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NR 35 – Trabalho em

Altura
Treinamento de trabalho em altura - 3501
NR-35-Trabalho em Altura
NR 35 – Trabalho em Altura

CONTEÚDO
1. Objetivo ........................................................................................................................................................................ 3
2. Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura .......................................................................................... 3
3. Análise de risco e condições impeditivas ..................................................................................................................... 4
4. Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle ............................................ 4
5. Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva ................................................................................ 6
6. EPI’s para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso .................................................... 7
7. Acidentes típicos em trabalhos em altura ................................................................................................................... 9
8. Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros ............ 10
9. Mensagem da Prolife ................................................................................................................................................. 11

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Video Motivacional outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a


seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
 Ninguém explica Deus cabíveis;
 Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas
que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no
1. OBJETIVO trabalho.

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas Considera-se um trabalhador capacitado para trabalho
de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o em altura aquele que foi submetido e aprovado em
planejamento, a organização e a execução, de forma a treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos oito horas. Além disso todos os trabalhadores devem estar
direta ou indiretamente com esta atividade. com os exames médicos em dia.
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada
acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja Outros procedimentos para trabalhos em altura:
risco de queda.
 correto do absorvedor de energia. Todo trabalho em
altura deve ser precedido de Análise de Risco;
 As atividades de trabalho em altura devem ser
previamente autorizadas mediante permissão de
trabalho;
 Usar absorvedor de energia quando o fator de queda for
maior que 1 e quando o cumprimento do talabarte for
maior que 0,9m;
 O setor de segurança e saúde do trabalho deve ser
consultada sobre o uso

Video Motivacional
 Como ser uma pessoa e um profissional
melhor

2. NORMAS E REGULAMENTOS APLICÁVEIS AO

TRABALHO EM ALTURA
No Brasil, a legislação local de Segurança e Saúde para 3.
realização de trabalhos em altura deve-se cumprir o disposto
na NR-35 Trabalho em Altura. Esta norma se complementa 2.2RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR QUANTO À NR-
com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
35
competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as
normas internacionais aplicáveis.
 Garantir a implementação das medidas de proteção
2.1 CONFORME A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, CABE AOS estabelecidas nesta Norma;
 Assegurar a realização da Análise de Risco - AR e,
EMPREGADOS quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho -
PT;
 Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre  Desenvolver procedimento operacional para as
trabalho em altura, inclusive os procedimentos atividades rotineiras de trabalho em altura;
expedidos pelo empregador;  Assegurar a realização de avaliação prévia das condições
 Colaborar com o empregador na implementação das no local do trabalho em altura, pelo estudo,
disposições contidas nas normas; planejamento e implementação das ações e das
 Interromper suas atividades exercendo o direito de medidas complementares de segurança aplicáveis;
recusa, sempre que constatarem evidências de riscos
graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de

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 Adotar as providências necessárias para acompanhar o  O risco de queda de materiais e ferramentas;


cumprimento das medidas de proteção estabelecidas  Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos
nesta Norma pelas empresas contratadas; específicos;
 Garantir aos trabalhadores informações atualizadas  O atendimento aos requisitos de segurança e saúde
sobre os riscos e as medidas de controle; contidos nas demais normas regulamentadoras;
 Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie  Os riscos adicionais;
depois de adotadas as medidas de proteção definidas  As condições impeditivas;
nesta Norma;  As situações de emergência e o planejamento do
 Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja tempo da suspensão inerte do trabalhador;
eliminação ou neutralização imediata não seja possível;  A necessidade de sistema de comunicação;
 Estabelecer uma sistemática de autorização dos  A forma de supervisão.
trabalhadores para trabalho em altura;
 Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado
sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de
riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
 Assegurar a organização e o arquivamento da
documentação prevista nesta Norma.

Video Educacional
 Quem pode ministrar o treinamento da
NR-35?
Video Educacional
 APR Análise de Riscos
4. ANÁLISE DE RISCO E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS
Os termos perigo e risco são muito usados no ambiente de
trabalho, mas eles não são exatamente a mesma coisa:
5. RISCOS POTENCIAIS INERENTES AO

 Perigo: Fonte ou situação com potencial para provocar


TRABALHO EM ALTURA E MEDIDAS DE
danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade,
meio ambiente, local de trabalho ou a combinação PREVENÇÃO E CONTROLE
destes; No capítulo anterior falamos das diferenças sobre perigo e
 Risco: Combinação da probabilidade de ocorrência e da risco e para melhor aprendizagem vamos ilustrar com o
consequência de um determinado evento perigoso. exemplo a seguir:

