Público de Irrigação Rural, Escola Agrotécnica, Iluminação
Pública e Serviço Público, incluído nesta classe o fornecimento provisório, de interesse do
Poder Público, e também solicitado por pessoa jurídica de direito público, destinado a atender
eventos e festejos realizados em áreas públicas, devendo ser consideradas as seguintes
subclasses:
a) Poder Público Federal;
b) Poder Público Estadual ou Distrital; e
c) Poder Público Municipal.
VI - Iluminação Pública
Fornecimento para iluminação de ruas, praças, avenidas, túneis, passagens
subterrâneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usuários de transportes
coletivos, logradouros de uso comum e livre acesso, de responsabilidade de pessoa jurídica
de direito público ou por esta delegada mediante concessão ou autorização, incluído o
fornecimento destinado à iluminação de monumentos, fachadas, fontes luminosas e obras de
arte de valor histórico, cultural ou ambiental, localizadas em áreas públicas e definidas por
meio de legislação específica, excluído o fornecimento de energia elétrica que tenha por
objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade ou para realização de atividades que
geram benefícios econômicos.
(Fls. 39 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
52. A disciplina referente ao cadastro relativo das unidades consumidoras é tratada neste artigo,
devendo o mesmo ser mantido por um período de 60 meses.
I - identificação do consumidor:
a) nome completo;
b) número e órgão expedidor da Carteira de Identidade ou, na ausência
desta, de outro documento de identificação oficial e, quando houver, número do Cadastro de
Pessoa Física – CPF; e
c) número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.
II - número ou código de referência da unidade consumidora;
III - endereço da unidade consumidora, incluindo o nome do município;
IV - classe e subclasse, se houver, da unidade consumidora;
V - data de início do fornecimento;
VI - tensão nominal do fornecimento;
VII - potência disponibilizada e, quando for o caso, a carga instalada
declarada ou prevista no projeto de instalações elétricas;
VIII - valores de demanda de potência e consumo de energia elétrica ativa
expressos em contrato, quando for o caso;
(Fls. 40 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
53. Considerando que o prazo máximo para a recuperação da receita não será superior à 36
meses, com fulcro no art. 206, IV, da Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o prazo de 60 meses para a
guarda dos dados por parte da distribuidora foi reduzido para 36, exceto para a classe Residencial, a qual se
dará por tempo indeterminado, enquanto perdurar o critério estabelecido em Lei para obtenção, por parte das
distribuidoras, da subvenção econômica da subclasse Residencial Baixa Renda.
I - identificação do consumidor:
a) nome completo;
b) se pessoa física, número do Cadastro de Pessoa Física - CPF; número e
órgão expedidor da Carteira de Identidade ou de outro documento de identificação oficial; e
c) se pessoa jurídica, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica – CNPJ;
55. O artigo seguinte trata do termo de adesão, o qual versa sobre o relacionamento entre o
consumidor responsável por unidade consumidora do grupo “B” e a distribuidora, segundo as disposições da
regulamentação vigente:
57. O artigo seguinte trata do contrato de fornecimento, o qual versa sobre o relacionamento
entre o consumidor responsável por unidade consumidora do grupo “A” e a distribuidora, segundo as
disposições da regulamentação vigente:
II - tensão de fornecimento;
59. Este artigo estipula a condição para redução da demanda contratada, qual seja, a
apresentação prévia de projeto para eficientização energética:
60. Na redação proposta, reformulada, explicita-se que a apresentação do projeto deve ser
prévia, consoante obrigação de tornar possível a comprovação por parte da distribuidora:
62. Na redação proposta, estamos incorporando que as reclamações formuladas por parte do
Poder Público serão analisadas por esta ANEEL ou pelas agências conveniadas apenas no que concerne às
cláusulas acordadas e contidas no respectivo contrato de fornecimento, e que havendo interesse das partes
para transferência da propriedade dos ativos de iluminação pública, a distribuidora deverá comunicar à
ANEEL para proceder aos estudos necessários para aprovação da referida transferência.
63. O presente artigo dispõe sobre a vistoria de unidade consumidora, em tensão inferior a 69 kV:
64. Por meio da redação ora proposta, pretende-se definir o prazo para que a concessionária, em
caso de reprovação, informe ao interessado o motivo e as providências corretivas necessárias conforme
segue:
65. Este artigo dispõe sobre o prazo de ligação de unidades consumidoras em tensão inferior a
69 kV:
Parágrafo único. Os prazos fixados neste artigo devem ser contados a partir
da data da aprovação das instalações e do cumprimento das demais condições
regulamentares pertinentes."
