NOVA FRIBURGO
2021
ANDRESA BARBOSA GUIMARÃES
BÁRBARA LIMA COSTA LAVINSHY
THUANI PIRES COELHO DA COSTA
JONATAN DE AZEVEDO ZEBENDO
NOVA FRIBURGO
2021
Resumo
Este presente trabalho tem como objetivo identificar estudos sobre a prevalência
de episódios de compulsão alimentar e a associação com excesso de peso corporal, auto
percepção e satisfação corporal em adultos. As fontes de dados para pesquisa foram a
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – LILACS (literatura Latino americano e do Caribe em
Ciências da Saúde) e Scielo - Scientific Electronic Library Online e Pub Med - Biblioteca
Nacional de Medicina dos Estados Unidos. Foram observados que há relação da compulsão
alimentar está ligada a fatores diversos, destacando problemas emocionais graves, como
estresse, baixa autoestima, comer por conforto, entre outros motivos. Ao identificar as
causas que geraram esse transtorno alimentar, o papel do nutricionista junto a equipe
multidisciplinar é muito importante para que haja um acompanhamento nutricional além do
controle dos impulsos alimentares.
This study addresses eating disorders, focusing on bingeing, which is related to the
act of eating, for a certain period of time and, discontinuously, an amount of food that is
definitely higher than what most people would eat in similar time and circumstances. The
objective is to discuss what are the causes that lead to the development of this eating
disorder, as well as the consequences that they generate and the treatments that can be
submitted. This is a literature review, looking for articles. It was possible to conclude that
there is a way to offer a better quality of life to people who are compulsive about eating,
if they are submitted to appropriate treatments with specialized professionals, such as a
nutritionist.
Keywords: Binge Eating, Treatments, Causes, Consequences.
Lista de tabelas
CM Centímetro
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.1.1.1 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1 DISTÚRBIOS ALIMENTARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1.1 ETIOLOGIAS DA COMPULSÃO ALIMENTAR . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.2 CONSEQUÊNCIAS DA COMPULSÃO ALIMENTAR . . . . . . . . . . . 13
3.1.3 TRATAMENTOS PARA A COMPULSÃO ALIMENTAR . . . . . . . . . . . 15
3.1.4 COMPULSÃO ALIMENTAR EM TEMPOS DE PANDEMIA . . . . . . . . 16
3.2 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
7
1 Introdução
A obesidade está entre um dos mais graves problemas de saúde pública na atua-
lidade. Ela é uma doença multifatorial e está associada a fatores genéticos, endócrinos,
ambientais, sociais, além de fatores psicológicos e psiquiátricos (KLOBUKOSKI; HOFEL-
MANN, 2017).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2014, 39% da população
mundial adulta estava acima do peso. No Brasil os dados da Pesquisa Nacional de Saúde
(PNS) revelaram que 56,9% dos indivíduos adultos estavam acima do peso , no ano de
2013, sendo que desses, 20,8% estavam obesos (BRASIL. IBGE, 2020).
Estudos feitos por Malta et al. (2014) apontam que entre as causas de óbito analisa-
das, as mais frequentes foram as doenças cardiovasculares (30,4%), as neoplasias (16,4%),
as doenças respiratórias (6%) e o diabetes (5,3%), portanto, a obesidade está associada ao
aumento do risco de morbimortalidade e redução da expectativa de vida, além de prejuízos
individuais e sociais e gastos crescentes com o tratamento de suas consequências.(MALTA
et al., 2014) Estima-se que de 2 a 6% dos gastos mundiais em tratamentos de saúde estão
relacionados às condições referentes a obesidade (GENEVA. World Health Organization,
2018).
Esse aumento está relacionado diretamente ao estilo de vida, sedentarismo e con-
sumo alimentar, através da alta ingestão de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras,
sal e açúcares em detrimento do consumo de alimentos in natura e minimamente processa-
dos (BRASIL. Ministério da Saúde, 2014).
A busca por um modelo de “corpo padrão” associado a uma insatisfação com a
imagem corporal, poderá desencadear transtornos psicológicos, devido à discriminação
sofrida pelos indivíduos obesos. Durante a tentativa de redução do peso corporal, através
da restrição alimentar, poderão surgir episódios de compulsão alimentar (KLOBUKOSKI;
HOFELMANN, 2017).
O transtorno da compulsão alimentar (TCA) é caracterizado por episódios de ingestão
de uma quantidade de alimentos que é definitivamente maior em relação ao que a maioria
das pessoas comeria em tempos e circunstâncias similares. Sendo, portanto, caracterizada
por uma sensação de perda de controle sobre o ato de comer, em que o indivíduo não
consegue parar de comer, ou controlar, o que ou quanto está comendo. Os episódios de
compulsão ocorrem no mínimo, em 2 dias da semana por 6 meses (CUPPARI, 2014a). Além
dos sintomas alimentares, existem outros critérios para o diagnóstico como a presença de
sentimentos de tristeza, vergonha, culpa e uma evidente angústia (CORDÁS; KACHANI,
2010).
