A consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que se passa, dentro ou fora dele. É talvez
uma das maiores fontes de problemas de toda a filosofia, por ser ao mesmo tempo o fato mais básico e
também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é.
A consciência pode definir-se como o conhecimento que o Homem possui dos seus próprios
pensamentos, sentimentos e atos. Podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata
e a refletida. A consciência imediata ou espontânea caracteriza -se por ser a que remete para a
existência do Homem per ante si mesmo, no momento em que pensa ou age.
A consciência refletida ou secundária é a capacidade do Homem recuar perante os seus pensamentos,
julgá-los e analisá-los.
A consciência possibilita ao Homem pensar o mundo que o rodeia e é nela que estão enraizados o
sentimento de existência e o pensamento de morte, por exemplo. A consciência é a essência do ser
humano e fonte de conhecimento e de verdade.
De acordo com Descartes, e o seu princípio "penso, logo existo", a consciência surge como
fundamento e modelo de todo o conhecimento. Através dela sabe -se que se existe e que se é, ou seja,
uma coisa pensante, uma alma separada do corpo.
É verdade que muitas pessoas parecem não ter consciência. São criaturas que agridem, prejudicam
outras pessoas, são desonestas, fazem toda sorte de maldades e acham isto natural. São pessoas que
endureceram seus sentimentos e embruteceram a consciência, mas elas não são felizes; não conhecem
o gostinho bom de ser uma pessoa boa. Não conhecem o contentamento que sentimos sempre que
praticamos alguma boa ação, ou quando percebemos que alguém nos valoriza pelo nosso bom caráter e
pela forma honesta e pacífica com que vivemos.
Tipos de consciência
Consciência moral - A consciência mora l é um juízo da razão pelo qual a pessoa humana
reconhece a qualidade moral de um ato concreto. Cada homem leva em seu coração uma lei.
Por isto, com sua inteligência e vontade pode distinguir o bem e o mal, o justo e o injusto, o
permitido e o proibido. O homem sabe que um ato concreto é bom ou mau mediante sua
consciência moral.
Consciência ambiental - Consciência ambiental é a predisposição que um indivíduo tem em
saber previamente que alguns problemas podem afetar o meio ambiente, e que estão cientes
de ações que possam interferir nesses causando problemas
Consciência crítica - Ter consciência crítica é ser capaz de conhecer a si mesmo criticar seus
próprios atos e saber quais os elementos que influenciam no modo de ser . É estar aberto ao
novo, tudo evolui de tempo em tempo. Muita gente tem senso crítico, isto é, sabe julgar com
precisão as pessoas e as coisas que estão exteriores a si, mas não é capaz de olhar para dentro
de si. Ter consciência é saber das ―minhas potencialidades‖ e dos ―meus limites‖.
Consciência Social - A consciência social vai sendo adquirida depois que a pessoa descobre que é
sujeito de sua história e passa ter maior interesse pelas coisas da sociedade. Ela deixa de
pensar somente nela ou em seu grupo e passa a ver e viver o social. A consciência neste momento
é reflexiva, amadurecida e crítica. A pessoa percebe que o mundo é uma construção do homem
e está sempre passando por transformações. Descobre que tudo se transforma a realidade
pessoal, comunitária e social. A construção de um mundo novo, justo e fraterno é missão de
todos e não apenas de alguns.
A consciência pode equivocar-se?
Sim, a consciência pode equivocar -se se não está bem formada, porque frente a um ato concreto
poderia fazer um juízo errôneo contra a razão e a lei divina Sim, a consciência pode equivocar -se se não
está bem formada, porque frente a um ato concreto poderia fazer um juízo errôneo contra a razão e a lei
divina.
ATIVIDADE
1- o que é consciência?
2- Defina:
a) Consciência imediata;
b) Consciência refletida.
3- Qual a importância da consciência refletida?
4- Explique a frase: ―Penso, logo existo.