III - 7 (sete) dias úteis para unidade consumidora do Grupo “A”, localizada
em área urbana ou rural.
67. Este artigo estabelece os prazos e procedimentos para a distribuidora elaborar os estudos,
orçamentos e projetos e informar ao interessado nas situações previstas nos incisos I, II e III.
68. Verificou-se que os prazos estabelecidos nos contratos de concessão e já praticados pelas
distribuidoras eram inferiores ao disposto na Resolução no 456/00, sendo proposto a unificação do prazo de
elaboração dos estudos, orçamentos e projetos e informação ao interessado para o atendimento em tensão
secundária ou tensão primária de distribuição bem como a unificação do Art. 30 na forma do parágrafo
segundo do Artigo 28, para deixar claro que no caso de tensões acima de 69 kV, a informação ao interessado
também deve ser feita no prazo regulamentar, apenas o prazo de início e conclusão da obra pode ser
acordado entre as partes, conforme segue:
(Fls. 50 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
74. A alteração proposta tem por objetivo tornar mais transparente a forma de faturamento da
energia reativa para as unidades do Grupo B, estabelecendo a necessidade de medição permanente da
energia reativa, conforme segue:
76. O art. 36, em seu parágrafo único, dispõe sobre a possibilidade de cobrança de um custo
administrativo do consumidor, se constatado o rompimento de lacres ou selos instalados nos medidores e
padrões. Ressalte-se que facultou-se tal cobrança mesmo perante a inexistência de redução comprovada no
consumo de energia elétrica na unidade consumidora onde estiver instalado o equipamento avariado:
78. Note-se, igualmente, que a presente redação do art. 36 não discrimina os casos em que o
consumidor não se enquadra como fiel depositário dos equipamentos de medição, consoante definido pelo
art. 105 da mesma Resolução no 456/00. Nos casos de medição externa, essa condição se dilui, mitigando a
aplicabilidade do art. 36, mormente ante a inexistência de redução de consumo e de comprovação de
responsabilidade pela avaria ao equipamento de medição. Sendo assim, há que ser modificada a redação do
art. 36, contemplando-se as questões levantadas neste e no item anterior, conforme sugestão abaixo:
“Art. 35. A verificação periódica dos medidores de energia elétrica instalados na unidade
consumidora deverá ser efetuada segundo critérios estabelecidos na legislação metrológica, devendo o
consumidor assegurar o livre acesso dos inspetores credenciados aos locais em que os equipamentos
estejam instalados.”
81. A alteração proposta visa a adequação da redação ora vigente, com vistas a explicitar quais
são os limites percentuais admissíveis de erro de medição do ponto de vista metrológico.
82. O artigo 39, que trata da organização do calendário de leitura e não teve alteração:
“Art. 134. A distribuidora deverá organizar e manter atualizado o calendário das respectivas
datas fixadas para a leitura dos medidores, apresentação e vencimento da fatura, bem como de eventual
suspensão do fornecimento, o qual estará sujeito a fiscalização da ANEEL.
Parágrafo único. Qualquer modificação das datas do calendário deverá ser previamente
comunicada ao consumidor, por escrito.
.”
(Fls. 56 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
83. Este artigo disciplina os intervalos de leitura e faturamento, bem como para faturamento
inicial e de remanejamento de rota:
84. Embora o artigo estabeleça valores inferiores e superiores para leitura, bem assim ao
faturamento, tem-se verificado leituras com intervalos diferentes do estabelecido no artigo. Assim, quando de
sua ocorrência, propõe-se, no § 4°, uma proporcionalização do faturamento.
85. Esse artigo apresenta as situações que permitem a distribuidora realizar leituras e
faturamentos diferentes do estipulado no artigo precedente.
“Art. 100.
DF2 × TD × P
FDpr = DF1 × TD +
30
onde:
FDpr = Faturamento proporcional da demanda;
DF1 = Demanda Faturável no período inicial;
TD = Tarifa de Demanda;
DF2 = Demanda Faturável no período excedente;
P = Período excedente a 30 (trinta) dias.”
∑T × P
i =1
i i
TP = n
∑Pi =1
i
(Fls. 60 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
onde:
TP = Tarifa Proporcional a ser aplicada ao faturamento do período;
Ti = Tarifa em vigor durante o período “i” de fornecimento;
Pi = Número de dias em que esteve em vigor a tarifa “i” de fornecimento.
n
91. Em face das mudanças ocorridas em Lei que disciplinam o assunto, estamos adequando a
forma de faturamento da subclasse residencial baixa renda.