Perigo é a fonte geradora e o risco é a exposição a esta Um leão feroz representa uma situação de perigo. Uma das
fonte maneiras de controlar essa situação de risco é trancar o leão
dentro de uma jaula. Se você está distante da jaula o risco é
Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de baixo. Se você se aproxima da jaula, o risco aumenta. Se
Risco. você entra na jaula o risco é maior.
A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao Então vamos para os riscos relacionados ao trabalho em
trabalho em altura, considerar: altura.
 O local em que os serviços serão executados e seu 5.1 RISCOS POTENCIAIS
entorno;
 O isolamento e a sinalização no entorno da área de Os principais riscos relacionados ao trabalho em altura são:
trabalho;
 O estabelecimento dos sistemas e pontos de  Queda de pessoa de nível diferente;
ancoragem;  Contato com circuito elétrico;
 As condições meteorológicas adversas;  Queda de material;
 A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de  Tombamento/colisão de plataforma de trabalho aéreo.
uso dos sistemas de proteção coletiva e individual,
atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações
dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto
e dos fatores de queda;

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Outro ponto a considerar em relação as atividades em altura


é justamente o fator de queda. Vamos imaginar um salto de É de extrema importância que o talabarte seja ancorado
bungee jumping (atividade em que as pessoas saltam em acima da cabeça, configurando um fator de queda < 1. Se o
vãos livres amarradas a cabos elásticos).Consideremos que talabarte for instalado, por exemplo, na altura do ponto de
ao invés de cabos elásticos, fosse colocado um cabo de aço conexão do cinturão de segurança, o fator de queda será
bem resistente, o que aconteceria? Embora o cabo de aço igual a 1 e já demanda atenção, pois a queda será maior.
com o dimensionamento certo pudesse suportar a força de Quando o fator de queda for superior a 1, o empregado
frenagem, o corpo da pessoa não aguentaria. O cabo de aço estará exposto a uma condição perigosa.
interromperia a queda de forma tão abrupta, que a pessoa
correria o risco de graves fraturas, além de outras
complicações. Portanto, o tipo de material que deterá a
queda de um trabalhador é um fator fundamental para
definir se a situação será segura ou trágica.

5.2 MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de


risco pode estar contemplada no respectivo procedimento
operacional. Os procedimentos operacionais para as
O fator de queda demonstra o grau de gravidade atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no
proporcional de uma queda. É a relação entre a altura da mínimo:
queda e o comprimento do talabarte disponível. Quanto
maior a distância da queda, maior o impacto sobre o corpo e  As diretrizes e requisitos da tarefa;
os órgãos do empregado. Outro ponto importante a ser  As orientações administrativas;
observado é a existência do absorvedor de energia, que tem  O detalhamento da tarefa;
a função de diminuir a força exercida sobre o corpo do  As medidas de controle dos riscos características à
trabalhador em caso de quedas. Preso como elo entre o rotina;
cinturão e o talabarte, deve ser usado se o fator de queda  As condições impeditivas;
for maior que 1 ou o comprimento do talabarte for maior  Os sistemas de proteção coletiva e individual
que 90 cm. necessários;
 As competências e responsabilidades.
As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser
previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho. A
Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo
responsável pela autorização da permissão, disponibilizada
no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e
arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade. Este
documento deve conter:

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 Os requisitos mínimos a serem atendidos para a  Dispositivo de fechamento do acesso à plataforma de


execução dos trabalhos; trabalho, recompondo o guarda-corpo ao redor de toda
 As disposições e medidas estabelecidas na Análise de a plataforma;
Risco;  Piso (plataforma de trabalho toda preenchida e livre);
 A relação de todos os envolvidos e suas autorizações.  Placa de sinalização liberado para uso;
 Escada de acesso;
Video Educacional  Ter projeto de dimensionamento, estrutura de
 Riscos adicionais –Curso da NR-35 sustentação e fixação desenvolvido por profissional
habilitado.
IMPORTANTE! Os andaimes apoiados móveis podem ser
utilizados somente em superfícies planas isentas de avarias,
ressaltos ou deformações. Os trabalhos em andaimes na
6. SISTEMAS, EQUIPAMENTOS E proximidade de sistemas elétricos somente devem ser
iniciados após a definição do tipo de andaime por
PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA profissional habilitado em elétrica e a Análise de Risco da
Tarefa que também seja realizada por esse profissional.
É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra
quedas sempre que não for possível evitar o trabalho em
altura. O sistema de proteção contra quedas deve:

