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Referidos sistemas sujeitam-se aos trabalhos de auditoria interna e/ou externa. Também devem ser objeto
de relatórios, pelo menos semestrais, os trabalhos voltados para o aferimento da qualidade dos sistemas de
controles internos das instituições. Referidos relatórios devem ser mantidos à disposição do Banco Central
do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos.
Os controles internos incluem o gerenciamento dos riscos e a separação de atividades que ensejam a
possibilidade de conflitos de interesse, ou seja, é considerado como RISCO OPERACIONAL.
Compliance: vem do verbo em inglês to comply, que significa "cumprir, executar". E, na prática, implica estar
em conformidade com as leis, os regulamentos internos e externos e os princípios corporativos que
garantem as melhores práticas de mercado. Seu objetivo não é apenas evitar que a instituição seja usada para
operações ilegais, como a de lavagem de dinheiro. A missão de Compliance - ao lado das áreas de Risco e de
Auditoria Interna - é fazer a gestão controlada dos riscos e garantir a integridade da instituição, dos clientes,
dos acionistas e dos funcionários. Compliance, está ligado ao RISCO LEGAL.
A política de segurança da informação tem que ter canais de comunicação que asseguram aos funcionários,
segundo o correspondente nível de atuação, o acesso às informações confiáveis e compreensíveis,
consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades.
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Principais fatores de análise de investimentos
Rentabilidade (%)
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Liquidez
O papel moeda é por definição o ativo de maior liquidez, porque é trocado sem custos e
imediatamente.
Risco pode ser definido como a incerteza associada aos retornos esperados. Não há
como evitar o risco, portanto deve-se administrá-lo. O risco é retratado na área
financeira, como sendo a variância ou o desvio em relação a uma média.
Gerenciamento de Riscos
Sendo assim, o Modelo de Markowitz, permite que se calcule o risco de uma carteira de investimentos,
não importando se é composta por ações, opções, renda fixa ou qualquer outro ativo. O interessante é
que utilizando esse modelo, é possível construir carteiras de investimento em que o risco é inferior ao
ativo de menor risco da carteira. Ou seja, imagine uma carteira com PETR4 (suponha risco de 3% ao
dia) e TAMM4 (risco de 4% ao dia) em que o risco da carteira é inferior ao ativo de menor risco - o que
significaria dizer que posso investir em Petrobrás e TAM e ainda assim obter um risco menor que 3%
ao dia.
Alocação de Ativos
Trata-se de uma estratégia de investimento usada para escolher entre diversas classes de ativos
como ações, títulos, commodities, moedas estrangeiras, imóveis, seguro de vida, colecionáveis
de alto valor e metais preciosos. É uma parte importante do processo de planejamento financeiro
que diz respeito à relação entre risco e retorno de um portfolio de investimentos. Diferentes
classes de ativos oferecem riscos e retornos diferentes contanto que suas performances não sejam
perfeitamente correlacionadas (se elas sobem e descem nas mesmas condições de mercado). A
alocação de ativos reduz a volatilidade dos resultados de investimento, quando nem todos os
investimentos no portfolio sobem e descem ao mesmo tempo.
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Fatores determinantes para adequação dos produtos de investimentos às
necessidades dos investidores em relação ao API (IN: 539 – CVM -“Suitability”)
Objetivo do Investidor
Horizonte do Investidor
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Principais Riscos do Investidor: Tipos de Riscos Financeiros:
Fator Taxa de Juros: perdas no valor econômico e/ou financeiro de uma carteira,
decorrentes dos efeitos de mudanças adversas nas taxas de juros.
- Fator Ações: perdas em função de oscilações imprevistas nos preços das ações
presentes em determinada carteira.