Artigo 46 – disciplina o procedimento para realização de leitura e/ou faturamento diferente dos
estabelecidos
93. Este artigo disciplina o faturamento de unidades consumidoras pertencentes ao Grupo “B”. O
faturamento de energia reativa excedente. Atualmente só é permitido por meio de medição transitória,
conforme artigo 34.
94. Inclui-se, por meio de outro artigo, a possibilidade de a distribuidora realizar o faturamento,
sem efetuar a leitura, por até 2 (duas) vezes no período de 12 (doze) meses:
(Fls. 62 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
95. Este artigo disciplina o valor mínimo faturável, relativo ao custo de disponibilidade do sistema,
que representa a demanda na composição da tarifa do Grupo “B”, conforme previsto no Decreto no 62.724, de
1968:
97. A tarifa do grupo “B” é monômia, ou seja, é constituída por preço aplicável unicamente ao
consumo de energia elétrica ativa, obtida pela conjunção da componente de demanda de potência e de
consumo de energia elétrica, as quais compõem a tarifa binômia, aplicada ao grupo “A”. A demanda, por sua
vez, é a parcela que remunera a concessionária pelo uso do sistema elétrico, de sorte que sua cobrança dos
consumidores do grupo “B”, por meio do custo de disponibilidade, representa mero ressarcimento pelo uso do
sistema elétrico. Nesse sentido, quando da suspensão do fornecimento de energia, previsto em Lei nos casos
de inadimplemento ou deficiência nas instalações, ao consumidor permanecem disponibilizados as redes e
equipamentos que asseguram o pronto restabelecimento do fornecimento de energia, após sanada a
irregularidade. Se, durante a suspensão do fornecimento, não houver a cobrança correspondente à demanda
disponibilizada, tais custos serão diluídos nas tarifas, onerando a todos os consumidores. Portanto, propõe-
se:
101. O horário de ponta é único para todo o sistema da distribuidora. Para a distribuidora adotar
horários diferentes para um subsistema, ou mesmo, para cada consumidor, é necessário solicitar autorização
para esta ANEEL.
102. Propõe-se a criação de condições diversas para a estipulação de horários de ponta diferentes
daquele definido para todo o sistema da distribuidora, bem como, não havendo acordo entre as partes, a
permanência da ANEEL como responsável pela autorização
103. Este artigo define os critérios para inclusão na estrutura tarifária, tanto para o sistema
interligado quanto para o sistema isolado.
Art. 54. Verificada a ocorrência dos registros referidos na alínea “b”, inciso III,
art. 53, a concessionária iniciará a aplicação da tarifa horo-sazonal, no prazo de 3 (três)
ciclos consecutivos e completos de faturamento, devendo comunicar este procedimento ao
consumidor, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias após a constatação dos registros.”
104. Propõe-se uma simplificação para inclusão numa estrutura tarifária e a supressão de controle
dos últimos 11 (onze) meses de demanda medida como alternativa para nova opção de escolha do
consumidor. Com essa modificação, o art. 54 perde seus efeitos, sendo suprimido. Adicionalmente, facultou-
se às unidades consumidoras classificadas como “serviço público”, bem assim às Cooperativas de
Eletrificação Rural, em razão de seu perfil de utilização da energia elétrica, a livre opção pela estrutura
tarifária mais conveniente:
105. Sempre que uma unidade consumidora tem o seu perfil alterado e o confronto dos dados
disponíveis para alteração de sua demanda seja compatível, a distribuidora deverá oferecer o período de
testes.
109. Este artigo disciplina a forma de faturamento nos casos de retirada do medidor.
“Art. 57. Em caso de retirada do medidor, por período de até 30 (trinta) dias,
para fins de aferição ou por motivo de deficiência atribuível à concessionária, o faturamento
relativo a esse período será efetuado com base na média aritmética dos 3 (três) últimos
faturamentos.
“Art. 89. No caso de que trata o art. 30, se não forem instalados os
equipamentos destinados à medição das perdas de transformação, deverão ser feitos os
seguintes acréscimos aos valores medidos de demandas de potência e consumos de
energia elétrica ativas e reativas excedentes, como compensação de perdas:
112. Este artigo define a forma de cobrança quando não existe obrigatoriedade de instalação de
equipamentos de medição.
