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2. Lei 8.142/90 que dispõe sobre a participação da X - Integração, em nível executivo, das ações de
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) saúde, meio ambiente e saneamento básico;
e sobre as transferências intergovernamentais de XI - conjugação dos recursos financeiros,
recursos financeiros na área da saúde e dá outras tecnológicos, materiais e humanos da União, dos
providências. Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na
Os princípios do SUS prestação de serviços de assistência à saúde da
população;
Os princípios e diretrizes do SUS estão na
Constituição Federal de 1988, regulamentados e XII - capacidade de resolução dos serviços em todos
“reafirmados” no capítulo II, artigo 7º da lei 8.080/90. os níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a
evitar duplicidade de meios para fins idênticos.”
“CAPÍTULO II
Os princípios do sus são cobrados em provas.
Dos Princípios e Diretrizes Muitos certames utilizam em questões a divisão teórica
dos princípios:
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os
serviços privados contratados ou conveniados que
integram o Sistema Único de Saúde - SUS são
precoce de doenças, sejam ações de diagnóstico,
1- Doutrinários (universalidade, integralidade e tratamento e reabilitação.
equidade*);
O princípio da equidade, mais um dos princípios
2- Organizativos: todos os outros que constam no finalísticos do SUS e, atualmente, o tema central em
art. 7 desta lei. todos os debates sobre as reformas dos sistemas de
saúde no mundo ocidental. A noção de equidade diz
respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os
No total são 13 princípios/diretrizes. Falaremos um desiguais” de modo a se alcançar a igualdade de
pouco, dos mais importantes: oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento
pessoal e social entre os membros de uma dada
sociedade. O ponto de partida da noção de equidade é
A universalidade é um princípio finalístico, ou o reconhecimento da desigualdade entre as pessoas e
seja, é um ideal a ser alcançado, indicando, portanto, os grupos sociais e o reconhecimento de que muitas
uma das características do sistema que se pretende dessas desigualdades são injustas e devem ser
construir e um caminho para sua construção. Para que superadas. Em saúde, especificamente, as
o SUS venha a ser universal é preciso se desencadear um desigualdades sociais se apresentam como
processo de universalização, isto é, um processo de desigualdades diante do adoecer e do morrer,
extensão de cobertura dos serviços, de modo que reconhecendo-se a possibilidade de redução dessas
venham, paulatinamente, a se tornar acessíveis a toda a desigualdades, de modo a garantir condições de vida e
população. saúde mais iguais para todos.
Para isso, é preciso eliminar barreiras jurídicas,
econômicas, culturais e sociais que se interpõem entre
a população e os serviços.A primeira delas, a barreira
jurídica, foi eliminada com a Constituição Federal de
88, na medida em que universalizou o direito à saúde, e
com isso, eliminou a necessidade do usuário do sistema
público colocar-se como trabalhador ou como
“indigente”, situações que condicionavam o acesso aos
serviços públicos antes do SUS.
X - As funções, como membro do Conselho de VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa
Saúde, não serão remuneradas, considerando-se o seu Diretora eleita em Plenário, respeitando a paridade
exercício de relevância pública e, portanto, garante a expressa nesta Resolução;
dispensa do trabalho sem prejuízo para o conselheiro.
Para fins de justificativa junto aos órgãos, entidades VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão
competentes e instituições, o Conselho de Saúde adotadas mediante quórum mínimo (metade mais um)
emitirá declaração de participação de seus membros dos seus integrantes, ressalvados os casos regimentais
durante o período das reuniões, representações, nos quais se exija quórum especial, ou maioria
capacitações e outras atividades específicas. qualificada de votos;
XI - O conselheiro, no exercício de sua função, a) entende-se por maioria simples o número inteiro
responde pelos seus atos conforme legislação vigente. imediatamente superior à metade dos membros
presentes;
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS
DE SAÚDE b) entende-se por maioria absoluta o número
inteiro imediatamente superior à metade de membros
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo do Conselho;
garantirão autonomia administrativa para o pleno
funcionamento do Conselho de Saúde, dotação c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois
orçamentária, autonomia financeira e organização da terços) do total de membros do Conselho;
secretaria-executiva com a necessária infraestrutura e
apoio técnico: IX - qualquer alteração na organização dos
Conselhos de Saúde preservará o que está garantido em
I - cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação lei e deve ser proposta pelo próprio Conselho e votada
à sua estrutura administrativa e o quadro de pessoal; em reunião plenária, com quórum qualificado, para
depois ser alterada em seu Regimento Interno e
II - o Conselho de Saúde contará com uma homologada pelo gestor da esfera correspondente;
secretaria-executiva coordenada por pessoa preparada
para a função, para o suporte técnico e administrativo, X - a cada três meses, deverá constar dos itens da
subordinada ao Plenário do Conselho de Saúde, que pauta o pronunciamento do gestor, das respectivas
definirá sua estrutura e dimensão; esferas de governo, para que faça a prestação de
contas, em relatório detalhado, sobre andamento do
III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu plano de saúde, agenda da saúde pactuada, relatório de
orçamento; gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação
