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CATÓLICO DE BENGUELA
CRIADO AO ABRIGO DO DECRETO PRESIDENCIAL N.º 168/12 DE 24 DE JULHO, DR I SÉRIE – N. º141
Curso: Direito
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
1. Conceito de imagem...................................................................................................2
CONCLUSÃO...................................................................................................................7
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................8
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda o direito à imagem, assunto este que ganhou espaço e
importância no século XXI, dado o avanço extraordinário da tecnologia notadamente
pela popularização da internet, a qual tornou a captação, reprodução e divulgação da
imagem processo extremamente célere.
Com efeito, o ordenamento jurídico como um todo deve estar voltado para a
satisfação humana, sendo o sujeito a razão e fundamento da existência de toda a
sociedade. Neste aspecto, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, tornou-se o
centro conformador do ordenamento jurídico de diversos países.
1. Conceito de imagem
A imagem é um dos atributos do ser humano e seu elemento distintivo. Como tal,
integra o rol não taxativo dos direitos da personalidade, e tem se demonstrado na
contemporaneidade como elemento importante para a proteção da dignidade da pessoa
humana. A preocupação com a imagem sempre foi tema corrente entre o género
humano. Desde a idade da pedra têm-se registos de pinturas e desenhos rupestres
realizados nas cavernas, sendo alguns deles no intuito, mesmo que inconsciente, de
legar para a posteridade a imagem de si próprio e de seus próximos, ou de suas
atividades.
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marca, timbre, reflexo indelével da nossa personalidade, com que nos chancelou a
natureza.
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Desta ideia de direito à imagem retira-se que ele é um
direito de personalidade que apresenta duas vertentes convergentes, uma
positiva, porque confere uma faculdade, outra negativa porque impede a
utilização da imagem por terceiros sem autorização ou consentimento.
Por outro lado, o direito à imagem é um direito absoluto, na
medida em que é reconhecido como um verdadeiro direito de
personalidade, pelo que impõe por um lado a terceiros esse
reconhecimento (salvo no caso em que exista autorização para a
utilização da imagem) e por outro lado não lhe é contraposto um
dever jurídico, antes uma obrigação universal e por isso, ele é um
direito exclusivo.
O CRA no seu artigo 32º no seu ponto 1, diz que “ a todos são reconhecidos os
direitos a identidade pessoal, civil, à nacionalidade, ao bom nome e reputação, à
imagem, à palavra e à reserva de intimidade da vida privada e familiar.
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por consentida a lesão ao direito quando esta se der no interesse do lesado e de acordo
com a sua vontade presumível.
Nos termos do n. º 1 do artigo 79.º do C.C., tal como já foi frisado acima, “o
retrato de uma pessoa não pode ser exposto, reproduzido ou lançado no comércio sem o
consentimento dela”.
Assim, importa ter bem presente que ser uma figura pública, não significa ter
que renunciar antecipadamente aos direitos de personalidade, abdicando deles na
totalidade e sujeitando-se à invasão e devassa da privacidade em toda e qualquer
circunstância.
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excepção à excepção constante no n. º 2. Estas excepções devem ser interpretadas de
forma restritiva e sempre segundo um juízo casuístico.
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CONCLUSÃO
Assim, o direito à imagem é como vimos um direito através
do qual a pessoa tem a faculdade de em exclusivo poder
reproduzir, difundir ou publicar a sua própria imagem com carácter
comercial ou não, podendo, quando assim o entender impedir outrem
de reproduzir.
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BIBLIOGRAFIA
Bittar, Carlos Albertos, Contornos actuais dos direitos do autor, 2ª Ed. São Paulo,
Revista dos tribunais, 2007.
Dias, Jacqueline Sarmento, O direito à imagem, Del Rey, Belo Horizonte, 2000.
Diniz, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, 24.ed. Saraiva, São Paulo, 2007.
v.1.
Duarte, Fernanda et al. (Coord), Os direitos à honra e à imagem pelo Supremo Tribunal
Federal, Renovar, Rio de Janeiro, 2006.
Fachin, Antonio Zulmar, A proteção jurídica da imagem, Celso Bastos, São Paulo,1999.