5- Como agem as pessoas sem consciência?
6- O que é consciência moral?
7- O que é ter consciência crítica?
8- Você tem consciência crítica? Comente.
9- Como a consciência social vai sendo adquirida?
10- Explique a importância da consciência ambiental.
Todo gesto nosso, tudo que fazemos, tem por trás um comando. Esse comando pode estar na nossa
mente. Se eu apanho caneta e papel para escrever alguma coisa, isso acontece porque a minha mente
está gerando esse comando, está mandando que o faça.
Mas nós temos também outros comandos paralelos.
Esses outros comandos são o instinto e a vontade.
O instinto é necessário à nossa sobrevivência.
Alguém sabe dar um exemplo do modo como o instinto atua em nossa vida?
Digamos que alguém apanha um livro e jogue e m um de vocês? A reação de quem está no alvo do
livro é sair da frente para não se machucar, não é isso? Pois bem, nós temos três opções para explicar essa
reação.
Opção 01 - A reação foi gerada pela mente.
Opção 02 - A reação foi gerada pelo instinto.
Opção 03 - A reação foi gerada pela vontade.
A mente pensa nos comanda através do raciocínio, da razão. O instinto nos comanda de forma direta,
não passa pelo raciocínio. Imaginem como seria no caso do livro atirado numa pessoa. Se ela começar a
refletir sobre o perigo de se machucar, não dá tempo de ela se defender. Quando tiver terminado de
pensar, o livro já atingiu o alvo.
O comando da mente nem sempre é resultado do raciocínio. Nem sempre é preciso que a mente fique
pensando para comandar alguma ação.
Vejamos um exemplo.
Quando vocês se levantam pela manhã e se aprontam para vir à escola, não precisam ficar pensando
assim: eu vou levantar e me arrumar para ir à escola. Isto se dá porque a mente já sabe disso e não
precisa ficar pensando. Entenderam?
Já em relação ao instinto, não há pensamento. O instinto é um comando inteligente, mas sem a
participação do pensamento, sem raciocínio.
E qual é a terceira força que nos move?
Essa terceira força, a vontade, é como um cavalo xucro, que a mente procura controlar. Quanto ao
animal, é o instinto que o controla. Por exemplo, uma gazela pode estar com vontade de comer
determinado vegetal que lhe faria mal. Então, é o instinto que a impede de comê-lo. Já com o ser
humano é diferente porque sabemos pens ar, sabemos raciocinar, escolher o que é bom para nós e
desprezar o que não nos serve.
O ser humano ainda não está muito evoluído, porque muitas vezes obedece mais à sua vontade do
que ao que a mente lhe diz e olha que a vontade erra muito!
Quantas pessoas sabem que deveriam se alimentar de coisas mais saudáveis, mas a vontade é que
domina e elas comem de tudo que querem e depois engordam, ficam com problemas de saúde, até
muito graves, mas a mente não consegue controlar a vontade?!
Observem como a natureza é sábia.
No ser humano, que sabe pensar, refletir, que conhece muitas coisas, a inteligência é mais forte que o
instinto. Mas, no reino animal, o instinto é mais forte, tanto que comanda tudo nesse reino. E esse comando
é tão incrível que nos deixa perplexos.
Vejamos como exemplo a questão das migrações. Como elas funcionam?
Imaginem uma tartaruga botando seus ovos numa praia e deixando -os lá para serem chocados pelo
próprio calor do ambiente. Uns dois meses mais tarde, nascem as tartaruguinhas, que correm logo par
a o mar. Ali, na imensidão do oceano, ela s viajam centenas de milhares de quilômetros, crescem e,
mais ou menos 30 anos mais tarde, elas voltam ao mesmo lugar onde nasceram, para botar seus próprios
ovos. Como é que uma tartaruga, que saiu da sua praia assim que nasceu, consegue voltar ao mesmo
lugar depois de tantos anos? E olha que no oceano não existem ruas, estradas nem outras coisas
para elas s e guiarem. É o instinto que as conduz.