 Ser adequado à tarefa a ser executada;


 Ser selecionado de acordo com Análise de Risco,
considerando, além dos riscos a que o trabalhador está
exposto, os riscos adicionais;
 Ser selecionado por profissional qualificado em
segurança do trabalho;
 Ter resistência para suportar a força máxima aplicável
prevista quando de uma queda; As plataformas de trabalho aéreo visam proporcionar maior
 Atender às normas técnicas nacionais ou na sua segurança do trabalhador na realização de atividades em
inexistência às normas internacionais aplicáveis; altura. Além disso, elas eliminam a necessidade de
 Ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos transportar andaimes, caminhar sobre estruturas perigosas,
a uma sistemática de inspeção. realizar esforço físico para elevar materiais, ferramentas e
trabalhar em lugares incômodos. O cinturão de segurança
5.1 EQUIPAMENTOS PARA TRABALHOS EM ALTURA deve ser ancorado no ponto indicado pelo fabricante do
equipamento. As plataformas normalmente usadas para
Vários são os equipamentos utilizados para os trabalhos em trabalhos em altura são: plataforma elevatória telescópia,
altura, dentre eles podemos destacar: andaimes, plataforma plataforma elevatória tesoura, plataforma elevatória
de trabalho aéreo, passarela para telhado, balancim, articulada.
equipamentos de guindar para elevação de pessoas e
escadas.

As passarelas para telhado devem ser definidas por


profissional habilitado que deve considerar:

 A sinalização de isolamento da área de movimentação


Para execução de um trabalho seguro os andaimes devem de pessoas;
ser preferencialmente tipo tubular convencional de tubos  Sistema adaptado para facilitar a circulação de pessoas
lisos com braçadeiras e luvas ou do tipo tubular de sobre as terças;
travamentos por encixe tipo cunha. Os andaimes devem  Sistema utilizado para colocação das telhas;
dispor:  Não execução das atividades em telhados com chuva ou
vento e também concentração de cargas em um único
 Guarda-corpo; ponto.
 Rodapé

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As escadas usadas para trabalho em altura são móveis, tais


Video Educacional como: simples, dupla, extensível e plataforma. E fixa tipo
 Trabalhos em telhados e coberturas marinheiro. A escada dupla deve possuir comprimento
máximo específico de 6 m de extensão, devendo apresentar
espaçamento igual entre os degraus. Ela deve ser rígida,
estável e provida de dispositivos que a mantenham com
abertura constante. É proibido usar escadas duplas fechadas
ou passar de um lado para o outro sem fechar a escada. A
escada plataforma deve possuir pés com estabilizador e
sapatas antiderrapantes. Se construída com sistema de
deslocamento (rodízio), deve ter sistema de estabilização/
fixação adequado. A escada extensível deve possuir
comprimento máximo específico de 12 m e ser dotada de
dispositivo limitador de curso colocado no quarto vão, a
A cadeira suspensa ou balancim é um equipamento de contar da catraca. Quando a escada estiver estendida, a
movimentação vertical com acionamento manual. É utilizado corda deve ser bem esticada e amarrada nos degraus de
para atividades em grandes alturas, nas quais não é possível base, para não ficar no chão e garantir que a seção superior
a utilização de andaimes. não caia, em caso de abertura das catracas. A escada fixa
tipo marinheiro com 6 m ou mais de altura deve possuir
gaiola protetora a partir de 2 m acima da base até 1 m acima
da última superfície de trabalho. Para cada lance de 9 m
deve existir um patamar intermediário de descanso
protegido por guarda-corpo e rodapé. Como utilizar a escada
fixa tipo marinheiro:

 Subir a escada com o trava-quedas ancorado à linha de


vida vertical ou utilizar talabarte duplo;
 Ao alcançar o ponto de acesso à plataforma de trabalho,
permaneça ancorado;
Video Educacional  Na plataforma de trabalho, manter o talabarte duplo
 Uso e inspeção da cadeira ancorado à linha de vida horizontal durante a atividade.

Os equipamentos para elevação de pessoas são: cesto


suspenso, cesta aérea e cesto acoplado. E antes de iniciar as
atividades é necessário:

 Observar atentamente a capacidade de carga máxima;


 Fixar corretamente o cinturão no ponto de ancoragem
do equipamento;
 É proibida a movimentação de carga no equipamento,
exceto de ferramentas, equipamentos e materiais
necessários para a execução da tarefa que estejam
arrumados de forma segura.

7. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


PARA TRABALHO EM ALTURA: SELEÇÃO,

INSPEÇÃO, CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE

USO

Video Educacional Os equipamentos de proteção individual devem ser:

 Cesto aéreo acoplado  Certificados;


 Adequados para a utilização pretendida;
 Utilizados considerando os limites de uso;

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 Ajustados ao peso e à altura do trabalhador. argola dorsal acima da cabeça. Além disso, quando não
O fabricante e/ou o fornecedor de EPI deve disponibilizar fechado na cintura, pode se soltar do usuário ou prendê-lo,
informações quanto ao desempenho dos equipamentos e os verticalmente, por uma perna e um braço, ocasionando
limites de uso, considerando a massa total aplicada ao lesões graves.
sistema (trabalhador e equipamentos) e os demais aspectos
previstos no item 35.5.11. Na aquisição e periodicamente
devem ser efetuadas inspeções do SPIQ(sistema de proteção
individual contra quedas), recusando-se os elementos que
apresentem defeitos ou deformações. Antes do início dos
trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os
elementos do SPIQ. Devem-se registrar os resultados das
inspeções:

 Na aquisição;
 Periódicas e rotineiras quando os elementos do SPIQ A utilização do sistema de retenção de queda por trava-
forem recusados. queda deslizante guiado deve atender às recomendações do
Os elementos do SPIQ que apresentarem defeitos, fabricante, em particular no que se refere:
degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda
 À compatibilidade do trava-quedas deslizante guiado
devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua
com a linha de vida vertical;
restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou,
 Ao comprimento máximo dos extensores, que o
na sua ausência, em normas internacionais e de acordo com
trabalhador deve permanecer conectado ao sistema
as recomendações do fabricante. O SPIQ deve ser
durante todo o período de exposição ao risco de queda;
selecionado de forma que a força de impacto transmitida ao
 Distância de queda livre;
trabalhador seja de no máximo 6kN quando de uma
 O fator de queda;
eventual queda. Os sistemas de ancoragem destinados à
 A utilização de um elemento de ligação que garanta um
restrição de movimentação devem ser dimensionados para
impacto de no máximo 6 kN seja transmitido ao
resistir às forças que possam vir a ser aplicadas. Havendo
trabalhador quando da retenção de uma queda;
possibilidade de ocorrência de queda com diferença de
 A zona livre de queda;
nível, em conformidade com a análise de risco, o sistema
 Compatibilidade entre os elementos do SPIQ.
deve ser dimensionado como de retenção de queda. No
SPIQ de retenção de queda e no sistema de acesso por
cordas, o equipamento de proteção individual deve ser o
cinturão de segurança tipo paraquedista. O cinturão de
segurança tipo paraquedista, quando utilizado em retenção
de queda, deve estar conectado pelo seu elemento de
engate para retenção de queda indicado pelo fabricante.

O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem ser


posicionados:

 Quando aplicável, acima da altura do elemento de


engate para retenção de quedas do equipamento de
proteção individual;
 De modo a restringir a distância de queda livre;
 De forma a assegurar que, em caso de ocorrência de
IMPORTANTE! queda, o trabalhador não colida com estrutura inferior.
O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante e
O cinto tipo paraquedista com fita de poliéster oferece considerando suas limitações de uso, não pode ser utilizado:
máxima resistência para trabalhos em altura e o cinto com a
fita de para-amida é recomendada para trabalhos contra  Conectado a outro talabarte, elemento de ligação ou
respingos metálicos, altas temperaturas e arco elétrico. extensor;
 Com nós ou laços.
O cinturão de segurança, quando vestido sem regulagem nas
pernas e na cintura, fica largo e, consequentemente, com a IMPORTANTE!