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2) Risco de Crédito (contraparte): provém de todas as transações que provocam
direitos efetivos, contingenciais ou potencias contra uma determinada contraparte
(devedor). Este é normalmente o principal risco enfrentado pelos bancos. Pode ser
dividido em Risco de Inadimplência (ou de default) - não cumprimento pelo devedor
de cláusula contratual; Risco País ou Soberano - um determinado país não pagar
sua dívida ou seus títulos por motivo econômico ou político; e Risco de Liquidação,
ou de Clearing, quando a troca efetiva do dinheiro ou outro ativo é inviabilizada.
Na atividade bancária, esse tipo de risco apresenta-se de forma intensa, uma vez
que nas transações bancárias, o direito de receber sempre é de uma das partes;
portanto, está presente nas operações intermediadas, efetuadas pelas instituições
financeiras. Com o crescimento da atividade bancária, o risco de crédito ganhou
dimensões ainda relevantes, representando entre os bancos o tipo de risco de
maior incidência.
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4) Risco de Liquidez: é o risco de que as reservas e disponibilidades de uma instituição NÃO
sejam suficientes para honrar suas obrigações no momento em que ocorrem, ou seja, um
descompasso no fluxo de caixa gera incapacidade momentânea de quitar compromissos.
É o risco de o governo de um país mudar a sua política a ponto de interferir nos pagamentos
a credores estrangeiros, por questões econômicas ou políticas. Este risco geralmente está
embutido na taxa de juros cobrada por empréstimos estrangeiros.
Índice EMBI+ (Emerging Markets Bonds Index Plus): vem sendo oferecido pelo
Banco JP Morgan, desde dezembro de 1993, como um índice de referência para as
economias emergentes. Com base na negociação diária em mercados secundários de 93
títulos de 21 economias emergentes, o EMBI+ tornou-se o modelo mais usado. Em uma
economia globalizada, a crise do sistema financeiro é ruim para todos, e nenhum país
está salvo de dificuldades. Porém, nas horas difíceis, os países emergentes levam
sempre a pior. As moedas dos países em desenvolvimento são sempre colocadas à
prova. E os institutos de avaliação de risco acabam dando notas baixas, como se tudo
que tem peso estivesse relacionado ao passado, e, muitas vezes, a avaliação negativa
termina por ser um dos fatores que produzem uma situação negativa, porque, certas ou
erradas, são tão ou mais importantes que a realidade. BENCHMARK ENTRE OS RISCOS
DE DIVERSOS PAÍSES.
Exemplos:
Se um turista faz compras no exterior com cartão de crédito, corre o risco de, entre
o ato da compra e o pagamento da fatura ter ocorrido uma desvalorização cambial e
ter que pagar mais do que o esperado, em reais, pela fatura do cartão.
Existe um outro risco relacionado com a taxa cambial. Ele decorre da flutuação em
relação ao dólar norte-americano, da moeda em que o financiamento foi contratado.
Por exemplo, um financiamento contratado em yens, pode se encarecer ainda que a
taxa cambial R$/U$ permaneça estável.
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8) Risco Legal; Também conhecido como Risco Jurídico, pode ser definido como o
risco de perda devido à impossibilidade de se executar os termos de um contrato,
incluindo os riscos provenientes de documentação insuficiente, falta de poderes
dos representantes da contraparte para assumir determinado compromisso,
desconhecimento de aspectos jurídicos relevantes que deveriam ser considerados,
decisões desfavoráveis do Judiciário, incapacidade para implementar uma
cobrança ou executar uma garantia, falta de amparo legal etc.
O risco legal pode ser definido como uma medida numérica da incerteza dos retornos de
uma instituição caso seus contratos não possam ser legalmente amparados por falta de
representatividade por parte de um negociador, por documentação insuficiente, insolvência
ou ilegalidade.
O Risco Legal também se configura pela falta de compliance, ou não conformidade com a
legislação em vigor, expondo a Instituição a perdas, multas e autuações pelas autoridades
competentes, podendo tal situação ser agravada quando afetar sua imagem ou reputação.