dos recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou
período, bem como a produção e a oferta de serviços na não do relatório de gestão;
rede assistencial própria, contratada ou conveniada, de
acordo com o art. 12 da Lei no 8.689/93 e com a Lei VII - estabelecer estratégias e procedimentos de
Complementar no 141/2012; acompanhamento da gestão do SUS, articulando-se
com os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade
XI - os Conselhos de Saúde, com a devida social, meio ambiente, justiça, educação, trabalho,
justificativa, buscarão auditorias externas e agricultura, idosos, criança e adolescente e outros;
independentes sobre as contas e atividades do Gestor
do SUS; e VIII - proceder à revisão periódica dos planos de
saúde;
XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá
manifestar-se por meio de resoluções, recomendações, IX - deliberar sobre os programas de saúde e
moções e outros atos deliberativos. aprovar projetos a serem encaminhados ao Poder
Legislativo, propor a adoção de critérios definidores de
As resoluções serão obrigatoriamente qualidade e resolutividade, atualizando-os face ao
homologadas pelo chefe do poder constituído em cada processo de incorporação dos avanços científicos e
esfera de governo, em um prazo de 30 (trinta) dias, tecnológicos na área da Saúde;
dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o prazo
mencionado e não sendo homologada a resolução e X - a cada quadrimestre deverá constar dos itens da
nem enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de pauta o pronunciamento do gestor, das respectivas
Saúde com proposta de alteração ou rejeição a ser esferas de governo, para que faça a prestação de
apreciada na reunião seguinte, as entidades que contas, em relatório detalhado, sobre andamento do
integram o Conselho de Saúde podem buscar a plano de saúde, agenda da saúde pactuada, relatório de
validação das resoluções, recorrendo à justiça e ao gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação
Ministério Público, quando necessário. Quinta Diretriz: dos recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no
aos Conselhos de Saúde Nacional, Estaduais, Municipais período, bem como a produção e a oferta de serviços na
e do Distrito Federal, que têm competências definidas rede assistencial própria, contratada ou conveniada, de
nas leis federais, bem como em indicações advindas das acordo com a Lei Complementar no 141/2012.
Conferências de Saúde, compete:
XI - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a
I - fortalecer a participação e o Controle Social no organização e o funcionamento do Sistema Único de
SUS, mobilizar e articular a sociedade de forma Saúde do SUS;
permanente na defesa dos princípios constitucionais
que fundamentam o SUS; XII - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios
e convênios, conforme as diretrizes dos Planos de Saúde
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;
outras normas de funcionamento;
XIII - acompanhar e controlar a atuação do setor
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de privado credenciado mediante contrato ou convênio na
operacionalização das diretrizes aprovadas pelas área de saúde;
Conferências de Saúde;
XIV - aprovar a proposta orçamentária anual da
IV - atuar na formulação e no controle da execução saúde, tendo em vista as metas e prioridades
da política de saúde, incluindo os seus aspectos estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias,
econômicos e financeiros, e propor estratégias para a observado o princípio do processo de planejamento e
sua aplicação aos setores público e privado; orçamento ascendentes, conforme legislação vigente;
V - definir diretrizes para elaboração dos planos de XV - propor critérios para programação e execução
saúde e deliberar sobre o seu conteúdo, conforme as financeira e orçamentária dos Fundos de Saúde e
diversas situações epidemiológicas e a capacidade acompanhar a movimentação e destino dos recursos;
organizacional dos serviços;
XVI - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre XXV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a
critérios de movimentação de recursos da Saúde, educação permanente para o controle social, de acordo
incluindo o Fundo de Saúde e os recursos transferidos e com as Diretrizes e a Política Nacional de Educação
próprios do Município, Estado, Distrito Federal e da Permanente para o Controle Social do SUS;
União, com base no que a lei disciplina;
XXVI - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento
XVII - analisar, discutir e aprovar o relatório de sistemático com os poderes constituídos, Ministério
gestão, com a prestação de contas e informações Público, Judiciário e Legislativo, meios de comunicação,
financeiras, repassadas em tempo hábil aos bem como setores relevantes não representados nos
conselheiros, e garantia do devido assessoramento; conselhos;
XVIII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento XXVII - acompanhar a aplicação das normas sobre
das ações e dos serviços de saúde e encaminhar ética em pesquisas aprovadas pelo CNS;
denúncias aos respectivos órgãos de controle interno e
externo, conforme legislação vigente; XXVIII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de
Gestão do Trabalho e Educação para a Saúde no SUS;
XIX - examinar propostas e denúncias de indícios de
irregularidades, responder no seu âmbito a consultas XXIX - acompanhar a implementação das propostas
sobre assuntos pertinentes às ações e aos serviços de constantes do relatório das plenárias dos Conselhos de
saúde, bem como apreciar recursos a respeito de Saúde; e
deliberações do Conselho nas suas respectivas
instâncias; XXX - atualizar periodicamente as informações
sobre o Conselho de Saúde no Sistema de
XX - estabelecer a periodicidade de convocação e Acompanhamento dos Conselhos de
organizar as Conferências de Saúde, propor sua Saúde (SIACS).