(Fls. 73 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
114. Este artigo disciplina o número de horas por mês para faturamento de iluminação pública.
115. Conforme estudo do Observatório Nacional, propomos a substituição das 360 (trezentos e
sessenta) horas mensais por 11h 52min (11 horas e cinqüenta e dois minutos) diários, extraída da média
anual de horas diárias. Para tando, utiliza-se as horas de nascer e ocaso do Sol de 4 (quatro) capitais:
Macapá, no extremo Norte, Porto Alegre, no extremo Sul, Recife, no extremo Leste e Boa Vista, no extremo
Oeste. O número de horas de IP praticado hoje por ano (não bissexto) é de 4.320 (quatro mil trezentos e
vinte) horas, passando a ser 4.332 horas, média das cidades supra citadas. Persistindo dúvida pelo
município, o estudo deverá ser realizado pelo mesmo junto ao Observatório Nacional que passará a ser
aprovado pela ANEEL.
(Fls. 74 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
116. Este artigo define o procedimento de cálculo dos equipamentos auxiliares de IP para
faturamento.
117. Propõe-se a supressão do parágrafo único, uma vez que nada dispõe adicionalmente ao
caput.
n
FDR( p ) = MAX DAt × fr − DF ( p ) × TDA( p )
t =1
II - f t
,
onde:
FER(p) = valor do faturamento, por posto horário “p”, correspondente ao
consumo de energia reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de
referência “fr”, no período de faturamento;
CAt = consumo de energia ativa medida em cada intervalo de 1 (uma) hora
“t”, durante o período de faturamento;
fr = fator de potência de referência igual a 0,92;
ft = fator de potência da unidade consumidora, calculado em cada intervalo
“t” de 1 (uma) hora, durante o período de faturamento, observadas as definições dispostas
nas alíneas “a” e “b”, § 1º, deste artigo;
TCA(p) = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento em cada posto
horário “p”;
FDR(p) = valor do faturamento, por posto horário “p”, correspondente à
demanda de potência reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de
referência “fr” no período de faturamento;
DAt = demanda medida no intervalo de integralização de 1 (uma) hora “t”,
durante o período de faturamento;
DF(p) = demanda faturável em cada posto horário “p” no período de
faturamento;
TDA(p) = tarifa de demanda de potência ativa aplicável ao fornecimento em
cada posto horário “p”;
MAX = função que identifica o valor máximo da fórmula, dentro dos
parênteses correspondentes, em cada posto horário “p”;
t = indica intervalo de 1 (uma) hora, no período de faturamento;
p = indica posto horário, ponta ou fora de ponta, para as tarifas horo-
sazonais ou período de faturamento para a tarifa convencional; e
n = número de intervalos de integralização “t”, por posto horário “p”, no
período de faturamento.
fr
FER = CA × − 1 × TCA
I- fm ,
fr
FDR = DM × − DF × TDA
II - fm ,
onde:
FER = valor do faturamento total correspondente ao consumo de energia
reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no período de
faturamento;
CA = consumo de energia ativa medida durante o período de faturamento;
fr = fator de potência de referência igual a 0,92;
fm = fator de potência indutivo médio das instalações elétricas da unidade
consumidora, calculado para o período de faturamento;
TCA = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento;
FDR = valor do faturamento total correspondente à demanda de potência
reativa excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de referência, no período de
faturamento;
DM = demanda medida durante o período de faturamento;
DF = demanda faturável no período de faturamento; e
TDA = tarifa de demanda de potência ativa aplicável ao fornecimento.
“Art. 68. Para unidade consumidora do Grupo “B”, cujo fator de potência
tenha sido verificado por meio de medição transitória nos termos do inciso II, art. 34, o
faturamento correspondente ao consumo de energia elétrica reativa indutiva excedente só
poderá ser realizado de acordo com os seguintes procedimentos:
125. A alteração proposta visa a uniformização com a alteração introduzida no art. 34, a qual
estabelece a obrigatoriedade de instalação de medição permanente para cobrança da energia reativa
excedente em unidades consumidoras do grupo B.
“Art. 93. Para unidade consumidora do Grupo “B”, cujo fator de potência
tenha sido verificado por meio de medição permanente o faturamento será apenas o
correspondente ao consumo de energia elétrica reativa indutiva excedente.
127. O art. 70 estabelece os procedimentos, a serem adotados pela concessionária, para eventual
compensação financeira em caso de faturamento incorreto decorrente de impedimento para a leitura do
medidor:
128. Conforme o § 2º acima, o acerto de faturamento só poderá ocorrer até o terceiro ciclo
consecutivo, impossibilitando a correção posterior, enquanto persistir o impedimento. Pela atual sistemática, a
partir do quarto mês, o faturamento se dá pelo valor mínimo faturável previsto no atual art. 48, sem
possibilidade de futura compensação, competindo apenas à concessionária lançar mão da suspensão do
fornecimento facultada pelo art. 91, VIII, vigente. Constatada tal situação, propõe-se que se torne obrigatória
a emissão do aviso de suspensão pela distribuidora após o terceiro ciclo, se perdurar o impedimento, de sorte
a evitar a perda financeira da concessionária decorrente do atraso no recebimento, a qual majora as tarifas.