1) Risco de Legislação: Este pode ser definido como o risco de perdas decorrentes de sanções
por reguladores e indenizações por danos a terceiros por violação da legislação vigente.
2) Risco Tributário: Este pode ser definido como o risco de perdas devido à criação ou nova
interpretação da incidência de tributos.
3) Risco de Contrato: Este pode ser definido como o risco de perdas decorrentes de
julgamentos desfavoráveis por contratos omissos, mal redigidos ou sem o devido amparo
legal.
9) Risco de Imagem (Reputação): Este pode ser definido como o risco de perdas em
decorrência de alterações da reputação junto a clientes, concorrentes, órgãos
governamentais, etc.
1) Tais como:
Boatos sobre a saúde de uma instituição desencadeando corrida para saques;
Fundos de investimento alavancados com perdas elevadas durante períodos de crise e
não marcação a mercado das posições da carteira dos fundos que administra;
Envolvimento da instituição em processos de lavagem de dinheiro, remessas de divisas
ilegais, etc.
Negócios com empresas que não respeitam o meio ambiente;
Atendimento inadequado a clientes;
Empréstimos sem base técnica e vinculados a relacionamentos políticos etc.
O risco de imagem pode prejudicar o andamento dos negócios de uma instituição de várias
formas, como por exemplo: queda no valor de suas ações negociadas em Bolsas, perda do
apoio da clientela e desaparecimento de oportunidades de negócios.
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Risco Sistêmico ou Risco Sistemático:
Risco de investimento em títulos que NÃO pode ser eliminado pela diversificação dos
investimentos.
Essas situações surgem nos mercados de depósitos bancários, de crédito bancário, de ativos
transacionáveis com expectativas heterogêneas ou com crenças extrínsecas.
O risco sistêmico pode ser entendido também como uma situação do mercado financeiro
segundo a qual a possibilidade de fracasso de um banco em acertar suas contas com os
demais possa provocar uma reação em cadeia, impedindo que outros bancos na seqüência,
acertem suas contas e assim por diante, o que pode provocar uma crise no sistema
financeiro como um todo.
Também pode ser definido como o risco de perdas devido a alterações no ambiente
operacional.
É aquela parcela do risco que não pode ser associado ao comportamento da economia, isto é,
depende exclusivamente das características de cada ativo e é função de uma série de itens
que podem afetar o desempenho do papel. Esse tipo de risco, por sua vez, pode ser eliminado
pelo processo de diversificação dos ativos que compõem uma carteira.
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Classificação de Risco – Rating
Uma agência de rating oferece opiniões atualizadas e independentes sobre a capacidade de o emissor
de um ativo, pagar suas dívidas e honrar seus compromissos financeiros, ou seja, a qualidade de
crédito do emissor.
O rating soberano é o que avalia o risco de países, considerando, por exemplo, o risco de não
pagamento de dívidas do governo, nível de endividamento, cumprimento de metas fiscais etc.
Quanto maior o risco de uma moratória, por exemplo, quando o país não tem condições de honrar
seus compromissos, menor o rating. O rating soberano influencia a confiança dos investidores
estrangeiros na decisão de encaminhar ou não seus investimentos ao país. E também está
intimamente ligado com o nível de juro cobrado pelo investidor para emprestar seu dinheiro.
Com a classificação elevada para Investiment Grade, pelas principais agências de classificação de
risco, como a Moody’s, Standar & Poor’s e a Fitch Atlantic Ratings, bem com, a brasileira SR Rating, o
Brasil passou a ser visto pelos investidores estrangeiros, com um país considerado livre de calote, ou
seja, a partir de agora os grandes fundos de investimentos podem colocar mais recursos no mercado
de capitais brasileiro. Portanto, podemos dizer que o Brasil ganha um atestado de bom pagador. Vai
pagar menos juros nos empréstimos internacionais e atrair investidores estrangeiros de todas as
modalidades.
