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1
PROFESSOR: Fernando Franzoi da Silva
CIÊNCIAS SOCIAIS
Bacharelado (UEL, 1990)
PROJETOS GOVERNAMENTAIS
Especialista (UEL, 1993)
CIÊNCIAS SOCIAIS
Mestre (UFSCar, 1994)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SENNA, Sylvia Regina Carmo Magalhães; DESSEN, Maria
Auxiliadora. Contribuições das teorias do desenvolvimento
humano para a concepção contemporânea da adolescência.
Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, v. 28, n. 1, p. 101-
108, jan./mar. 2012.
Nação Desafios
Família do
mundo
Adolescência Saudável adulto
Desenvolvimento Positivo
Contexto
sócio-histórico e cultural
em mudança
I – O PERCURSO DO ESTUDO CIENTÍFICO
DA ADOLESCÊNCIA NO SÉCULO XX
Visão geral das Fases sobrepostas:
Século XX – até os anos 1970 A partir da década de 1970…Século XXI
Primeira Fase: A Descrição dos Processos Segunda Fase: A Visão Contextualista do
de Desenvolvimento na Adolescência Desenvolvimento do Adolescente
Teorias clássicas Visão integradora e contextualista
Socio- Cogni-
Biológicas Psicanalíticas 1996 1979
culturais tivas
1856- 1968- Urie
1904 1928/79 1958/76 Elder
1939 1976 Bronfenbrenner
Stanley Sigmund Erik Margaret Jean Modelo
Hall Freud Erikson Mead Piaget Curso de Vida
(bio)ecológico
Filogênese Sexua- Psicos- Aspectos Assimi-
Ontogênese lidade sócio- sócio- lação, aco- Estágios de Vida: Interação do Sujeito
Plasticidade humana cultural culturais modação - Tempo em diferentes
Transição Impul- Inte- Ambiente Cogni- - Contexto contextos e
inevitável sos ração social tivo - Processo sistemas
AS 2 EXPLICAÇÕES BÁSICAS SOBRE A
ADOLESCÊNCIA
1) Como fase distinta do desenvolvimento
2) Como período caracterizado por crescentes e inevitáveis
níveis de turbulência
Duas teorias:
Organísmicas:
mundo como organismo vivo
Indivíduo como agente ativo do seu desenvolvimento
Contextualistas: variáveis históricas e socioculturais
I-1: PRIMEIRA FASE: A DESCRIÇÃO DOS
PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO NA
ADOLESCÊNCIA
GRUPO 1/4: TEORIA BIOLÓGICA
– STANLEY HALL, “ADOLESCÊNCIA” (1904)
Desenvolvimento:
das espécies (filogênese) e
do indivíduo (ontogênese)
Adolescência: período de transição universal e inevitável
Segundo nascimento, com influência da cultura
valorização das diferenças individuais, com plasticidade
(maleabilidade)
Inovador, foi precursor das teorias contextualistas contemporâneas
GRUPO 2/4: A) TEORIA PSICANALÍTICA
– SIGMUND FREUD (1856-1939)
Pessoa:
dotada de reservatório de impulsos biológicos básicos
emergem aspectos da sexualidade humana a cada fase do ciclo vital
Adolescência: fase crucial mas não é distinta
ocorre a reativação, na forma madura e genital, de vários impulsos
sexuais e agressivos experimentados pela criança nas fases iniciais de
seu desenvolvimento (oral, anal e edípica).
Intelectualização: mecanismo de defesa usado para lidar com a revolta
emocional, conduzindo a mudar do concreto para o abstrato
Conflitos são normais e necessários para o esforço “adaptativo” na
busca por um novo sentido da personalidade e papel social
GRUPO 2/4 (cont.): B) DESENVOLVIMENTO
PSICOSSOCIAL – ERIK ERICKSON (1968/1976):
teoria que integra psicanálise à antropologia cultural
Interação entre dimensões intelectual, sociocultural, histórica e biológica:
Influência de ambientes e impacto da experiência social no curso vital
Desenvolvimento: série de estágios previsíveis, onde, a cada estágio
a pessoa se depara com um conflito central, crise normal e saudável a
ser ultrapassada
Adolescência: crise caracterizada pelo desenvolvimento da identidade
Identidade em constante mudança, dependente das experiências e
informações adquiridas nas interações diárias com os outros.
