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Sumário
Introdução ...................................................................................................................................................................3
DISCIPLINA 1 - ATENÇÃO DOMICILIAR INFANTO-JUVENIL ...........................................................................................5
TEMA 1: POLÍTICAS, PROGRAMAS E REDES DE ATENÇÃO DOMICILIAR (AD) ...........................................................5
TEMA 2: EDUCAÇÃO COMPORTAMENTAL NO DOMICÍLIO ......................................................................................8
TEMA 3: CUIDADOS DE TRANSIÇÃO: REDES DE APOIO, FAMÍLIA, PLANEJAMENTO EM SAÚDE ............................16
TEMA 4: PERFIL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE EM ASSISTÊNCIA DOMICILIAR: DOENÇAS CONGÊNITAS,
MICROCEFALIA, ENCEFALOPATIA, MIELOMENINGOCELE, PARALISIA CEREBRAL, SÍNDROMES CONVULSIVOS
GRAVES, SEQUELAS, DIFICULDADES DE LOCOMOÇÃO, SOFRIMENTO MENTAL ....................................................19
TEMA 5: ASSISTÊNCIA DOMICILIAR: TQT, ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS, FISIOTERAPIA, HIGIENE CORPORAL,
HIGIENE ORAL, HIGIENE DO AMBIENTE .................................................................................................................34
TEMA 6: ASSISTÊNCIA DOMICILIAR: ALIMENTAÇÃO, GTT, SNE, MUDANÇA DE DECÚBITO, HIGIENE NASAL ........40
TEMA 7: ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM DOMICÍLIO ...........................................................................48
TEMA 8: PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS...............................................................................................54
TEMA 9: APOIO PSICOLÓGICO EM DOMICÍLIO / PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO / REABILITAÇÃO APOIO
PSICOLÓGICO EM DOMICÍLIO .................................................................................................................................56
TEMA 10: LAZER / SAÚDE / COMUNICAÇÃO E LUDICIDADE LAZER .......................................................................58
DISCIPLINA 2 - ATENÇÃO DOMICILIAR DO ADULTO E IDOSO .....................................................................................61
TEMA 1: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO / PROCESSO DO ENVELHECIMENTO ..........................61
TEMA 2: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR / OSTEOPOROSE / ARTRITE E ARTROSE /
ÓRTESES E PRÓTESES / PARKINSON .......................................................................................................................68
TEMA 3: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR: POSTURA / MARCHA / DISPOSITIVOS
AUXILIARES / PREVENÇÃO DE QUEDAS / SÍNDROME DA IMOBILIDADE ................................................................80
TEMA 4: DOENÇAS PREVALENTES NO IDOSO: COMPROMETIMENTO COGNITIVO, DEMÊNCIA, ALZHEIMER,
DEPRESSÃO .............................................................................................................................................................86
TEMA 5: DOENÇAS PREVALENTES NO IDOSO: INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO, INCONTINÊNCIAS,
DESIDRATAÇÃO, DIARRÉIA, ALTERAÇÕES DO SONO, SÍNDROME DA FRAGILIDADE ..............................................91
TEMA 6: AVALIAÇÃO GERIÁTRICA / CONCEITOS: ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD) E ATIVIDADES
INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (AIVD) ...............................................................................................................97
TEMA 7: SUPORTE NUTRICIONAL / DISFAGIA / INAPETÊNCIA / CONSTIPAÇÃO / MANIPULAÇÃO DE DIETAS ....103
TEMA 8: HIPODERMÓCLISE ..................................................................................................................................107
TEMA 9: CUIDADOS PALIATIVOS / LUTO E PROCESSO DE MORTE .......................................................................111
TEMA 10: BANHO NO LEITO / TROCA DO LEITO / MOVIMENTAÇÃO NO LEITO / TROCA DE FRALDAS /
MOBILIZAÇÃO .......................................................................................................................................................116
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................................................122
Material de Apoio .....................................................................................................................................................124
EAD ...........................................................................................................................................................................126
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Introdução
Nessa apostila serão abordados dois assuntos principais: ATENÇÃO DOMICILIAR INFANTO-
JUVENIL e ATENÇÃO DOMICILIAR DO ADULTO E IDOSO.
A Assistência Domiciliar (AD) é o cuidado que o paciente recebe da equipe Multiprofissional em
domicílio. Essa modalidade também é conhecida como Home Care e está sendo cada vez mais utilizada
pela sociedade devido aos inúmeros benefícios proporcionados como, por exemplo: atendimento
humanizado para o paciente, maior conforto e privacidade para o paciente, diminuição do índice de
infecção hospitalar, maior disponibilidade de leitos hospitalares; tranquilidade do paciente em estar em
ambiente familiar e perto das pessoas que ama, entre tantos outros.
Considerando esse contexto é importante que o profissional tenha uma formação teórica que
também inclua os aspectos de assistência domiciliar.
Processo de Avaliação:
Ocorrerão 4 avaliações no total, sendo 2 na parte de Atenção domiciliar infanto juvenil e 2 na parte
Atenção domiciliar do adulto e idoso.
As avaliações serão programadas pelos professores.
Material de Apoio:
Alguns materiais de apoio serão disponibilizados por QrCode, facilitando o acesso a todos os
alunos.
No final de cada tema serão disponibilizados exercícios de fixação e questões de concursos
públicos para incentivar o aprendizado.
Lembrem-se que a apostila é somente um guia para seus estudos e no final da apostila o aluno
contará com referências bibliográficas que o ajudarão no seu aprendizado.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Histórico no Brasil
No Brasil os primeiros registros de Atenção Domiciliar fazem referência ao Dr. Oswaldo Cruz e as
enfermeiras visitadoras no início da década de 20. Na década de 60, em São Paulo, o Hospital dos
Servidores do Estado de São Paulo organizou um serviço com a finalidade de desenvolver atividades
planejadas voltadas para a assistência domiciliar.
A assistência domiciliar foi lentamente introduzida no sistema brasileiro de saúde, sendo somente
em 1998 a primeira legislação. A Portaria nº 2.416, em 1998, estabeleceu requisitos para credenciamento
de hospitais e critérios para realização de internação domiciliar no SUS. A portaria 2029, de agosto de
2011 efetivamente incorporou a assistência domiciliar (AD) como novo ponto da Rede de Atenção à
Saúde (RAS), tornando-se programa prioritário de governo. Em 8 de novembro de 2011 tornou-se o
Programa Melhor em Casa (PMC).
Contexto familiar
Quando falamos de assistência domiciliar e família é importante considerar todas as questões
envolvidas: sociais, econômicas, culturais e emocionais.
O profissional de saúde que atuará na residência de um paciente deverá estar preparado para
lidar não somente com os problemas de saúde, mas também com todas essas questões. Esse profissional
deverá ter preparo para essas situações, observando que o seu foco sempre deverá ser o bem-estar do
paciente, com uma assistência adequada, seguindo critérios científicos e humanização.
A assistência domiciliar é parte fundamental do processo de atenção à saúde da população,
promovendo cuidados direcionados, cumprindo com princípios de ampliação de acesso à saúde,
acolhimento, equidade, humanização e integração da saúde, sempre com base nas necessidades
individuais do paciente.
Legislação
A PORTARIA Nº 825, DE 25 DE ABRIL DE 2016, redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas.
Serviço complementar aos cuidados realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo
ou complementar à internação hospitalar, responsável pelo gerenciamento e operacionalização das
Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP).
Cuidador:
Pessoa(s), com ou sem vínculo familiar com o usuário, apta(s) para auxiliá-lo em suas necessidades e
atividades da vida cotidiana e que, dependendo da condição funcional e clínica do usuário, deverá(ão)
estar presente(s) no atendimento domiciliar.
Nas três modalidades de AD, as equipes responsáveis pela assistência têm como atribuição:
I - Atenção Domiciliar 1 (AD 1): o usuário que, tendo indicação de AD, requeira cuidados com menor
frequência e com menor necessidade de intervenções multiprofissionais, uma vez que se pressupõe
estabilidade e cuidados satisfatórios pelos cuidadores. É de responsabilidade das equipes de atenção
básica, por meio de acompanhamento regular em domicílio, de acordo com as especificidades de cada
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
caso. Devem ser apoiadas pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, ambulatórios de especialidades
e centros de reabilitação.
II - Atenção Domiciliar 2 (AD 2): o usuário que, tendo indicação de AD, e com o fim de abreviar ou evitar
hospitalização, apresente:
Afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados intensificados e
sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilitação;
Afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença,
que demande atendimento no mínimo semanal;
Necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal, com o fim
de controlar a dor e o sofrimento do usuário; ou
Prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal.
III - Atenção Domiciliar 3 (AD 3): usuário com qualquer das situações listadas na modalidade AD 2, quando
necessitar de cuidado multiprofissional mais frequente, uso de equipamento(s) ou agregação de
procedimento(s) de maior complexidade (por exemplo, ventilação mecânica, paracentese de repetição,
nutrição parenteral e transfusão sanguínea), usualmente demandando períodos maiores de
acompanhamento domiciliar.
RESUMO
A AD é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica, necessitam de atenção à
saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária ou definitiva ou em grau de
vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é considerada a oferta mais oportuna para tratamento,
paliação, reabilitação e prevenção de agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário,
família e cuidador.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Lembrem-se que todos os fatores anteriores afetam nossas emoções, contribuindo para
alterações temporárias ou definitivas como: mau humor, tristeza, desesperança, medo da morte, entre
outras.
Pessoas que necessitam de cuidados especiais contínuos podem no fazer refletir sobre a morte e
isso para muitos é extremamente complicado.
1. Temperamento
Há cerca de 2500 anos, Hipócrates, considerado o pai da Medicina, classificou o temperamento
da espécie humana em quatro tipos básicos:
Sanguíneo, típico de pessoas de humor variado;
Melancólico, característico de pessoas tristes e sonhadoras;
Colérico, peculiar de pessoas cujo humor se caracteriza por um desejo forte e sentimentos
impulsivos, com predominância da bile;
Fleumático, encontrado em pessoas lentas e apáticas, de sangue frio.
2. Caráter
De acordo com Reich (1995), o caráter é o conjunto de reações e hábitos de comportamento que
vão sendo adquiridos ao longo da vida e que especificam o modo individual de cada pessoa. Portanto, o
caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
várias situações. Incluem aqui as atitudes e valores conscientes, o estilo de comportamento (timidez,
agressividade e assim por diante) e as atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação
do corpo). É a forma com que a pessoa se mostra ao mundo, com seu temperamento e sua personalidade.
É por meio do caráter que a personalidade do indivíduo se manifesta. Portanto, conhecer o caráter
de uma pessoa significa conhecer os traços essenciais que determinam o conjunto de seus atos.
Desde o momento da fecundação, todas as informações genéticas do pai e da mãe passam ao
novo bebê, constituindo o seu temperamento. Ainda na gestação, o bebê apreende todos os estímulos
provindos do meio. Sente e sofre com qualquer alteração sofrida pela mãe durante a gestação e
gradativamente, vai incorporando esses estímulos e organizando-os em seu mundo interno, que já estão
contribuindo para a formação de sua personalidade. Os possíveis comprometimentos que porventura irá
ter ao longo das etapas de desenvolvimento, irão determinar as suas formas de agir e reagir perante a
vida, constituindo assim, o seu caráter.
Então, cada pessoa assumirá uma forma definida de funcionamento, padrão típico de agir frente
às mais inusitadas situações. Como exemplo, podemos pensar numa sala de aula cheia de alunos, onde,
sem ninguém esperar, entra um bandido armado. É provável que todos se assustem, porém, cada qual
irá reagir com base em sua estrutura de caráter. Alguns desmaiam de medo; outros têm diarreia, sono,
taquicardia, sudorese; encontramos também aqueles que querem persuadir o bandido; os que tentam
seduzi-lo; os que procuram enfrentá-lo, mesmo ele estando armado. E assim, uma sucessão de
comportamentos irá aparecer perante a mesma situação.
3. Personalidade
A personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psicoafetivo pelas quais passa
a criança desde a gestação. Para a sua formação incluem tanto os elementos geneticamente herdados
(temperamento) como também o adquirido do meio ambiente no qual a criança está inserida.
São várias as teorias que versam sobre personalidade tanto quanto as controvérsias, temas de
discussões presentes em toda história da filosofia, psicologia, sociologia, antropologia e medicina geral.
Uma das escolas de grande destaque no estudo da personalidade, foi a psicanálise de S. Freud,
que sustenta que os processos do inconsciente dirigem grande parte do comportamento das pessoas.
Outra escola importante foi a do americano B. F. Skinner que sustenta a tese de que a aprendizagem se
dá pelo condicionamento.
Compreender os aspectos e a dinâmica da personalidade humana também não é tarefa simples,
visto à complexidade e variedade de elementos que a circunda, gerados por diversos fatores biológicos,
psicológicos e sociais. Com relação aos aspectos sociais, quanto mais complexas e diferenciadas for a
cultura e a organização social em que a pessoa estiver inserida, mais complexa e diferenciada ela será.
Do ponto de vista biológico, a pessoa já traz consigo, em seus genes, diferentes tendências, interesses
e aptidões que também são formados pela combinação dinâmica entre diversos fatores hereditários e
uma infinidade de influências sociopsicológicas que ela recebe do meio ambiente. (Fernandes Filho,
1992).
Então, podemos dizer que a personalidade é formada por dois fatores básicos:
Hereditários: são os fatores que estão determinados desde a concepção do bebê. É a estatura,
cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares e vários outros.
É aquilo que o bebê recebe de herança genética de seus pais.
Ambientais: São aqueles que também exercem uma grande influência porque dizem respeito à
cultura, hábitos familiares, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e ética, etc. São
experiências vividas pela criança que irão lhe dar suporte e contribuir para a formação de sua
personalidade.
Mesmo que alguns traços possam ser parecidos com os de outra pessoa, a personalidade é única.
Ela se apoia em uma estrutura biopsicossocial, é dinâmica, adaptável e mutável.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Traços de Personalidade
Para se falar de personalidade é preciso entender o que vem a ser um traço de personalidade. O
traço é um aspecto do comportamento duradouro da pessoa; é a sua tendência à sociabilidade ou ao
isolamento; à desconfiança ou à confiança nos outros. Um exemplo: lavar as mãos é um hábito, a higiene
é um traço, pois implica em manter-se limpo regularmente escovando os dentes, tomando banho,
trocando as roupas, etc. Pode-se dizer que a higiene é um traço da personalidade de uma pessoa depois
que os hábitos de limpeza se arraigaram. O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos
os seus traços de personalidade. O que diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e intensidade com
que cada traço é vivido.
Por convenção, o diagnóstico só deve ser dado a adultos, ou no final da adolescência, pois a
personalidade só está completa nessa época, na maioria das vezes. Os diagnósticos de distúrbios de
conduta na adolescência e pré-adolescência são outros.
Afetividade
Situações, sentimentos e lembranças representam algo diferente para diferentes pessoas, por
causa das nossas diferentes percepções. A perda de um ente querido, por exemplo, costuma ser algo
ruim para todos, mas, mesmo assim, representará algo diferente para cada um.
Na verdade mais importante que a própria realidade é a representação dos fatos dessa realidade.
Afeto é qualquer estado que engloba sentimento e emoção, ou seja, é um conjunto de estímulos
que chegam ao nosso mundo interior e recebem significados. Os dois afetos básicos são: amor e ódio.
São nossos afetos que dão colorido à nossa vida e expressam nossos desejos, sonhos, fantasias,
medos. Conflitos, passado, presente e futuro. São nossos afetos que determinam nosso comportamento.
Sentimento é um estado afetivo complexo e duradouro, ligado a certas emoções ou
representações. As vivências produzem sentimentos no ser humano, que se manifestam de forma
diferente em cada um, que variam de acordo com a sensibilidade, ansiedade, temperamento, raiva, etc.
A emoção é um estado de excitação física e psíquica acompanhadas de breves reações em
resposta a um acontecimento inesperado. Elas podem ser positivas e negativas, dependendo de como
ocorre, o momento em que acontecem e o modo como chegam a ser decodificadas de acordo com as
experiências das pessoas.
Algumas emoções podem ser vistas como positivas e negativas como o choro, riso, etc.
Em toda conduta, nunca há uma ação puramente intelectual, assim como não há atos que sejam
puramente afetivos.
O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode
acelerar ou diminuir o ritmo do desenvolvimento. Ele pode determinar sobre que conteúdos à atividade
intelectual se concentrarão.
Ansiedade
Um dos maiores problemas da mente é encontrar meios para resolver ou amenizar a ansiedade.
A ansiedade é um aumento esperado ou previsto de tensão e pode aparecer em uma situação
real ou imaginária.
A ansiedade é uma sensação que se manifesta através de vários sintomas s, faz parte da vida de
muitas pessoas, principalmente moradoras os centros urbanos.
Sintomas Físicos – falta de ar, taquicardia, nervosismo, suores, problemas digestivos (prisão de
ventre, enjoos, gases), fome exagerada, falta de apetite, etc. Esses sintomas indicam que seu
emocional não está bem, portanto não adianta tratar as causas emocionais que geram esta
ansiedade.
Sintomas Psicológicos – medos sem sentido, sentimento exagerado de irritação, ingestão
exagerada de bebidas alcoólicas ou calmantes, mania de perfeição, medo de críticas, medo de
errar, sentimentos de inveja, etc.
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Repressão: afasta da consciência uma ideia que provoca ansiedade, contudo o material reprimido
continua fazendo parte da mente, exigindo grande quantidade de energia para mantê-lo assim.
Ex.: doenças psicossomáticas. Também é possível que o cansaço excessivo, as fobias e
impotência ou a frigidez derivem de sentimentos reprimidos.
Negação: é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o ego. Os adultos
têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que
na verdade nunca aconteceram. A notável capacidade de lembrar-se incorretamente de fatos é a
forma de negação encontrada com maior frequência.
Racionalização: é o processo de achar motivos lógicos e racionais aceitáveis para pensamentos
e ações inaceitáveis.
Formação Reativa: inversão clara e em geral inconsciente, do verdadeiro desejo. Como outros
mecanismos de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, em primeiro lugar na infância.
Projeção: é o ato de atribuir a uma pessoa, animal ou objeto, as qualidades, sentimentos ou
intenções que se originam em si próprio.
Regressão: é um retorno a um nível do desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão
mais simples ou mais infantil.
Sublimação: a energia a impulsos e instintos constrangedores é canalizada para atividades
socialmente reconhecidas.
Deslocamento: é um mecanismo psicológico de defesa onde a pessoa atribui sua intenção para
outra mais aceita socialmente.
Fantasia: satisfação ilusória para desejos que não se podem realizar. Em dose exagerada a
pessoa pode se desviar da realidade, acostumando-se a um mundo irreal, sentindo dificuldades
de viver sua realidade.
Fuga: o indivíduo não procura obter satisfação de suas necessidades, pois ele se recusa a
participar de qualquer situação que possa provocar fracasso. Quando somos submetidos s
constantes frustrações, aprendemos a encarar tudo pelo lado negativo e a esperar o pior. As
formas mais comuns de fuga são o isolamento, a fantasia e a timidez. Pessoas que possuem um
complexo de inferioridade podem desenvolver este mecanismo de defesa por não se acharem
capazes. A fuga também está presente no alcoolismo, no uso de drogas e até mesmo na
ingestão de doces ou alimentos.
Sentimento de Culpa: quando a pessoa faz ou pensa em fazer algo que contraria sua consciência,
é dominada por um complexo de culpa ou ódio de si mesma. O complexo de culpa é uma espécie
de termômetro que indica que nossa autoestima está ameaçada. Para fugir dessa situação, que
é dolorosa, a pessoa desenvolve mecanismos de defesa.
Motivação
Motivação é um fator ou conjunto de fatores, conscientes ou não, que determinam uma ação ou
uma atividade psíquica qualquer; ou motivo para uma ação.
Motivo é um fator interno que dá início, dirige e integra o comportamento humano.
O uso que uma pessoa faz de suas capacidades humanas depende de sua motivação, de seus
desejos, carências, necessidades, ambições, apetites, amores, ódios e medos.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
O Ciclo Motivacional é formado por três componentes que são repetidos em cadeia: o impulso,
processo interno que leva a ação; o comportamento, que leva ao objetivo; e o objetivo ou alvo que
alcançado, deixa de orientar o comportamento por um determinado tempo.