convocação ordinária ou extraordinária e estruturar a
comissão organizadora, submeter o respectivo Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de
regimento e programa ao Pleno do Conselho de Saúde novembro de 2003.
correspondente, convocar a sociedade para a
participação nas pré-conferências e conferências de ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
saúde;
Presidente do Conselho Homologo a Resolução
XXI - estimular articulação e intercâmbio entre os CNS no 453, de 10 de maio de 2012, nos termos do
Conselhos de Saúde, entidades, movimentos populares, Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006.
instituições públicas e privadas para a promoção da
Saúde; ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
Ministro de Estado da Saúde
XXII - estimular, apoiar e promover estudos e
pesquisas sobre assuntos e temas na área de saúde
pertinente ao desenvolvimento do Sistema Único de
Saúde (SUS);
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos
das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e
distrital e municipal; (Incluído pela Emenda substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa
Constitucional nº 29, de 2000) e tratamento, bem como a coleta, processamento e
transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado
IV - (revogado). (Redação dada pela Emenda todo tipo de comercialização.
Constitucional nº 86, de 2015)
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde de outras atribuições, nos termos da lei:
poderão admitir agentes comunitários de saúde e
agentes de combate às endemias por meio de processo I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
seletivo público, de acordo com a natureza e substâncias de interesse para a saúde e participar da
complexidade de suas atribuições e requisitos produção de medicamentos, equipamentos,
específicos para sua atuação. .(Incluído pela Emenda imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
Constitucional nº 51, de 2006)
II - executar as ações de vigilância sanitária e
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os
Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de III - ordenar a formação de recursos humanos na
agente comunitário de saúde e agente de combate às área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da
execução das ações de saneamento básico;
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da I - a identificação e divulgação dos fatores
família, das empresas e da sociedade. condicionantes e determinantes da saúde;
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e II - a formulação de política de saúde destinada a
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, promover, nos campos econômico e social, a
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da III - a assistência às pessoas por intermédio de
população expressam a organização social e econômica ações de promoção, proteção e recuperação da saúde,
do País. com a realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização
social e econômica do País, tendo a saúde como Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação
determinantes e condicionantes, entre outros, a do Sistema Único de Saúde (SUS):
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade I - a execução de ações:
física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº a) de vigilância sanitária;
12.864, de 2013)
b) de vigilância epidemiológica; II - o controle da prestação de serviços que se
relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
c) de saúde do trabalhador; e
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um
d) de assistência terapêutica integral, inclusive conjunto de ações que proporcionam o conhecimento,
farmacêutica; a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes de saúde
II - a participação na formulação da política e na individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar
execução de ações de saneamento básico; e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.
III - a ordenação da formação de recursos humanos
na área de saúde; § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins
desta lei, um conjunto de atividades que se destina,
IV - a vigilância nutricional e a orientação através das ações de vigilância epidemiológica e
alimentar; vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos
nele compreendido o do trabalho; riscos e agravos advindos das condições de trabalho,
abrangendo:
VI - a formulação da política de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de
interesse para a saúde e a participação na sua produção; trabalho ou portador de doença profissional e do
trabalho;
VII - o controle e a fiscalização de serviços,
produtos e substâncias de interesse para a saúde; II - participação, no âmbito de competência do
Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas,
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à
e bebidas para consumo humano; saúde existentes no processo de trabalho;
III - preservação da autonomia das pessoas na Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados
defesa de sua integridade física e moral; pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou
mediante participação complementar da iniciativa
IV - igualdade da assistência à saúde, sem privada, serão organizados de forma regionalizada e
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
V - direito à informação, às pessoas assistidas, Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS)
sobre sua saúde; é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da
Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de
VI - divulgação de informações quanto ao potencial governo pelos seguintes órgãos:
dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
VII - utilização da epidemiologia para o
estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal,
e a orientação programática; pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
equivalente; e
VIII - participação da comunidade;
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva
IX - descentralização político-administrativa, com Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.
