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4 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
4.1 -. Conscientizar-se que a seleção dos dentes artificiais para o desdentado total é um
ato clínico e não laboratorial.
4.2 - Conhecer as características ideais dos dentes artificiais (estética e funcional).
4.3 - Saber selecionar os dentes artificiais quanto à forma, tamanho, cor, material e
inclinação cuspídea.
5 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
5.1 - Considerações Gerais - Classificação e Características dos Dentes Artificiais
5.2 - Histórico
5.3 - Seleção dos dentes artificiais quanto à forma: Triangular; Quadrado; Ovóide
5.4 - Seleção dos dentes artificiais quanto ao tamanho: Altura; Largura
5.5 - Seleção dos dentes artificiais quanto à cor: Cuidados; Referências
5.6 - Seleção dos dentes artificiais quanto ao material
Resina: Características e Indicações
Porcelana: Características e Indicações
Outros
5.7 - Seleção dos dentes artificiais quanto à inclinação cuspídea
Anatômicos
Não Anatômicos
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
8.1 - Apostila de Prótese Total II da disciplina de Prótese Total da FORP – USP.
8.2 -CARDOSO, RJA; GONÇALVES, EAN. Estética – Arte, Ciência e Técnica.
Artes Médicas, São Paulo, 2002. 418p.
8.3 - TURANO, J.C.; TURANO, L.M. Fundamentos de prótese total. 6ª ed. Santos,
São Paulo, 2002. 568p.
INTRODUÇÃO
GUIAS PRELIMINARES:
Incluem os modelos de diagnóstico, fotografias, radiografias, observação dos
dentes de familiares próximos e dentes extraídos.
1. Modelos Diagnóstico de Dentes Naturais (obtidos antes da perda dos
dentes): são as guias mais seguras tanto na seleção quanto na disposição de dentes
anteriores
2. Fotografias: Podemos observar os dentes naturais ou as bordas incisais de
alguns deles. Promovem informações a respeito da largura e possivelmente forma de
contorno.
3. Radiografias Intra-orais (realizadas antes da perda dos dentes). Fornecem
informações a respeito do tamanho e forma dos dentes, devendo-se tomar cuidado com
as deformações do raio X.
4. Dentes Extraídos: Informações a respeito do tamanho e forma. Quanto à cor,
deve-se ter cuidado com alterações.
FORMA
HISTÓRICO
Até 1915, aproximadamente, predominava-se em prótese total a teoria de que o
tamanho, cor e forma dos dentes estavam relacionados ao temperamento do indivíduo.
Segundo Spurzhein, “A constituição física, psíquica e fisiológica relaciona-se
diretamente com o temperamento do indivíduo. Para cada temperamento pensava-se que
havia uma correspondência estreita com a cor dos olhos, dos cabelos, da pele e, com
outros traços tais como a forma e a cor dos dentes”.
Originaram-se, assim, 4 temperamentos fundamentais: linfático, bilioso,
sangüíneo e nervoso. A cada um corresponderiam caracteres anatômicos e psíquicos
especiais. Portanto, frente a um desdentado, o problema se reduz a definir o
temperamento do indivíduo; conseguido isto, teríamos os caracteres fundamentais que
deveriam possuir os dentes para harmonizar com o resto do temperamento.
Turner e Thompson lançaram a teoria fundamental dos temperamentos, onde
dividiram os tipos humanos em 4: sanguíneo, nervoso, bilioso e linfático. A cada
temperamento correspondia-se uma estrutura, uma forma de ser, uma forma de pensar.
Em geral uma constituição especial, que haveria de corresponder também um tipo de
dente.
Sigaud e cols. preconizaram uma teoria mais avançada, onde dividiram os tipos
da espécie humana em respiratório, digestivo, muscular e cerebral. A cada um deles,
corresponderia uma forma determinada, um hábito particular. Corresponderia também
uma forma da cabeça e uma face adequada à constituição geral do indivíduo.
Posteriormente, Villain dividiu os tipos humanos por suas faces em: oval, oval
larga, oval curta e oval redonda. Cada uma dessas formas geométricas, teria que
corresponder a um tipo de dentes.
Porém, foi Berry (1906) que primeiramente relacionou a forma do incisivo
central e a forma do rosto.
Forma do rosto
Quadrada
Triangular
Ovóide
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Paranhos HFO, Muglia VA, Silva-Lovato CH
As formas dos dentes artificiais também podem ser citadas como quadrada,
triangular e ovóide. Podem existir variações delas.
rosto nos ângulos da mandíbula e na largura bizigomática que é a parte mais externa da
face.
TAMANHO
O tamanho do dente deve ser proporcional ao tamanho da face e da cabeça.