Os motivos que nos fazem trabalhar, ganhar dinheiro e consumir poder ser visualizados na
Hierarquia das Necessidades de Maslow, da seguinte forma:
Necessidades fisiológicas: são as necessidades humanas básicas, para a manutenção da vida,
como comer, dormir, evacuar, etc.
Necessidades de segurança: estar livre de medo, perigo físico e de manter o que conseguiu o
emprego ou a propriedade, por exemplo.
Necessidades sociais: participação em vários grupos ou de ser aceito por eles.
Necessidades de autoestima: valorização do amor próprio e o reconhecimento por parte dos
outros.
Necessidades de autorrealização: o que um homem é capaz de ser.
A motivação envolve atividades as quais nos levam a um determinado objetivo. Assim, podemos
estar motivados ou estimulados por meio de necessidades internas ou externas que podem ser de caráter
fisiológico ou psicológico.
Se, por algum motivo ficarmos sem tomar água por algum tempo, o nosso organismo reagirá de
uma forma tal que constantemente nos sentiremos compelidos a buscar nosso objetivo, ou seja, saciar a
sede. O comportamento motivado tenderá a prosseguir até que o nosso objetivo seja alcançado, de forma
a reduzir a tensão que estamos sentindo. Muitas vezes conseguimos driblar a necessidade com outro
aspecto. Se estivermos com sono, por exemplo, todo o nosso comportamento se voltará a perseguir o
objetivo de acabar com o sono, ou seja, dormir. Se, no entanto, alguma outra coisa nos motivar, um filme
na televisão, uma reunião de amigos, por exemplo, o nosso comportamento fará com que os sintomas de
sono sejam temporariamente esquecidos.
A estimulação interna, no entanto, pode não ser de ordem fisiológica, remetendo o indivíduo a
fantasia. Mesmo sem estar com sede, ao imaginar uma garrafa de Coca-Cola gelada pode me fazer sentir
todos os sintomas de sede, desta vez não porque o meu organismo necessita de água, mas porque as
minhas imaginações puseram em funcionamento os mecanismos do corpo que me fariam sentir a mesma
sede. Da mesma forma, um estímulo externo, como a visão de um grupo de amigos tomando cerveja,
pode ocasionar os mesmos sintomas. Estas são as necessidades secundárias que englobam hábitos
alimentares orientados por normas, princípios e valores de uma determinada sociedade ou grupo social.
Estas necessidades são de origem psicológica ou social. Sentir sede, por exemplo, é uma
necessidade biológica, básica. Não tomar refrigerantes para poder emagrecer, no entanto, é uma
necessidade de cunho social. Usar um casado de frio, é uma necessidade básica; usar um casaco Pierre
cardam, é uma necessidade de aceitação social, ou secundária. No dia-a-dia, entretanto, as necessidades
secundárias agem de forma inesperada no indivíduo, fazendo escolher determinadas coisas sem ao
menos saber por que, havendo uma espécie de aprendizado adequado à satisfação de saciar-se.
A forma de educar também dificulta ou favorece a motivação. O mundo emocional de cada um
dificulta ou favorece a sua capacidade de pensar, sobrepor-se aos problemas, de manter alguma
constância em alguns objetivos. Por isso, a educação de sentimentos estabelece um limite de capacidade
de fazer render os talentos de cada um. Podemos ter recebido frases ou observações baseadas em
descuidos ocasionais que podemos superar ou termos assimilados frases que entenderemos como algo
permanente e muito difícil de evitar.
Habilidade Intrapessoal
É a habilidade de se relacionar consigo mesmo. Reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre
é a chave da inteligência emocional. A falta de habilidade de reconhecer nossos verdadeiros sentimentos,
deixa-nos à mercê de nossas próprias emoções (resultado de como vemos e julgamos determinados
fatos). Cada emoção prepara o corpo para um determinado tipo de resposta.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Habilidade Interpessoal
Reconhecimento de emoções em outras pessoas. A empatia permite que reconheçamos as
necessidades e desejos dos outros, permitindo-lhe relacionamentos mais eficazes. A arte de
relacionamento é a arte de gerenciar sentimentos em outros.
Esta habilidade é base de sustentação de popularidade, liderança e eficiência pessoal.
“O homem vale-se de comunicação em todas as experiências de vida, de modo interpessoal ou
dual, em pequenos ou grandes grupos, até quando não está em uma dessas situações, se refletir um
pouco percebera que se encontra sob o impacto ou influência da comunicação”. Assim, acreditamos que
em todos os momentos de encontro entre dois ou mais seres há um momento de interação e percepção.
Nesse aspecto, o enfermeiro não pode fugir da comunicação, pois ele já comunica algo com sua
presença.
O profissional de enfermagem precisa saber que é um elemento nuclear da equipe de saúde, na
qual o paciente se apoia na busca de informação, suporte emocional, satisfação de suas necessidades
básicas, tais como: segurança, higiene, conforto, etc.
Diante disso, o profissional auxiliar técnico de enfermagem deve trabalhar melhor as questões do
conhecimento interpessoal e intrapessoal a fim de desenvolver habilidades de comunicação que possa
contribuir para o bem-estar dele e do paciente.
A imagem é o sinal característico de nossa individualidade, e a impressão extrema do nosso eu.
“É através dela que provocamos sentimentos diversos nas pessoas, é ela que
determina a causa principal de nosso sucesso ou é nosso insucesso”.
O Profissional de Enfermagem e o Corpo do Paciente
De toda a equipe de saúde envolvida, é o auxiliar de enfermagem quem executa a maior parte das
tarefas com o paciente. O corpo do paciente é o objeto de atenção, a quem cabe a tarefa de cuidado
diária.
A enfermagem detém a permissão social e cultural para tocar o corpo do outro, podendo desnudar,
limpar, amarrar, banhar, secar, alimentar, injetar, raspar, vestir e nesse momento, mesmo que não se
aperceba disso, expressa seu sistema de valores, consequência de sua cultura, da realidade do mundo
ao qual faz parte. Assim, também é o corpo. A ideia que temos de corpo também foi sendo construída a
partir dos valores a ele atribuídos. Ele não é experimentado, entendido de modo igual para todos os
indivíduos. A percepção que temos do corpo é resultado da nossa cultura específica.
Ele é na verdade uma simbolização, ou seja, o corpo é uma representação dos nossos conceitos
de pessoa, sexualidade, dentre outros. A experiência corporal não é universal. O corpo não fala por si
próprio, a cultura vai deixando marcas e atribuindo significados que não são eternos.
O cuidado do corpo por parte do pessoal de enfermagem inclui uma manipulação do outro
mediante procedimentos e técnicas do ato de cuidar. Além dos sentidos usa-se também a intuição, a
percepção, a sensibilidade criando uma linguagem corporal própria, na qual pela forma de tocar, olhar,
cuidar, são expressos valores, conceitos, receios, preconceitos, temores, etc.
Tomar consciência dos próprios temores, preconceitos, dúvidas e limite em relação ao seu próprio
corpo e ao do paciente é fundamental para que se estabeleça uma relação na qual esse corpo se
personifique, ganhe uma identidade, deixe de ser apenas um objeto que precisa de cuidados para
pertencer a uma pessoa que tem também seus próprios preconceitos, dúvidas, timidez e vergonha,
principalmente no memento de um contato mais íntimo. Devemos tentar naturalizar a situação hospitalar.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Do mesmo modo que um bebê é amamentado, a alimentação não e a única necessidade que se
está sendo atendida, mas também através desse contato, o bebe sente-se acariciado, protegido,
desenvolvendo, a partir daí, um sentimento de confiança, etc.
Desse modo, no ato de prover as necessidades físicas do indivíduo, promovendo o cuidado com
o corpo, algo além do próprio cuidado está em jogo. É possível estabelecer uma relação de solidariedade,
percebendo as dificuldades, dúvidas e temores do paciente.
Há muita insegurança por parte do paciente, no mento da hospitalização e na própria experiência
da doença. Muitas vezes a pessoa não sabe ao certo o que vai lhe acontecer. A ansiedade faz-se
presente, principalmente em procedimentos cirúrgicos que representam ameaça à integridade corporal
ou que comprometam a autonomia da pessoa, como nos casos de colostomia, mastectomia e
amputações.
É importante compreender que não e simplesmente um simples me membro que vai ser extirpado
em troca de melhor prognostico, mas sim uma parte da pessoa que tem uma função e significados
específicos.
Tal medida requeira um aprendizado para se conviver com a nova situação. Assim, é mais
aconselhável tentar entender a sua tristeza e estar disposto a escutá-lo, ao invés de tentar reanimá-lo.
É compreensível certo desconforto, certa estranheza e, muitas vezes, para negar essas
sensações, mantem-se uma distância emocional em relação aos pacientes, por meio de uma
padronização dos mesmos, que são vistos como iguais, no pior sentido que isso possa ter, no que se
refere a perda da identidade.
Todos nos sentimos medo, vergonha, culpa tristeza, alegria, amor, etc. Nem tudo pode ser
explicado pela razão. Sentimentos são para serem sentidos, experimentados, respeitados, para
aprendermos a lidar com eles e deforma que possamos nos conhecer e viver melhor.
Um profissional de enfermagem sensível, bom observador, conhecedor de suas próprias
emoções, limites e possibilidades tem maior chance de maior atuação junto aos clientes.
É importante perceber que cada paciente é único, apesar das tarefas executas serem as mesmas.
Isso entendido pode ser um facilitador para ambas as partes, propiciando ao paciente um tratamento mais
humanizado e ao profissional um melhor desempenho.
O corpo do paciente é o principal instrumento de trabalho do profissional de enfermagem.
Enquanto ser humano, o profissional de enfermagem é contaminado por situações, traumas e
preconceitos que devem ser compreendidos e trabalhados para não os transmitir ao paciente no decorrer
do relacionamento.
O profissional deve desenvolver uma visão humanista e naturalista para exercer sua rotina de
forma equilibrada.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
RESUMO
A personalidade é formada por fatores genéticos e hereditários e é através dela que interagimos
com o universo a nossa volta e as pessoas nos reconhecem.
São nossos afetos que expressam o que estamos sentindo da vida.
O aspecto afetivo pode prejudicar ou estimular o desenvolvimento de uma pessoa.
A ansiedade prejudica nossa forma de sentir e ver uma situação, podendo se tornar síndrome do
pânico. Desencadeia sintomas físicos e psicológicos. Se não for compreendida e controlada pode se
transformar em mecanismos de defesa que são utilizados para deformar a realidade e amenizar o
sofrimento.
A motivação corresponde a todos os estímulos que nos fazem caminhar, internos e externos. Para
compreendê-la devemos conhecer as necessidades básicas do ser humano.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) Monte com seus colegas situações onde vocês poderão simular o comportamento do profissional no
ambiente domiciliar. Aproveite para discutir os pontos positivos e negativos em cada simulação.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Educação em Saúde
Os profissionais de saúde realizam educação em saúde sob diversos aspectos: mudança
na dieta e possíveis restrições de alimentos, realização de exercícios físicos, uso correto das
medicações, como dosagem, frequência de administração e horários, interações dos
medicamentos de uso contínuo, reconhecimento de sinais e sintomas da doença em curso e
autocuidado no domicílio. É importante a utilização de apoio de encartes ilustrativos para reforçar
orientações dos cuidados e linguagem simples, além da utilização do feedback das informações
para verificar a compreensão do paciente quanto às informações prestadas.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Acompanhamento pós-alta
As atividades de acompanhamento pós alta referem-se as interações entre o hospital e o
responsável pela assistência no domicílio com o objetivo de verificar as condições de saúde do
paciente na residência. Pode ser feita através de telefonemas, visitas domiciliares ou qualquer
outro método que permita conseguir informação. Nesse momento, o profissional será capaz de
avaliar o cumprimento do plano de alta previamente elaborado.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Papel da Família
No processo de assistência domiciliar de uma criança ou adolescente o papel da família é
fundamental. É necessário lembrar que o familiar já passou um período com esse paciente durante a
hospitalização, aprendendo muito das rotinas de uma internação. Devemos lembrar que esse mesmo
familiar pode estar afastado do convívio social e trabalho em decorrência de internações prolongadas.
Durante a internação hospitalar, o familiar desempenha papel fundamental não apenas para a
criança, mas também para os profissionais de saúde, pois a equipe se dirige a ele para tratar questões
sobre o manejo do cuidado e a troca de informações sobre a saúde da criança. Esse mesmo papel deverá
ser mantido durante a assistência domiciliar.
Para que isso ocorra de maneira satisfatória, o familiar deverá, durante a hospitalização, aprender
os cuidados que serão mantidos na nova fase de cuidados do paciente, pois ele sempre será o elo entre
o paciente e a equipe de saúde.
Os familiares devem ser encorajados a prestarem determinados cuidados nos seus filhos ou
pacientes, como banho, aspiração de vias aéreas e alimentação.
É fundamental que a equipe de saúde encoraje mais de um familiar na promoção e
acompanhamento dos cuidados, evitando assim sobrecarregar uma única pessoa.
RESUMO
A transição do cuidado refere-se a ações para assegurar a coordenação e a continuidade da
assistência à saúde, na transferência de pacientes entre diferentes serviços de saúde ou diferentes
unidades de um mesmo local.
Podemos dizer que há cinco categorias temáticas com as principais atividades da equipe de saúde
na transição do cuidado: planejamento de cuidados para a alta; auxílio na reabilitação social; educação
em saúde; articulação com os demais serviços; acompanhamento pós-alta.
O planejamento de alta deve ser realizado pelo enfermeiro hospitalar em conjunto com o paciente
e familiares ou com equipe multiprofissional e reformulado durante a internação, de acordo com
mudanças clínicas e psicossociais do paciente. Os planos de alta devem conter informações sobre
diagnósticos prévios, modo de administração das medicações, história pregressa, avaliação da condição
psicossocial, condições financeiras e de moradia e acompanhamento após a alta.
Os familiares devem ser encorajados a prestarem determinados cuidados nos seus filhos ou
pacientes, como banho, aspiração de vias aéreas e alimentação.
É fundamental que a equipe de saúde encoraje mais de um familiar na promoção e
acompanhamento dos cuidados, evitando assim sobrecarregar uma única pessoa.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) Levante as necessidades do paciente descrito nesse estudo de caso e faça uma proposta de
orientações / treinamento que a família necessitará para assumir os cuidados da criança.
- Criança sexo feminino, saudável, com 1 ano e 4 meses. Alimenta-se adequadamente para a idade.
Começou a andar sozinha há 1 mês e por isso está explorando todos os ambientes a sua volta. Fala
poucas palavras, muitas vezes não compreensíveis.
- A mãe trabalha em escritório enquanto a criança fica sob responsabilidade de sua tia.
- No dia do acidente a tia estava fazendo faxina e não percebeu que a criança saiu para o quintal.
- A criança foi encontrada caída, inconsciente, com respiração e pulso fracos. Não se sabe o tempo que
a criança está desacordada, mas estima-se que seja 15 minutos.
- Criança está hospitalizada há 125 dias e entrou em programação para assistência domiciliar.
Estado atual da criança: Pouca resposta à estímulos verbais, com pouca interação com seus familiares e
equipe de saúde. Mantendo suplementação de oxigênio por traqueostomia. Recebe dieta enteral
industrializada por gastrostomia. Permanece acamada e em uso de fraldas.
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2. DOENÇAS CONGÊNITAS
As anomalias congênitas (AC) podem ser definidas como todas as alterações funcionais ou
estruturais do desenvolvimento fetal cuja origem ocorre antes do nascimento, possuindo causas
genéticas, ambientais ou desconhecidas, mesmo que essa anomalia se manifeste anos após o
nascimento.
Estudos realizados em 2007 na região do Vale do Paraíba – SP, relatam que em torno de 5% dos
nascidos vivos (NV) apresentam alguma anomalia do desenvolvimento, determinada, total ou
parcialmente, por fatores genéticos.
As principais características físicas apresentadas por pacientes com essa condição são:
pregas palpebrais oblíquas para cima;
epicanto (prega cutânea no canto interno do olho);
sinófris (união das sobrancelhas);
base nasal plana;
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face aplanada;
protusão lingual;
palato ogival (alto);
orelhas de implantação baixa;
pavilhão auricular pequeno;
cabelo fino;
clinodactilia do 5º dedo da mão (5º dedo curvo);
braquidactilia (dedos curtos);
afastamento entre o 1º e o 2º dedos do pé;
pé plano;
prega simiesca (prega palmar única transversa);
Hipotonia;
frouxidão ligamentar;
excesso de tecido adiposo no dorso do pescoço;
retrognatia, diástase (afastamento) dos músculos dos retos abdominais e hérnia umbilical;
cardiopatia congênitas;
alterações oftalmológicas;
alterações auditivas;
alterações do sistema digestório;
alterações endocrinológicas;
alterações do aparelho locomotor;
alterações neurológicas;
alterações hematológicas; e
alterações ortodônticas.
O cuidado à criança com síndrome de Down deve ser planejado por uma equipe multiprofissional
e seus cuidadores.
O foco deverá ser o melhor desenvolvimento e autonomia dessa criança e depois adulto, devendo
ser personalizado para cada indivíduo e avaliado periodicamente.
Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/s%C3%ADndrome%20de%20down
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Não há tratamento para a síndrome de Patau, devendo ser prestados cuidados necessários e
apoio para familiares.
Fonte: minutoenfermagem.com.br
A síndrome de Edwards não tem cura e, por isso, o bebê que nasce com esta síndrome tem baixa
expectativa de vida, sendo que menos de 10% conseguem sobreviver até 1 ano após o nascimento.
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Fonte: gestacaobebe.com.br
3. MICROCEFALIA
A Microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira
adequada. Com isso, o crânio apresenta-se diminuído comparando-se com o padrão encontrado nas
crianças, de acordo com a idade gestacional no momento do nascimento.
Essa malformação pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias
químicas e infecciosas, além de bactérias, vírus e radiação.
O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. A microcefalia não tem cura. Os
tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida da
pessoa.
O acompanhamento dessas crianças deverá ser realizado por equipe multiprofissional, com
adequação das atividades caso a caso. A participação da família é fundamental para a melhoria da
qualidade de vida.
A estimulação deverá ser o mais precocemente possível, promovendo assim a redução do
comprometimento no desenvolvimento neuropsicomotor. A faixa etária mais importante para a
estimulação é entre 0 e 3 anos, período onde há maior resposta aos estímulos.
Fonte: uai.com.br
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
A asfixia perinatal é a causa mais frequente de hipóxia neonatal, e pode ser causada por:
interrupção do fluxo sanguíneo umbilical (ex.: compressão de cordão umbilical);
insuficiente troca de gases pela placenta (ex.: descolamento de placenta);
perfusão placentária inadequada do lado materno (ex.: hipotensão materna);
feto comprometido que não tolera o estresse do trabalho de parto (ex.: retardo do crescimento
intra-uterino);
falha de inflar o pulmão logo após o nascimento;
Patologias e situações maternas que culminem com óbito materno no período pré-parto ou durante
o parto.
Além das alterações neurológicas, a criança poderá apresentar alterações em outros órgãos que
também sofreram com a falta de oxigenação celular, como coração, pulmões, rins.
Não há tratamento específico, mas várias medidas são adotadas visando minimizar os danos nos
órgãos. Entre essas medidas está a hipotermia terapêutica.
Nesses casos a indicação do tratamento é o mais precocemente possível, sendo o ideal dentro
das primeiras 6 horas de vida. A temperatura da criança deverá ser mantida em 34ºC.
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fonte: g1.globo.com
Hipotermia Terapêutica:
Fonte: tuasaude.com
Durante a gestação, por volta da 3ª e 4ª semana, ocorre o fechamento do tubo neural, estrutura
que dará origem a medula espinhal, meninges e raízes nervosas.
Na mielomeningocele ocorre um defeito nesse fechamento, deixando as estruturas expostas. Com
isso a ligação do cérebro e os nervos periféricos, função primordial da medula espinhal, é prejudicada.
Nessa condição também poderemos encontrar nervos traumatizados, afetando órgãos e músculos por
eles inervados, como por exemplo bexiga e intestino.
As causas não são bem definidas, mas alguns fatores podem predispor (fatores de risco) o
aparecimento dessa condição:
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Tratamento
A correção é cirúrgica, podendo ser feita nas primeiras horas de vida, sendo mais eficaz quando
realizada intrauterina.