Mas, voltando ao ser humano, existe em nós outra força, muito grande, trabalhando junto com a
mente para nos conduzir. É o coração, ou melhor, são os sentimentos.
Existem muitas situações nas quais a mente diz uma coisa e o coração diz outra. Esse fato de a cabeça
dizer uma coisa e o coração dizer outra cria muitos conflitos em nós.
Foi o caso da Geovana, uma jovem que estava namorando o Tito há mais de meio ano quando
descobriu que ele era ladrão de automóveis.
A cabeça dizia a ela que saísse daquele namoro, que aquilo era ―uma roubada, mas o coração não deixava.
Vamos refletir um pouco sobre esse caso da Geovana?
A sua mente lhe dizia que acabasse com o namoro, por que um ladrão não tinha os valores morais
necessários para constituir uma família e educar os filhos. Além disso, um dia ele seria preso, e ela se
tornaria mulher de um presidiário.
A cabeça de Geovana lhe deu uma orientação segura e certa. Mas ela escolheu obedecer ao sentimento,
e aí tudo se complicou.
A coitada ficou com o Tito, casou -se com ele, teve dois filhos. Um dia, Tito foi apanhando pela polícia
e acabou na prisão.
Vamos refletir assim: a cabeça fica acima do coração. É ela que deve mandar em nós porque pode
refletir, pode analisar e escolher com mais acerto. Mas é importante também ouvir o coração.
Digamos que alguém nos pede ajuda. Cabe à cabeça analisar a situação para perceber se a pessoa
que está pedindo ajuda não é apenas uma aproveitadora. Se a cabeça entender que essa pessoa está
realmente necessitada e que podemos ajudá-la sem que isto nos cause dificuldades, então devemos
obedecer ao coração.
Para tudo é necessário haver equilíbrio.
É preciso ter bom senso e também amor. O bom senso ajuda a não ―entrarmos numa fria, e o amor
nos leva a ser pessoas fraternas e solidárias. Isto é fundamental em nossa evolução, porque o amor é
a mais importante das leis cósmicas.
Mas existem situações em que não conseguimos ter certeza do que seria o melhor. Muitas vezes
estamos nervosos, irritados, com raiva ou ansiosos, e assim fica difícil pensar com equilíbrio.
Nesses casos é importante relaxar e desenvolver um estado de espírito tranquilo.
Vimos, então, que o comando da mente acontece quando a ação é pensada ou mesmo feita de forma
automática, como quando estamos com sede e vamos beber água. Quando agimos ou reagimos de forma
instintiva, é o instinto que nos comanda.
Quanto a essa terceira força, a vontade, é muito importante que ela seja controlada pela mente. Mas
o ser humano ainda não está muito evoluído, porque muitas vezes obedece mais à sua vontade do que
ao que a mente ou a razão lhe diz.
Vimos igualmente como é importante usar sempre a cabeça, num raciocínio equilibrado, mas também
ouvir o coração.
Mas para isso é importante estar relaxado e em harmonia interior, a fim de poder encontrar as melhores
respostas, ou soluções.
ATIVIDADE
1 - Qual órgão do nosso corpo comanda os nossos movimentos?
2 - Quais são os comandos paralelos?
3 - Explique com suas palavras o que é instinto?
4 - Dê um exemplo de uma ação instintiva?
5 - Por que devemos agir mais com a razão do que com a vontade?
6 - Indique uma situação na qual uma pessoa não obedece à razão e se dar mal?
7 - O que pode acontecer quando não controlamos a nossa vontade?
8 - Que lição podemos tirar da história de Geovana?
9 - Para você, o que é ter bom senso?
10 - Qual a importância do bom senso e do amor nas nossas vidas?
