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Vanguarda Paulista

Arrigo Barnabé, Sabor de Veneno, Itamar Assumpção e a banda Isca de Polícia, Luiz Tatit,
Grupo RUMO, Suzana Salles, Tetê Espíndola, Eliete Negreiros, Vânia Bastos, Ná Ozetti,
Premeditando o Breque e Língua de Trapo.

Movimento que surge nos anos 80 em São Paulo, apontado como “a maior novidade surgida
na música brasileira desde a tropicália” (CAVAZOTTI, 2000). Embora tenham alcançado certo
sucesso de público e crítica, eram malquistos pelas gravadoras da época, e muitos dos
trabalhos foram lançados de maneira independente, com os artistas bancando as gravações e
produção dos álbuns.

Vila Madalena: região da cidade de São Paulo ocupada principalmente por estudantes, artistas,
profissionais informais, jornalistas, enfim, o centro da contracultura da cidade na época. A Vila
ainda era um local onde muitos perseguidos políticos de outros países da América Latina, à
época infestada por ditaduras, vinham procurar refúgios, trazendo com eles seus costumes e
influências musicais e intelectuais. Esse ambiente foi muito importante para a formação de
laços entre os membros daquilo que chamamos de Vanguarda Paulista, termo cunhado pela
imprensa da época, não tendo partido dos próprios artistas, que se uniram por convivência nas
ruas e bares da Vila Madalena.

Lira Paulistana: Fundado em 1979, no porão de uma antiga loja de móveis. Foi criado para
atender a um público que não se sentia contemplado pelo que circulava no meio cultural
paulistano da época, notadamente estudantes e ex-estudantes de universidades como a USP e
a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atraiu os artistas da época que não
encontravam espaço nos locais mais tradicionais, por conta de seu repertório inovador para a
época, mas que tinha um público fiel nestes jovens que haviam passado boa parte de suas
vidas sob o regime da ditadura. O Lira viria a fundar uma gráfica e uma gravadora, que nasceu
do desejo dos organizadores do teatro de gravar o primeiro álbum de Itamar Assumpção,
intitulado Beleléu, Leléu, Eu.

USP: muitos dos integrantes da chamada Vanguarda eram de classe média, estudantes de
música ou de outros cursos da

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