6. PARALISIA CEREBRAL
A deficiência mais frequente na infância é a paralisia cerebral (PC) que é caracterizada por
alterações neurológicas permanentes afetando o desenvolvimento motor e cognitivo. Por afetar o
desenvolvimento motor as crianças apresentam alterações de movimento e de postura.
A paralisia cerebral é decorrente de uma lesão do cérebro que está em desenvolvimento. Essa
lesão pode ocorrer durante a gestação, no momento do nascimento ou no período neonatal. A paralisia
cerebral causa limitações nas atividades cotidianas.
É uma situação que não tem cura, mas através de tratamento adequado e estímulos a criança
pode ter uma vida produtiva.
A lesão cerebral pode ser causada pela hipóxia (falta de oxigenação), mas também há outras
complicações que levam à paralisia cerebral, entre elas:
As limitações que a criança irá apresentar está relacionada com a extensão e gravidade da lesão
cerebral. As alterações mais frequentes são:
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déficits neurológicos
comprometimento cognitivo: fala, comportamento, interação social e no raciocínio
problemas de marcha (paralisia das pernas)
hemiplegia (fraqueza de um lado do corpo)
alterações de tônus muscular (rigidez de músculos)
distonia (contração involuntária dos membros)
1 em cada 4 crianças com PC não consegue falar;
1 em cada 4 não pode andar
1 em cada 2 tem deficiência intelectual;
1 em cada 4 tem epilepsia.
Tratamento
Não há tratamento para paralisia cerebral.
A equipe multidisciplinar atua no planejamento de ações que visam permitir ao paciente o ganho
de novas habilidades e a minimização de complicações.
Fonte: conhecimentocientifico.r7.com
Crise epiléptica pode ser definida como um evento transitório, paroxístico e involuntário, que se
manifesta por sinais e sintomas motores, sensitivos, sensoriais, autonômicos, psíquicos, com ou sem
alteração da consciência, decorrente de atividade neuronal síncrona e excessiva no tecido cerebral.
Tipos de convulsão:
Convulsões de início focal: Nas convulsões de início focal, as convulsões começam em um lado do
cérebro.
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Traçado de Eletroencefalograma:
Fonte: mdsmanuais
Os resultados terapêuticos são desanimadores, com frequente evolução para epilepsia refratária.
É classificado em:
O estado de mal epiléptico convulsivo é o transtorno convulsivo mais grave e é considerado uma
emergência médica, pois a convulsão não para. As descargas elétricas ocorrem em todo o
cérebro, causando uma convulsão tônico-clônica generalizada. Caracterizado por convulsão que
dura mais de cinco minutos. A pessoa não recupera inteiramente a consciência entre duas ou
mais convulsões. As pessoas sofrem convulsões acompanhadas de intensas contrações
musculares e, em geral, não conseguem respirar de forma adequada. A temperatura corporal
aumenta. Sem tratamento rápido, o coração e o cérebro podem ficar sobrecarregados e ser
danificados permanentemente, às vezes resultando em morte.
O estado de mal epiléptico não convulsivo, outro tipo de estado de mal epiléptico, não causa
convulsões. As alterações duram 10 minutos ou mais. Durante esse período os processos mentais
(incluindo percepção) e/ou o comportamento são afetados. As pessoas podem parecer confusas
ou alheias. Eles podem não conseguir falar e podem se comportar de forma irracional. A presença
de um estado de mal epiléptico não convulsivo aumenta o risco de desenvolvimento do estado de
mal epiléptico convulsivo. Esse tipo de convulsão requer diagnóstico e tratamento imediatos.
a. Lesão Medular:
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
A lesão medular, também chamada" lesão raqui - medular", causa danos ao tecido nervoso que
está contido dentro do canal existente na coluna vertebral, o que resulta na perda dos movimentos e da
sensibilidade, parcial ou total, do tronco e dos membros (braços ou pernas). A tetraplegia e paraplegia
são duas amplas categorias funcionais de lesões medulares, podendo existir outras variações de
comprometimento.
b. Deficiência Física:
As pessoas com alterações físicas são aquelas que apresentam alterações completas ou parciais
de um ou mais segmentos do corpo humano sob a forma de paraplegia, paresia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, membros com deformidade congênita.
c. Talidomida:
Algumas pessoas têm deficiências causadas por malformações congênitas originadas da
ingestão, durante a gravidez, da droga denominada TALlDOMIDA. As características mais conhecidas
são as atrofias bilaterais dos membros superiores elou inferiores, podendo também atingir certos órgãos.
9. SOFRIMENTO MENTAL
A saúde mental de uma pessoa é fundamental, o mesmo ocorre com crianças. Diariamente as
crianças vivenciam várias emoções e a maneira como lidam com essas emoções poderá garantir uma
saúde mental e física adequada. Algumas dessas emoções são: alegria, felicidade, tristeza, raiva,
frustração, satisfação, entre outras.
O desequilíbrio emocional facilita o surgimento de doenças mentais. Podemos dizer que a saúde
mental contempla, entre tantos fatores, a nossa capacidade de sensação de bem-estar e harmonia, a
nossa habilidade em manejar de forma positiva as adversidades e conflitos, o reconhecimento e respeito
dos nossos limites e deficiências, nossa satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros
-algo muito maior e anterior ao início dos transtornos mentais. Se promover esse equilíbrio para um adulto
já é difícil e desafiador, imagina para uma criança e adolescente que ainda não tem maturidade.
É importante o profissional da saúde ficar atento a alguns sinais que podem indicar alterações
relacionadas com a saúde mental em crianças e adolescentes:
Agitação psicomotora extrema, com alteração de senso de percepção;
Ilusões e alucinações (visuais, auditivas, gustativas), evidenciando risco de violência para si e
outros e/ou auto e heteroagressão;
Catatonia (rigidez muscular, imobilidade aos estímulos externos, adoção de posturas bizarras,
alternância rápida de agitação psicomotora e imobilidade);
Quadro confusional agudo ou desorganização do pensamento;
Humor marcadamente eufórico, excitação, planos grandiosos, conduta bizarra ou estranha,
representando risco para si e/ou para outros;
Ideias delirantes de cunho persecutório, que provoquem risco para si e/ou outros;
Possível distúrbio metabólico decorrente de doença orgânica ou quadro de intoxicação por drogas
lícitas ou ilícitas;
Situações de risco de suicídio (ideação suicida);
É importante verificar se as queixas estão associadas com problemas vivenciados na família.
Muitas vezes as crianças reagem a dificuldades familiares com comportamentos diferentes;
Famílias expostas a situações de risco, como violência, em qualquer de suas formas, ou pais ou
cuidadores com transtornos mentais, são situações que alertam para uma maior vulnerabilidade
na vida da criança;
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
RESUMO
Muitas crianças e adolescentes necessitam de cuidados especiais em assistência domiciliar.
Nesse tema abordamos as principais patologias e condições que podem levar uma criança e
adolescente a necessitar desse atendimento.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1. (FGV, 2010) Em relação a portadores de Síndrome de Down, está correto dizer que:
A) grande parte dos pacientes com Síndrome de Down apresentam retardo grave.
B) crianças com Síndrome de Down não são especialmente beneficiadas por programas de estimulação
precoce.
C) crianças portadoras de Síndrome de Down costumam apresentar maior acuidade auditiva, o que
compensa a perda visual.
D) os portadores da Síndrome de Down vêm sendo beneficiados com avanços nas políticas brasileiras
de saúde e educação. Uma das importantes medidas é o aumento do número de escolas especiais,
construídas para portadores da síndrome de Down, a fim de que possam ser acompanhados por
professores especialmente treinados.
E) muitas vezes, os problemas dos portadores de Síndrome de Down são agravados por apresentarem
más formações congênitas.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta. D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
B) se somente a afirmativa II estiver correta. E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
C) se somente a afirmativa III estiver correta.
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4) (INSTITUTO AOCP, 2014) Qual das alternativas a seguir NÃO representa um achado comum na
trissomia do 13 (Síndrome de Patau)?
A) Holoprosencefalia. D) Polidactilia pós-axial.
B) Fendas faciais. E) Mãos cerradas.
C) Defeitos cardíacos.
5) (IDCAP, 2018) Os indivíduos portadores dessa síndrome apresentam trissomia do cromossomo sexual,
ou seja, apresentam um cromossomo sexual a mais. De qual síndrome estamos falando?
A) Síndrome de Turner.
B) Síndrome de Klinefelter.
C) Síndrome de Patau.
D) Síndrome de Down.
E) Síndrome de Edwards
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
fonte: fapeg.go.gov.br
A traqueostomia é indicada para crianças que apresentam anomalias das Vias Aéreas Superiores
(congênitas ou mais comumente adquiridas, secundárias a uma intubação prolongada) e crianças que
necessitam de ventilação mecânica prolongada devido a quadros de insuficiência respiratória.
A indicação da traqueostomia é responsabilidade do médico e todo o planejamento de tratamento
e retirada da cânula deverá ser discutida com a família. Somente para lembrar que por tratar de um
procedimento invasivo os responsáveis deverão assinar termo de consentimento.
Crianças submetidas a traqueostomia apresentam maior risco de complicações do que pacientes
adultos. Quanto mais jovem é a criança, maior é o risco de complicações. As complicações da
traqueostomia podem ser classificadas em precoces e tardias. A seguir alguns exemplos de
complicações.
PRECOCES TARDIAS
Pneumotórax Ruptura do estoma
Decanulação acidental Tecido de granulação
Tamponamento da TQT Fístula traqueoinominada
Sangramento Fístula traqueoesofágica
Morte Morte
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Descrição do procedimento:
1. Lavar as mãos e passar álcool, se tiver;
2. Antes de aspirar pode ser feita uma inalação (através da cânula de traqueostomia) usando água
destilada 3 a 5ml para crianças menores de 5 anos de idade, 5 a 7ml para crianças até 5 anos de idade
e 10ml para crianças maiores ou para adultos. Pode também jogar a mesma quantidade dentro da cânula
utilizando um conta gotas. Assim as secreções ficarão mais fluídas e ficará mais fácil a aspiração;
3. Ligue o aspirador na tomada, lave as mãos e conecte a ponta da sonda na mangueira do
aparelho de aspiração. Ao final coloque as luvas de aspiração;
4. Introduza a sonda de aspiração e vá o suficiente para que passe toda a extensão da cânula,
parando quando sentir resistência para não machucar. Introduza e retire aspirando rapidamente, cerca
de 3 segundos (evite aspiração que dure mais de 5 segundos por causa da perda de oxigênio);
5. Se for possível não precisar aspirar a cânula de traqueostomia é muito melhor do que ficar
aspirando a cada hora. Faça inalações 2 a 3 vezes ao dia e incentive o paciente a tossir espontaneamente
pois dessa maneira não haverá necessidade de aspirações frequentes (mas quando tiver secreção,
manter aspirações três vezes por dia);
6. Deixe a criança respirar várias vezes (descansar) entre uma e outra aspiração;
7. Em alguns casos pode ser necessário uso de oxigênio antes e após cada aspirada para evitar
que o paciente fique cianótico e evitar hipóxia;
8. A boca e o nariz também podem ser aspirados se houver excesso de secreções. Após isso
elimine a sonda de aspiração (não reutilize na traqueostomia);
9. Ao final da aspiração, aspire bastante água da torneira para que a mangueira do aspirador fique
limpa, despreze o conteúdo do frasco de aspiração no vaso sanitário. Lave com água corrente e sabão;
10. As sondas de aspiração podem ser usadas mais de uma vez antes de serem descartadas no
lixo, se o paciente necessitar de aspirações frequentes. Para isso lave a sonda em água corrente e limpa,
e mantenha a sonda limpa guardada na embalagem original ou em um recipiente utilizado apenas para
isso;
11. A sequência da aspiração deve ser sempre TRAQUEOSTOMIA –> NARIZ –> BOCA, depois
jogar fora a sonda. Quando for reutilizar a sonda, a que for usada na traqueostomia somente poderá ser
utilizada na traqueostomia;
12. Deixe o paciente bem-posicionado, com a cabeça elevada.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Fonte: bvsms.gov.br
3. FISIOTERAPIA
Os pacientes acamados apresentam maior possibilidade de desenvolver complicações
decorrentes dessa situação.
Alguns exercícios podem ser feitos diariamente com a ajuda do cuidador ou do profissional de
enfermagem.
O profissional de fisioterapia deverá fazer exercícios direcionados com o paciente, como também
orientar a enfermagem e o cuidador para exercícios direcionados, de acordo com a patologia do paciente.
4. HIGIENE CORPORAL
O momento do banho é importante para verificar as condições de pele do paciente, estimular o
autocuidado, além de proporcionar conforto.
A frequência do banho deverá ser diária, mas dependendo das condições do paciente,
temperatura ambiente essa frequência poderá ser alterada.
Antes de iniciar o banho separe todos os materiais e roupas necessárias.
Sempre que possível encaminhe o paciente para banho no banheiro (chuveiro), sempre garantindo a
segurança do paciente. É recomendável que o banho seja feito em duas pessoas.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
5. HIGIENE ORAL
A higiene oral deverá ser feita mesmo em crianças pequenas e crianças que não se alimentam
pela boca.
Nossa boca tem muitos microrganismos que podem causar danos aos dentes e deixar o paciente
com hálito desagradável.
Como na higiene corporal, a higiene oral é um ótimo momento para estimular o autocuidado.
6. HIGIENE DO AMBIENTE
O ambiente onde o paciente permanece deverá sempre ser mantido limpo e organizado.
A limpeza de piso, janelas, paredes e portas é de responsabilidade da família.
Os utensílios e equipamentos utilizados pelo paciente, em seu cuidado, é de responsabilidade do
profissional sua higienização.
Outro conceito importante que o profissional deverá adotar é o da organização.
A metodologia japonesa de 8 “S” pode auxiliar no processo de organização do ambiente:
SHIKARI YARO: senso de determinação e união – todos são responsáveis, portanto, trabalhar em
equipe é fundamental;
SHIDO: senso de capacitação, educação e treinamento – todas as pessoas envolvidas devem ser
capacitadas e treinadas para desempenharem suas atividades;
SETSUYAKU: senso de economia e combate aos desperdícios – evitar gastos desnecessários e
desperdícios de matérias;
SEIRI: senso de utilização – manter próximo somente o que realmente será utilizando, guardando
tudo o que não estiver em uso;
SEITON: senso de organização – guardar as coisas em locais específicos, facilitando sua
localização quando necessário;
SEISO: senso de limpeza – manter tudo limpo, sendo que o importante não sujar
SEIKETSU: senso de padronização, asseio e arrumação - manter as condições de trabalho que
criamos favoráveis à nossa saúde, tanto física como mental.
SHITSUKE: senso de disciplina - devemos manter os padrões técnicos, morais e éticos.
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RESUMO
Nesse tema abordamos alguns dos cuidados mais frequentemente dispensados aos pacientes em
assistência domiciliar.
É importante que o profissional domine as técnicas corretas e sempre respeitem o paciente e seus
familiares.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (FCC, 2012) Nos cuidados domiciliares aos portadores de traqueostomia permanente, o técnico de
enfermagem orienta o paciente para
A) Limpar a cânula interna da traqueostomia, utilizando água, sabão neutro e escova pequena.
B) lavar a cânula interna da traqueostomia, utilizando álcool a 70%.
C) realizar o curativo ao redor do estoma da traqueostomia com álcool glicerinado.
D) lavar a cânula interna da traqueostomia, sob supervisão direta no ambulatório, por 6 meses.
E) instilar solução de água destilada diariamente na cânula interna de traqueostomia.
2) (AOCP, 2021) A traqueostomia é um procedimento cirúrgico, realizado pelo Médico, no qual faz-se
uma abertura na traqueia do paciente, onde é introduzido um tubo de demora. A traqueostomia pode ser
temporária ou definitiva. Considerando os cuidados adequados ao paciente com esse dispositivo, assinale
a alternativa incorreta.
A) A aspiração traqueal é realizada quando os sons respiratórios adventícios são detectados ou sempre
que as secreções estiverem evidentemente presentes.
B) É um dos cuidados de enfermagem ao paciente traqueostomizado: colocar o paciente em posição de
semi-Fowler para facilitar a ventilação, promover a drenagem, reduzir o edema e prevenir a tensão sobre
as linhas de sutura.
C) Ao realizar a aspiração, deve-se usar a técnica estéril e realizar os cuidados da traqueostomia.
D) A aspiração em linha (também denominada aspiração fechada) aumenta a hipoxemia, não sendo
indicada em pacientes graves.
E) A aspiração desnecessária pode iniciar um broncospasmo e causar traumatismo mecânico à mucosa
traqueal.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Alguns cuidados:
Antes de ofertar dieta oral, deverá reposicionar o paciente com decúbito mínimo de 60°. (elevar
bem a cabeceira);
Verificar a consistência e a temperatura da dieta;
Antes de administrar a dieta, verifique seu aspecto, cheiro e cor.
Administrar a dieta ofertando intervalos entre as colheres;
Observar sinais de tolerância: vômitos e distensão abdominal;
Atentar para sinais de alerta: tosse, engasgos, sudorese, cianose, voz molhada;
Se o paciente estiver com o nível de consciência baixo, não administrar dieta oral
Ofertar dieta conforme aceitação do paciente.
Após oferta da dieta, realizar higiene oral.
Respeitar os hábitos alimentares da família.
2. GASTROSTOMIA – GTT
Gastrostomia é uma abertura no estomago, realizada pelo médico em centro cirúrgico, onde é
passado um tubo de silicone para regularizar a alimentação e a hidratação, do paciente que não está se
alimento normalmente, pode ser temporária ou não e existem vários modelos de tubo.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Fonte: facebook.com
Não utilizar óleos ao redor do orifício, pois pode facilitar a saída do dispositivo;
Manter cabeceira elevada sempre no momento que estiver administrando alimentação, água ou
medicação, para não provocar enjoos e vômitos;
Após o término da administração, deixar o paciente nesta posição por aproximadamente 40
minutos;
Em caso de enjoos e vômitos suspender a administração e relatar à equipe;
Após a administração de alimentação e medicação realizar uma lavagem com 20 ml de água em
jato utilizando a seringa;
Em caso de dificuldade na passagem da alimentação ou medicação, utilizar água em jato com o
auxílio de uma seringa, antes de administração da alimentação ou medicação;
Observar o orifício, em caso de vermelhidão, escoriações (pele ralada) e sangramentos avisar a
equipe;
Observar presença de Granuloma no orifício (Granuloma é uma inflamação do tecido no nosso
organismo);
Em caso de escape do dispositivo de Gastrostomia do orifício, realizar higiene com água fria,
manter o paciente deitado de barriga para cima e solicitar o serviço de urgência
Atenção:
1. A troca do dispositivo de gastrostomia pode ser realizada tanto no ambiente hospitalar quanto no âmbito
domiciliar, devendo ser realizada apenas por um enfermeiro ou médico.
2. Os dispositivos de gastrostomia têm a durabilidade média de 06 (seis) meses ou mais, devendo ser
substituído após este período. Os dispositivos só devem ser substituídos antes, quando apresentarem
alterações como: ruptura, deterioração, oclusão da sonda, dentre outras causas elegíveis para troca,
conforme a avaliação de um profissional de saúde especializado (médico e/ou enfermeiro).
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
o Estoma recente: nas primeiras duas semanas, deve-se lavar o local apenas com soro
fisiológico até sua completa cicatrização. Uma gaze seca poderá ser utilizada ao redor do
estoma em caso de secreção excessiva.
o Após a cicatrização, o estoma poderá ser higienizado com água e sabão neutro, de
maneira leve (sem esfregar a pele) e não é necessária a utilização da gaze.
o Atentar-se para complicações mais sérias como: infecção, abscessos ou sangramentos.
Caso isso ocorra procurar a assistência médica ou unidade de saúde.
o Observar a presença de granuloma no orifício do estoma.
A sonda nasoenteral é um tubo de silicone usado para alimentação quando o paciente não pode
alimentar-se pela boca.
É instalado por via nasal ou oral (nariz ou boca) e chega até o estômago
ou intestino, depende da indicação do paciente.
A dieta pode ser artesanal (preparada em casa) ou industrializada.