Yield: É um termo inglês que significa rendimento, lucro, ou seja, retorno um tipo de investimento.
Bonds: São títulos de dívidas públicas internacionais, de qualquer país em desenvolvimento.
High Yield: Títulos de dívidas privados, com alto rendimento e baixa qualidade de crédito.
Junk Bonds: Títulos de dívidas públicas, com alto rendimento e alto risco de crédito.
C-Bonds (Bônus de Capitalização de países em desenvolvimento): títulos da dívida externa
brasileira de 1994, emitido como parte da renegociação da moratória dos anos 90, com vencimento
em 2014, liquidados em 2004.
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Acordo de Basiléia – CEA
Basiléia I: Criado em 1988, o primeiro acordo teve como prioridade fortalecer a solidez e a
estabilidade do sistema bancário. Sua principal característica foi criar exigências mínimas de
capital, que devem ser respeitadas por bancos comerciais como precaução o risco de crédito.
Portanto, os bancos foram obrigados a ter em caixa 8% do valor do capital que emprestam
denominados de capital mínimo requerido para fazer face aos riscos dos ativos das
instituições, porém, no Brasil o índice foi estipulado em 11%.
Basiléia III: Em decorrência da crise de 2008, em 2010, foi apresentado o 3º. acordo, que
além de contar com as mesmas regras anteriores, exige maior foco na qualidade de capital
das instituições financeiras. Sendo:
I. Capital exigido passa a ser mais rigoroso: só podem ser contabilizados como
recursos próprios ativos conversíveis imediatamente em dinheiro;
II. Constituir reservas denominadas capital de conservação: destinados para absorver
riscos de perdas em momento de estresse;
III. Instituir índices de curto e longo prazo: o objetivo é que o banco possa contar com
recursos de alta liquidez;
IV. Criação de um índice de alavancagem: pela nova regra, os bancos não devem
emprestar mais que 33 vezes o seu capital;
No Brasil, a autoridade supervisora é o BACEN, que tem endossado e regulamentado para uso
interno as recomendações de Basiléia, através da sua Resolução 2554/98. Referidos normativos
trouxeram, em seu bojo, o que hoje estrutura as melhores práticas da gestão do risco operacional.
Além do BACEN, temos a Câmara para Assuntos de Administração de Risco (CAAR).
Risco de Crédito e de Mercado: áreas que já estão bem delineadas, tanto em termos de
entendimento conceitual, como de sistemas gerenciais, ferramentas de análise e mensuração
do risco.
Riscos Operacionais: porém esses riscos eram vistos como subcategoria de outros riscos,
tomam agora dimensão especial, isto é, tratados como disciplina separada, deverão ter
política, procedimentos, modelos para sua identificação, análise e mensuração, específicos.
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Índices de Risco & Retorno – 2ª. Parte
Desvio Padrão:
Indicador estatístico de volatilidade, que mede a dispersão de valor de uma mostra
em torno de sua média. (Qto. > # > desvio padrão > volatilidade)
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Coeficiente Beta – Risco do Mercado de Ações – Risco Sistemático
Podemos definir o Beta (β) como sendo uma medida muito importante que
demonstra a sensibilidade das ações de uma empresa ou fundos de investimentos
em ações em relação ao índice de referência ou seu benchmark.
Podemos calcular o Beta dos últimos três meses, por exemplo, entretanto, a análise
se torna mais completa quando olhamos para um horizonte mais longo,
preferencialmente acima de 1 ano. Dessa forma, o investidor pode ter uma noção de
qual será a tendência de comportamento do investimento em relação ao seu
benchmark.
Se uma ação se comporta exatamente como o Ibovespa, dizemos que ela tem
beta = 1.
Se a ação variar mais que o Ibovespa, mas no mesmo sentido, ela terá beta > 1
(beta maior do que um).
Se variar menos, mantendo o mesmo sentido, o beta será menor do que um (beta
< 1).