Existem dois tipos de superioridade: um é efêmero, porque vem e passa; o outro é duradouro, é
verdadeiro, porque faz parte da própria natureza da pessoa.
A superioridade efêmera é aquela que alguém adquire ou conquista, quando, por exemplo, passa a ter
uma posição de chefia no trabalho, um cargo político, ou mesmo quando passa a ser ―o cara como
vocês gostam de dizer.
Mas esse tipo de superioridade não é real porque um dia s e acaba. Já a superioridade verdadeira reflete o
próprio interior da pessoa, os valores que ela já conquistou. Vamos dar um exemplo. Amadeu e Fernando
eram dois amigos que se conheciam desde crianças. Estudaram nas mesmas escolas, formaram-se na
mesma universidade. Alguns anos mais tarde, tornaram-se gerentes na mesma empresa.
No setor que Amadeu gerenciava, todos os seus subordinados o admiravam e gostavam muito dele,
pela maneira como sabia lidar com eles; era um chefe que exigia dedicação e eficiência por par te d os
seus subordinados, mas tratava -os com respeito e com fraternidade.
Certa vez um deles, o Tadeu, sofreu um acidente de moto e ficou muito tempo hospitalizado.
Amadeu ia sempre visitá-lo e, um dia, quando o encontrou muito aflito porque o filho mais novo estava
doente, prontificou-se a ajudar.
Levou o bebê ao médico e comprou os remédios que foram receitados, pois sabia que Tadeu estava sem
dinheiro. Amadeu era assim, muito rigoroso no trabalho, mas honesto e de bom coração.
Já Fernando era bem diferente. Para se dar bem, ele era capaz de mentir, enganar e passar por cima
de qualquer um. No trabalho, com seus subordinados, era frio e até cruel. Gostava de ser bajulado, e, se
alguém o contrariasse, era demitido na hora.
Ele próprio vivia bajulando o diretor-geral da empresa, pois achava que, assim, poderia acabar sendo
promovido. Vejamos outro caso. Dr. Cipriano havia bebido muito e resolveu levar o casal de filhos ainda
pequenos para passear, mas, enquanto dirigia, seu carro caiu num canal.
A correnteza estava forte, e, quando o carro já ia ser arrastado pela água, seu Tinoco, um gari que
percebera a situação, conseguiu uma corda, amarrou-a num poste; arriscando a própria vida, desceu
pela corda e conseguiu salvar Dr. Cipriano e as duas crianças.
O valor verdadeiro está no coração, nos bons sentimentos; está na ética, no esforço que alguém faz
para aprender e para alcançar seus ideais. Ele está em se viver esses valores que são ensinados nestes
nossos encontros. Mas será que podemos rotular as pessoas, sem uma análise mais profunda?
Para responder a essa questão, vamos acompanhar durante algum tempo nossos dois personagens, o
Dr. Cipriano, aquele homem cujo carro caiu no canal por que ele estava dirigindo embriagado, e seu
Tinoco, o gari que salvou a ele e a seus dois filhos.
Dr. Cipriano era um excelente cirurgião e trabalhava num pronto -socorro.
Certa noite ele voltava do plantão e percebeu que, na rua à sua frente, estava havendo forte tiroteio.
Quis retornar, mas não conseguiu, porque a rua atrás dele estava congestionada. Não tinha outro jeito
além de ficar ali, pedindo a Deus para não ser atingido por uma bala perdida.
De repente, um homem cambaleou e caiu no meio da rua, atingido por um tiro. Dr. Cipriano, sem mesmo
pensar no perigo, apanhou sua maleta de médico, rasgou o bolso do jaleco e, segurando-o bem alto à
guisa de bandeira branca junto à maleta de médico, foi se aproximando do ferido com cuidado, andando
sempre pelo meio da rua.
Esse gesto foi tão inusitado, demonstrando tanta coragem e profissionalismo, que os atiradores
pararam de atirar por algum tempo, até que o ferido recebesse os primeiros socorros e fosse retirado
do local.