Dieta artesanal:
Preparar apenas a quantidade que for utilizada no dia;
O local de preparo deve estar limpo;
Lavar bem as mãos com água e sabão (vide pág. 5);
Separar todos os ingredientes e materiais que serão utilizados para o preparo da dieta;
42
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Infusão da dieta:
Manter o paciente sentado ou com travesseiros nas costas para receber a dieta. Nunca administre
a dieta com o paciente deitado para evitar vômitos e o risco de pneumonia. O paciente deverá
estar em postura mais elevada durante toda a infusão da dieta e 30 minutos após término;
Infundir a dieta lentamente por gotejamento (por meio de frasco acoplado ao equipo), gota a gota,
para evitar diarreia, distensão abdominal, vômitos e má absorção;
Para facilitar a descida da dieta, o frasco pode ser pendurado em ganchos, prego ou suporte de
vasos (60 cm acima da cabeça). Deve-se fracionar a dieta durante o dia, o volume em cada
horário, não ultrapassando o volume de 300 ml por vez;
Após administrar cada frasco da dieta, correr pela sonda cerca de 20 ml de água filtrada ou fervida
(temperatura ambiente) para evitar acúmulo de resíduos e entupimento da sonda;
Manter a pinça da sonda fechada, quando não estiver em uso;
Não aquecer a dieta em banho-maria ou em microondas;
Infusão em bolus:
Administração com seringa (bolus)
Encha uma seringa de 20ml com a dieta;
Tire a tampa que fecha a sonda;
Conecte a seringa à sonda;
Injete lentamente;
Repita a operação até o término da dieta;
Aspire 20ml de água com a seringa e injete na sonda para limpá-la;
Tampe a sonda.
Infusão em equipo:
Administração com equipo
Conecte o equipo ao frasco;
Pendure o frasco no gancho;
Abra a pinça ou rolete para encher o equipo de dieta e, em seguida, feche o rolete;
Conecte o equipo à sonda;
Abra a pinça ou rolete regulando o gotejamento (a dieta deverá pingar gota a gota, conforme
prescrição da nutricionista/medico);
Ao término da dieta injete 20ml de água na sonda, com uma seringa, para limpar.
Na suspeita da sonda estar fora do local, não administrar dieta. Entre em contato com o
enfermeiro.
Fixação
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Fixação da sonda
Deve ser utilizada fita adesiva hipoalergênica (ex: micropore);
Realizar a limpeza da região da face para melhorar a aderência da fixação;
Deve ser trocada sempre que apresentar sujidade, descolamento da fixação;
Sempre trocar a posição da fixação da sonda para não causar irritação ou lesão na pele;
Nunca tracionar a asa do nariz, pois causa desconforto ou pode causar lesões graves ao paciente.
4. MUDANÇA DE DECÚBITO
A mudança de decúbito é um cuidado de enfermagem muito importante, onde o paciente depende
parcial ou totalmente das responsabilidades desses profissionais, pois garantem a proteção, conforto, e
atenção de forma humanizada para um tratamento eficaz de qualidade.
É um procedimento que auxilia no favorecimento do conforto e possível bem estar do paciente,
pois faz uma alternância da pele que fica exposta às extremidades ósseas.
O objetivo desse procedimento é evitar a formação de lesões por pressão através da avaliação do
risco do paciente e de ações preventivas relacionadas à pressão, fricção, cisalhamento e maceração em
pacientes acamados.
Material utilizado:
Coxins;
Lençóis;
01 par de luvas de procedimento
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Qualquer indivíduo na cama deverá ser reposicionado pelo menos a cada duas horas;
Um horário prescrito deve ser feito para que a mudança de decúbito e reposicionamento
sistemático do indivíduo seja feito sem esquecimentos;
Para indivíduos no leito, coxim tipo rolo deve ser usado para manter as proeminências ósseas
(como os joelhos ou calcanhares) longe de contato direto um com o outro ou com a superfície da
cama, de acordo com um plano de cuidados por escrito;
Mantenha a cabeceira da cama num grau mais baixo de elevação possível, que seja consistente
com as condições clínicas do paciente. Se não for possível manter a elevação máxima de 30º,
limite a quantidade de tempo que a cabeceira da cama fica mais elevada.
5. HIGIENE NASAL
A higiene nasal é a manutenção da cavidade nasal em condições ideais de umidade e limpeza,
atuando como mecanismo de defesa para todo o sistema respiratório, principalmente em crianças.
O nariz é o órgão responsável pela respiração fisiológica. Adultos conseguem respirar pela boca
em caso de obstrução nasal, mas a criança apresenta dificuldade para fazer essa troca.
Outro fator importante para a higiene nasal é o tamanho do nariz. Em crianças ele é menor,
comparando-se ao adulto, e o acúmulo de sujidade pode ocasionar dificuldades para respiração
fisiológica.
Recomenda-se a higiene nasal em crianças, mesmo sem patologias, pelo menos 2 vezes ao dia.
Também é indicada antes da administração de medicamentos nasais.
Indicado o uso de soluções salinas em spray ou duchas nasais, mas antes deve-se remover o
excesso de sujidade na área mais externa do nariz.
45
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Fonte: formaes.com.br
RESUMO
Nesse capítulo abordamos outras técnicas utilizadas no atendimento de crianças em atendimento
domiciliar.
Volto a lembrar a importância de o profissional ter conhecimento e habilidade para desempenhar
as técnicas de maneira segura e satisfatória.
Procure sempre envolver o cuidador familiar em todos os cuidados e se possível a própria criança,
promovendo estímulos para seu desenvolvimento além de autonomia para sua vida.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (CESPE, 2018) Assinale a opção correta acerca dos cuidados de enfermagem ao paciente submetido
a uma gastrostomia.
A) A pele junto à saída da sonda de gastrostomia deve estar protegida com um pequeno curativo e deve
ser constantemente inspecionada a fim de se detectar possível irritação.
B) No pós-operatório imediato, deve-se oferecer dieta hipocalórica, com alimentos batidos no liquidificador
e ministrados por sonda.
C) Após as refeições, a sonda de gastrostomia deverá ser mantida aberta.
D) A irrigação da sonda de gastrostomia com água antes e após as refeições deve ser evitada, a fim de
garantir a absorção total dos nutrientes.
46
Enfermagem na Assistência Domiciliar
3) (OMNI, 2021) A dieta enteral é fornecida na forma líquida por meio de uma sonda, que colocada no
nariz ou na boca vai até o estômago ou intestino. Assim, é possível fornecer os nutrientes que a pessoa
necessita independente da sua cooperação, fome ou vontade de comer. Com base nessa informação leia
os contextos abaixo:
[1] A nutrição enteral pode ser preparada em casa ou industrializada. As dietas caseiras são preparadas
com alimentos naturais cozidos e passados no liquidificador e coados, devem ter consistência líquida e
sua validade é de 12 horas após o preparo. A dieta industrializada já vem pronta para o consumo, tem
custo mais alto e pode ser utilizada por 24 horas depois de aberta
[2] A alimentação enteral deve ser prescrita pelo médico ou nutricionista e a sonda deve ser colocada
pela equipe de enfermagem. A fixação externa da sonda pode ser trocada pelo cuidador, desde que tenha
cuidado para não deslocar a sonda. Para fixar a sonda é melhor utilizar esparadrapo antialérgico,
mudando constantemente o local de fixação, assim se evita ferir a pele ou as alergias.
47
Enfermagem na Assistência Domiciliar
1. Usuário certo: certificar-se de que o medicamento será administrado ao usuário para quem é prescrito.
2. Medicamento certo: certificar-se de que o medicamento a ser administrado é o correto. Se houver
dúvida em relação ao nome ou achar que é um medicamento errado, não se deverá administrá-lo antes
de verificar com o médico prescritor.
3. Via certa: certificar-se de que a via de administração atende às especificidades do usuário e do
medicamento em questão.
4. Hora certa: garantir que a medicação será administrada no tempo correto para garantir os níveis
séricos terapêuticos desejados.
5. Dose certa: certificar-se de que a dose a ser administrada confere com a dose prescrita.
6. Registro certo: registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais como horários de
administração, adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos.
7. Orientação certa: orientar sobre motivos do uso, efeitos esperados, forma de uso adequado, os
cuidados e os possíveis problemas relacionados ao medicamento, como, por exemplo, interação com
outro(s) medicamento(s).
8. Compatibilidade medicamentosa: assegurar que os medicamentos a serem administrados podem
ser misturados, sem que precipitem ou formem pequenos cristais ou partículas na solução.
9. Direito a recusar o medicamento: o usuário tem o direito de recusar-se a receber o tratamento.
Via Oral
A administração oral é, em geral, a mais conveniente, segura e barata, portanto a mais comum.
Contudo, a via oral tem suas limitações. Muitos fatores, como outros medicamentos e a alimentação,
afetam a forma de absorção dos medicamentos depois de sua ingestão oral. Assim, alguns medicamentos
apenas devem ser tomados com o estômago vazio, enquanto outros devem ser ingeridos com o alimento
ou simplesmente não podem ser tomados por via oral. Os medicamentos administrados por via oral são
absorvidos pelo trato gastrointestinal.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Via Sublingual
Alguns medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos
pequenos vasos sanguíneos ali situados. A via sublingual tem a absorção rápida e o medicamento
ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado. Mas a
maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral,
incompleta e errática.
fonte: farmacologiafacil.com
Via Retal
Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem também ser administrados por
via retal, em forma de supositório. Nessa forma, o medicamento é misturado a uma substância cerosa,
que se dissolve depois de ter sido inserida no reto. Em razão do revestimento delgado e da abundante
irrigação sanguínea do reto, o medicamento é rapidamente absorvido.
Via muito utilizada em crianças devido dificuldade para administração via oral na maioria das crianças.
fonte: minutosaudavel.com.br
Supositório
fonte: slideshare.net
Material:
Seringa
Agulha para aspirar o medicamento
Agulha para administrar o medicamento
Algodão com álcool
Procedimento:
Orientar o paciente sobre o procedimento
Lavar as mãos
Preparar a medicação
Escolher o local de aplicação (seguir o rodízio)
Fazer a antissepsia do local com algodão e álcool
Pinçar o local da aplicação com o polegar e o indicador, introduzir a agulha
a 90º com a agulha curta;
Soltar a pele, aspirar e injetar lentamente, não massagear;
Deixar o paciente confortável;
Desprezar o material;
Lavar as mãos; e
Anotar no prontuário.
50
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Material:
Seringa de 3 ou 5 ml
Algodão com álcool
Cuba rim
Agulha para aspirar medicamentos
Agulha para administrar medicamentos
Luvas de procedimento
Adesivo (curativo pronto)
Procedimento:
Orientar o paciente sobre o procedimento
Lavar as mãos
Preparar a medicação
Escolher a região
Seguir a descrição de aplicação da região escolhida
Inalação
Material:
Fluxômetro;
Micro nebulizador, com máscara e extensão;
SF ou água destilada esterilizada de acordo com a prescrição médica;
Medicamento;
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Procedimento:
Orientar o paciente
Lavar as mãos
Instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio ou ar comprimido, testá-lo;
Abrir a embalagem do micro nebulizador e reservá-lo;
Colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao fluxômetro;
Conectar a máscara ao micro nebulizador;
Regular o fluxo de gás (produzir névoa);
Aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a
boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos;
Manter o micro nebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou até terminar a solução
(quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho);
Fechar o fluxômetro e retirar o micro nebulizador;
Secar, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do paciente.
fonte: physiocursosssp.com.br
Material
Luva de procedimento.
Algodão e álcool 70%.
Fita hipoalergênica.
2 agulhas para aspiração.
1 agulha para administração da medicação.
2 seringas 10 ou 20ml.
Cateter de infusão rígido ou flexível se necessário.
Solução prescrita.
Diluente se necessário.
1 Equipo.
“Plug macho” /” Polifix”.
Procedimento
1. Explicar o procedimento para o paciente/família/cuidador. Verificar prescrição médica, medicamento,
dose, via, volume, tempo de gotejamento, período de tratamento.
2. Reunir todo o material.
3. Lavar as mãos e calçar luvas de procedimento
4. Garrotear o membro escolhido
5. Realizar antissepsia com álcool 70% e puncionar
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
fonte: slideshare.net
RESUMO
Nesse capítulo aprendemos sobre as principais vias de administração de medicamentos, mas em
todos os casos é fundamental garantir a segurança do paciente.
Utilizar a conferência pela regra dos 9 Certos ajuda o profissional nesse processo, mas lembrem-
se que a conferência deverá ser realizada em 3 momentos:
1. Momento de separação do medicamento, conferindo o rótulo com a prescrição médica
2. Momento de preparo do medicamento, conferindo o novamente o rótulo, a dosagem (cálculo) e a
prescrição médica
3. Momento da administração solicitando que o cuidador / familiar confira o rotulo com a prescrição
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (INSTITUTO UNIFIL, 2021) Considere a prescrição de 0,5g de uma medicação oral. Se a unidade
possui esta medicação apenas em comprimidos de 250mg, como se deve proceder nesse caso?
A) Não realizar a administração. C) Realizar a administração de 1 comprimido.
B) Realizar a administração de ½ de um comprimido. D) Realizar a administração de 2 comprimidos.
2) (EDUCA, 2018) As condições do paciente determinam, muitas vezes, a via de administração de certas
drogas. Considera-se também que o paciente pode apresentar algum quadro cujas características o
impedem de ingerir drogas, como patologias do sistema digestivo.
A respeito das desvantagens da via oral, analise os itens abaixo:
I. A impossibilidade de absorção de alguns agentes por causa de suas características físicas;
II. Os vômitos em resposta à irritação da mucosa gastrintestinal;
III. Destruição de alguns agentes por enzimas digestivas ou pelo pH gástrico ácido;
IV. Irregularidades de absorção ou propulsão na presença de alimentos e outros fármacos;
V. Necessidade de cooperação por parte do paciente.
Estão CORRETAS as alternativas:
A) I, II, III, IV e V. D) II, III, IV, V apenas.
B) III, IV, V apenas. E) IV, V apenas.
C) I, II, III, IV apenas.
53
Enfermagem na Assistência Domiciliar
RESUMO
Nesse capítulo abordamos os acidentes domésticos. Infelizmente eles são muito frequentes com
crianças e muitas vezes trazem sequelas para toda a vida.
Nesses casos a prevenção é a melhor estratégia para lidarmos com os problemas.
No desenvolvimento de um crianças os progressos são rápidos e em muitas situações achamos
que a criança ainda não consegue fazer algo, mas ela consegue. Por exemplo, colocamos algo em um
local alto, longe do alcance da criança, mas ela faz uma improvisação de andaime e consegue ou pelo
menos tenta alcançar o objeto. Veja na ilustração acima.
Por tudo isso é importante adotar medidas de prevenção, mas todos na casa precisam entender
e colaborar com essas medidas para que o objetivo seja alcançado.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
55
Enfermagem na Assistência Domiciliar
PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO
O autocuidado pode ser definido como a capacidade de uma pessoa em desempenhar de forma
autônoma as atividades que visam à promoção da saúde, à prevenção de agravos e ao cuidado com a
doença, envolvendo os aspectos espirituais, físicos, mentais e sociais, proporcionando qualidade de vida.
Os profissionais que atuam em assistência domiciliar devem, sempre, promover as condições que
facilitem o autocuidado. Vale lembrar que as atividades de autocuidado também servem de estímulos
diários para o desenvolvimento da criança.
Atividades que possam parecer simples em algumas situações e dependendo do paciente,
tornam-se complexas, portanto, paciência e repetição devem fazer parte do contexto.
Nos casos de crianças e adolescentes, o profissional de enfermagem precisa conhecer o
desenvolvimento mental e físico, considerado dentro dos padrões de normalidade, para poder estimular
a criança em internação domiciliar.
O autocuidado promoverá:
Independência para realização de algumas tarefas;
Elevação da autoestima;
Melhora da qualidade de vida;
Melhora da capacidade física, mental e cognitiva;
Diminuição da sobrecarga de trabalho para cuidadores e familiares;
Realização pessoal.
REABILITAÇÃO
A reabilitação tem a finalidade de promover habilidades que permitam ao paciente o retorno de
suas atividades, o mais próximo possível, do período pré doença, ou seja, que o paciente voltas a exercer
as atividades que já desempenhava.
A reabilitação de um paciente é centrada na habilidade do paciente em lidar com a sua condição
de saúde e tomar decisões, sua motivação e sua adesão, são determinantes para os desfechos
terapêuticos.
Considerando que a assistência de saúde prestada deverá sempre ser centrada no paciente, os
interesses dos pacientes devem prevalecer e sua participação nesse contexto de reabilitação. O trabalho
da equipe multiprofissional é fundamental para esse processo de reabilitação.
56
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Reforçando que a reabilitação precisa ser motora, cognitiva e também emocional, pois no ser
humano tudo está interligado.
RESUMO
Quando pensamos em assistência domiciliar é necessário lembrar que muitos pacientes terão
assistência por tempo determinado e outros por tempo indeterminado. Tudo dependerá da patologia e
das condições clínicas do paciente.
Como estamos falando de crianças e adolescentes é importante lembrar que o desenvolvimento
mental, cognitivo e físico continua, independente da patologia. Esse processo será mais lento em algumas
situações, mas ele ocorrerá.
É imprescindível que o profissional tenha conhecimento desse processo evolutivo para que o
mesmo posso auxiliar e estimular o paciente, proporcionando sempre melhores condições de aprendizado
e desenvolvimento.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
57
Enfermagem na Assistência Domiciliar
As atividades de lazer não apenas ajudam a controlar o estresse – sabemos que o estresse está
ligado à piora do estado de saúde mental – como nos dão um senso de autocuidado e de equilíbrio, algo
que ajuda a reduzir a ansiedade. Além, é claro, de melhorar a autoestima.
Ao prestar assistência para crianças em domicílio é importante pensar em atividades de lazer que
ajudem a preencher o dia. Pode-se adequar atividades de lazer com estímulos para o seu
desenvolvimento.
Sempre que possível promover atividades de lazer que conte com a participação da família,
estimulando assim o convívio e a socialização da criança.
SAÚDE
O foco nessa disciplina foi o cuidado de crianças e adolescentes na assistência domiciliar, com o
aprendizado de várias patologias e cuidados.
Não podemos esquecer que os profissionais irão lidar com patologias diversas, sequelas,
incapacidades, dificuldades, emoções diversas e muito mais, mas que a saúde da criança e adolescente
precisa ser mantida, como por exemplo a vacinação.
Independente da patologia que a criança apresente os demais cuidados precisam ser continuados,
portanto, consultar o médico responsável sobre as vacinas, exames periódicos, cuidados odontológicos,
devem ser mantidos.
A família deverá ser orientada sobre cuidados e orientações específicas, como por exemplo,
menstruação e crescimento de pelos pubianos e pelo corpo como um todo.
É importante inspecionar a pele no momento da higiene e realizar a mudança de decúbito a cada
2 horas, visando a prevenção de lesões por pressão. Observe também sinais de lesão que possam ser
decorrentes de maus tratos e violência, incluindo violência sexual.
COMUNICAÇÃO
Comunicação pressupõe a informação e o domínio sobre o que queremos comunicar, pressupõe
a nossa intenção, emoção e o que pretendemos quando nos aproximamos do nosso cliente ou do nosso
paciente.
O conteúdo da comunicação está ligado ao referencial de cultura que cada um tem para informar
conteúdo, quanto mais sabemos sobre o que o outro sabe e compreende, maior a nossa habilidade em
correlacionar esse saber do outro com o nosso.
A comunicação verbal sozinha, não existe, vem acompanhada da maneira como falamos:
1. Do paraverbal:
silêncios,
grunhidos,
pausas e
ênfases
58
Enfermagem na Assistência Domiciliar
2. Expressões faciais:
Felicidade, excitação: dilatação de pupilas, olhos brilhantes;
Vergonha ou pudor: rubor da face;
Dúvida: franzimento de testa;
Desconfiança: desvio dos olhos;
Raiva: palidez, eriçamento dos pelos.
3. Postura corporal:
Lateralização do corpo: impessoalidade;
Frontalização: atenção, disposição, para receber;
Cruzamento de braços: fechamento, defesa, para receber;
Cabeça abaixada: submissão;
Curvamento do corpo: exaustão, desânimo;
Corpo e cabeça eretos: segurança.
4. Como tocamos:
Envolve aspectos afetivos;
O tempo usado no contato;
O local que tocamos;
A pressão que exercemos;
Tocar regiões culturalmente aceitas: braço, mão, ombro;
Atentar para os sentimentos do paciente no momento do toque: enrijecimento do corpo, desvio do
olhar, respostas monossilábicas, cobrir a cabeça.