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Índice de Sharpe
O Índice de Sharpe, criado por William Sharpe em 1966, que foi aluno de Henry Markowitz, é um
dos mais utilizados na avaliação de fundos de investimento. Ele expressa sua relação risco
& retorno. Informa se o investimento, normalmente um Fundo ou Carteira, ofereceu
rentabilidade compatível com o risco a que expôs o investidor.
Finalmente, feita a análise, o investidor deve ainda observar que o Índice de Sharpe é calculado a
partir de resultados obtidos pelo fundo num período já observado. Portanto, ele mostra a
rentabilidade passada do fundo.
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O índice de “Sharpe” é um indicador de performance que ajusta o retorno ao
risco. Este índice avalia se um determinado fundo de investimento apresenta
uma rentabilidade ponderada ao risco que o investidor está exposto.
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Índice de Treynor
Quanto maior este número, maior é “excesso de retorno” que está sendo
gerado pela carteira.
Como o índice de Sharpe – que utiliza o desvio padrão em vez de beta como
a medida de risco – a premissa fundamental por trás do Índice de Treynor é
que o desempenho do investimento tem de ser ajustado para o risco, a fim
de transmitir uma imagem precisa do desempenho.
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Índice de Modigliani
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Tracking Error X Erro Quadrático Médio
Muitas carteiras são administradas com base no desempenho de seu benchmark. Algumas
tem como objetivo replicar um índice, já outras esperam uma ligeira variação em relação ao
seu benchmark, a fim de gerar retornos adicionais ou ainda baixar custos da carteira.
O Tracking Error e o Erro Quadrático Médio são duas medidas que auxiliam na análise do
deslocamento dos retornos (rentabilidade) de um ativo em relação a um parâmetro de
performance (benchmark).
Ambas procuram medir o risco que um determinado ativo possui de não seguir a
performance de seu benchmark. Quanto maior esse risco, menor é o índice. Uma carteira
com esses índices com forte alta, denota que o investimento esta distante de seu
benchmark, de sua meta e conseqüentemente, maior deve ser o retorno obtido para
compensar o risco.
Logo, o Erro Quadrático Médio (EQM) de um fundo de investimentos é uma medida que está
relacionada com a proximidade dos retornos do fundo em relação ao benchmark, sendo
que, quanto MAIOR o EQM, MAIOR a distância entre o fundo e o benchmark, isto é, mede o
desvio das variações de um investimento em relação às variações do seu indicador de
referência (benchmark).
Já o Tracking Error de um fundo de investimentos é uma medida que tem por objetivo
calcular os desvios das distâncias, positivas ou negativas, da rentabilidade em relação à
variação média de seu benchmark, ou seja, representa o desvio das distâncias da
rentabilidade do fundo à variação do seu indexador (benchmark), período a período.
Todavia, ambos são utilizados para analisar a performance dos fundos de gestão
passiva, pois demonstram o quanto o fundo se distanciou de seu referencial.
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Gestão de Risco de Carteiras
Metodologia Valor em Risco (VaR, do inglês Value at Risk)
O VaR é uma medida estatística que tenta prever a perda potencial máxima do valor nominal de uma
carteira de ativos qualquer em condições normais de mercado. Para um determinado portfólio, o VaR
mede a perda futura potencial (em termos de valor de mercado) que não deverá ser superada, nas
condições normais de mercado, com um nível definido de acurácia (medida de confiabilidade) para um
determinado período (holding period). Evidente que tão importante quanto o cálculo do VaR é a
determinação dos seus limites. Os limites de VaR são fixados de acordo com os objetivos de retorno
de um investimento. Por exemplo, um fundo derivativo, possuirá um limite de risco superior a um
fundo DI pois busca uma maior rentabilidade. O controle de risco de mercado consiste na comparação
diária entre o VaR da carteira e o seu limite de perda. Sempre que houver um estouro de limite será
convocado um comitê extraordinário envolvendo as áreas de risco, administração de carteiras e
compliance, a fim de verificar os motivos desse estouro e as medidas que deverão ser tomadas.