Quanto ao seu Tinoco, ele era um bom pai e bom marido durante a semana, mas, nos fins de semana,
sempre bebia e transformava a vida da família num inferno.
Ficava agressivo, batia na mulher, dona Aparecida, e ameaçava matá-la na frente dos filhos.
Dona Aparecida teve de abandonar o emprego, porque não podia sair de casa aos sábados para
trabalhar, com medo do que o marido pudesse fazer com as crianças. Por causa disso, a situação ficou
muito difícil.
Do dinheiro que seu Tinoco recebia como gari, boa parte ele gastava nos bares, nos finais de semana, e o
que sobrava mal dava para pagar o aluguel do barraco e pôr alguma comida dentro de casa.
Dona Aparecida aguentou o quanto pôde, mas acabou indo embora com os filhos, para morar com a
mãe. Deu para perceber o quanto é difícil classificar as pessoas?
Por isso nunca devemos rotular alguém.
Para dizermos que uma pessoa é boa ou má, que é superior ou inferior, precisamos conhecê-la melhor. É
verdade que muita gente demonstra desde logo que o seu lado mau é muito mais forte que o lado
bom.
Também há muitas pessoas que deixam transparecer os valores positivos que já conseguiram
desenvolver, mostrando ser boas pessoas.
Texto II - Lençol sujo
Um casal, recém casados, mudou-se par a um bairro muito tranquilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomava café, a mulher reparou através da
janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
— Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! — Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse
intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a
mulher comentou com o marido:
— Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer
que eu ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas
roupas no varal. Passando um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo
estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
—Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou?
O marido calmamente respondeu: — Não, hoje levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e
limitações. Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Só assim
poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela
ATIVIDADE
1 - Defina:
a) Superioridade efêmera;
b) Superioridade verdadeira.
2 - Onde podemos encontrar valores verdadeiros?
3 - Por que nunca devemos rotular alguém?
4 - Qual a sua opinião sobre as atitudes de Amadeu e Fernando?
5 - Qual deles apresenta superioridade verdadeira?
6 - Seguindo o exemplo de seu Tinoco, você seria capaz de arriscar sua própria vida para salvar um
desconhecido?
7 - Que ensinamento podemos obter do texto ―Lençol sujo?
8 - De acordo com o texto ―Lençol sujo que atitude de vemos ter antes de criticar alguém?
Nos últimos anos, criou-se uma cultura de agressividade entre as pessoas, tanto entre os adultos,
quanto entre as crianças. Isto é muito ruim. A agressividade nunca é boa. O ser humano é um ser grupal,
ou seja, vive em grupo. Pensem como seria se todas as pessoas vives sem isoladas, s em se comunicar
umas com as outras. Vamos fazer um exercício de imaginação.
Vamos fechar os olhos e imaginar que a Terra está toda dividida em espaços do tamanho de um
campo de futebol, cercados por muros altos, e cada um de nós vive isolado num desses espaços, sem
poder sair nem se comunicar com os outros. Nesses nossos espaços, temos um lugar para morar, alguns
animais domésticos e alimento.
Não há computadores, nem telefones; não há aparelhos de rádio ou de tevê. Nós só podemos nos
comunicar com outras pessoas através de cartas.
Viver isolado realmente seria uma coisa horrível, mas, felizmente, nós podemos viver em sociedade.
Por isso, para que a nossa vida em sociedade não seja uma coisa ruim, precisamos aprender a conviver
bem uns com os outros. Para haver um bom convívio, é preciso, antes de tudo, respeitar as diferenças e
aceitá-las.
Carlito começou a apresentar tendências agressivas aos 6 anos. Um dia envolveu -se numa briga de rua
e acabou no hospital, todo machucado e com o braço quebrado. No dia seguinte, seu avô Gilmar foi visitá-
lo e, assim que se acomodou, foi logo dizendo:
— Eu vim até aqui porque preciso conversar com você.