Quando entendemos o ponto de vista do outro e transmitimos isso de forma verbal e não verbal,
não significa que concordamos com ele, mas o tranquilizamos. A comunicação nos permite ver uma
situação de diversos ângulos
LUDICIDADE
Ludicidade é um termo que tem origem na palavra latina “ludus”, que significa jogo ou brincar.
ameaçadora. O somatório destes fatores pode afetar o curso do seu desenvolvimento, o que pode ser
manifesto por meio de regressões em habilidades e competências já adquiridas, desordens do sono e da
alimentação, medos imaginários, dependência, agressividade, apatia, negativismo e todo um conjunto de
comportamentos caracterizados por manifestações de ansiedade.
Com atividades lúdicas é possível evocar a presença de fatores de proteção, os quais podem
contribuir para aumentar a resiliência da criança, ou seja, sua capacidade de lidar de forma mais
competente com essas situações adversas.
Em geral, a pessoa com quem a criança brinca é a mesma a quem recorre quando se sente
assustada por não compreender o que está se passando com ela devido à sua doença.
As atividades desempenhadas devem ser adequadas às condições clínicas de cada criança e
adolescente, permitindo sua interação. Sempre que possível escolha atividades que os membros da
família possam participar e permitam a criança expressar seus sentimentos e emoções.
RESUMO
Nesse capítulo abordamos a importância do lazer, das brincadeiras e da comunicação no
desenvolvimento das crianças e adolescentes, mesmo submetidos a cuidados de saúde no ambiente
domiciliar.
Cabe aos profissionais proporcionar espaços e momentos de prazer, promovendo uma melhor
qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) Elabore um roteiro de orientações lúdicas para uma criança sobre a necessidade de puncionar aceso
venoso.
60
Enfermagem na Assistência Domiciliar
1. COMPOSIÇÃO CORPORAL
Toda a celularidade diminui, reduzindo a função dos órgãos, continuamente.
A musculatura vai diminuindo, especialmente as fibras tipo II, de contração rápida, como as
encontradas nas mãos.
Diminuição da água intracelular – desidratação fisiológica (turgor x confusão);
Diminuição da massa celular;
Diminuição do tecido mineral ósseo;
Diminuição da densidade corpórea.
2. PESO E ALTURA
Diminuição da altura em aproximadamente 1cm por década (encurtamento dos discos vertebrais,
enrijecimento das articulações, cifose dorsal, arqueamento dos MMII);
Acúmulo de gordura e redução de massa magra – obesidade sarcopênica;
fonte: andreiatorres.com
Aumento do tecido gorduroso (distribuição centrípeta);
Redução do peso dos órgãos;
Redução do peso total a partir dos 65 anos.
3. MUSCULATURA
Perda muscular acelerada, chegando a 30%, por década, aos 70 anos e, praticamente a metade
aos 80 anos. Essa redução ocorre tanto em número quanto no volume das fibras (especialmente
o músculo esquelético).
Há redução na amplitude dos movimentos, tendendo a modificar a marcha, passos mais curtos e
mais lentos com tendência a arrastar os pés. A base de sustentação se amplia e o centro de
gravidade corporal tende a se adiantar, em busca de maior equilíbrio.
Para vencer as dificuldades o idoso diminui o tamanho dos passos e anda mais devagar. O grande
problema nos distúrbios da marcha é a queda, com todas as complicações posteriores.
fonte: abc.med.br
5. SONO e REPOUSO
Acordam fácil e demoram a adormecer;
Dormem menos horas por dia – menor gasto de energia.
Sono entrecortado – apneia;
Sonolência durante o dia;
Cansaço, mau humor;
Diminuição da memória, cefaleia e até depressão.
6. PELE
Lentificação na renovação epidérmica;
Diminuição do número de fibras elásticas e colágenas;
Diminuição na vascularização;
Diminuição na lubrificação;
Diminuição de tecido subcutâneo;
Hipertrofia das células de pigmentação – púrpura senil.
fonte: avovo.com.br
7. OLHOS
A flacidez das pálpebras superiores leva a uma limitação do campo visual lateral, podendo a
pessoa não ver objetos ao seu lado, não ver um veículo se aproximar ao atravessar a rua,
aumentando o risco de sofrer acidentes.
Atrofia da fáscia palpebral pode levar à herniação da gordura orbitária para dentro do tecido
palpebral;
Surgimento do arco senil - halo senil;
Opacidade do cristalino - catarata;
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
fonte:medicosdeolhos.com.br
Redução da secreção lacrimal - olho seco.
8. OUVIDO E NARIZ
Espessamento do tímpano;
Degeneração do ouvido interno;
Diminuição da capacidade auditiva – cerume;
fonte: se3.adam.com
Diminuição da capacidade olfativa;
Aumento do tamanho do nariz e orelhas.
9. CAVIDADE ORAL
Perda de dentes (cáries, doença periodontal, desmineralização óssea);
Retração gengival;
fonte: clinicaodontomania.com.br
Redução da saliva – boca seca;
Alterações no paladar – perda de papilas gustativas;
Diminuição da força de mastigação;
Perda de elasticidade de mucosas;
Disfagia orofaríngea – perda do tônus e motricidade muscular.
10. ESTÔMAGO
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
fonte: drquelsoncoelho.com
Ainda pode ocorrer a ruptura da barreira da mucosa gástrica, permitindo que o ácido clorídrico e
a pepsina do lúmen do estômago entrem nas células da mucosa, destruindo-as. O rompimento
dessa barreira acontece também com o uso de anti-inflamatórios, álcool, cafeína e por bactérias.
11. INTESTINO
Atrofia da mucosa – diminuição das vilosidades;
Menor absorção de nutrientes e vitaminas (especialmente Vitamina D e Ferro);
Lentificação do trânsito intestinal – constipação;
Predisposição a divertículos;
fonte: drgustavomelo.com.br
Maior susceptibilidade a lesões e sangramentos digestivos;
A diminuição do tônus e da força do esfíncter anal, associada a menor complacência retal,
aumenta a chance de incontinência fecal nas pessoas idosas, sendo as mulheres mais
predispostas que os homens.
19. SEXUALIDADE
74% dos homens e 56% das mulheres casadas mantêm vida sexual ativa após os 60 anos.
Alterações fisiológicas na genitália feminina e masculina;
Baixa hormonal (especialmente nas mulheres);
Redimensionamento da sexualidade e atividade sexual.
2. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O envelhecimento pode variar de indivíduo para indivíduo, sendo gradativo para uns e mais rápido
para outros. Essas variações são dependentes de fatores como estilo de vida, condições
socioeconômicas e doenças crônicas. Já o conceito “biológico” relaciona-se com aspectos nos planos
molecular, celular, tecidual e orgânico do indivíduo, enquanto o conceito psíquico é a relação das
dimensões cognitivas e psicoafetivas, interferindo na personalidade e afeto.
RESUMO
O envelhecimento é um processo natural, mas que pode trazer muitos transtornos para a pessoa
e seus familiares.
Envelhecemos dia a dia, mas somente temos a percepção disso quando apresentamos alguma
alteração e, normalmente, quando sentimos restrição para o desenvolvimento de atividades corriqueiras.
É importante que o profissional de saúde compreenda esse processo para que possa atuar no
atendimento domiciliar respeitando as limitações do organismo, estimulando o autocuidado e promovendo
qualidade de vida.
66
Enfermagem na Assistência Domiciliar
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (CONSULPLAN, 2021) A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa considera que indivíduos idosos,
mesmo sendo independentes, ou seja, que são capazes de realizar sem dificuldades e sem ajuda todas
as atividades de vida diária, como tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, transferir-se da cama para a
cadeira, ser continente e alimentar-se com a própria mão, mas que apresentem alguma dificuldade nas
atividades instrumentais de vida diária como preparar refeições, controlar a própria medicação, fazer
compras, controlar o próprio dinheiro, usar o telefone, fazer pequenas tarefas e reparos domésticos e sair
de casa sozinho, utilizando uma condução coletiva são considerados idosos com potencial para
desenvolver fragilidade e, por isso, merecerão atenção específica pelos profissionais de saúde e devem
ser acompanhados com maior frequência. Para classificar o idoso como frágil, esta política considera as
situações especificadas no seu texto e a classificação etária que é definida em literatura. Pelo critério
etário, o idoso passa a ser considerado frágil quando completa:
A) 65 anos de idade.
B) 70 anos de idade.
C) 75 anos de idade.
D) 80 anos de idade.
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Divisão do esqueleto:
Esqueleto Axial – O esqueleto axial é constituído pelos ossos arranjados ao redor do eixo
longitudinal e acomoda o Sistema Nervoso Central sendo então por isso chamado de neuro- eixo.
Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: os ossos do crânio, coluna vertebral,
ossículos da orelha, osso hioide, costelas e esterno.
Membros superiores:
• Segmento braço: úmero
• Segmento antebraço: radio e ulna
• Segmento mão: ossos carpais (escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme, hamato,
capitato, trapézio e trapezoide), metacarpos e falanges.
• Cíngulo superior: clavícula e escapula,
Membros inferiores:
• Segmento coxa: fêmur
• Segmento perna: tíbia e fíbula
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• Patela
• Segmento pé: ossos tarsais (calcâneo, tálus, navicular, cubóide, cuneiforme medial,
intermédio e lateral), metatarsos e falanges.
• Cíngulo inferior: ossos do quadril
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Produção de células sanguíneas – Dentro de certas partes dos ossos, um tecido conjuntivo,
chamado medula óssea vermelha, produz células que vão fazer parte do sangue. Estas células
são: os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas, por meio de um processo chamado de
hematopoese.
Armazenamento de triglicerídeos – No recém-nascido, toda a medula óssea e vermelha e está
envolvida na hematopoese. Entretanto, com o avançar da idade, a produção de células
sanguíneas diminui, e a maior parte da medula passa a ser formada por adipócitos e por isso
chamada de medula óssea amarela.
fonte: anatomiaemfoco.com.br
fonte: laifi.com
Classificação Funcional dos Ossos
Funcionalmente os ossos podem ser classificados como sesamoides e pneumáticos.
fonte: lotblumenau.com.br
fonte: pt-br.facebook.com
Sistema Articular
As articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. Essas
uniões não são feitas da mesma forma para todos os ossos, variando, portanto, com maior ou menor
possibilidade de movimento e tipo de tecido interposto aos ossos. Em algumas articulações, os ossos são
mantidos por fixações imóveis, como as suturas ou as articulações entre praticamente todos os ossos do
crânio.
Classificação:
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As articulações ou junturas são separadas nos três seguintes grupos, tendo como base em sua
classificação, sua estrutura e mobilidade:
fonte: vegarcez.com.br
B. Cartilaginosas (anfiartroses) ou com movimentos limitados:
São as articulações nas quais a junção dos ossos é feita por tecido cartilaginoso.
fonte: drrocha.com.br
fonte: danielbohn.com.br
Principais Movimentos das articulações:
Os movimentos de uma articulação se fazem obrigatoriamente sobre o que chamamos de eixo de
movimento.
Sistema Muscular
As células musculares, chamadas de fibras musculares, são especializadas em realizar a
contração e o relaxamento. Estas fibras se unem em feixes para formar músculos, os quais acham - se
fixados por suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por
encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contração. A miologia
os estuda. Dentro do aparelho locomotor, os músculos são elementos ativos do movimento. Porém a
musculatura não assegura só a dinâmica, mas também a estática do corpo humano. Realmente a
musculatura não apenas torna possível o movimento como também mantém unidas as peças ósseas
determinando a posição e a postura do esqueleto.
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos. Um músculo esquelético típico possui
uma porção média e extremidades.
fonte: anatomiareduzida.com
Tendão muscular – são pontos de fixação em forma de fita. Aponeurose – são extremidades que
fixam os músculos e apresentam formato laminar. Tanto tendões quanto aponeuroses são
esbranquiçadas e brilhantes, muito resistentes e praticamente inextensíveis, constituído por tecido
conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. Os
tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem
ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros
elementos; septos intermusculares, derme,
(músculos da mímica facial) tendão de outro
músculo, etc. Em uns poucos músculos aparecem
tendões interpostos a ventre de um mesmo
músculo, e esses tendões são chamados de
intersecções tendíneas e não servem para fixação
no esqueleto. (Ex: m. reto do abdome).
fonte:todoestudo.com.br
Fáscia muscular - é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. Sua espessura
pode variar de acordo com a função desempenhada. Para que os músculos possam exercer
eficientemente um trabalho de tração para se contrair, é necessário que eles estejam dentro de uma
bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia muscular que também permite o fácil
deslizamento dos músculos entre si. Em certos locais, a fáscia muscular pode apresentar-se
espessada e dela partem prolongamentos que vão terminar se fixando no osso, sendo denominados
septos intermusculares. Estes separam grupos musculares em lojas ou compartimentos e ocorrem
frequentemente nos membros.
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fonte:isfisioterapia.com
2. OSTEOPOROSE
Osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando
os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas.
A osteoporose é uma doença silenciosa, isto é, raramente apresenta sintomas antes que aconteça
sua consequência mais grave, isto é, uma fratura óssea.
Os nossos ossos recebem forte influência do estrogênio, um hormônio feminino, mas que também
está presente nos homens, só que em menor quantidade. Este hormônio ajuda a manter o equilíbrio entre
a perda e o ganho de massa óssea. Por este motivo, as mulheres são as mais atingidas pela doença,
uma vez que, na menopausa, os níveis de estrogênio caem bruscamente. Com esta queda, os ossos
passam a se descalcificar e se tornam mais frágeis. De acordo com estatísticas, a osteoporose afeta um
homem para cada quatro mulheres.
Os locais mais comuns atingidos pela osteoporose são a coluna (vértebras), bacia (fêmur), o
punho (rádio) e braço (úmero). Destas, a fratura mais perigosa é a do colo do fêmur. Um quarto dos
pacientes que sofrem esta fratura morrem dentro de seis meses e os que sobrevivem apresentam uma
redução importante da qualidade de vida e independência.
Muita dor nas costas e diminuição de estatura podem representar fraturas vertebrais da
osteoporose.
O diagnóstico precoce da osteoporose é feito pela medida da densidade óssea, através do exame
da Densitometria Óssea. Possuem maior risco para desenvolver osteoporose as mulheres, indivíduos de
raça branca, pessoas miúdas (magrinhas e pequenas), que tiveram menopausa precoce e não fizeram
reposição hormonal, os fumantes, que possuem história de fraturas na família, que possuem doenças
graves ou que utilizam corticoides por longo tempo, e aquelas que já tiveram fraturas na idade adulta.
A Vitamina D é fundamental para nossa saúde, em especial para o fortalecimento ósseo. Como
ela não está presente na maioria dos alimentos, temos que obtê-la através da exposição ao sol ou, quando
isto não for possível, através de suplementos vitamínicos.
fonte: drcaiovieira.com.br
3. ARTRITE E ARTROSE
3.1 ARTRITE
É o nome que damos quando há um processo inflamatório das articulações. Os principais sintomas
da artrite são dor, vermelhidão, inchaço e dificuldade para mover uma ou mais articulações.
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Existe uma grande gama de diferentes tipos de artrites. Abaixo estão descritas apenas algumas
das mais comuns:
fonte: praticandofisio.com
fonte:reumatominas.com.br
Gota (artrite gotosa): tipo de artrite que comumente afeta o hálux (dedão do pé), mas pode se
desenvolver em qualquer articulação do corpo. O ácido úrico está elevado no sangue na maior
parte dos casos;
Fonte:sulacapnews.com.br fonte:mdsaude.com
Espondilite anquilosante: um tipo de artrite crônica (de longa duração) que afeta ossos, músculos
e ligamentos da coluna;
fonte: bioemfoco.com.br
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fonte: ultrarticular.com.br
3.2 ARTROSE
A artrose, também chamada de osteoartrite, osteoartrose ou artrite degenerativa, é uma artrite que
ocorre por degeneração das cartilagens das articulações. Ela pode acometer qualquer articulação que
tenha cartilagem, porém, na maioria dos casos a doença ataca as articulações das mãos, joelho, quadril
e coluna. A osteoartrose pode acometer uma ou várias articulações ao mesmo tempo.
A degeneração da cartilagem na artrose ocorre geralmente pelo envelhecimento da mesma. Os
ossos passam a entrar em contato direto um com outro, fazendo com que o atrito dos movimentos também
leve a lesão destes. Este processo de destruição da cartilagem, e posteriormente dos ossos, causa
incapacitação da articulação afetada uma vez que qualquer movimento torna-se muito doloroso.
Além da idade, outros fatores contribuem para o aparecimento das artroses, tais como a genética,
obesidade, diabetes, hipotireoidismo, etc.
A osteoartrose é uma doença progressiva e sem cura; quanto mais insultos sofrerem as
articulações ao longo da vida, mais cedo ela se manifesta. Uma vez destruída, a cartilagem não se
regenera.
fonte: tuasaude.com
4. ÓRTESES E PRÓTESES
4.1 ÓRTESES
Órteses são dispositivos médicos prescritos por um médico em caso de acidentes, doenças do
sistema locomotor ou sistemas de sustentação e promovem a recuperação. Órteses podem estabilizar,
imobilizar, aliviar o corpo ou membros afetados ou fornecer orientação fisiológica correta.
As bengalas, muletas e óculos são exemplos simples de órteses. Eles não substituem um órgão
ou membro, mas ajudam-no a realizar sua função.
4.2 PRÓTESES
São peças artificiais usadas como substitutas de membros, órgãos, tecidos e articulações do corpo
que tiveram que ser amputadas ou não funcionam como deveriam. Por exemplo, os implantes dentários,
em que o dente natural é substituído por um artificial.
Tipos de próteses
Podem ser:
Externas — Perna mecânica, dentaduras, prótese mamária.
Internas — Prótese articular, prótese não convencional para substituição de tumor, coração
artificial, válvula cardíaca, ligamento artificial.
5. PARKINSON
Parkinsonismo é uma síndrome específica causada por um conjunto de doenças
neurodegenerativas ou não. A mais importante forma de parkinsonismo é a Doença de Parkinson.
Descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1917, a doença de Parkinson é caracterizada
por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina
nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex
cerebral para os músculos do corpo humano. Não somente os neurônios dopaminérgicos estão
envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidas
na gênese da doença.
A Doença de Parkinson (DP) é dita idiopática, isto é, sem causa definida, mas outras formas de
parkinsonismo, como os casos genéticos ou secundários a outras doenças ou exposição a substâncias,
e mesmo os chamados parkinsonismos atípicos podem existir, acometendo pessoas de todas as idades
e sexos, mas com prevalência maior em pessoas acima de 60 anos de idade.
Tratamento
O Parkinsonismo secundário pode ser melhorado pela resolução da doença primária subjacente.
Contudo a Doença de Parkinson e outras variantes primárias são incuráveis e a terapia visa
melhorar os sintomas e retardar a progressão.
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A terapia farmacológica visa restabelecer os níveis de dopamina no cérebro. É iniciada assim que
o paciente reporte diminuição da qualidade de vida devido aos sintomas. Vários tipos de fármacos são
usados, incluindo agonistas dos receptores da dopamina, inibidores do transporte ou degradação da
dopamina extracelular e outros não dopaminérgicos.
Fármacos usados frequentemente são os anticolinérgicos; agonistas do receptor da dopamina,
levodopa, apomorfina. Efeitos secundários da terapia incluem movimentos descoordenados frenéticos no
pico da dose, reações anafiláticas a algum fármaco (alergias), náuseas.
Cirurgicamente, é possível fazer palidoctomia (excisão do globo pálido) ou mais recentemente é
preferível a estimulação desses núcleos com eléctrodos cuja ativação é externa e feita pelo médico e
paciente.
fonte: brasilescola.uol.com.br
RESUMO
Aprendemos neste tema que, osteologia é o estudo dos ossos, o esqueleto humano adulto é
composto por 206 ossos, as suas funções são: sustentação, movimento, homeostasia mineral, produção
de células sanguíneas, proteção, armazenamento de triglicerídeos
São divididos em esqueleto axial e esqueleto apendicular, são classificados como: ossos longos,
curtos, planos e irregulares,
A classificação funcional dos ossos podem ser sesamoides e pneumáticos.