Os aspectos psicológicos podem comprometer a adesão ao tratamento, sendo assim
o diagnóstico precoce e as intervenções no tratamento da compulsão alimentar visam à
prevenção das formas mais graves de obesidade, evitando o ganho acelerado de peso
Capítulo 1. Introdução 8
1.1 Justificativa
Estimativas feitas pela OMS em 2018, apontam que 1,9 bilhões dos adultos apresen-
tavam excesso de peso, sendo que há uma expressiva contribuição dos casos decorrentes
de distúrbios alimentares(GENEVA. World Health Organization, 2018).
A compulsão alimentar afeta a qualidade de vida dessas pessoas, dificultando
a perda de peso, causando insatisfação com a imagem corporal, maior distância entre
o peso desejado e o real, maiores índices de ansiedade e depressão. Alguns estudos
apontam que indivíduos obesos com compulsão alimentar adquirem um ganho maior de
peso um ano antes da busca por tratamento do que indivíduos obesos sem esse transtorno
(KLOBUKOSKI; HOFELMANN, 2017).
Dessa forma, o tema que será abordado no presente estudo justifica-se na impor-
tância de discutir sobre a compulsão alimentar na fase adulta, considerando a sua elevada
abrangência e, com o propósito de colaborar em informativos, bem como incentivar novos
estudos no segmento.
1.1.1 Objetivo
2 Metodologia
3 Resultados e Discussão
1) 1) 1)
Anorexia: “Trata-se de uma condição mental com a mais alta taxa de mortalidade,
pois provoca uma perda de peso muito rápida”. Os pacientes começam a restringir
o consumo de alimentos que eles consideram muito calóricos e esses cortes
ficam cada vez maiores. Ao mesmo tempo, distorcem a própria imagem corporal e
continuam a achar que estão gordos.
Capítulo 3. Resultados e Discussão 11
4) Comer sozinho por se sentir constrangido com a quantidade que está comendo;
Segundo Freitas et al. (2011) as principais causas do distúrbio de compulsão alimentar são:
Além disso, outras pesquisas apontam que as dietas muito restritas levam ao impulso
por comer, sentimento de desânimo e incapacidade de parar de comer quando saciado.
Capítulo 3. Resultados e Discussão 13
• Comer por conforto emocional: pessoas que comem de forma compulsiva normal-
mente tem mudanças emocionais como gatilho. Alguns exemplos são: passar por
términos de relacionamentos, situações de aflição e angústia. Entretanto, situações
de empolgação e euforia também podem resultar em compulsão alimentar.
• Estresse: a compulsão alimentar pode ser uma maneira da pessoa lidar com o
estresse, depressão e ansiedade, como uma tentativa de válvula de escape.
• Baixa autoestima: problemas com a imagem corporal e baixa autoestima têm ligação
direta com o descontrole em comer. Afinal, pessoas com compulsão alimentar
normalmente não gostam de sua aparência. Elas constantemente pensam que
deveriam comer menos, mesmo que não consigam fazer algo a respeito disso.
A aparência física pode ser afetada por conta da compulsão alimentar, tendo con-
sequências emocionais e impactos severos na interação social da pessoa. Isso porque é
comum que indivíduos que estão passando por esse problema não mantenham vida social
ativa por vergonha ou medo do descontrole alimentar na frente de outras pessoas, como
familiares e amigos (CEZAR, 2011). Os principais sintomas são descritos na Tabela 1.
Tabela 1: Principais consequências da Compulsão Alimentar
Capítulo 3. Resultados e Discussão 14
Tabela 1 – Legenda
• Apneia do sono
• Gastrite;
• Hérnia de hiato;
• Infertilidade;
• Problemas vasculares;
Tabela 2 – Legenda
ansiedade e tudo o que ela acarreta para a saúde mental e física. Uma dessas causas é
o descontrole alimentar, levando muitas pessoas a usar a comida como uma tentativa de
combate à ansiedade (FERREIRA, 2020)
Em estudos feitos pela (FAPERJ, 2020) o transtorno alimentar mais comum é a
compulsão alimentar, relacionada ao sobrepeso e, muitas vezes, à obesidade. Esta, por
sua vez, é um dos fatores de risco para o agravamento da Covid-19 (doença causada pelo
novo Coronavírus), levando à necessidade de hospitalização, assim como outras condições
de risco associadas, como diabetes e hipertensão. Isso significa dizer que, em pacientes
obesos, as chances são aumentadas de a infecção se desenvolver rapidamente para a
síndrome respiratória aguda grave, insuficiência respiratória aguda e outras complicações.
Referências
CHAVES, M. P. Dicas para controlar a compulsão alimentar. Revista Digital Galileu, 2018.
CORDÁS, T. A.; KACHANI, A. T. Nutrição em Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed S.A, 2010.
415 p.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014a. 455 p.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014b. 463 p.
JUSTE, M. A relação entre dieta e prevenção de pedras nos rins. Revista Digital Galileu,
2020.
LUPTON, D. Food, the body and the self. London: Sage, 1996.
MALTA, D. C. et al. Mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e suas
regiões, 2000 a 2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2014.
PIMENTA, T. Compulsão alimentar: saiba como tratar e prevenir esse distúrbio. Revista
Digital Vittude, outubro 2018.
RAEVUORI, A. et al. The increased risk for autoimmune diseases in patients with eating
disorders. PLoS One, Aug 2014.