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O talabarte é fabricado em fibra sintética (exceto náilon) 8. ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHOS EM


com mosquetão e trava dupla de segurança. Em caso de
atividades envolvendo altas temperaturas e soldagens, o ALTURA
talabarte deve ser confeccionado em fibra para-amida.
Vários dos acidentes comuns em altura acontecem no
momento em que os trabalhadores estão se deslocando em
equipamentos de acesso. Os equipamentos de acesso mais
conhecidos são: andaimes, escadas, torres, telhados,
plataformas elevatórias, dentre outros. E para tal é
obrigatório observar as condições de segurança do
equipamento, bem como a certificação do mesmo, seu
funcionamento e também quanto à utilização correta.Isso
tudo sem mencionar a NR-35, a norma de trabalho em
Altura. Os acidentes comuns em altura não acontecem
somente envolvendo os equipamentos de acesso, eles
podem ter origem em aspectos relacionados à situação do
trabalhador, ou seja, ao seu ato. As causas mais freqüentes
As linhas de vida são cabos de material sintético ou metálico dos acidentes em altura segundo os especialistas em análise
instalados vertical ou horizontalmente na estrutura nos de acidentes são:
quais são ancorados EPI antiqueda como: talabartes,
travaquedas, mosquetões e cinturões de segurança. As  Falta de capacitação dos colaboradores: Muitos
linhas de vida verticais e horizontais devem atender aos profissionais trabalham ilegalmente sem realizar o
seguintes requisitos: treinamento conforme NR-35;
 Planejamento inadequado: Antes da execução de
 Serem projetadas por profissional habilitado; qualquer atividade em altura é necessário observar e
 Indicarem, em local visível, a capacidade máxima de estudar o local de trabalho a fim de eliminar os riscos
carga; encontrados;
 Serem protegidas contra atrito e, quando necessário,  Falta de equipamentos de segurança: O trabalho em
fabricadas em material resistente a altas temperaturas. altura não poderá ser realizado sem os equipamentos
A ancoragem da linha de vida deve ser feita em ponto obrigatórios para este fim;
externo da estrutura de trabalho, salvo em situações  Falta de inspeção dos equipamentos: Os equipamentos
especiais tecnicamente comprovadas por profissional devem estar em bom estado e serem certificados para
habilitado. É importante inspecionar a existência de realização da atividade;
proteção contra o atrito.  Falta de comunicação: A comunicação deve ser clara e
objetiva, a equipe precisa estar bem alinhada para que
tudo corra como planejado;
 Carga horária excessiva: O trabalhador deve estar apto e
preparado para execução das atividades, o tempo de
descanso precisa ser respeitado;
 Correria e pressão: Realizar atividades com correria e
pressão pode representar risco grave e eminente, é
preciso calma e concentração;
 Uso de bebidas alcoólicas e entorpecentes: Antes de
realizar atividades em altura é necessário reconhecer se
o trabalhador está apto; e
 Não ingeriu nenhuma substância que possa afetar o
sistema nervoso.
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Os exemplos de acidentes comuns em altura:
 Equipamentos contra quedas,saiba como
utilizar  Acidentes envolvendo escadas;
 Montagem inadequada de andaimes;
 Operação incorreta de plataformas elevatórias;
 Falta de percepção de risco.
Os acidentes em trabalhos em altura são na maioria fatais,
pois o trabalhador sofre a queda e diversas batidas até
alcançar o solo ou à base e isso faz com que a gravidade do
acidente só aumente levando a morte. E o acidente está

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sempre relacionado a ausência de proteções coletivas e


procedimentos que visem a eliminação do perigo. A
capacitação e treinamento dos trabalhadores envolvidos na 9.1 TÉCNICAS DE RESGATE
atividade são de grande valia para evitar os acidentes.
Fase inicial: Nesta fase deve-se reunir o maior número de
informações possíveis através de contatos prévios com
pessoas que possam trazer informações valiosas acerca do
local e do tipo de sinistro, como:

 Altura;
 Natureza da ocorrência;
 Número de vítimas e grau de lesão;
 Idade das vítimas;
 Hora do acidente;
 Lugar exato, ou o mais aproximado possível.
Uma vez no local da ocorrência, de acordo com a imposição
da situação, devemos ser muito rigorosos nos seguintes
pontos: reconhecimento, preparação, salvamento e
9. CONDUTAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA, desmobilização. Posto que o tempo corra contra a equipe de
salvamento, o que pode agravar o perigo para a vítima e
INCLUINDO NOÇÕES DE TÉCNICAS DE RESGATE para os socorristas.