Aprendemos neste tema que, Artrologia é o estudo das articulações, podem ser classificadas
como: - fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. A articulação fibrosa tem 3 variedades: - Sindesmose, Sutura
e Gonfose. A articulação cartilaginosa nas quais a junção com os ossos acontece por tecido cartilaginoso
e articulação sinoviais representa a maioria das junturas do corpo, tem ampla mobilidade e contém um
líquido que interpõe as estruturas ósseas que é o líquido sinovial. Os principais movimentos das
articulações são: movimentos angulares, Adução e Abdução, rotação e circundação.
Aprendemos neste tema que, Miologia é o estudo dos músculos, as células musculares são
especializadas em contração e relaxamento, assim os músculos são estruturas que movem os segmentos
do corpo, assegurando também a estática do corpo unindo as peças ósseas determinando a posição e
postura do esqueleto, ventre muscular é a porção média e carnosa, tendão muscular são pontos de
fixação em forma de fita, fáscia muscular é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve o músculo.
Artrite é o nome que damos quando há um processo inflamatório das articulações. Os principais
sintomas da artrite são dor, vermelhidão, inchaço e dificuldade para mover uma ou mais articulações.
A artrose, também chamada de osteoartrite, osteoartrose ou artrite degenerativa, é uma artrite que
ocorre por degeneração das cartilagens das articulações. Ela pode acometer qualquer articulação que
tenha cartilagem, porém, na maioria dos casos a doença ataca as articulações das mãos, joelho, quadril
e coluna. A osteoartrose pode acometer uma ou várias articulações ao mesmo tempo.
Órteses são dispositivos médicos prescritos por um médico em caso de acidentes, doenças do
sistema locomotor ou sistemas de sustentação e promovem a recuperação. Órteses podem estabilizar,
imobilizar, aliviar o corpo ou membros afetados ou fornecer orientação fisiológica correta.
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Próteses são peças artificiais usadas como substitutas de membros, órgãos, tecidos e articulações
do corpo que tiveram que ser amputadas ou não funcionam como deveriam. Por exemplo, os implantes
dentários, em que o dente natural é substituído por um artificial.
Parkinsonismo é uma síndrome específica causada por um conjunto de doenças
neurodegenerativas ou não. A mais importante forma de parkinsonismo é a Doença de Parkinson.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
2) (AMEOSC, 2018) Responda verdadeiro “V" ou falso “F" e, em seguida, assinale a alternativa que
contém a ordem correta das respostas, de cima para baixo. São ossos dos membros superiores:
(__) - Ulna;
(__) - Úmero;
(__) - Fêmur;
(__) - Reto femoral.
a) V-V-F-F. c) V-F-F-V.
b) F-V-V-F. d) V-V-V-V.
4) (IBADE, 2017) A osteoporose é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a
"Epidemia Silenciosa do Século". e atualmente um problema de saúde pública no mundo inteiro devido
ao aumento na expectativa de vida das populações. A densitometria óssea é o exame de referência para
o diagnóstico da osteoporose realizada pela avaliação da coluna lombar e do colo do fêmur, e antebraço,
segundo os critérios da OMS. Uma das indicações de realização densitometria óssea é:
a) indivíduos em uso de corticosteroides por até dois meses.
b) indivíduos que apresentem perda de estatura (menor do que 2,5cm).
c) mulheres a partir dos 40 anos.
d) todos os indivíduos que tenham apresentado fratura por trauma mínimo ou atraumática.
e) mulheres com deficiência estrogênica com menos de 60 anos.
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3.1 POSTURA
Postura pode ser definida como a posição, atitude de um corpo, maneira em que suas partes se
encontram para realizar uma atividade específica, ou a forma de suportar o próprio peso corporal.
Considera-se uma postura correta o alinhamento do corpo com eficiência fisiológica e biomecânica
máximas, o que minimiza os estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da
gravidade
As más condutas posturais podem iniciar-se na infância e perpetuar por toda a vida, causando
problemas muitas vezes irreversíveis.
Vários fatores individuais podem influenciar as alterações posturais, como anomalias congênitas
e/ou adquiridas, má postura, obesidade, alimentação inadequada, atividades físicas sem orientação e/ou
inadequadas, distúrbios respiratórios, desequilíbrios musculares, frouxidão ligamentar e doenças
psicossomáticas.
Com o envelhecimento o ser humano sofre alteração de vários órgãos e sentidos, além dos
problemas causados por doenças crônicas degenerativas. O somatório dessas alterações e ambiente
onde a pessoa está inserida, poderá levar a instabilidades posturais aumentado o risco de quedas.
Associando tudo o que falamos podemos concluir que o envelhecimento para algumas pessoas,
aumenta o risco de lesões.
Os profissionais de saúde precisam estar atentos para observar a postura do idoso, sugerir
adequações na residência (veremos melhor em prevenção de quedas), adequações de vestuário e
sapatos, entre outros fatores.
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Dificuldade de iniciar ou continuar a caminhar: pessoas idosas podem ter dificuldade para iniciar
ou continuar a caminhar. Essa dificuldade pode estar relacionada com a alternância de peso que
transferimos de um pé para o outro no ato de caminhar. Também teremos pessoas com receio de
queda e por isso evitam andar.
Retropulsão: a retropulsão ocorre quando uma pessoa, de forma não intencional, dá passos para
trás ao tentar começar a caminhar ou quando cai para trás ao caminhar. A pessoa dá uma ligeira
balançada no corpo, como se procurasse equilíbrio para caminhar.
Pé pendente: a pessoa arrasta o pé para caminhar.
Passada curta: a passada curta pode ser causada pelo medo de cair ou por um problema nervoso
ou muscular.
Aumento da passada: à medida que a velocidade da marcha diminui, a passada aumenta
ligeiramente, a pessoa tenta compensar a velocidade dando passos maiores.
Inclinação para a frente: há uma ligeira inclinação quando a pessoa caminha. Ela busca equilíbrio
para seu corpo.
Festinação: é um aumento progressivo da velocidade dos passos. Esse processo ocorre porque
a pessoa tende a correr para evitar cair.
Inclinação do tronco: normalmente associado à compensação decorrente de dor nos membros
Para corrigir os problemas de marcha pode ser recomendado fisioterapia para aumento de força
muscular, equilíbrio e também o uso de dispositivos auxiliares.
fonte: slideplayer.com.br
3.3 DISPOSITIVOS AUXILIARES
Os dispositivos auxiliares de marcha devem ser prescritos após avaliação do paciente. Nessa
avaliação serão considerados vários fatores, entre eles: força muscular, equilíbrio, marcha, função
cognitiva e dor.
Além disso deverá ser considerado o ambiente onde o dispositivo será utilizado. Cabe também ao
profissional a orientação sobre o uso correto e manutenção do dispositivo.
1. Bengala:
A principal função das bengalas é aumentar a base de apoio, melhorando assim o equilíbrio. Sua
utilização se dá na mão oposta ao membro afetado a fim de diminuir a sobrecarga na musculatura
do quadril (as bengalas podem transmitir, das extremidades inferiores, de 20 a 25% do peso do
corpo), diminuir a compressão das articulações e favorecer o paciente em situações como subir e
descer escadas.
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2. Muletas:
As muletas são úteis para indivíduos que necessitam usar seus membros superiores para
sustentação de peso e propulsão. Essa transferência de peso para os membros superiores
permite a deambulação funcional e, ao mesmo tempo, mantém uma situação de sustentação de
peso restrita. Em geral, são utilizadas bilateralmente.
3. Andador
Os andadores fornecem três a quatro pontos de contato com o solo e assim melhoram o equilíbrio
por meio do aumento da base de suporte, maior estabilidade anterior e lateral e suporte do peso
da pessoa. Propiciam também maior senso de segurança às pessoas que apresentam medo de
cair ao andar.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
As quedas podem levar o idoso a uma degeneração de sua saúde, deixando-o acamado por muito
tempo, o que poderá ocasionar alterações intestinais, pulmonares, fraqueza muscular e dor entre outras
complicações.
O profissional de saúde deverá ser capaz de orientar o paciente, cuidadores e seus familiares
sobre medidas a serem adotadas visando a prevenção da queda, entre elas:
83
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Fatores precipitantes:
Dor;
Incontinência;
Diminuição de força muscular;
Rigidez articular;
Afetividade: querer atenção de pessoas próximas;
Alterações cognitivas;
Alteração em órgãos do sentido;
Alteração de equilíbrio;
Uso de medicamentos: sedativos, ansiolíticos, etc;
Fragilidade decorrente da idade;
Acima de 75 anos.
A síndrome da imobilidade representa alto risco para mortalidade, queda e internação hospitalar.
A atuação do profissional de saúde é buscar estimular o idoso para que o mesmo não fique
acamado, auxiliando-o na deambulação, higiene corporal, entre outros. É fundamental melhorar a
qualidade de vida do idoso nessas condições.
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RESUMO
Nesse capítulo estudamos as alterações envolvendo a postura e locomoção do paciente idoso.
Passamos a entender as alterações de marcha e o uso de dispositivos que podem auxiliar nesse
processo, restabelecendo parcialmente a autonomia do idoso.
Também estudamos medidas de prevenção de queda no ambiente doméstico e o papel de
educação dos familiares nesse processo.
Para finalizar conhecemos a síndrome da imobilidade, suas causas e consequências para a vida
de uma pessoa idosa.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (MAXIMA, 2018) Quedas para pessoas idosas podem significar perda de autonomia e incapacidades
parciais ou totais. Para evitar quedas nesta idade, muitos são os cuidados a serem observados pelo
próprio idoso. Todo profissional de saúde precisa atentar para as orientações adequadas, tais como,
EXCETO:
a) Orientar ao idoso que deixe uma luz acesa à noite para o caso de necessitar se levantar.
b) Colocar tapetes nas portas e salas para evitar que o ambiente fique frio.
c) Orientá-lo a esperar que o ônibus esteja completamente parado para subir ou descer.
d) Orientar que use sapatos fechados e com solado de borracha.
2) (VUNESP, 2007) A residência onde habita uma família que tem idosos na sua composição deve ser
organizada de forma a diminuir ou neutralizar os riscos para a sua saúde, dentre os quais se encontram
situações que podem ser modificadas sem prejuízo do conforto e mobilidade do idoso e demais
moradores, como a:
A) substituição de todo o piso por material cerâmico antiderrapante.
B) retirada de carpetes e passadeiras dos ambientes de circulação.
C) colocação de corrimão ao longo dos dois lados das escadas.
D) distribuição de abajures pelos corredores para melhor iluminação.
E) instalação de portas de vai-e-vem em todos os ambientes internos.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
1. COMPROMETIMENTO COGNITIVO
É a partir do processo cognitivo que o ser humano consegue desenvolver suas capacidades
intelectuais e emocionais, isto é, linguagem, pensamento, memória, raciocínio, capacidade de
compreensão, percepção etc.
O comprometimento cognitivo afeta a capacidade funcional do indivíduo no seu dia a dia,
implicando perda de independência e autonomia, a qual varia de acordo com o grau de gravidade, com
consequente perda da qualidade de vida do idoso. A noção de autonomia, no que tange à
interdependência desta com uma memória íntegra, reside na capacidade individual de cuidar de si
mesmo, executar tarefas que lhe permitam a adaptação psicossocial e ser responsável pelos próprios
atos.
O comprometimento cognitivo altera a vida da pessoa idosa, mas também altera a vida de seus
familiares. Isso porque a família precisará criar estratégias para não deixar o idoso sozinho, mesmo que
aparentemente ele tenha condições de se cuidar.
Essa perda da capacidade de autocuidado causa alterações emocionais tanto no idoso quanto na
família, podendo levar a conflitos.
A perda de autonomia levará a mudanças nas estruturas familiares como, por exemplo:
Pessoa idosa precisar residir com familiares;
Contratação de pessoas para cuidarem do idoso, para que não fique sozinho;
Acomodação do idoso em casas de repouso para que fique durante o dia (retorna para dormir em
casa) ou de maneira integral;
Aumento das despesas (financeiro);
Adaptação da família ao novo residente e vice-versa.
Já estudamos algumas patologias que podem levar ao aumento de cuidados com os idosos, mas
nos casos estudados a parte cognitiva não sofria alterações. A seguir patologias que afetam a capacidade
cognitiva.
2. DEMÊNCIAS
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O quadro clínico reflete-se como uma síndrome de natureza crônica e progressiva, caracterizada
pelo desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos e alterações da personalidade. Com a evolução, há
um comprometimento sensível nas atividades pessoais, sociais e profissionais do paciente. É essencial
para o diagnóstico clínico, acometimento da memória e ao menos um outro distúrbio de função cortical
elevada (apaxia, agnosia, afasia ou alterações de funções executivas). O início da doença é caracterizado
por esquecimento, podendo ser difícil de detectar nos primeiros estágios. Nesta primeira fase, a memória
para eventos recentes é mais comprometida do que para fatos remotos. Também pode surgir déficit de
atenção e concentração. São frequentes as alterações de comportamento e outros sintomas psiquiátricos.
É importante fazer um diagnóstico correto do quadro demencial, pois 15% dos casos de demência
podem ser tratados. Na avaliação de uma síndrome demencial, devemos ter uma boa história da doença,
exame físico e neurológico detalhado, exame do estado mental, exames de sangue, de urina e tomografia
computadorizada.
Cerca de 50 a 66% dos casos de demência são devidos à doença de Alzheimer, 12-18% à
demência secundária a infartos cerebrais múltiplos, 8-18% uma associação de ambas, e 8% de etiologia
indeterminada.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Infelizmente ainda não podemos contar com tratamento eficaz nos casos de demência citados
neste texto, devendo-se investir na prevenção da doença. Para isto, sugere-se vida mais saudável, com
boa alimentação, distração, realização de exercícios físicos, estímulo da atenção e aprendizado, controle
das dislipidemias, da hipertensão arterial e do tabagismo. Visitas a médicos para combate aos radicais
livres também podem retardar a instalação da demência. Anti-agregantes plaquetários e até
anticoagulantes podem ser indicados. Medicamentos com a propriedade de retardar a evolução da
doença em fases iniciais têm sido utilizados, porém ainda precisamos de mais pesquisa nesta área.
3. ALZHEIMER
A doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro caracterizada
por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da
memória episódica. Estes déficis amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são
posteriormente acompanhados por déficits visuo-espaciais e de linguagem. O início da doença pode
muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com ideação paranoide
Tratamento
O tratamento visa a confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da doença.
Algumas drogas são úteis no início da doença, e sua dose deve ser personalizada. São os inibidores da
acetil-colinesterase, medicações que inibem a enzima responsável pela degradação da acetilcolina
produzida e liberada por um núcleo na base do cérebro (núcleo basal de Meynert). A deficiência de
acetilcolina é considerada epifenômeno da doença de Alzheimer, mas não é o único evento
bioquímico/fisiopatológico que ocorre.
Assistência de Enfermagem:
Aferir sinais vitais;
Auxiliar nos cuidados de higiene;
Auxiliar na alimentação;
Estimular o autocuidado;
Auxiliar na locomoção;
Manter identificação nas roupas do paciente, para caso de saída sem acompanhante;
Cuidados com risco de quedas;
Orientação aos familiares sobre os cuidados;
Proporcionar ambiente tranquilo;
Proporcionar momentos de lazer;
Estimular exercícios de fisioterapia
4. DEPRESSÃO
A depressão é uma das patologias que mais acomete os idosos. Esse número é mais elevado
ainda quando falamos de pessoas institucionalizadas.
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falta de apetite;
insônia;
perda de energia para realizar as tarefas do dia-dia;
tendência ao isolamento e a apatia;
tristeza, angústia, crises de choro (menos frequentes).
Fatores desencadeantes:
afastamento da família;
a perda do papel social com a aposentadoria;
falecimento do cônjuge e solidão;
Limitações físicas;
fatores clínicos como AVC, infarto e doenças cardiovasculares.
Tratamento
O tratamento é medicamentoso e terapia;
O apoio dos familiares é muito importante;
Familiares precisam estar atentos a ideação suicida.
RESUMO
É a partir do processo cognitivo que o ser humano consegue desenvolver suas capacidades
intelectuais e emocionais, isto é, linguagem, pensamento, memória, raciocínio, capacidade de
compreensão, percepção etc.
O comprometimento cognitivo afeta a capacidade funcional do indivíduo no seu dia a dia,
implicando perda de independência e autonomia, a qual varia de acordo com o grau de gravidade, com
consequente perda da qualidade de vida do idoso. A noção de autonomia, no que tange à
interdependência desta com uma memória íntegra, reside na capacidade individual de cuidar de si
mesmo, executar tarefas que lhe permitam a adaptação psicossocial e ser responsável pelos próprios
atos.
Pudemos observar nesse estudo que o quanto antes fizermos o diagnóstico de determinadas
patologias, antes conseguimos iniciar um tratamento efetivo, apesar de sabermos que na maioria das
vezes será apenas um paliativo, visando apenas a melhora da qualidade de vida do idoso, ou tentando
diminuir a sintomatologia, alguns tratamentos, porém, ainda estão em frequentes estudos, para que breve
possamos prestar uma assistência mais qualificada.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (IBADE, 2018) Uma enfermeira realizou uma consulta de enfermagem de um paciente novo que chegou
à instituição de longa permanência após a morte de sua companheira. O paciente tem 90 anos, hipertenso
e diabético há 15 anos, apresenta-se alerta, porém se distrai facilmente durante a consulta, apresenta
queixas somáticas e memória seletiva. Esse paciente, provavelmente, desenvolveu:
a) AVC. d) depressão.
b) delírio. e) retirada.
c) demência.
2) (CONPASS, 2018) Qual das seguintes é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das
funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no
comportamento e na personalidade?
a) Donovanose d) Doença de Alzheimer
b) Esquistossomose e) Tuberculose
c) Botulismo
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
3) (COMPERVE, 2018) A depressão é a doença psíquica mais comum que leva ao suicídio e essa doença
tem ocorrido com maior frequência entre as pessoas idosas. São características da depressão no idoso,
entre outros sinais e sintomas
a) alucinações visuais recorrentes, hipersexualidade e hiperoralidade.
b) perda de memória, declínio cognitivo lento/progressivo e dificuldade para lembrar-se de fatos recentes.
c) flutuação do déficit cognitivo (dias de melhor e pior performance), declínio cognitivo abrupto e perda da
memória progressiva.
d) isolamento social, perda de reatividade ao ambiente e dificuldade de locomoção/imobilidade.
4) (PUC-PR, 2018) O envelhecimento é um processo de alterações fisiológicas que levam a perdas físicas
e neurocognitivas significativas que requerem que os profissionais de saúde realizem intervenções
adequadas. (OLIVEIRA, 2016).
Avalie a correção das abordagens adequadas da enfermagem para os seguintes problemas:
I. demência é caracterizada pelo déficit de memória intenso e progressivo. São cuidados de enfermagem
importantes tranquilizar o idoso e ajudar o paciente e seus familiares no enfrentamento da doença.
II. os idosos geralmente apresentam dificuldades para ler e enxergar. Auxiliar no controle do diabetes
pode minimizar os problemas de visão.
III. a depressão acomete muitos idosos e pode agravar outras doenças, pois interfere no autocuidado. É
importante que a enfermagem oriente o paciente que o efeito dos medicamentos antidepressivos pode
demorar algumas semanas.
IV. cerca de 1/3 dos idosos sofre pelo menos uma queda por ano. A enfermagem deve orientar para uso
de calçadas adequadas, barras de segurança e corrimões, bem como evitar medicamentos sedativos.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Estão corretas somente as afirmativas I, III e IV.
b) Estão corretas somente as afirmativas I e IV.
c) Estão corretas todas as afirmativas.
d) Estão corretas somente as afirmativas II e III.
e) Estão corretas somente as afirmativas II, III e IV.
90
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Fatores predisponentes:
idade (crianças e velhos),
sexo feminino,
diabetes mellitus,
sondagem,
Má higiene íntima.
Sinais e Sintomas
Febre,
calafrios,
disúria,
lombalgia,
hematúria,
tenesmo vesical e outros.
2. INCONTINÊNCIAS
Dificuldade ou incapacidade de reter, ou controlar, as excreções, principalmente a urina e as fezes.
gravidez e parto;
tumores malignos e benignos;
doenças que comprimem a bexiga;
obesidade;
tosse crônica dos fumantes;
quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
procedimentos cirúrgicos ou irradiação que causem lesão nos nervos do esfíncter masculino.