direção única em cada esfera de governo:
Art. 10. Os municípios poderão constituir
a) ênfase na descentralização dos serviços para os consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os
municípios; serviços de saúde que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e
intermunicipais o princípio da direção única, e os Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e
respectivos atos constitutivos disporão sobre sua pactuação entre gestores, quanto aos aspectos
observância. operacionais do Sistema Único de Saúde
(SUS). (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde
(SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a Parágrafo único. A atuação das Comissões
integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas Intergestores Bipartite e Tripartite terá por
para a cobertura total das ações de saúde. objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde,
cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em distrito sanitário, integração de territórios, referência e
especial, as seguintes atividades: contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os entes
I - alimentação e nutrição; federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
a) de redes integradas de assistência de alta XIV - elaborar normas para regular as relações
complexidade; entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços
privados contratados de assistência à saúde;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
XV - promover a descentralização para as Unidades
c) de vigilância epidemiológica; e Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de
saúde, respectivamente, de abrangência estadual e
d) vigilância sanitária; municipal;
Art. 19-L. (VETADO) (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. Em qualquer caso, os
11.108, de 2005) medicamentos ou produtos de que trata o caput deste
artigo serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia,
CAPÍTULO VIII segurança, efetividade e custo-efetividade para as
diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) saúde de que trata o protocolo. (Incluído pela Lei nº
12.401, de 2011)
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA
INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE” Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de
diretriz terapêutica, a dispensação será
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que realizada: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
se refere a alínea d do inciso I do art. 6o consiste
em: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) I - com base nas relações de medicamentos
instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as
I - dispensação de medicamentos e produtos de competências estabelecidas nesta Lei, e a
interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na
conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas Comissão Intergestores Tripartite; (Incluído pela Lei
em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde nº 12.401, de 2011)
a ser tratado ou, na falta do protocolo, em
conformidade com o disposto no art. 19- II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal,
P; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) de forma suplementar, com base nas relações de
medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do corridos, quando as circunstâncias
SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será exigirem. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
pactuada na Comissão Intergestores
Bipartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) § 1o O processo de que trata o caput deste artigo
observará, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de
III - no âmbito de cada Município, de forma 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações
suplementar, com base nas relações de medicamentos especiais: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a
responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no I - apresentação pelo interessado dos documentos
Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº e, se cabível, das amostras de produtos, na forma do
12.401, de 2011) regulamento, com informações necessárias para o
atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q; (Incluído
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a pela Lei nº 12.401, de 2011)
alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e
procedimentos, bem como a constituição ou a alteração II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.401, de
de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são 2011)
atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no III - realização de consulta pública que inclua a
SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) divulgação do parecer emitido pela Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologias no SUS; (Incluído
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de pela Lei nº 12.401, de 2011)
Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são
definidos em regulamento, contará com a participação IV - realização de audiência pública, antes da
de 1 (um) representante indicado pelo Conselho tomada de decisão, se a relevância da matéria justificar
Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, o evento. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de
Medicina. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) § 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de
2011)
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS levará em Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei nº
consideração, necessariamente: (Incluído pela Lei 12.401, de 2011)
nº 12.401, de 2011)
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a gestão do SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401, de
acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento, 2011)
produto ou procedimento objeto do processo, acatadas
pelo órgão competente para o registro ou a autorização I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso
de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) de medicamento, produto e procedimento clínico ou
cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela
II - a avaliação econômica comparativa dos Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
benefícios e dos custos em relação às tecnologias já ANVISA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
incorporadas, inclusive no que se refere aos
atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento
quando cabível. (Incluído pela Lei nº 12.401, de ou o reembolso de medicamento e produto, nacional ou
2011) importado, sem registro na Anvisa.”
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo
a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a fornecimento de medicamentos, produtos de interesse
instauração de processo administrativo, a ser concluído para a saúde ou procedimentos de que trata este
em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores
contado da data em que foi protocolado o pedido, Tripartite. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias
TÍTULO III
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital
especializado, policlínica, clínica geral e clínica
CAPÍTULO I especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de
2015)
Do Funcionamento
b) ações e pesquisas de planejamento
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade
pessoas jurídicas de direito privado na promoção, lucrativa, por empresas, para atendimento de seus
proteção e recuperação da saúde. empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a
seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa 2015)
privada.
IV - demais casos previstos em legislação
Art. 22. Na prestação de serviços privados de específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
assistência à saúde, serão observados os princípios
éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do CAPÍTULO II
Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para
seu funcionamento. Da Participação Complementar
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem
de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
à saúde, salvo através de doações de organismos população de uma determinada área, o Sistema Único
internacionais vinculados à Organização das Nações de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados
Unidas, de entidades de cooperação técnica e de pela iniciativa privada.
financiamento e empréstimos.
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização Parágrafo único. A participação complementar dos
do órgão de direção nacional do Sistema Único de Saúde serviços privados será formalizada mediante contrato
(SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que ou convênio, observadas, a respeito, as normas de
forem desenvolvidas e os instrumentos que forem direito público.
firmados.
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as
serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão
por empresas, para atendimento de seus empregados e preferência para participar do Sistema Único de Saúde
dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade (SUS).
social.
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração
Art. 23. É permitida a participação direta ou de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial
indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema
estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional
casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) de Saúde.
TÍTULO IV DO FINANCIAMENTO
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos
assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo (SUS); e
integral.