Diante do ar de interrogação do garoto, seu Gilmar continuou:
— Sabe Carlito, quando tinha a sua idade, eu também era muito agressivo, vivia procurando confusão.
Na escola ninguém gostava de mim, a não ser alguns poucos colegas, que também eram arruaceiros .
Depois que cresci e fiquei adulto engajei -me na Marinha.
Seu Gilmar ficou pensativo por instantes e continuou, com ar sonhador.
—Eu amava o mar. Amava minha profissão, mas vivia criando encrenca em cada porto onde o navio
ancorava.
Numa dessas quebrei o braço de um colega e acabei levando uma surra tão grande que quase morri.
— E aí, o que aconteceu? — perguntou Carlito.
— O comandante me mandou tomar conta de um farol, no Atol das Rocas. Longe como só. Fica no
oceano Atlântico a 260 km da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Pense num lugar isolado... Para
qualquer lado, só água.
— E não moravam outras pessoas lá? – perguntou Carlito.
— Ninguém... só eu, sozinho – respondeu seu Gilmar, com o olhar distante, e continuou – Quando
acontecia uma tempestade era horrível... Dava medo. Nenhum navio podia se aproximar, porque poderia
naufragar.
Olhando fixo nos olhos de Carlito, seu Gilmar falou com ênfase: — Passei um ano inteirinho lá, sozinho... E
foi lá, naquela horrível solidão, que eu aprendi a dar valor às outras pessoas. Eu queria gente perto de
mim, fosse lá que m fosse, e foi naquele desespero que fiz um juramento.
— Que juramento, vô?
— Foi numa noite de tempestade. Parecia que o mundo estava vindo abaixo, então eu senti, com
toda intensidade, o que significa a gente poder ter outras pessoas por perto. Eu não tinha ninguém,
só os relâmpagos cortando o céu, o ribombar dos trovões, o uivo do vento e o ronco das ondas...
— Então vô, que juramento foi esse? – perguntou Carlito, aflito.
— Eu jurei que se saísse dali com vida, e quando pudesse voltar, nunca mais iria brigar, nem criar
confusão. Eu iria ficar tão feliz por ter pessoas por perto, fosse lá quem fosse, que iria tratar todo
mundo muito bem.
Para haver um bom convívio, é preciso haver alteridade , que significa aceitar as diferenças, respeitá-las
e aprender com os que são diferentes de nós, porque sempre temos algo de bom a aprender com os
outros.
O nosso planeta só será um mundo de paz, um mundo bom para todos, quando todos aprenderem a
respeitar os direitos dos outros. O ser humano é um ser grupal, ou seja, vive em grupo. Seria realmente
horrível se todas as pessoas vivessem isoladas, sem poderem se comunicar umas com as outras. Mas,
felizmente, nós podemos viver em sociedade.
Por isso, para que a nossa vida em sociedade seja uma coisa boa, devemos nos esforçar para conviver bem
uns com os outros.
O primeiro passo par a um bom convívio está em respeitarmos os outros, os seus direitos, o seu
espaço.
ATIVIDADE
1- O que você acha que é necessário para haver um bom convívio?
2- Você tem se esforçado para ter um bom convívio? Explique.
3- O que ser amigo de verdade?
4- Quantos amigos de verdade você tem?
5- O que você entende por respeitar o direito dos outros?
6- Desenvolva uma história e m quadrinhos, mostrando fatos relacionados ao tema estudado.
AULA 05 – EQUILÍBRIO
ATIVIDADE
Honório era um garoto muito inteligente e também ganancioso. Quando algum colega lhe pedia ajuda
em alguma matéria, ele ajudava, mas cobrava. No início o preço da ajuda era um bombom ou um
pastel, mas, com o passar do tempo, começou a cobrar em dinheiro mesmo. Certa vez, quando seu
amigo Lúcio demonstrara estranhar o fato de Honório cobrar por uma ajudinha qualquer, respondeu:
— O mundo, meu caro, é dos espertos. Os otários, como você , passam a vida puxando carroça. Eu
não! Eu vou chegar ao topo do mundo, você vai ver...