Sinais e sintomas:
incontinência urinária de esforço: o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri,
faz exercício, movimenta-se;
incontinência urinaria de urgência: mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade
súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa “perde” urina antes de chegar
ao banheiro;
incontinência mista: associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais
importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra;
enurese noturna: é a incontinência que ocorre durante o sono.
O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas exercícios ajudam
a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é
com medicamentos e fisioterapia.
Fatores de risco:
as lesões obstétricas, que muitas vezes vai além da ruptura do músculo,
cirurgias anorretais (hemorroidectomia, fístulas, esfincterotomia, radiações pélvicas entre outras),
a diarreia de diferentes origens como colite infecciosa, síndrome do intestino irritável, pós
colecistectomia e efeitos colaterais de medicamentos,
incapacidades físicas e/ou cognitivas,
idade avançada,
diabetes, e
depressão.
Tipos
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Tratamento
Tratamento conservador: fisioterapia para fortalecimento da musculatura e terapia
comportamental que envolve controle da dieta, uso de medicamentos, mudanças de estilo de vida
(gerenciamento do intestino),
correção cirúrgica.
3. DESIDRATAÇÃO
A desidratação é uma patologia caracterizada pela baixa concentração de água e sais minerais
no organismo.
A pessoa idosa é mais suscetível à desidratação. Isso ocorre porque nos idosos a absorção de
água é menos eficaz, o que facilita a desidratação. Para colaborar com essa situação ainda há o uso de
medicamentos, como diuréticos, que eliminam um volume maior de líquidos, associados a diminuição de
água por simples falta de vontade ou hábito.
Sinais e sintomas:
desidratação é leve a moderada:
o pode ocasionar dor de cabeça,
o tontura,
o fadiga,
o fraqueza,
o sonolência,
o boca seca,
o diminuição da diurese,
o batimentos cardíacos acelerados,
o câimbras e
o falta de elasticidade da pele.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
4. DIARRÉIA
Na maioria das situações a diarreia poderá ser tratada apenas com alimentos obstipantes e
aumento da ingestão de líquidos. Caso a diarreia persista o ideal é procurar atendimento médico.
Alimentos obstipantes:
Arroz branco;
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Banana;
Batata baroa;
Batata doce;
Batata inglesa;
Biscoitos salgados;
Cará;
Cenoura cozida;
Chá de broto de goiabeira;
Farinha de mandioca;
Farinha de trigo;
Inhame;
Macarrão;
Maça sem casca;
Maisena (amido de milho);
Mandioca;
Pão branco;
Pera sem casca;
Polvilho;
Suco de caju;
Suco de goiaba;
Suco de laranja lima (coado);
Suco de limão;
Torrada.
5. ALTERAÇÕES DO SONO
A alteração do padrão de sono mais percebida pelos indivíduos é a diminuição no tempo total de
sono que é reduzindo para 6-7,5 horas nos idosos, além de apresentar um sono mais superficial (acorda
com maior facilidade) e dificuldade para retomar o sono quando interrompido.
6. SÍNDROME DA FRAGILIDADE
A síndrome da fragilidade é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas onde a massa e
força muscular apresentam-se reduzida e baixa energia para as atividades do dia a dia.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Sinais e sintomas:
perda involuntária de peso;
fraqueza;
redução da velocidade de marcha;
exaustão.
RESUMO
Nesse capítulo estudamos algumas condições patológicas que podem afetar muitos idosos, como
a infecção de trato urinário, incontinência vesical, incontinência fecal e de flatus, desidratação, diarreia e
síndrome de fragilidade.
Muito mais que entender a patologia é fundamental que os profissionais de saúde tenham ações
voltadas para educação dos pacientes e familiares visando a prevenção desses distúrbios.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
1) (FUNDEP, 2019) A manutenção da mobilidade em idosos constitui uma grande meta de tratamento
visando autonomia e independência em atividades de vida diária.
São estratégias indicadas para prevenção da perda de mobilidade, exceto:
A) Exercícios de fortalecimento muscular somente de membros inferiores visando marcha.
B) Educação, orientação de exercícios domiciliares e de segurança domiciliar.
C) Estimulação sensorial, exercícios de equilíbrio e treino de transferências.
D) Adaptação ambiental e indicação de dispositivo de auxílio de marcha.
2) (CIAAR, 2020) As infecções do trato urinário (ITU) são comuns em idosos e podem representar um
problema clínico importante. Cabe ao fisioterapeuta, assim como à equipe multidisciplinar, avaliar e
elaborar estratégias para a sua prevenção e tratamento.
Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas acerca de infecções urinárias em idosos.
I. Idosos estão mais propensos ao desenvolvimento de ITU, que ocorre por colonização bacteriana da
uretra. Uma rápida intervenção pode evitar a disseminação para os rins e para o sangue, causando sepse
PORQUE
II. o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e a hiperplasia prostática podem provocar estase
urinária.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Alimentar-se;
Ir ao banheiro;
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Escolher a roupa;
Arrumar-se e cuidar da higiene pessoal;
Manter-se continente;
Vestir-se;
Tomar banho;
Andar e transferir (por exemplo, da cama para a cadeira de rodas).
Gerenciar as finanças;
Lidar com transporte (dirigir ou navegar o transporte público);
Fazer compras;
Preparar refeições;
Usar o telefone e outros aparelhos de comunicação;
Gerenciar medicações;
Manutenção das tarefas domésticas e da casa.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
RESUMO
Nesse capítulo aprendemos que avaliar o idoso direciona os cuidados para suas necessidades de
maneira individual e personalizada.
Existem disponíveis vários modelos de avaliação e a equipe multiprofissional irá trabalhar com a
escala mais apropriada e para a qual todos estejam capacitados.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
1) (IBADE, 2016) As atividades de vida diária (AVD) são relacionadas ao autocuidado e que, no caso de
limitação de desempenho, normalmente requerem a presença de um cuidador para auxiliar a pessoa
idosa a desempenhá-las. As AVD são diferentes das atividades instrumentais da vida diária (AIVD). Esta
última indica a capacidade de um indivíduo em levar uma vida independente dentro da comunidade.
Dentre as opções a seguir, marque a alternativa que apresenta atividades relacionadas apenas as AVDs.
A) Utilizar meios de transporte, utilizar o telefone, preparar refeições e deambular.
B) Deambular, ir ao banheiro, manter controle sobre suas necessidades fisiológicas e realizar compras.
C) Alimentar-se, banhar-se, vestir-se e deambular.
D) Alimentar-se, banhar-se, vestir-se e manipular medicamentos.
E) Vestir-se, mobilizar-se, alimentar-se e realizar tarefas domésticas leves.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
2) (VUMESP, 2015) A avaliação multidimensional do idoso tem como objetivo avaliar a capacidade
funcional, a saúde física, a função cognitiva e o estado emocional do idoso, entre outros domínios.
Assinale a escala que avalia as atividades básicas de vida diária.
A) Escala de Equilíbrio de Berg.
B) Índice de Katz.
C) Mini Exame do Estado Mental.
D) Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15).
E) Escala de Lawton e Brody.
3) (UFSC, 2012) O envelhecimento da população é hoje um fenômeno mundial, que vem ocorrendo de
forma crescente tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2007). Em relação aos cuidados de saúde da população idosa, analise as afirmativas abaixo.
I. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) podem afetar a funcionalidade das pessoas idosas. A
dependência para o desempenho das atividades de vida diária (AVD) tende a aumentar cerca de 5% na
faixa etária de 60 anos para cerca de 50% entre os idosos com 90 anos ou mais.
II. A diminuição das capacidades sensório-perceptivas, que ocorre no processo de envelhecimento, pode
afetar a comunicação das pessoas idosas. Tais alterações são manifestadas pela diminuição da
capacidade de receber e tratar a informação proveniente do meio ambiente que, se não forem
adequadamente administradas, poderão levar ao isolamento do indivíduo.
III. Especial atenção deve ser dada à prevenção de iatrogênias assistenciais relacionadas ao uso de
polifármacos.
IV. A avaliação funcional é fundamental e determinará não só o comprometimento funcional da pessoa
idosa, mas também suas necessidades de auxilio. São subdivididas em atividades de vida diária (AVD),
que são as relacionadas ao autocuidado; atividades instrumentais da vida diária (AIVD), que são as
relacionadas à participação do idoso em seu entorno social e indicam a capacidade de um indivíduo de
levar uma vida independente dentro da comunidade.
V. A Lei n. 10.741/2003, art. 19, prevê que os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra
idoso são de notificação obrigatória ao Conselho Municipal ou Estadual dos Direitos do Idoso, Delegacias
de Polícia e Ministério Público.
102
Enfermagem na Assistência Domiciliar
2. DISFAGIA
Disfagia é definida como a dificuldade de deglutir alimentos ou líquidos. Esse distúrbio é frequente
em pessoas idosas, pacientes com patologias neurológicas, patologias que afetam a região do pescoço
e que sofreram algum tipo de trauma na boca ou garganta.
Sinais e Sintomas:
Dor ou incapacidade de engolir;
Regurgitação;
Tosse ou engasgo ao engolir;
Azia frequente;
Rouquidão.
103
Enfermagem na Assistência Domiciliar
3. INAPETÊNCIA
Inapetência é a diminuição ou perda do apetite. Em vários momentos de nossas vidas passamos
por essa situação, de maneira passageira e sem causar nenhum transtorno ao nosso organismo. A
inapetência passa a ser preocupante quando é acompanhada de perda de peso, diarreia, vômitos, azia,
entre outros.
Para algumas pessoas idosas alguns ajustes na dieta são suficientes para estimular o retorno à
alimentação adequada, em outros casos será necessário a ajuda de um profissional especializado.
4. CONSTIPAÇÃO
Constipação é definida como a dificuldade de eliminar fezes. Cada indivíduo tem uma frequência
própria de evacuações. A constipação é caracterizada quando essa frequência é mais espaçada,
causando desconforto à pessoa. Portanto, é importante sempre saber os hábitos intestinais antes de
definir se o paciente está constipado ou não.
Algumas pessoas são mais sensíveis e sofrem alteração de hábito intestinal pelo fato de estarem
longe de suas casas, como por exemplo, nos casos de viagem, isso também deverá ser observado.
Outros fatores podem alterar o hábito intestinal, entre eles:
dieta com pouca fibra;
não ingestão de boa qualidade de líquidos durante o dia;
vida sedentária;
imobilidade;
doenças como hipotireoidismo, acidente vascular encefálico, lesões medulares;
problemas emocionais;
o hábito de ignorar a vontade de evacuar assim que ela aparece.
104
Enfermagem na Assistência Domiciliar
5. MANIPULAÇÃO DE DIETAS
A manipulação de alimentos em geral requer condutas de higiene tanto do profissional como
higiene do ambiente. Alguns cuidados básicos:
Nos casos de dietas enterais os cuidados com higiene e conservação devem ser mantidos.
Dietas enterais artesanais devem seguir os cuidados de higiene e muita atenção com a
conservação da dieta e a higiene dos frascos.
Dietas enterais industrializadas devem seguir a orientação dos fabricantes.
RESUMO
Nesse capítulo abordamos vários aspectos que envolvem a nutrição de pessoas idosas, desde
distúrbios quanto cuidados na sua manipulação.
O profissional que está prestando assistência a uma pessoa em seu domicílio é responsável pela
administração da dieta, nem sempre pelo seu preparo, mas certificar-se que o preparo seguiu todas as
boas práticas que envolvem a manipulação de alimentos e dietas.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
1) (PUC-PR, 2019) Disfagia é qualquer dificuldade na efetiva condução do alimento da boca até o
estômago por meio das fases interrelacionadas, comandadas por um complexo mecanismo neuromotor.
A disfagia pode levar à desnutrição e à desidratação por inadequação dietética e em razão da consistência
dos alimentos. Na tentativa de se adaptar ao sintoma, o
paciente altera a consistência dos alimentos e/ou das preparações acrescentando maior quantidade de
água reduzindo, assim, o valor calórico total (I Consenso de Brasileiro de Disfagia em Idosos
Hospitalizados, 2010). Com referência a esse tema, avalie as afirmações a seguir:
I. A terapia nutricional deve ser indicada em caso de desnutrição ou em risco de desenvolvê-la, ingestão
oral inferior a 60% da oferta alimentar, disfagia, doenças catabólicas e/ou perda de peso involuntária
superior a 5% em 3 meses ou maior que 10% em 12 meses.
II. Na prescrição da dieta para o paciente disfágico, vários fatores precisam ser considerados, como grau
de disfagia, estado cognitivo, capacidade de incorporar manobras compensatórias, grau de
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
TEMA 8: HIPODERMÓCLISE
Hipodermóclise é a técnica que tem o objetivo de fazer a infusão de fluidos e medicamentos pela
via subcutânea, em substituição a via endovenosa.
A técnica é bem simples, consiste na introdução de um cateter em uma área entre a pele e o
músculo. Por essa via pode ser infundido soro, alguns anti-inflamatórios, antibióticos, entre outros.
Permite a administração de volumes até 1500ml em 24h por sítio de punção, podendo ser
realizado até dois sítios distintos.
Indicações
Impossibilidade de ingestão por via oral;
Impossibilidade de acesso venoso e contraindicação de procedimentos invasivos.
Contraindicações
Situações de emergência;
Anasarca grave;
Distúrbios de coagulação.
Vantagens
Baixo custo;
Possibilidade de realização e permanência do paciente em domicílio;
Mínimo desconforto ou complicação local;
Risco mínimo de complicações sistêmicas;
Via de fácil manipulação e manutenção: troca a cada 5 – 7 dias.
Desvantagens
Limitação do volume
Inviável para o ajuste rápido de doses
Locais de acesso
Fonte: Adaptado Bruno, V.G. Hipodermóclise: revisão de literatura para auxiliar a prática clínica. Einstein, v.13,
n.1, p.122-8, 2015.
Medicamentos e soluções
Vários medicamentos e soluções podem ser administrados por via subcutânea, desde que tenham
pH é próximo da neutralidade e que sejam hidrossolúveis, como:
Antimicrobianos;
Anti-inflamatório;
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Analgésicos;
Antitérmicos;
Anticonvulsivantes;
Diuréticos.
Profissional
Os profissionais de enfermagem podem administrar medicamentos por hipodermóclise, desde que
capacitados nessa técnica e sob supervisão do enfermeiro de acordo com a legislação do exercício
profissional.
Material
Bandeja;
Recipiente com bolas de algodão;
01 dispositivo de punção (agulhado ou não agulhado);
01 almotolia de álcool 70INPM;
01 seringa preparada com 03 ml de soro fisiológico 0,9%;
curativo filme transparente;
01 saco plástico transparente (descarte do material infectante);
01 par de luvas de procedimento.
Procedimento
Realizar lavagem das mãos;
Dirigir-se ao leito do paciente com os materiais na bandeja;
Explicar o procedimento e finalidade ao paciente;
Inspecionar o local a ser puncionado;
Abrir o invólucro do dispositivo pela área demarcada;
Calçar as luvas de procedimento;
Preencher o dispositivo com SF 0,9%;
Realizar antissepsia da pele com algodão embebido em álcool 70 INPM;
Retirar o protetor do dispositivo;
Escolher o local da punção com maior tecido adiposo e que proporcione melhor mobilidade do
paciente;
Fazer a prega subcutânea com a mão não dominante;
Introduzir o dispositivo na pele com a mão dominante em um ângulo de 30 a 45º com o bisel
voltado para cima;
Aspirar para verificar a ausência de retorno sanguíneo;
Administrar 01 ml de soro fisiológico e verificar se há presença de extravasamento;
Fixar o dispositivo com curativo filme transparente;
Conectar o equipo da solução ao dispositivo;
Retirar a luva de procedimento;
Realizar lavagem das mãos;
Identificar o acesso subcutâneo com data, nome, horário, calibre do cateter;
Desprezar os materiais em local apropriado;
Limpar a bandeja com álcool 70 INPM guardando-a em seu respectivo local;
Proceder anotações de enfermagem no prontuário do paciente.
108
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Cuidados Pós-Punção
Lavar as mãos antes e após manipular cateter. Realizar antissepsia da via de acesso sempre que
for abrir o sistema (friccionar gaze ou algodão embebido em álcool 70% ao redor do óstio do lúmen
do acesso).
Trocar tampinha/polifix do sistema conforme rotina institucional.
Proteger o local da punção com plástico quando for realizado banho.
Recomendação do tempo de permanência do dispositivo: não há consenso na literatura quanto
ao tempo de permanência do cateter no tecido subcutâneo, variando de 2 a 11 dias
Atentar para observação sobre cateter agulhado
Atentar para o volume total de fluido permitido em cada local de punção. Se necessário, realizar
duas punções ou avaliar possibilidade de reduzir volume de fluido com a equipe médica.
Caso o paciente esteja com medicação de horário e soroterapia contínua, deixar uma punção para
medicação e outra para soroterapia.
RESUMO
Nesse capítulo aprendemos uma via de administração de medicamentos muito segura, de fácil
acesso, baixo custo, mas não muito utilizada.
Os profissionais de enfermagem devem estar dispostos e atentos para novos aprendizados, isso
poderá ser um diferencial em sua carreira.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (IBFC, 2017) Dentre as medidas realizadas em pacientes em cuidados de final de vida está a realização
de hipodermóclise. Por essa via subcutânea, consegue-se administrar medicações e realizar hidratação
em pacientes impossibilitados de receberem tratamento por via oral. Com relação a esse tema, assinale
a alternativa correta:
A) A hipodermóclise só deverá ser realizada em pacientes em fnal de vida, caso não se consiga acesso
venoso periférico
B) Por essa via conseguimos administrar alguns antibióticos como cefepima
C) Há contraindicação absoluta em se puncionar mais de um sítio de hipodermóclise de uma só vez
D) Por essa via conseguimos administrar benzodiazepínicos como o diazepam
E) Por hipodermóclise conseguimos realizar expansão volêmica em paciente em choque séptico
109
Enfermagem na Assistência Domiciliar
3) (COTEC, 2019) A hipodermóclise apresenta limitações nas situações em que se deseja uma
velocidade de infusão rápida e reposição com alto volume de fluidos. O volume diário recomendado é de:
A) 3000 ml, em 72h.
B) 2000 ml, em 24h.
C) 1500 ml, em 48h.
D) 600 ml, em 36h.
E) 500 ml, em 36h.
110
Enfermagem na Assistência Domiciliar
A decisão pelos cuidados paliativos deverá ser em conjunto: médico, equipe multiprofissional,
paciente e familiares.
A abordagem ao paciente e à família é feita por equipe multiprofissional composta por médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e
farmacêuticos, em atividades diretamente ligadas às necessidades biopsicossociais. Entretanto,
administrativos, motoristas, capelães, voluntários e cuidadores também acompanham e apoiam os
membros da família e da equipe em prol do bem-estar do paciente.
A maioria das pessoas prefere realizar os cuidados paliativos em casa. Mas as pessoas que
moram, por exemplo, em casas de repouso podem receber os cuidados paliativos nesses locais. Nesses
casos, essas instalações são consideradas atendimento domiciliar, uma vez que a instalação é o lar do
paciente.
Um dos pontos mais delicado em relação aos cuidados paliativos é a abordagem espiritual. Cabe
ao profissional que atua junto ao paciente oferecer meios de atender suas necessidades espirituais com
visitas de padre, monges, pastores, e demais representantes religiosos, de acordo com a crença do
paciente e respeitando suas decisões. O profissional deverá apoiar o paciente e sua família, nunca impor
suas crenças e valores.
Os cuidados deverão ser planejados e individualizados para cada paciente, de acordo com a
patologia apresentada.
Manter a qualidade de vida do paciente é fundamental e cuidados paliativos não significa não
utilização de recursos disponíveis. O paciente em cuidados paliativos poderá e deverá, se necessário,
fazer uso de tecnologia no seu tratamento, como também medicamentos adequados. O uso de
profissionais capacitados também é importante.
Atenção todos os recursos empregados devem seguir a ética e as boas práticas, nada deverá ser
feito que possa causar dano ao paciente e seus familiares.
Quando tratamos de pacientes em cuidados paliativos a queixa de dor é muito frequente. A dor
deverá ser tratada com medidas farmacológicas ou não farmacológicas, de acordo com a necessidade
de cada paciente. O importante é termos em mente que o paciente não deverá sentir dor. Em muitos
casos a sedação pode ser um recurso para dor crônica.