O tamanho dos dentes artificiais é medido segundo 3 dimensões: altura, largura
e espessura. Do ponto de vista estético, a espessura conta pouco e as medidas
fundamentais são a largura e altura.
Fazemos a seleção, levando em consideração a altura e largura dos 6 dentes
anteriores superiores.
LARGURA:
É importante estabelecer uma distinção entre a largura dos dentes e a largura
do arco dentário. Quando se produzem anomalias por apinhamentos dos dentes, as quais
se devem à falta de tamanho dos maxilares, os dentes aparecem proporcionalmente mais
largos que o arco. E, pelo contrário, quando existem diastemas ou em certos
alinhamentos em que pré-molares e molares se abrem muito para vestibular, os dentes
parecem proporcionalmente pequenos. Sempre existirá um efeito desagradável dos
dentes pequenos em uma boca grande, seja qual for o tamanho da face.
Não devemos selecionar o tamanho dos dentes anteriores pelo tamanho dos
modelos. Os dentes selecionados de acordo com este procedimento serão
demasiadamente pequenos devido à reabsorção dos rebordos residuais. Portanto, para a
correta seleção da largura dos dentes, marcações devem ser feitas no rodete da seguinte
forma:
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COR
Para a seleção da cor dos dentes, devem ser considerados basicamente a idade, a
cor e o fator sexo do paciente. Quanto mais velho o paciente, mais escuro será o dente.
Quanto mais escura a pele, mais escuro deve ser o dente. Para homens, dentes mais
escuros devem ser selecionados.
Esta escolha é feita através de uma escala de cor própria de cada fabricante e o
profissional deve ter alguns cuidados no ato da seleção da cor:
1) Sempre que possível, ver a escala com a luz natural indireta;
2) Evitar a interferência da luz direta ou refletida;
3) Desviar-se da possível interferência da cor dos objetos que estiverem
próximos no momento. É preferível uma sala pintada com cores mais
suaves.
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estarem localizadas numa mesma faixa de cores; 3) A experiência clínica tem influência
na seleção da cor dos dentes artificiais.
Pode-se verificar pelo descrito, que o ato de seleção dos dentes artificiais, quanto
a forma, tamanho e cor, embora existam muitas descrições de guias, é ainda, nos dias
atuais, um assunto bastante contraditório, sendo realizado com base em situações
empíricas nas quais o bom senso do profissional e a participação do paciente são fatores
fundamentais para o resultado satisfatório do tratamento, no que diz respeito à estética.
2) Largura Vestíbulo-Lingual:
É fornecida, por correspondência aos anteriores, pela tabela do fabricante. É
importante frisar que é necessário reduzir consideravelmente a largura vestíbulo lingual
dos dentes artificiais em relação aos dentes naturais que são substituídos. A forma
oclusal permite que as forças da língua e das bochechas ajudem a manter a estabilidade
das dentaduras sobre seus rebordos residuais. Por outro lado, os dentes posteriores
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devem ter uma largura suficiente para atuar como suporte sobre o qual se mantenha o
alimento durante a mastigação.
5) Inclinação Cuspídea
A inclinação cuspídea se mede segundo o ângulo formado pela vertente da
cúspide mésio-vestibular do primeiro molar inferior com o plano horizontal.
Os dentes artificiais posteriores são fabricados com vertentes cuspídeas que
variam desde planos relativamente inclinados até quase planos. Dependendo da
inclinação cuspídea, são classificados em Anatômicos (33° de inclinação cuspídea),
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Dente 33o
Dente 20o
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Dente 0o
6) Material
Os dentes artificiais são eleitos de modo que ocupem estética e
funcionalmente sua posição correta e não estética e anatomicamente. A diferença é
importante porque os dentes artificias empregados em prótese não correspondem quase
nunca aos perdidos. O ideal seria que restaurassem a estética e a anatomia.
Sem renunciar totalmente à reconstrução anatômica, a qual procuraremos
nos aproximar o máximo possível, o freqüente é que necessitamos resolver por
separados dois problemas: o estético e o funcional. A eles se agrega um terceiro e
fundamental: o problema higiênico, que consiste em prevenir todos os riscos para a
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Logo, devemos ter cuidado quando conjugamos materiais diferentes, pois pode
haver desgaste acentuado de um ou outro, dependendo da dureza do material
selecionado.
Se conjugarmos dentes de acrílico com dentes de porcelana, o desgaste do
acrílico será intenso.
Por outro lado, ao confeccionarmos próteses totais se opondo a dentes naturais, é
melhor que sejam utilizados dentes de acrílico, visando a preservação do esmalte, uma
vez que a porcelana desgastará o esmalte devido à sua dureza.