Algum tempo depois, Honório foi morar em outra cidade, e os dois só voltaram a se ver alguns anos
mais tarde, quando Honório foi passar umas férias em sua cidade natal. Chegou num carro importado,
esbanjando luxo. Foi à procura de Lúcio e, quando o encontrou, foi logo dizendo:
— Eu voltei aqui, para essa cidadezinha fuleira, só pra te convidar a vir trabalhar comigo... é pra
ganhar muito dinheiro.
O trabalho seria simples, explicou, já que Lúcio era muito inteligente e bem preparado, estava fazendo
faculdade e poderia fazer provas de vestibular em lugar de outros alunos, cujos pais pagavam muito bem.
— Deixa ver se entendi direito – disse Lúcio.
– Você quer que eu vá fazer prova de vestibular, me fazendo passar por algum aluno preguiçoso que
não quis estudar... e então quem passa é o aluno, cujo nome usei para fazer a prova... é isso?
— Isso mesmo – respondeu Honório.
– Os pais desses alunos pagam uma nota preta porque sabem que somos bons e temos toda chance de
fazer as melhores provas. Eu mesmo nunca perdi um vestibular desses.
Lúcio estava tão decepcionado com o amigo, que só conseguiu dizer:
— Não conte comigo.
Alguns meses mais tarde, todos os noticiários do país falavam numa gangue de fraudadores de
vestibular que a polícia tinha prendido, e lá aparecia o Honório na tevê, sendo apresentado como o
chefe da quadrilha.
O dinheiro pode comprar um carro importado, uma casa com piscina em um bairro nobre, uma viagem
ao exterior, um casaco de pele, mas o dinheiro não consegue comprar a felicidade que conquistamos
através das nossas realizações pessoais ajudando os outros e trabalhando honestamente. A valorização
pessoal só é conquistada através do trabalho honesto e suado para conseguir adquirir algo, é como se
tivéssemos ganhado um premio na loteria tamanha a felicidade que sentimos quando realizamos um
sonho.
O dinheiro deixa de ser um mau quando usamos par a o bem sem distinção e nem olhar para quem.
È muito bom sabe r que podemos deitar no travesseiro e dormir sossegado com a consciência
tranqüila de que estamos vivendo de maneira honesta perante a sociedade adquirindo e realizando nossos
sonhos. Por isso, de vemos respeitar todos que trabalham honestamente.
Ruim é quando alguém não quer estudar nem trabalhar. Então fica encostado na família ou, pior
ainda, envolve-se em alguma atividade desonesta ou criminosa. Vemos, então, como o dinheiro e o
trabalho são importantes. O dinheiro é necessário para nossa sobrevivência, e é no trabalho que
passamos grande parte das nossas vidas.
Mas existem outros valores fundamentais para a nossa felicidade. São valores que estão dentro de
nós; eles não dependem do fato de s ermos ricos, pobres, cultos ou ignorantes.
Os maiores valores que alguém pode ter são honestidade, boa educação, bons sentimentos, respeito,
responsabilidade, não violência, ética, solidariedade. A pessoa que desenvolve tais valores pode andar de
cabeça erguida e dormir tranquila, porque está vivendo de acordo com as leis cósmicas.
ATIVIDADE
1- Há pessoas que dizem que dinheiro não compra felicidade, mas ajuda a conquistá-la. O que você acha
disso?
2- Em sua opinião, o que é necessário para ser feliz?
3- Será que todas as pessoas ricas são felizes? Comente.
4- Quais são os maiores valores que alguém pode ter?
5- O que significa se tornar ―escravo do dinheiro?