111
Enfermagem na Assistência Domiciliar
A sedação paliativa é o uso de medicações que reduzem o nível de consciência objetivando alívio
de um ou mais sintomas refratários em pacientes com doenças avançadas e progressivas que se
encontrem em cuidados paliativos. A intensidade da sedação deve ser a menor possível para atingir um
controle satisfatório do sintoma. São considerados sintomas refratários aqueles que a despeito do uso de
todos os recursos terapêuticos habituais seguem causando desconforto importante. A sedação paliativa
é um recurso nos cuidados de fim de vida (CHERNY; RADBRUCH, 2009; CHERNY, 2014).
Estágios do luto
Fase 1) Negação
Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba negando o problema, tenta
encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade seja da morte de um ente querido
ou da perda de emprego. É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto. Nessa
fase há uma tendência
Fase 2) Raiva
Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar
passando por isso. A pessoa não se sente “merecedor” dessa situação.
Fase 3) Barganha
Essa é fase que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, acaba querendo dizer
que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas a Deus. Nesse momento
surgem promessas de melhoria, de oferendas a Deus para que a situação seja revertida.
Fase 4) Depressão
Já nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melancólica e se sentindo
impotente diante da situação.
Fase 5) Aceitação
É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a realidade como
realmente é, ficando pronto para enfrentar a perda ou a morte.
Não há um período determinado para se passar por esse período de luto. Também não uma
sequência dessas fases, a ordem descrita tem mais efeito didático do que organização de sentimentos.
É importante a observação dos familiares para as pessoas que não conseguem lidar com a perda
sozinha e que precisam de ajuda de profissional especializado.
112
Enfermagem na Assistência Domiciliar
Morte natural (por doença), quando o paciente teve assistência médica durante o período de
adoecimento: quem deve preencher e assinar a declaração de óbito (DO) do paciente que faleceu
em casa é, preferencialmente, o médico que vinha prestando assistência ao paciente, ou o seu
substituto.
Morte natural presumida (na ausência de sinais externos de violência) em paciente sem
assistência médica para sua doença: quem deve preencher a DO é o médico do Serviço de
Verificação de Óbito. Nesses casos é necessário acionar policiais.
Morte por causas externas (homicídios, acidentes, suicídios, mortes suspeitas):
independentemente de o paciente ter recebido assistência ou do local da assistência, quem deve
preencher a Declaração de Óbito em localidades com Instituto Médico Legal (IML) é o médico
legista, qualquer que tenha sido o tempo entre o evento violento e a morte propriamente. Nesses
casos é necessário acionar policiais.
Lembrem-se que nem o profissional e nem familiares devem manusear o corpo do paciente antes
do preenchimento e assinatura da declaração de óbito.
Material:
Luvas de procedimentos
Gazes
Fita adesiva
Algodão
Plástico para envolver o corpo
Etiqueta de identificação
Biombo
Atadura de crepe
Lençóis
Cuba-rim ou bacia pequena
Material para curativos
Material para banho
Solução desinfetante
Seringas
Balde para diluir solução
Solução para higiene oral
Escova ou pente para cabelos
Máscara descartável
Recipiente para objetos pessoais
Pinça cirúrgica longa
Procedimento:
Certificar-se da liberação do corpo para o preparo
Perguntar à família se há desejo de ajudar
Reunir todo o material
Providenciar um espaço privativo
Lavar as mãos
Calçar as luvas
Desligar todos os equipamentos
Retirar os objetos de valor e colocar em recipiente próprio para ser entregue à família
Colocar o corpo em posição supina
Fechar os olhos
Fechar a boca utilizando atadura crepe, s/n
113
Enfermagem na Assistência Domiciliar
RESUMO
Nesse capítulo aprendemos sobre cuidados paliativos e o processo de morte.
Cabe lembrar que em todos os processos estudados, o profissional deverá ser respeitoso com o
paciente e com seus familiares. Quando abordamos o processo de óbito, esse lembrete é mais importante
ainda.
O profissional também precisa estar atento para o processo de luto que ele mesmo vivenciará e
que se for necessário buscar ajuda de um profissional não significa fraqueza e sim coragem para enfrentar
dificuldades e sentimentos.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
1) (UFG, 2018) O cuidado paliativo direcionado ao paciente e à sua família torna-se necessário frente a
doenças graves, sem prognóstico e possibilidade de cura. As doenças oncológicas, cuja perspectiva de
cura torna-se restrita e ameaça à vida é iminente, constituem uma das principais doenças quanto à
exigência de cuidados paliativos. Nessa situação,
a) o enfermeiro deve evitar quaisquer intervenções de abordagem espiritual ou religiosa com paciente em
cuidados paliativos, uma vez que tal ação poderá causar constrangimento ao indivíduo, à família ou aos
cuidadores.
b) o indivíduo deve permanecer sedado no caso de cuidado paliativo para evitar o prolongamento do
estado grave do paciente sem prognóstico satisfatório, acompanhado de sofrimento e manutenção da
vida por processos terapêuticos desproporcionais.
c) o indivíduo pode-se beneficiar pela via de infusão hipodermóclise ou terapia subcutânea, implementada
quando a via oral e a rede venosa tornam-se indisponíveis. Essa via apresenta a mesma eficácia da
endovenosa, com a vantagem de ser menos dolorosa, ter raros eventos adversos e ser de fácil
aplicabilidade.
d) a participação da família bem como a obtenção de consentimento no processo decisório da paliação,
deve ser julgada com parcimônia pela equipe de saúde responsável pelo paciente, visando minimizar a
dor, o sofrimento e a angústia.
2) (UFG, 2018) Segunda a definição da OMS, cuidados paliativos são uma abordagem para melhoria da
qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam uma doença ameaçadora da vida, por meio da
prevenção e do alívio do sofrimento, pela identificação precoce e impecável avaliação e tratamento da
dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais. Logo,
a) constituem indicações de cuidados paliativos segundo as condições do paciente: não ser candidato à
terapia curativa, diagnosticado com doença grave, preferindo não ser submetido a tratamento de
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
prolongamento da vida, com nível de dor suportável por 24 horas, e visitas ao atendimento de emergência,
pelo menos uma vez no mês.
b) são norteadores da assistência em cuidados paliativos: a preservação e o controle de sintomas; a
intervenção psicossocial e espiritual; a conservação do paciente e da família como unidade de cuidados;
a dependência familiar e individual da equipe multiprofissional, a comunicação e o trabalho em equipe
multiprofissional.
c) são orientações quanto à aplicação do cuidado paliativo: ser iniciado o mais tardiamente possível, após
qualquer tratamento curativo, utilizar todos os esforços necessários para melhor compreensão e controle
dos sintomas, oferecer conforto e qualidade de vida, não acelerando nem adiando os dias de vida do
indivíduo.
d) são elementos que podem compor a linha mestra da assistência voltada aos cuidados paliativos:
controle de dor e outros sintomas, conforto, prevenção de agravos e incapacidades, apoio e orientação à
família e aos cuidadores, manutenção de atividades e pessoas significativas para o paciente, ativação de
recursos emocionais e sociais de enfrentamento do processo de adoecimento e terminalidade, ativação
de redes sociais de suporte.
3) (COPEVE, 2012) o contexto dos cuidados paliativos na oncologia, é preciso considerar que os objetivos
da assistência, em conformidade ao que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
compreendem a promoção da qualidade de vida e do conforto dos clientes e seus familiares que
enfrentam juntos a doença que põe em risco a vida, pela prevenção e alívio dos sintomas e apoio às
necessidades psicossociais, emocionais e espirituais. Portanto, pode-se afirmar, exceto:
a) os cuidados paliativos foram definidos como uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade
de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida.
b) neste contexto de cuidado, ressalta-se como ponto chave da assistência a avaliação e controle da dor
física e no processo de negação.
c) o tratamento em cuidados paliativos deve reunir as habilidades de uma equipe multiprofissional para
ajudar o paciente a adaptar-se às mudanças de vida impostas pela doença, e promover a reflexão
necessária para o enfrentamento desta condição de ameaça à vida para pacientes e familiares.
d) conforme a Organização Mundial de Saúde um modelo de intervenção em Cuidados Paliativos pauta-
se onde as ações paliativas têm início já no momento do diagnóstico e o cuidado paliativo se desenvolve
de forma conjunta com as terapêuticas capazes de modificar o curso da doença.
e) a paliação ganha expressão e importância para o doente à medida que o tratamento modificador da
doença (em busca da cura) perde sua efetividade. Na fase final da vida, os Cuidados Paliativos são
imperiosos e perduram no período do luto, de forma individualizada.
4) (COPEVE, 2014) A velhice é a fase do desenvolvimento em que a morte se mostra mais presente,
certamente pela maior proximidade com o final do existir. O processo de morte/morrer, segundo Elizabeth
Kübler-Ross (1969) apresenta cinco fases psicológicas, que são:
A) negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
B) negação, raiva, barganha, desilusão e aceitação.
C) negação, barganha, tristeza, raiva e aceitação.
D) barganha, depressão, tristeza, aceitação e raiva.
E) aceitação, raiva, negação, barganha e tristeza.
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1. BANHO NO LEITO
Indicado nos casos onde o paciente está acamado, sem condições de ser colocado em cadeira
de banho para ser levado banho de aspersão (bando de chuveiro).
Material:
Equipamentos da cama: colcha, cobertor, 01lençol de cima, 01lençol móvel, 01 impermeáveis, 01
lençol de baixo, e fronha.
Luvas de procedimento;
01 toalhas de rosto;
01toalha de banho;
02 luvas de banho ou compressas;
01camisola ou pijama;
02 bacias de banho ou balde;
jarro de água quente;
01 sabonetes antisséptico;
comadre ou papagaio;
Procedimento:
Orientar o paciente sobre o procedimento;
Fechar janelas e portas;
Desocupar a mesa de cabeceira;
Calçar as luvas de procedimento;
Oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho;
Desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro e o pijama, deixando-o
protegido com o lençol;
Abaixar a cabeceira da cama caso seja possível;
Colocar o travesseiro sobre o ombro;
Ocluir os ouvidos;
Colocar a bacia sob a cabeça;
Lavar os cabelos;
Fazer higiene oral;
Molhar as luvas de banho retirando o excesso de água;
Lavar os olhos do paciente do ângulo interno;
Lavar os olhos do paciente do ângulo interno para o externo;
Utilizar água limpa para lavar cada olho;
Ensaboar pouco e secar com a toalha de rosto;
Colocar a toalha de banho sob um dos braços do paciente e lavá-lo no sentido do punho para as
axilas em movimentos longos;
Enxaguar e secar com a toalha de banho;
Repetir a operação com o outro braço;
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Colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a região púbica;
Com uma as mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e abdômen;
Enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol;
Lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações,
Massagear as proeminências ósseas e panturrilha;
Flexionar o joelho do paciente e lavar os pés, secando bem entre os dedos;
Colocar o paciente em decúbito lateral, com as costas voltadas para você, protegendo-a com
toalha, lavar, enxugar e secar;
Fazer massagem de conforto;
Colocar o paciente em posição dorsal;
Colocar a toalha de banho e comadre sob o paciente;
Oferecer a luva de banho para que o paciente possa fazer sua higiene intima (se tiver limitação,
calçar a luva e fazer a higiene para o paciente);
Lavar as mãos;
Vestir o pijama ou camisola;
Trocar a roupa de cama;
Recolocar o travesseiro e deixá-lo em posição confortável
Material:
Idem ao banho de leito, incluindo uma bacia ou balde para despejar a água.
Procedimento:
Antes do banho no leito coloca-se um impermeável sob a cabeça, tirando o travesseiro;
Umedecer os cabelos;
Ensaboar os cabelos com xampu;
Enxaguar os cabelos, deixando escorrer a água pelo impermeável até a bacia ou balde;
Enxugar os cabelos com a toalha e depois, se necessário com secador;
Pentear os cabelos após o término do banho.
Higiene intima
Material:
Comadre, luvas de procedimento, jarro com água, toalha, papel higiênico, sabonete.
Procedimento:
Orientar o paciente;
Calçar as luvas;
Posicionar a comadre;
Fazer limpeza com papel higiênico, se necessário;
Umedecer a região pubiana;
Ensaboar a região;
Enxaguar a região;
Retirar a comadre;
Enxugar o paciente;
Deixar o paciente confortável;
Retirar a luva.
2. TROCA DO LEITO
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Os lençóis da cama de alguém que está acamado devem ser trocados depois do banho e sempre
que estiverem sujos ou molhados, para manter a pessoa limpa e confortável.
2. Remover as pontas dos lençóis de debaixo do colchão para soltá-los. O ideal é que a troca ocorra logo
após o banho, portanto, os lençóis já devem estar soltos.
3. Caso o procedimento seja realizado fora do momento do banho, retire o excesso de cobertas para
facilitar o manuseio do paciente.
4. Virar a pessoa para um dos lados da cama. (veja a descrição da técnica no item abaixo 10.3 –
movimentação no leito)
Garanta que a pessoa está protegida pela grade da cama, caso contrário, solicite que alguém fica ao lado
evitando risco de queda do paciente.
7. Virar a pessoa sobre o lado da cama que já tem o lençol limpo. Novamente atenção para evitar risco
de queda.
10. Leve os lençóis sujos para a lavanderia ou coloque em local estipulado pela família.
Organize o ambiente.
Despreze as luvas.
3. MOVIMENTAÇÃO NO LEITO
Para movimentar uma pessoa acamada no leito o profissional, preferencialmente, deverá realizar
a técnica em duas pessoas. Isso trará mais segurança evitando-se queda do paciente e diminuindo o
risco de lesão no profissional por realizar atividade de esforço.
A técnica descrita abaixo também serve para subir o paciente no leito, pois é comum o paciente
“escorregar” e descer na cama em direção aos pés da cama.
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Estenda o braço da pessoa para que não fique embaixo do corpo quando virar de lado e coloque
o outro braço sobre o peito.
Cruze as pernas da pessoa colocando, por cima, a perna do mesmo lado da mão que está sobre
o peito.
Com uma mão no ombro e outra no quadril da pessoa, vire-a lentamente e com cuidado. Como
se estivesse puxando a pessoa para seu lado.
A pessoa deverá ser virada para o mesmo lado onde o profissional posicionou o braço dela
esticado.
Para este passo, o profissional deve colocar as pernas afastadas e uma à frente da outra,
apoiando um dos joelhos na cama.
Vire ligeiramente o ombro que ficou por baixo do corpo e coloque uma almofada nas costas,
impedindo que as costas caiam na cama.
Para deixar a pessoa mais confortável, coloque um travesseiro entre as pernas, outro por baixo
do braço que está em cima e uma almofada pequena debaixo da perna que está em contato com
a cama, acima do tornozelo.
4. TROCA DE FRALDAS
Oriente o paciente sobre o procedimento
Use luvas de procedimento
Deixe próximo ao leito todos os materiais necessários para realização do procedimento
Descolar a fralda e limpar a região genital com uma gaze ou lenços umedecidos, retirando a sujeira
da região genital em direção ao ânus, para evitar infecções urinárias;
Dobrar a fralda para que fique com a parte externa e limpa virada para cima;
Virar a pessoa para um dos lados da cama.
Limpar novamente a região genital e a região anal com outra gaze molhada em água e sabão ou
com lenços umedecidos, retirando as fezes com um movimento da região genital em direção ao
ânus;
Retirar a fralda suja e colocar uma limpa em cima da cama, encostada no paciente.
Secar a região genital e a região anal com uma gaze seca, toalha ou fralda de algodão;
Passar uma pomada para assadura, para evitar o surgimento de irritação na pele;
Virar a pessoa para cima da fralda limpa e fechar a fralda, tendo em atenção para não ficar muito
apertada.
Caso a cama seja articulada, é aconselhável que esteja elevada ao nível do quadril do profissional
e completamente na horizontal, para facilitar a troca da fralda.
Despreze o material usado
Deixe o paciente confortável
Deixe o ambiente organizado
5. MOBILIZAÇÃO
Material:
Cadeira de rodas ou banho
Lençol para transferência
Procedimento:
Orientar o paciente sobre o procedimento
Efetuar o procedimento no mínimo em duas pessoas
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
Lavar as mãos
Retirar o excesso de cobertas do paciente
Sentar o paciente na cama, o mais próximo da beira possível.
Orientar o paciente para manter os membros superiores sobre o abdome
Um profissional deverá segurar o paciente pela região torácica, com o braço sob a axila do
paciente
Outro profissional deverá segurar o paciente pelas pernas
Ao mesmo tempo o paciente deverá ser erguido e colocado sobre a cadeira
Posicionar o paciente confortavelmente
Nos casos de cadeiras de rodas e de banho, levar o paciente para seu destino
Repetir o processo para retornar o paciente para o leito
RESUMO
Nesse capítulo aprendemos técnicas básicas de higiene e movimentação do paciente.
As descrições das técnicas foram adaptadas em relação à prática hospitalar, por tratar-se de
procedimentos que serão realizados em domicílio.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1) (FAU, 2018) Os cuidados de enfermagem durante a higiene corporal no leito auxiliam na manutenção
da pele. Assinale outro objetivo da higienização do paciente realizado pelo técnico de enfermagem:
a) Ativar a circulação sanguínea com exercícios em membros superiores e inferiores.
b) Facilitar o relaxamento muscular e a segurança física do paciente.
c) Promover o conforto e o alívio das áreas de contato com o colchão.
d) Estimular a movimentação do paciente.
e) Todas as alternativas corretas.
2) (FUNDEP, 2018) Em relação ao banho e aos cuidados com a pele de pacientes, assinale a alternativa
incorreta.
a) O banho de leito completo é administrado ao paciente totalmente dependente, muitas vezes,
esgotando-o. É indicado avaliar a frequência cardíaca antes, durante e após a realização desse
procedimento para avaliação da tolerância física do paciente.
b) O banho de leito é o procedimento que proporciona limpeza mais completa para pacientes dependentes
e independentes.
c) Pacientes com a pele excessivamente ressecadas estão predispostos ao comprometimento cutâneo.
Deve-se evitar água quente demais, pois isso pode piorar o ressecamento da pele.
d) É recomendado colocar uma cadeira na área do chuveiro para pacientes com fraqueza ou falta de
equilíbrio.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Enfermagem na Assistência Domiciliar
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reduzir-quedas-no-idoso, acesso 02/09/2021
Manual de hipodermóclise [recurso eletrônico] / Natalia Cristina Godinho, Liciana Vaz de Arruda Silveira;
Colaborador Karina Alexandra Batista da Silva Freitas. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Botucatu- HCFMB, 2017
Manual de Cuidados Paliativos / Coord. Maria Perez Soares D’Alessandro, Carina Tischler Pires, Daniel
Neves Forte ... [et al.]. – São Paulo: Hospital Sírio Libanês; Ministério da Saúde; 2020.
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Material de Apoio
Caderno de Atenção Domiciliar - Vol. 1 / Caderno de Atenção Domiciliar - Vol. 2 /
2012 2013
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Manual de Hipodermóclise
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EAD
Disciplina 1 - ATENÇÃO DOMICILIAR INFANTO-JUVENIL
Justiça:
o A assistência domiciliar não pode ser vista apenas como uma oportunidade de liberar leitos
em um hospital.
o A assistência deverá ser planejada com avaliação das condições clínicas do paciente,
condições sociais, familiares, condições de moradia, condições financeiras, entre outro.
o Os hospitais não podem simplesmente transferir os custos de uma internação para a
família do paciente, sem que essa tenha condições para arcar com isso.
Autonomia:
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o Para que a decisão de transferir o paciente do hospital para assistência domiciliar a equipe
de saúde deverá junto com familiares e se possível com o paciente, avaliar as vantagens
e desvantagens, de maneira clara e objetiva.
o A decisão nunca deveria ser unilateral, visando apenas alguns aspectos.
Sigilo:
o Quando o profissional atua na residência de um paciente, com certeza ele terá informações
particulares e pessoais. Essas informações não dizem respeito à outras pessoas, portanto,
não devem ser comentadas com terceiros, mesmo que os comentários possam parecer
inocentes e inofensivos.
o Os pacientes em muitas situações fazem confidências para o profissional que está
prestando assistência. Caso seja informação que possa causar interferência em seu
tratamento, o profissional deverá encorajar o paciente a revelar. O profissional não pode
revelar informações sem o consentimento do paciente, salvo em situações que coloquem
em risco à saúde de outras pessoas ou tratar-se de casos de violência.
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Fonte: edisciplinas.usp.br