Monique Villani – Arquitetura e Urbanismo Centrado nos Usuários - PPGAUP - 2021
FICHA DE LEITURA:
Autor: Carlos Fernando Machado Pinto
ACESSIBILIDADE ESPACIAL EM CENTROS DE SAÚDE EM
FLORIANÓPOLIS/SC: UM ESTUDO DE CASO
Dissertação do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal de Santa Catarina
Palavras-chave: Acessibilidade Espacial; Arquitetura e Centros de Saúde;
Barreiras de Acessibilidade; Avaliação Pós‐Ocupação.
IDEIA CENTRAL:
A presente dissertação busca avaliar as condições da acessibilidade em centros
de saúde na cidade de Florianópolis-SC. Analisa o senso de acesso não apenas às pessoas com algum tipo de deficiência, mas sim de modo geral, na visão de garantir um ambiente inclusivo e igualitário para todos. De acordo com censo do IBGE (2010), cerca de 23,9% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, o que torna de grande importância salientar que todas as pessoas, sem exceção, devem ter acesso a todos os ambientes, sem limitações de barreiras físicas e informativas que restringem o acesso das mesmas nos espaços, impossibilitando-as de realizar suas atividades. Deste modo, as edificações de saúde pública que se caracterizam pelo atendimento básico de saúde à população, devem primordialmente oferecer esta condição. Com a problemática definida, o estudo teve como campo de análise o Centro de Saúde Jardim Atlântico, que possuí uma área construída de 834,97m², localizado na Rua Aleixo Alves de Souza. Foi realizado visita exploratória com levantamentos técnicos do espaço, entrevistas com arquiteta responsável pelo projeto e a coordenadora do local, além de aplicação do método walkthrough. Através dos dados coletados, observou-se um total de cento e vinte e seis problemas relacionados a barreira de acessibilidade no local, como falta de piso tátil, puxador de porta, patamar plano nos inícios das rampas, banheiros inacessíveis, entre outras tantas infinidades de adversidades. ARGUMENTO/ANÁLISE CRÍTICA
O autor desde o princípio ressalta a importância da acessibilidade em todos os
espaços de uso público, para que todas as pessoas - inclusive as que não possuem algum tipo de deficiência -, possam realizar suas atividades com qualidade, sem barreiras limitantes que dificultam ou até impedem tal desempenho. Ao mesmo tempo, a pesquisa expõe uma realidade que muitas vezes é invisível, pois nem sempre pelo fato de se ter uma rampa, ou piso tátil, por exemplo, a acessibilidade é inteiramente funcional, pois se não houver a empregabilidade destes artifícios de forma correta, o local ainda não é acessível, uma realidade que muitas vezes passa despercebida pelas pessoas que não necessitam disso.
CONCLUSÃO:
A leitura trouxe informações importantes sobre o quanto a acessibilidade é
fundamental em todos os ambientes de acesso ao público, onde esta não fica apenas sobre a realização de rampas, aplicação de piso tátil, instalação de plataformas elevatórias – elementos gerais de acesso - , mas sim caracteres minuciosos, que muitas vezes passam despercebidos, mas que para quem necessita faz toda diferença, como por exemplo altura adequada de pias dos lavados e puxadores de portas com design adequados. Outro ponto a destacar é como a acessibilidade não comporta apenas as pessoas com algum tipo deficiência, mas sim qualquer indivíduo que tenha alguma dificuldade, seja temporária ou definitiva, como idosos, gestantes, doentes, que também fazem uso deste artifício, o que a torna algo abrangente e necessário em qualquer lugar, de acesso a todos de forma inclusa e igualitária. Porém, infelizmente ainda não é uma realidade possível de se visualizar em todos os lugares, onde as pessoas que precisam ainda sofrem com a falta de disposição deste recurso que deveria ser comum em tudo e a todos.