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois industriais.
cargos ou empregos poderão exercer suas atividades
em mais de um estabelecimento do Sistema Único de § 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá
Saúde (SUS). metade da receita de que trata o inciso I deste artigo,
apurada mensalmente, a qual será destinada à
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se recuperação de viciados.
também aos servidores em regime de tempo integral,
com exceção dos ocupantes de cargos ou função de § 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema
chefia, direção ou assessoramento. Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em
contas especiais, movimentadas pela sua direção, na dotações consignadas no Orçamento da Seguridade
esfera de poder onde forem arrecadadas. Social, a projetos e atividades a serem executados no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser
executadas supletivamente pelo Sistema Único de Parágrafo único. Na distribuição dos recursos
Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários financeiros da Seguridade Social será observada a
específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, mesma proporção da despesa prevista de cada área, no
Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da Orçamento da Seguridade Social.
Habitação (SFH).
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
§ 4º (Vetado). transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios,
será utilizada a combinação dos seguintes critérios,
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento segundo análise técnica de programas e projetos:
científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades I - perfil demográfico da região;
e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições
de fomento e financiamento ou de origem externa e II - perfil epidemiológico da população a ser
receita própria das instituições executoras. coberta;
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único V - níveis de participação do setor saúde nos
de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, orçamentos estaduais e municipais;
em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob
fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos
da rede;
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros,
originários do Orçamento da Seguridade Social, de VII - ressarcimento do atendimento a serviços
outros Orçamentos da União, além de outras fontes, prestados para outras esferas de governo.
serão administrados pelo Ministério da Saúde, através
do Fundo Nacional de Saúde. § 1º Metade dos recursos destinados a Estados e
Municípios será distribuída segundo o quociente de sua
§ 2º (Vetado). divisão pelo número de habitantes,
independentemente de qualquer procedimento
§ 3º (Vetado). prévio. (Revogado pela Lei Complementar nº 141,
de 2012) (Vide Lei nº 8.142, de 1990)
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através
de seu sistema de auditoria, a conformidade à § 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a
programação aprovada da aplicação dos recursos notório processo de migração, os critérios demográficos
repassados a Estados e Municípios. Constatada a mencionados nesta lei serão ponderados por outros
malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, indicadores de crescimento populacional, em especial o
caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas número de eleitores registrados.
previstas em lei.
§ 3º (Vetado).
Art. 34. As autoridades responsáveis pela
distribuição da receita efetivamente arrecadada § 4º (Vetado).
transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de
Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo único § 5º (Vetado).
deste artigo, os recursos financeiros correspondentes às
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-los como
a atuação dos órgãos de controle interno e externo e patrimônio da Seguridade Social.
nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em
caso de irregularidades verificadas na gestão dos § 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior
recursos transferidos. serão inventariados com todos os seus acessórios,
equipamentos e outros bens móveis e ficarão
CAPÍTULO III disponíveis para utilização pelo órgão de direção
municipal do Sistema Único de Saúde - SUS ou,
Do Planejamento e do Orçamento eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição
administrativa se encontrem, mediante simples termo
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento de recebimento.
do Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do
nível local até o federal, ouvidos seus órgãos § 7º (Vetado).
deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da
política de saúde com a disponibilidade de recursos em § 8º O acesso aos serviços de informática e bases
planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito de dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo
Federal e da União. Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será
assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao processo
e programações de cada nível de direção do Sistema de gestão, de forma a permitir a gerencia informatizada
Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto das contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e
na respectiva proposta orçamentária. epidemiológicas médico-hospitalares.
Art. 38. Não será permitida a destinação de Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde
subvenções e auxílios a instituições prestadoras de fica preservada nos serviços públicos contratados,
serviços de saúde com finalidade lucrativa. ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios
estabelecidos com as entidades privadas.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 44. (Vetado).
Art. 39. (Vetado).
Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais
§ 1º (Vetado). universitários e de ensino integram-se ao Sistema Único
de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua
§ 2º (Vetado). autonomia administrativa, em relação ao patrimônio,
aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e
§ 3º (Vetado). extensão nos limites conferidos pelas instituições a que
estejam vinculados.
§ 4º (Vetado).
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade municipais de previdência social deverão integrar-se à
do Inamps para órgãos integrantes do Sistema Único de direção correspondente do Sistema Único de Saúde
(SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua
quaisquer outros órgãos e serviços de saúde. publicação.
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de
recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de
poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), 1975, e demais disposições em contrário.
conforme se dispuser em convênio que, para esse fim,
for firmado. Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da
Independência e 102º da República.
Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS),
estabelecerá mecanismos de incentivos à participação FERNANDO COLLOR
do setor privado no investimento em ciência e Alceni Guerra
tecnologia e estimulará a transferência de tecnologia
das universidades e institutos de pesquisa aos serviços Este texto não substitui o publicado no DOU de
de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às 20.9.1990
empresas nacionais.
