AO DOUTO JUIZO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA
DE .../...
URGENTE
NOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de
identidade n° ... e inscrito no CPF/MF sob o n° ..., residente e domiciliado na ... n° ..., bairro, Cidade/Estado, CEP ..., por seu advogado e bastante procurador, com procuração anexa a este instrumento, vem muito respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei 12.016 de 2009, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
Visando proteger direito líquido e certo seu, indicando como
coator o Senhor ..., o qual é vinculado à pessoa jurídica do ..., pelos motivos que passará a expor: DA JUSTIÇA GRATUITA
O(a) autor(a) requer os benefícios da justiça gratuita, nos termos
da lei por ser pobre na acepção jurídica do termo e não reunir condições financeiras para o pagamento de custas e despesas processuais, sem prejuízo de seu próprio sustento, consoante inclusa declaração em anexo.
DOS FATOS
Narrar os fatos, indicar o que está solicitando, se for tratamento
médico indicar o médico que solicitou, bem com seu CRM, CID da doença. Abordar os motivos de sua hipossuficiência.
DO DIREITO DO DIREITO À SAÚDE E A RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO, ESTADO E UNIÃO (quando definir quem será o polo passivo da ação)
A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece em
seu Art. 196, que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Nesse sentido ressalta-se que é pacífico o entendimento do disposto no artigo 196 da Carta Magna, que reconhece a saúde como “direito de todos e dever do Estado”, devendo o mesmo garanti-la de forma efetiva, não só “mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos”, como também que proporcionem o “acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Além disso, a nossa Carta Magna estabelece em demais artigos que garantem o direito a saúde. Basta a leitura da Constituição Federal, em especial dos artigos 1º, inciso III (“a República Federativa do Brasil ... tem como fundamentos: a dignidade da pessoa humana”), 5º, caput (“... garantindo-se aos brasileiro ... o direito à vida”), e inciso XXXV (“a lei não excluíra da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito”), 6º (“são direitos sociais a educação, a saúde ...”) e 196 seguintes. […]. O conteúdo acima descrito demostra de maneira objetiva que o direito a saúde é constitucionalmente inquestionável, sendo dever do Estado (Poder Público) garantir o exposto na Constituição Federal de 1988. Nesse contexto, o direito à saúde encontra base no princípio da dignidade da pessoa humana, figura entre os direitos fundamentais e está positivado no art. 5º, § 1º, da Constituição Federal, o qual estatui que “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicabilidade imediata”. No que tange a responsabilidade do Poder Público (União, Estados ou Município), ressalta-se que ela é solidária. Então, antes mesmo que a municipalidade tente repassar a responsabilidade para o Governo Estadual ou Federal, frisa-se que “há entre as entidades de direito público interno responsabilidade solidária no que tange ao funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS (art. 198, da CF).” Assim, é indiferente ao cidadão necessitado distinguir a qual dos entes públicos deve se dirigir preferencialmente, isto porque a Constituição Federal dispõe no art. 23, II, sobre a competência comum dos entes federados em prestar atendimento à saúde da população. (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Apelação nº 3003974- 89.2013.8.26.0405- Relator Paulo Barcellos Gatti). Tais entendimentos acima descritos são pacíficos na jurisprudência atual. Sendo assim, com o intuito de unificar a sua jurisprudência, o Enunciado nº 16 da Seção de Direito Público e a Súmula nº 37 assim dispõe:
“A ação para o fornecimento de medicamento e afins pode
ser proposta em face de qualquer pessoa jurídica de Direito público Interno.” (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Apelação nº 3003974-89.2013.8.26.0405- Relator Paulo Barcellos Gatti)”.
Diante disso, conclui-se que o (município, estado ou união), tem
responsabilidade no que tange ao fornecimento de medicamento e contratação de médicos para garantir o direito a saúde dos cidadãos. Assim, espera-se que Vossa Excelência entenda dessa forma e defira os pedidos existentes na presente ação.
DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA
Conforme o Artigo 5º, LXIX, da Constituição da República
Federativa do Brasil, “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.” Nesse mesmo sentido é a redação do artigo 1º da Lei 12.016 de 2009 ao assegurar que “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê- la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.” Registre-se que, para fins de Mandado de Segurança, equiparam- se às autoridades os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.
DO PEDIDO LIMINAR
Conforme o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o
juiz ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida. Diante do exposto, vê-se que o fundamento da presente impetração é relevante e que encontra amparo no texto da Constituição e na jurisprudência atual sinal de bom direito. De igual modo, há risco na demora da prestação jurisdicional. Observa-se que o impetrante foi diagnosticado com ..., sendo certo que o não tratamento (e a continuidade deste) ocasionará complicações em sua saúde podendo chegar a óbito. Por esse motivo necessita em caráter de urgência (falar o que deseja do poder público). Assim, presentes os requisitos, pede a Vossa Excelência que, LIMINARMENTE, assegure ao impetrante o direito de obter do (indicar o entre) o ..., em caráter de urgência.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência que se digne a:
Requer seja notificada a autoridade coatora do conteúdo da presente petição inicial; Requer a concessão dos beneficios da justiça gratuita; Requer seja dado ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada; Requer seja ouvido o representante do Ministério Público; Reitera o pedido liminar para a concessão de ..., em caráter de urgência; Pede a concessão de MANDADO DE SEGURANÇA para a concessão de ... Seja estipulada multa diária até um limite pré-fixado por Vossa Excelência, como forma coercitiva ao Poder Público (indicar o ente) pelo não cumprimento da determinação se houver.