Adicionalmente, propõe-se a inclusão de dispositivo para tratamento de casos específicos de unidade
consumidora rural, sazonal ou localizada em área de veraneio ou turismo.
129. O art. 71 estabelece a sistemática a ser adotada pela concessionária, para fins de
faturamento, em caso de deficiência comprovada no medidor e nos demais equipamentos de medição,
conforme transcrição a seguir:
(Fls. 82 da Nota Técnica nº 004/2008-SRC/ANEEL, de 25/01/2008)
130. Com o intuito de induzir maior transparência, propõe-se a alteração dos critérios de revisão
do faturamento, estabelecendo-se 3 (três) possibilidades para a compensação, em forma de incisos e
aplicáveis de forma sucessiva e prioritariamente. Ademais, tendo em vista o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico do parque de medição nacional, constitui-se tarefa de difícil adimplemento identificar, com
precisão, defeitos nos sistemas convencionais de medição, dentro do espaço de um ciclo de faturamento.
Portanto, o atual desenho regulatório propicia o incremento de um montante de energia efetivamente
consumida, mas não faturada pelas concessionárias, fato socialmente indesejável, uma vez que majo rará as
tarifas. Assim, o incremento do período máximo para fins de cobrança visa mitigar tal problemática.
Outrossim, objetivando-se propiciar maior celeridade ao processo de compensação do faturamento e
minimizar as perdas por faturamentos imprecisos, fez-se necessário a inclusão dos §§ 3º e 4º:
131. O art. 72 trata dos casos de procedimentos irregulares cuja responsabilidade não seja
atribuível à concessionária e que tenham provocado faturamento inferior ao correto ou mesmo ausência de
faturamento. Seu inciso IV dispõe sobre os critérios a serem utilizados pela concessionária para fins de
revisão do faturamento, sem prejuízo da incidência de encargos financeiros e da cominação de penalidades
na prestação do serviço previstas em dispositivos próprios. Consulte-se o texto ora em vigor:
d) atividade desenvolvida;
e) tipo e tensão de fornecimento;
f) tipo de medição;
g) identificação e leitura(s) do(s) medidor(es) e demais equipamentos
auxiliares de medição;
h) selos e/ou lacres encontrados e deixados;
i) descrição detalhada do tipo de irregularidade;
j) relação da carga instalada;
l) identificação e assinatura do inspetor da concessionária; e
m) outras informações julgadas necessárias;
II – promover a perícia técnica, a ser realizada por terceiro legalmente
habilitado, quando requerida pelo consumidor;
III - implementar outros procedimentos necessários à fiel caracterização da
irregularidade;
IV - proceder a revisão do faturamento com base nas diferenças entre os
valores efetivamente faturados e os apurados por meio de um dos critérios descritos nas
alíneas abaixo, sem prejuízo do disposto nos arts. 73, 74 e 90:
a) aplicação do fator de correção determinado a partir da avaliação técnica
do erro de medição causado pelo emprego dos procedimentos irregulares apurados;
b) na impossibilidade do emprego do critério anterior, identificação do maior
valor de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas e reativas
excedentes, ocorridos em até 12 (doze) ciclos completos de medição normal imediatamente
anteriores ao início da irregularidade; e
c) no caso de inviabilidade de utilização de ambos os critérios, determinação
dos consumos de energia elétrica e/ou das demandas de potência ativas e reativas
excedentes por meio de estimativa, com base na carga instalada no momento da
constatação da irregularidade, aplicando fatores de carga e de demanda obtidos a partir de
outras unidades consumidoras com atividades similares.
132. A atual regulamentação vem demonstrando certa debilidade dos mecanismos ora instituídos,
por vezes ineficazes ante as inúmeras possibilidades de irregularidades nos sistemas de medição. Essas
brechas facilitam o questionamento, inclusive judicial, por parte de consumidores fraudadores, com relação
aos montantes de energia a recuperar apurados pelas distribuidoras, o que certamente dificulta o respectivo
ressarcimento, com impacto na composição das tarifas de fornecimento de energia.
134. Somado a isso, vislumbrou-se a possibilidade da perícia técnica ser solicitada pela
distribuidora e a necessidade da indicação dos procedimentos complementares que devem ser realizados por
esta de modo a reunir provas inequívocas da irregularidade constatada.