*
Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com
os níveis estaduais e municipais do Sistema Único de
Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um
sistema nacional de informações em saúde, integrado
em todo o território nacional, abrangendo questões
epidemiológicas e de prestação de serviços.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.080, de VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica -
19 de setembro de 1990, para dispor sobre a documento que estabelece: critérios para o diagnóstico
organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o da doença ou do agravo à saúde; o tratamento
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a preconizado, com os medicamentos e demais produtos
articulação interfederativa. apropriados, quando couber; as posologias
recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se: acompanhamento e a verificação dos resultados
terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.
I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo
constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, CAPÍTULO II
delimitado a partir de identidades culturais, econômicas
e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
transportes compartilhados, com a finalidade de
integrar a organização, o planejamento e a execução de Art. 3º O SUS é constituído pela conjugação das
ações e serviços de saúde; ações e serviços de promoção, proteção e recuperação
da saúde executados pelos entes federativos, de forma
II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - direta ou indireta, mediante a participação
acordo de colaboração firmado entre entes federativos complementar da iniciativa privada, sendo organizado
com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de forma regionalizada e hierarquizada.
de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com
definição de responsabilidades, indicadores e metas de Seção I
saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos
financeiros que serão disponibilizados, forma de controle
Das Regiões de Saúde
e fiscalização de sua execução e demais elementos
necessários à implementação integrada das ações e
Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo
serviços de saúde;
Estado, em articulação com os Municípios, respeitadas
as diretrizes gerais pactuadas na Comissão
III - Portas de Entrada - serviços de atendimento
Intergestores Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do
inicial à saúde do usuário no SUS;
art. 30.
§ 1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às
interestaduais, compostas por Municípios limítrofes, ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de
por ato conjunto dos respectivos Estados em articulação Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e
com os Municípios. hierarquizada, de acordo com a complexidade do
serviço.
§ 2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em
áreas de fronteira com outros países deverá respeitar as Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços
normas que regem as relações internacionais. de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os
observará cronograma pactuado nas Comissões ambulatoriais especializados, entre outros de maior
Intergestores. complexidade e densidade tecnológica, serão
referenciados pelas Portas de Entrada de que trata o art.
Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para 9º .
as transferências de recursos entre os entes federativos.
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e
Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão aos serviços de saúde será ordenado pela atenção
compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou primária e deve ser fundado na avaliação da gravidade
de várias delas, em consonância com diretrizes do risco individual e coletivo e no critério cronológico,
pactuadas nas Comissões Intergestores . observadas as especificidades previstas para pessoas
com proteção especial, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os
seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde: Parágrafo único. A população indígena contará
com regramentos diferenciados de acesso, compatíveis
I - seus limites geográficos; com suas especificidades e com a necessidade de
assistência integral à sua saúde, de acordo com
disposições do Ministério da Saúde.
II - população usuária das ações e serviços;
II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito
serviços de saúde; estadual deve ser realizado de maneira regionalizada, a
partir das necessidades dos Municípios, considerando o
III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de estabelecimento de metas de saúde.
saúde; e
Art. 19. Compete à Comissão Intergestores
IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de Bipartite - CIB de que trata o inciso II do art. 30 pactuar
saúde. as etapas do processo e os prazos do planejamento
municipal em consonância com os planejamentos
Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre estadual e nacional.
critérios, diretrizes, procedimentos e demais medidas
que auxiliem os entes federativos no cumprimento das CAPÍTULO IV
atribuições previstas no art. 13.
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
CAPÍTULO III
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde,
mediante referenciamento do usuário na rede regional
Art. 15. O processo de planejamento da saúde será e interestadual, conforme pactuado nas Comissões
ascendente e integrado, do nível local até o federal, Intergestores.
ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde,
compatibilizando-se as necessidades das políticas de Seção I
saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
§ 1º O planejamento da saúde é obrigatório para os - RENASES
entes públicos e será indutor de políticas para a
iniciativa privada. Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de
Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços
§ 2º A compatibilização de que trata o caput será que o SUS oferece ao usuário para atendimento da
efetuada no âmbito dos planos de saúde, os quais serão integralidade da assistência à saúde.
resultado do planejamento integrado dos entes
federativos, e deverão conter metas de saúde. Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a
RENASES em âmbito nacional, observadas as diretrizes
§ 3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as pactuadas pela CIT.
diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos
de saúde, de acordo com as características Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da
epidemiológicas e da organização de serviços nos entes Saúde consolidará e publicará as atualizações da
federativos e nas Regiões de Saúde. RENASES.
Art. 16. No planejamento devem ser considerados Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
os serviços e as ações prestados pela iniciativa privada, Municípios pactuarão nas respectivas Comissões
de forma complementar ou não ao SUS, os quais Intergestores as suas responsabilidades em relação ao
rol de ações e serviços constantes da RENASES.
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Terapêuticas ou com a relação específica complementar
Municípios poderão adotar relações específicas e estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e
complementares de ações e serviços de saúde, em
consonância com a RENASES, respeitadas as IV - ter a dispensação ocorrido em unidades
responsabilidades dos entes pelo seu financiamento, de indicadas pela direção do SUS.
acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
§ 1º Os entes federativos poderão ampliar o acesso
Seção II do usuário à assistência farmacêutica, desde que
questões de saúde pública o justifiquem.
Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -
RENAME § 2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer
regras diferenciadas de acesso a medicamentos de
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos caráter especializado.
Essenciais - RENAME compreende a seleção e a
padronização de medicamentos indicados para Art. 29. A RENAME e a relação específica
atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do complementar estadual, distrital ou municipal de
SUS. medicamentos somente poderão conter produtos com
registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do ANVISA.
Formulário Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a
prescrição, a dispensação e o uso dos seus CAPÍTULO V
medicamentos.
DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão
competente para dispor sobre a RENAME e os Seção I
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em âmbito
nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT. Das Comissões Intergestores
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a
Saúde consolidará e publicará as atualizações da organização e o funcionamento das ações e serviços de
RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo:
Diretrizes Terapêuticas.
I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município Ministério da Saúde para efeitos administrativos e
poderão adotar relações específicas e complementares operacionais;
de medicamentos, em consonância com a RENAME,
respeitadas as responsabilidades dos entes pelo
II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à
financiamento de medicamentos, de acordo com o
Secretaria Estadual de Saúde para efeitos
pactuado nas Comissões Intergestores.
administrativos e operacionais; e
Art. 28. O acesso universal e igualitário à
III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no
assistência farmacêutica pressupõe, cumulativamente:
âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual de
Saúde para efeitos administrativos e operacionais,
I - estar o usuário assistido por ações e serviços de devendo observar as diretrizes da CIB.
saúde do SUS;
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores
II - ter o medicamento sido prescrito por públicos de saúde poderão ser representados pelo
profissional de saúde, no exercício regular de suas Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS,
funções no SUS; pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde - CONASEMS e pelo Conselho Estadual de
III - estar a prescrição em conformidade com a Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão: atenção à saúde será firmado por meio de Contrato
Organizativo da Ação Pública da Saúde.
I - aspectos operacionais, financeiros e
administrativos da gestão compartilhada do SUS, de Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação
acordo com a definição da política de saúde dos entes Pública da Saúde é a organização e a integração das
federativos, consubstanciada nos seus planos de saúde, ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade
aprovados pelos respectivos conselhos de saúde; dos entes federativos em uma Região de Saúde, com a
finalidade de garantir a integralidade da assistência aos
II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, usuários.
integração de limites geográficos, referência e
contrarreferência e demais aspectos vinculados à Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação
integração das ações e serviços de saúde entre os entes Pública da Saúde resultará da integração dos planos de
federativos; saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à
Saúde, tendo como fundamento as pactuações
III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, estabelecidas pela CIT.
regional e interestadual, a respeito da organização das
redes de atenção à saúde, principalmente no tocante à Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da
gestão institucional e à integração das ações e serviços Saúde definirá as responsabilidades individuais e
dos entes federativos; solidárias dos entes federativos com relação às ações e
serviços de saúde, os indicadores e as metas de saúde,
IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede os critérios de avaliação de desempenho, os recursos
de Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte financeiros que serão disponibilizados, a forma de
demográfico e seu desenvolvimento econômico- controle e fiscalização da sua execução e demais
financeiro, estabelecendo as responsabilidades individuais elementos necessários à implementação integrada das
e as solidárias; e ações e serviços de saúde.
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços § 1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso
de saúde; IV do art. 4º da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de
1990, conterá seção específica relativa aos
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de compromissos assumidos no âmbito do Contrato
monitoramento permanente; Organizativo de Ação Pública de Saúde.
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes § 2º O disposto neste artigo será implementado em
federativos em relação às atualizações realizadas na conformidade com as demais formas de controle e
RENASES; fiscalização previstas em Lei.
VIII - investimentos na rede de serviços e as Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a
respectivas responsabilidades; e execução do Contrato Organizativo de Ação Pública de
Saúde, em relação ao cumprimento das metas
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação dos
por cada um dos partícipes para sua execução. recursos disponibilizados.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados
instituir formas de incentivo ao cumprimento das metas sobre o Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde
de saúde e à melhoria das ações e serviços de saúde. no sistema de informações em saúde organizado pelo
Ministério da Saúde e os encaminhará ao respectivo
Conselho de Saúde para monitoramento.
Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de
Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para fins
de garantia da gestão participativa: CAPÍTULO VI
Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver
Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde serão conhecimento.
pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde
Estadual coordenar a sua implementação. Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas
as ações e serviços de saúde que na data da publicação
deste Decreto são ofertados pelo SUS à população, por
meio dos entes federados, de forma direta ou indireta.
DILMA ROUSSEFF
Monitoramento - processo sistemático e contínuo Serão tratados neste tópico os principais sistemas
que produz informações sintéticas em tempo eficaz, de informação relacionados ao processo de
permitindo uma rápida avaliação situacional, planejamento em saúde cujas informações são obtidas
propiciando uma intervenção oportuna. nas seguintes fontes:
Acompanhamento rotineiro de informações • Sistemas de informações do Ministério da
prioritárias. O monitoramento no âmbito da gestão Saúde.
pública não poderá ser eficaz se a equipe gestora não
conhecer de maneira contínua e objetiva os sinais vitais • Censos e pesquisas operados pelo IBGE (RIPSA,
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) Limita-se às internações no âmbito do SUS.