E DE PRIMEIROS SOCORROS RECONHECIMENTO:

O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em  Análise das informações: complementando a Fase
caso de emergências para trabalho em altura. A equipe pode Inicial, devemos confirmar as informações levantadas
ser própria, externa ou composta pelos próprios anteriormente, pois informações mais confiáveis e sem
trabalhadores que executam o trabalho em altura, em distorções são mais facilmente levantadas in loco.
função das características das atividades. O empregador Confirmamos o número de vítimas, localização,
deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários gravidade, nível de consciência, dentre outros;
para as respostas a emergências. As ações de respostas às  Necessidade de reforços: confirmadas as informações e
emergências que envolvam o trabalho em altura devem tendo uma idéia do espaço de trabalho, deve-se avaliar
constar do plano de emergência da empresa. As pessoas a necessidade de reforços e comunicar tal necessidade
responsáveis pela execução das medidas de salvamento imediatamente, para que a ajuda seja enviada o quanto
devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar antes;
primeiros socorros e possuir aptidão física e mental  Levantamento de riscos: refere-se a riscos inerentes ao
compatível com a atividade a desempenhar serviço de salvamento em alturas, como eletricidade,
fogo, produtos tóxicos, explosivos, pontos de
ancoragem, arestas vivas, superfícies abrasivas, dentre
Video Educacional outros;
 Plano de Ação: após confirmar todas as informações
 Técnicas de resgate e salvamento de acerca do sinistro, devemos nos ater às decisões a
vítimas do SEP serem tomadas sobre o desenvolvimento da atuação da
. equipe. Há diferenças técnicas e níveis de exigências
diferenciados entre um salvamento de vítimas e a busca
a um cadáver, por exemplo.

PREPARAÇÃO:

 Montar um primeiro acesso à equipe de salvamento,


que possa avaliar a vítima e prestar os primeiros
socorros;
 O Plano de Ação deve ser bem estruturado, porém deve
ser flexível diante de situações inesperadas que exijam
modificações no plano original. Por exemplo, um
edifício colapsado com os socorristas atuando num
salvamento. Um novo desabamento pode fazer com que

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tenhamos que resgatar os resgatadores. É latente a  Controle emocional próprio;


necessidade de anteciparmos este tipo de erro;  Controle da situação;
 Preparar recursos humanos: dependendo do número de  Controle dos materiais;
vítimas e da natureza do sinistro, necessitaremos de  Controle de vítimas;
reforço, com pessoas de diferentes níveis de formação e  Executar as atividades com convicção do que está
especialização, que devem ser instruídos quantos aos fazendo;
procedimentos durante a ação de salvamento;  Dispor os materiais em local seguro e de fácil acesso.
 Disponibilizar materiais necessários para a proteção da
equipe de salvamento, como equipamentos de proteção Video Educacional
respiratória, capas de aproximação, protetores  Resgate em altura
auriculares, além de equipamentos de uso coletivo:
iluminação, escoras, material de sapa( foices, enxadas),
dentre outros;
 Adequar-se ao local e eventualidades da ocorrência:
refere-se a recursos que previsivelmente serão
necessários como: rádios para comunicação, iluminação 10. MENSAGEM
para a noite, proteção contra fogo, proteção contra Acredite na Política de Segurança da empresa e se
desabamentos, dentre outros. comprometa a fazer parte do time que busca
incansavelmente a não ocorrência de acidentes!
LEMBRE-SE: NADA SE COMPARA À VIDA.
SALVAMENTO:

 Mentalizar claramente a montagem do sistema e os


possíveis acidentes, antecipando-se a eles;
 Escolha e montagem dos pontos de ancoragem;
 Montagem dos sistemas de descenção, transposição ou
içamentos de vítimas;
 Comodidade de acesso para quando a vítima se
encontrar fora de perigo;
 Uma vez que tenhamos acesso à vítima, devemos
avaliar a sua situação e verificar a necessidade de uma
outra equipe especializada ou se a operação se resume
em retirá-la do local de perigo. Importante ressaltar o
apoio psicológico que a vítima deverá receber por parte
da equipe de salvamento durante todo o desenrolar da
ocorrência;
 Disponibilizar equipamentos de evacuação de vítimas MUITO OBRIGADA!
(triângulo, peitoral, macas);
 Por fim, realizaremos a descenção, transposição ou
içamento das vítimas. É de grande importância a
comunicação entre os bombeiros de cima, de baixo e os
que acompanham a vítima.

DESMOBILIZAÇÃO:

 Neste momento é realizado um levantamento quanto


aos socorristas empenhados na ocorrência, além do
equipamento utilizado, após sua correta desmontagem
e acondicionamento;
 Após o recolhimento de todo o material, é feita uma
reunião com todos os bombeiros participantes da
ocorrência para que o comandante da operação possa
levantar os acertos e as falhas da atuação de sua
equipe. A análise de tais aspectos é de suma
importância para aumentar a segurança, coordenação e
eficiência em ocorrências futuras.
Um resgate em altura com segurança requer:

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