O VAR é uma medida estatística usada para medir o risco de mercado de carteira de ativos
e/ou passivos. Busca medir, em termos financeiros, o impacto na carteira das variações de
taxa de juros, dólar, preço das ações, etc.
Principal desvantagem
Intervalo de Confiança
Exemplo:
Patrimônio: $ 500 mil
Horizonte de retorno: 1 dia
Intervalo de confiança: 99% VaR: $ 5.000
Há 99% de probabilidade da carteira perder em um dia no máximo $ 5.000 ou há 1% de
probabilidade da carteira perder em um dia mais do que $ 5.000.
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Instrumentos Auxiliares de Gestão de Risco
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Back Test ou Teste de Validação de Modelos:
São modelos estatísticos de Gestão de Risco e são desenvolvidos para refletir a realidade. O Backtest
analisará se o modelo utilizado para cálculo do VaR está refletindo as perdas que efetivamente ocorreram
em determinado período.
Exemplo:
O VaR diário de determinada carteira, nos últimos 100 dias, foi de 1,5% para um intervalo de
confiança de 5%.
O Backtest refletirá se o modelo estatístico que efetuou estes cálculos está em aderência com a
realidade.
Espera-se, que em apenas 5% do período analisado, ou seja, 5 dias, as perdas tenham ficado fora
do alcance do VaR.
Durante 95 dias espera-se que ele tenha refletido as condições de volatilidade e risco desta
carteira.
Exemplo:
Compra de ações da Cia ABC, durante três dias seguidos, quando seus preços estão caindo, dia após
dia.
O gestor, na tentativa de fazer um “preço médio” mais baixo, poderá, na verdade, estar colocando em
risco um volume maior em sua posição de ações desta companhia.
Ocorre que nem sempre o mercado “retorna”, o que abre espaço para uma série de perdas adicionais,
decorrentes da mesma posição de risco mal avaliada, ampliando o prejuízo inicial.
Neste caso, estabelece-se um limite de perda máxima, que quando atingido, deverá provocar a venda
total desta posição realizando de vez a perda.
Além disso, dependendo do mercado e do tamanho da posição, “zerá-la” pode significar deprimir
ainda mais os preços e também aumentar o prejuízo.
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Gerenciamento de Risco de Mercado
Exemplo: O calculo da duration de um titulo de R$ 100 milhões, para 4 anos, com taxa de
retorno de 6% ao ano e pagamento anual de cupons:
Observe que a média ponderada do tempo em que se espera receber os juros mais
o principal da operação é de 3,673 anos.
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Convexidade
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Imunização
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Duration Modificada (CEA)
Exemplo: Um fundo aplicou US$ 1,5 Bilhão em títulos com duração média de
6 anos (duration) e as taxas de juros aumentaram de 20% para 20,2%. Qual a
variação de preço da carteira provocada pela mudança na taxa de juros?
Logo a perda em dólares será de US$ 15 milhões (US$ 1,5 Bilhão x 1%)
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CAPM - Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CEA)
O Modelo de Precificação de Ativos Financeiros, mais conhecido mundialmente pela sigla em inglês
CAPM (Capital Asset Pricing Model), foi desenvolvido por William Sharpe e é utilizado em finanças para
determinar a taxa de retorno teórica apropriada de um determinado ativo em relação a uma carteira de
mercado perfeitamente diversificada, ou seja, à taxa de rentabilidade exigida pelos investidores como
compensação pelo risco de mercado ao qual estão expostos. Também, pode ser aplicado para avaliar
os méritos de risco/retorno de investimentos e ativos no meio corporativo.
