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I- DOS FATOS
O Partido político, que possui dois deputados federais e dois senadores
em seus quadros, preocupado com a efetiva regulamentação das normas
constitucionais, com a morosidade do Congresso Nacional e com a adequada
proteção à saúde do trabalhador, vem por este instrumento ajuizar, em nome
do partido, a medida judicial objetiva apropriada, visando à regulamentação do
art. 7, inciso XXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,
visto que se trata de uma norma constitucional de eficácia limitada não
regulamentada que impede o exercício de um direito, caracterizando uma
inconstitucionalidade por omissão, c que desse modo não se pode compactuar
com o desrespeito à Constituição da República por mais de 28 anos.
II-DO FORO COMPETENTE
O artigo 102, 1, a da Constituição Federal de 1988 estabelece que:
"Compete ao Supremo Tribunal
Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição cabendo-lhe 1-processar
e julgar originariamente: a) a ação
direta de inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo Federal ou estadual e
Ação declaratória de
constitucionalidade de lei ou ato
normativo Federal”[...]
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e
julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade por omissão é
originária do Supremo Tribunal Federal
III- DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL
O Art. 7°, XXIII, da CRFB/88 assim dispõe: “Art. 7° São direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...), XXXIII - adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei”.
Essa é uma típica norma de eficácia limitada dependente de regulamentação e
a medida judicial objetiva apropriada para defender a efetividade desse direito
social é a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão.
Nos termos do artigo 103, inciso VIII da Constituição Federal de 1988 e
artigo 12-A da Lei 9.868/1999, a legitimidade ativa para a propositura da Ação
Direta de Inconstitucionalidade por Omissão recai sobre aqueles que têm o
direito de propor Ação Direta de Inconstitucionalidade, tal qual os constantes no
artigo 103 da Constituição Federal, mencionando no seu inciso VIII deste artigo
o "partido político com representação no Congresso Nacional".
IV-LEGITIMIDADE PASSIVA
A referida ação também encontra amparo nos arts. 12-A e 12-H da Lei
9868/99.
A competência para julgamento da ação é do STF, conforme o próprio art.
103, § 2°, da CRFB/88 estabelece.
VI-DO PEDIDO
Por isso, requer o autor que o Supremo Tribunal Federal se digne
determinar:
a) a intimação do Congresso Nacional para que, como autoridade
responsável pela edição da norma manifeste-se, querendo, sobre o mérito da
presente ação, no prazo de trinta dias, nos termos do artigo 6, parágrafo único,
da Lei 9.868/1999;
b) a intimação do senhor Procurador-Geral da República, para emitir seu
parecer, no prazo de quinze dias, nos termos do artigo 12-E, § 3º, da Lei
9.868/1999 e da exigência constitucional do artigo 103,§ 1º, da Constituição
Federal de 1988;
c) a procedência do pedido de mérito, para que seja declarada a
inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, e dar ciência ao Poder Competente para adoção das
providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazer
em trinta dias ou em prazo razoável a ser estipulado pelo Tribunal tendo em
vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido
segundo § 2º do artigo 103 da Constituição Federal de 1988 e artigo 12-H, § 1º,
da Lei 9.868/1999.
d) Dá-se à causa o valor de R$ xxxxxxxxx.
Termos em que pede deferimento.
Local, xx de xxxxx de 2021
Advogado/ OAB XXX