Descontinuidade Continuidade
Mudanças Estabilidade
Não partilhadas
Partilhadas
Peculiares
Determinada Cultura
Indivíduo Grupo Universais
I-2: SEGUNDA FASE: A VISÃO
CONTEXTUALISTA DO DESENVOLVIMENTO
DO ADOLESCENTE
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Início na década de 1970
Enfatiza o indivíduo e o ambiente na sua dinâmica de relações
bidirecionais
Papel do tempo e do espaço no desenvolvimento humano
Interações pessoa-contexto passam a ser vistas como um
fenômeno do desenvolvimento psicológico que implica considerar:
A) pessoa em constante desenvolvimento
B) desenvolvimento humano caraterizado pelo grande potencial
para mudança sistemática (plasticidade)
C) significado do desenvolvimento humano inserido no contexto
SURGE A CIÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO
Carolina Consortium on Human Development (CCHD, 1996)
Objetivo:
Organizar um modelo, síntese das diferentes disciplinas e
teorias sociais, psicológicas e biocomportamentais para
orientar pesquisas
Desenvolvimento:
Fenômeno multifacetado:
Conjunto de mudanças progressivas, estruturais e
organizacionais ocorridos nas interações entre
pessoas e sistemas biológicos, dentro de grupos
sociais e ambientes, no decorrer do tempo
COMO COMPREENDER O
DESENVOLVIMENTO
Investigar:
contextos,
propriedades estruturais e funcionais da pessoa e do
ambiente
e como eles interagem e produzem constâncias e
mudanças no desenvolvimento do indivíduo
Desenvolvimento: epigenético e probabilístico
Interação entre fatores biológicos e contextuais
FOCO NO DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO
cada indivíduo tem seu desenvolvimento delineado por:
inúmeros fatores mutuamente interativos,
que variam de acordo com o tempo, o contexto e o processo, e
a cada etapa desse processo, novas possibilidades são
geradas para a próxima
Aspectos:
Temporais
Contextuais
Processuais
para compreender mudanças no desenvolvimento humano
Nível Macro
Potenciais (sociedade)
Nível de Estruturas
M Intermediárias H
U (comunidades,
vizinhança) I
D
Padrões S
A Geográficas Mundo
de Vida Proximal T
N (escola e Ó
Ç Moldam o conteúdo, a forma e família)
o processo de
R
A Desenvolvimento Individual I
S Contexto A
sócio-histórico e cultural
do mundo “social” em mudança
IMPORTANTE!
Processo (P)
Pessoa (P)
Tempo (T)
• Ao longo do desenvolvimento, a pessoa (P) se envolve em processos
(P) de interações recíprocas, com outras pessoas, objetos ou
símbolos.
• interações podem variar de acordo com as características das pessoas,
dos contextos e do momento em que elas acontecem, podendo produzir
tanto competências como disfunções no desenvolvimento.
MODELO Macrosistema
Exosistema
Mesosistema
Microsistema
Família Escola
Indivíduo
Serviços
sexo, idade, saúde, e Colegas
de Saúde
Grupo tc.
religios Vizinhança
o
Tempo Cronosistema
(condições sócio-históricas
e
tempo desde eventos vitais)
COMO SE DÁ ESSE MODELO COM OS
ADOLESCENTES
o adolescente:
como qualquer pessoa, apresenta características
próprias - individuais, psicológicas e biológicas –
além de uma forma própria de lidar com suas
experiências de vida.
sujeito ativo, produto e produtor do seu
desenvolvimento que ocorre na interação com o
contexto (C).
COMO SE DÁ ESSE MODELO COM OS
ADOLESCENTES (cont.)
Nação
Família Recursos Flores-
Conexões
Escola Nutrientes cimento
Comunidade Saudável
Adolescência Saudável
Desenvolvimento Positivo
Contexto
sócio-histórico e cultural
em mudança
OS RECURSOS DE DIFERENTES
AMBIENTES INFLUENCIAM O
DESENVOLVIMENTO
“Logo, não se pode negligenciar os recursos provenientes de
diferentes ambientes, já que eles exercem influência crescente e
decisiva no período da adolescência.
Entretanto, não são apenas as condições estabelecidas pelos
contextos, mas o tempo que o jovem despende com adultos
cuidadores e com pares, em atividades que reforçam valores
associados à saúde e ao bem-estar comum, que asseguram seu
sucesso escolar, e garantem o desenvolvimento de valores e
comportamentos relativos à consciência social, liderança,
solidariedade e valorização da diversidade”.
PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
POSITIVO DO JOVEM
1) identificação de seus recursos pessoais - talentos,
energias e interesses construtivos – e
Risco de comprometimento
de seu desenvolvimento saudável
Mais riscos de
adesão a escolhas negativas
e destrutivas
Mais chances e desafios
que as gerações anteriores
COMO ENTENDER O
DESENVOLVIMENTO POSITIVO
não significa, apenas:
prevenção de comportamentos de risco;
manter o adolescente livre de problemas.
Norteia intervenções
Supera o para
Discurso negativo prevenir riscos e
da “falta” (déficit) otimizar sucessos
Remediar problemas, de indivíduos
deficiências ou fraquezas e contextos
As ações propostas reforçam:
as diferenças interindividuais
diversidade de raça, etnia, classe social e
gênero;
as diferenças intraindividuais
esperadas pelas transições da puberdade;
a centralidade
do contexto e
das relações bidirecionais entre os diferentes
níveis ecológicos do desenvolvimento.
RELAÇÃO DA PESQUISA E APLICAÇÃO
CAMINHAM NA MESMA DIREÇÃO
Objeto: processos relacionais básicos de
desenvolvimento, em contextos naturais, ecologicamente
válidos
Consequências práticas:
estudar o indivíduo e seus múltiplos contextos, de
modo integrativo, relacional e temporal, conforme as
teorias contextualistas e de Bronfenbrenner;
adotar seus conceitos em programas de educação
e intervenção, em políticas públicas dirigidas aos
cidadãos e em sua avaliação.
Ênfase das pesquisas (em expansão):
Aspectos relacionais,
Plasticidade e
Diversidade;
Metodologia longitudinal (quantitativa/qualitativa)
Aplicação das teorias do desenvolvimento
Avanços sobre a genética do comportamento:
influência conjunta entre a biologia e o ambiente, entre
os fatores biológicos e neuropsicológicos do
desenvolvimento cerebral na adolescência
DESAFIO DAS PESQUISAS
integração de diversos conhecimentos a respeito de uma só
pessoa (no caso, o adolescente, típicos dessa fase), sobre:
mudanças biológicas na puberdade,
o desenvolvimento do cérebro,
as influências genéticas,
ritmos de sono,
saúde física,
transições sociais,
influências religiosas, educacionais e culturais
NECESSIDADE DE ULTRAPASSAR
ESSES DESAFIOS
Adolescência
Período transitório, Período decisivo
universal, inevitável do curso de vida:
de grandes mudanças, com rebeldia, intensas explorações e
tempestades e estresse múltiplas oportunidades
Otimismo Esperança
RESILIÊNCIA
Coragem Dos jovens Altruísmo
Das Famílias
PROMOÇÃO DO
VALORIZAÇÃO DAS Mecanismos
BEM-ESTAR E
FORÇAS PESSOAIS Subjacentes às
competências
SATISFAÇÃO
DIREÇÃO DAS PESQUISAS EMPÍRICAS FUTURAS: GRANDE
QUESTÃO COM 5 PERGUNTAS INTERRELACIONADAS
Quais
Em relação a atributos?
quais aspectos De quais
familiares ou indivíduos?
geracionais?
Desenvolvimento
Positivo
Em relação a
quais aspectos Em relação a
ontogenéticos quais condições
? ecológicas?
IMPLICAÇÕES PARA RESPONDER À
“GRANDE QUESTÃO”
“MUNDO EM MUDANÇAS”
NO CURSO DO DESENVOLVIMENTO
“ADOLESCER”
COMPLEXIDADE
INTERRELAÇÕES DO
DAS CIÊNCIAS
JOVEM E CONTEXTO
Projetos de Pesquisa Parcerias entre
mais aprofundados +
Empírica - biológica/social profissionais, políticos
e pesquisadores
Modelos de intervenção
preventiva e “positiva”
Processos conjuntos
Dados quantitativos e
qualitativos Descrever
Instrumentos/técnicas Explicar
de avaliação sensíveis Promover
Superar fragmentação:
diálogo interdisciplinar
CIÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO
POSITIVO DOS JOVENS
disseminação do conhecimento, conectando ciência e
sociedade:
comunicação de massa,
especialistas e
comunidade