O CAPM considera que, num mercado competitivo, o prêmio de risco varia proporcionalmente ao BETA,
ou seja, considera apenas um fator de risco que é o cofiente Beta. Na sua forma simples, o modelo
prevê que o prêmio de risco esperado, dado pelo retorno esperado acima da taxa isenta de risco é
proporcional ao risco não diversificável, o qual é medido pela covariância do retorno do ativo com o
retorno do portfólio composto por todos os ativos no mercado ou pelo β (considera a melhor relação
beta X retorno esperado).
Exemplo: Considerando que uma ação possui um beta igual a 1,4 e uma taxa livre de risco
de 11%, bem como, o prêmio de risco de mercado é 7. Sendo assim, o retorno esperado pelo
investidor, de acordo com a fórmula de cálculo do CAPM, será: RE = 11 + 1,4 x (7) = 20,80%
O CAPM estabelece uma relação positiva entre o beta (risco) e o retorno esperado, sendo o
mercado o único fator comum que atua como ponto de referência. A Teoria do mercado eficiente
sustenta que os retornos esperados de títulos são influenciados por diversos fatores setoriais e
financeiramente relacionados, bem como, que os preços atuais dos ativos resultam de toda
informação disponível. O APT pretende dar uma ampla explicação da relação positiva entre
riscos e retornos, identificando eventos inesperados de mercado, como alteração nas taxas de
juros, inflação, taxa de câmbio, variações nos preços das commodities, volatilidade, entre outros.
Os investidores e o mercado reagem favorável ou desfavoravelmente a novas informações e a
novos eventos. É isso que faz os preços das ações mudem e apresentarem valores justos.
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SML (Security Market Line) = Reta do Mercado de Títulos ou Linha do
Mercado de Títulos (LMT):
Como o CAPM é um modelo de precificação de
ativos tomados individualmente ou de carteiras de
ativos, fazemos uso da Linha do Mercado de Títulos
(LMT), conhecida pela sigla em inglês SML (Security
Market Line) e de sua relação com retorno esperado
e risco sistemático (beta), para entender como o
mercado deve precificar ativos individualmente em
relação à classe de riscos a que pertencem. A linha
do SML calcula a taxa risco/retorno de qualquer
ativo em relação ao mercado como um todo. Ou seja,
a SML mostra a relação entre o retorno esperado e o
beta, utilizando o conceito do CPAM.
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Fronteiras Eficiente e Teoria Moderna dos Portfólios
Sem o apoio da moderna teoria dos portfólios, não
utilizando os benefícios da diversificação, estaríamos
teoricamente nesta linha (em preto) entre os dois ativos.
Esta linha (teórica) representa a média entre os
retornos e riscos das diferentes proporções entre
Ibovespa e da Selic. Por exemplo: Em um portifólio com
50% Ibovespa e 50% Selic, seria como se pegássemos
o retorno do Ibovespa e da Selic e dividirmos por 2,
assim como seus riscos (ponto em vermelho). A linha
representa uma ligação entre os pontos de 100%
Ibovespa e 100% Selic. Entretanto, com a diversificação
conseguimos nos situar sempre em um ponto melhor
do que estaríamos nesta linha teórica. O portifólio com
50% Ibovespa e 50% Selic teria um retorno esperado
maior, além de um risco menor. Aí estão as vantagens
da diversificação, apoiadas na Moderna Teoria dos
Portfólios e na Fronteira.
A curava da fronteira eficiente representa os retornos e riscos calculados pela combinação de dois ativos
com riscos e retornos diferentes. O ponto onde esta curva tangencia a linha de mercado de capitais é onde
se maximiza a relação entre risco e retorno de um portifólio de mercado. Logo, se inserirmos o ativo livre de
risco na fronteira eficiente, vamos obter a CML.
Resumo da Fronteira Eficiente: Na tabela abaixo vemos a diferença entre portfólios com a
vantagem da Moderna Teoria dos Portfólios (em inglês Modern Portfolio Theory ou MPT) e sem ela:
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Bibliografia:
Bons Estudos!!!
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