VI. Mecanismos para prevenção de quedas Art. 13 O serviço de saúde deve estar inscrito e
dos pacientes; manter seus dados atualizados no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde – CNES.
VII. Mecanismos para a prevenção de
úlceras por pressão; Art. 14 O serviço de saúde deve ter um responsável
técnico (RT) e um substituto.
VIII. Orientações para estimular a
participação do paciente na assistência prestada. Parágrafo único. O órgão sanitário competente
deve ser notificado sempre que houver alteração de
Seção III responsável técnico ou de seu substituto.
Art. 29 As exigências referentes aos recursos VII - temas específicos de acordo com a
humanos do serviço de saúde incluem profissionais de atividade desenvolvida pelo profissional.
todos os níveis de escolaridade, de quadro próprio ou
terceirizado. Seção VI
§ 1º Estas vestimentas podem ser próprias do Art. 52 O serviço de saúde deve manter os
trabalhador ou fornecidas pelo serviço de saúde. ambientes limpos, livres de resíduos e odores
incompatíveis com a atividade, devendo atender aos
§ 2º O serviço de saúde é responsável pelo critérios de criticidade das áreas.
fornecimento e pelo processamento das vestimentas
utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, nas Art. 53 O serviço de saúde deve garantir a
unidades de tratamento intensivo, nas unidades de disponibilidade dos equipamentos, materiais, insumos e
isolamento e centrais de material esterilizado. medicamentos de acordo com a complexidade do
serviço e necessários ao atendimento da demanda.
Art. 54 O serviço de saúde deve realizar o Parágrafo único. O controle químico, quando for
gerenciamento de suas tecnologias de forma a atender necessário, deve ser realizado por empresa habilitada e
as necessidades do serviço mantendo as condições de possuidora de licença sanitária e ambiental e com
seleção, aquisição, armazenamento, instalação, produtos desinfestantes regularizados pela Anvisa.
funcionamento, distribuição, descarte e rastreabilidade.
Art. 64 Não é permitido comer ou guardar
Art. 55 O serviço de saúde deve garantir que os alimentos nos postos de trabalho destinados à execução
materiais e equipamentos sejam utilizados de procedimentos de saúde.
exclusivamente para os fins a que se destinam.
CAPÍTULO III
Art. 56 O serviço de saúde deve garantir que os
colchões, colchonetes e demais mobiliários DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
almofadados sejam revestidos de material lavável e
impermeável, não apresentando furos, rasgos, sulcos e Art. 65 Os estabelecimentos abrangidos por esta
reentrâncias. resolução terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias
contados a partir da data de sua publicação para
Art. 57 O serviço de saúde deve garantir a promover as adequações necessárias ao Regulamento
qualidade dos processos de desinfecção e Técnico.
Art. 60 O serviço de saúde que preste assistência Art. 67 Esta resolução entra em vigor na data de sua
nutricional ou forneça refeições deve garantir a publicação.
qualidade nutricional e a segurança dos alimentos.
MARIA CECÍLIA MARTINS BRITO
Art. 61 O serviço de saúde deve informar aos
órgãos competentes sobre a suspeita de doença de
notificação compulsória conforme o estabelecido em
legislação e regulamentos vigentes.
Seção IX
Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e XI - notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
diretrizes: os eventos adversos decorrentes da prestação do
serviço de saúde;
I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do
uso de tecnologias da saúde;
XII- manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade XIV- segurança nas terapias nutricionais enteral e
sanitária, quando requisitado, as notificações de parenteral;
eventos adversos;
XV - comunicação efetiva entre profissionais do serviço
XIII - acompanhar os alertas sanitários e outras de saúde e entre serviços de saúde;
comunicações de risco divulgadas pelas autoridades
sanitárias. XVI - estimular a participação do paciente e dos
familiares na assistência prestada.
Seção II
XVII - promoção do ambiente seguro
Do Plano de Segurança do Paciente em Serviços de
Saúde CAPÍTULO III
IX - segurança no uso de equipamentos e materiais; III - acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital,
estadual e municipal as investigações sobre os eventos
X - manter registro adequado do uso de órteses e adversos que evoluíram para óbito.
próteses quando este procedimento for realizado;
CAPÍTULO IV
XI - prevenção de quedas dos pacientes;
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
XII - prevenção de úlceras por pressão;
Art. 12 Os serviços de saúde abrangidos por esta
XIII - prevenção e controle de eventos adversos em Resolução terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para
serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à a estruturação dos NSP e elaboração do PSP e o prazo
assistência à saúde; de 150 (cento e cinquenta) dias para iniciar a notificação
mensal dos eventos adversos, contados a partir da data
da publicação desta Resolução.