6- Faça uma relação de coisas boas e ruins que o dinheiro pode trazer.
a) COISAS BOAS
b) COISAS RUINS
7- Qual é a maneira mais correta de se conseguir dinheiro?
ATIVIDADE
1- O que você acha da atitude de Antero? Está correto a pessoa se envergonhar pelo fato de ser pobre?
2 - Qual seria sua atitude no lugar de Antero?
3 - O que significa ter um interior bonito?
4 - Do que devemos sentir vergonha?
5 - É mais importante sermos bonito por fora ou por dentro? Explique.
6 - Cite ações que representem:
a) Boa educação;
b) Má educação.
7 - Por que ser mal educado é motivo para sentir vergonha?
8 - Será que vale a pena alguém aparecer através das qualidades negativas? Comente.
9 - Você já sentiu inveja de algo? Como você se sentiu?
10 - Como o invejoso pode se prejudicar?
Ser desonesto
Quem atira sobre outra pessoa a própria culpa, além de desonesto, é também covarde.
É o caso da Ester, que cursava o segundo ano do ensino médio. Ela tinha uma colega de turma, a Janaína,
que não era bonita, mas todo mundo na escola gostava dela porque era simpática, educada, atenciosa
e estava sempre disposta a ajudar a quem precisasse.
Já Ester era linda, mas, como era também antipática e mau caráter, quase não tinha amigos, e isso lhe
provocava terríveis crises de inveja. Pensou, pensou e resolveu armar contra a Janaina.
Num site de relacionamentos, na Internet, fazendo -se passar pela Janaína, divulgou que estava sendo
perseguida pela professora de Português, porque estava tendo um caso com o marido dela. Isso estourou
como uma bomba na escola. Janaína foi chamada na diretoria para explicar-se e, como é natural,
negou ter sido a autora da calúnia. Como era uma garota que sempre agira com dignidade, a diretora
chamou um técnico em Internet para investigar e a burla foi descoberta.
Diante disso, a escola resolveu expulsar Ester, mas Janaína foi interceder por ela, argumentando que a
colega já receber a castigo suficiente e que, certamente, havia aprendido a lição.
A desonestidade é falta de caráter.
Muitas pessoas aprenderam a ser desonestas com os adultos com os quais conviveram desde a infância, mas o
convívio com pessoas desonestas não serve como desculpa. São inúmeros os casos de pessoas que crescem
em meio a pessoas desonestas, mas não se corrompem. São pessoas de caráter, que se guiam pela própria
consciência. Mas ser desonesto não é somente roubar. É também levantar falso contra alguém,
conseguir as coisas passando por cima de outras pessoas, mentir, enganar, etc.
Alguns sábios da antiguidade deixaram citações interessantes sobre a desonestidade.
Um deles foi Públio Siro, um escritor que viveu em Roma há mais de 2.000 anos. Ele disse: ―Como é
desonesto aquele que atira sobre outro a própria culpa!
Cícero foi um dos mais famosos filósofos da Roma antiga, que viveu há mais de 2.000 anos. Ele disse:
―É da natureza do desonesto enganar usando mentiras.
Um poeta da Roma antiga, conhecido como Juvenal, porque seu nome em latim é meio complicado,
certa vez disse:
―Nenhum homem desonesto é feliz, muito menos o corruptor.
Também o rei Salomão, que viveu muito tempo antes de Cr isto e que ficou conhecido pela sua
sabedoria, disse:
―Aquilo que se consegue com desonestidade não serve de nada‖. Outro italiano, Aldo Manuzio, que
viveu há mais ou menos 500 anos, disse:
―O ganho desonesto traz a desgraça.
Muitas pessoas se tornam desonestas por ambição, pelo desejo de ter o que não podem comprar. Outras
se tornam desonestas para enriquecer facilmente, como é o caso de muitos políticos, não só no Brasil,
mas também em outros países. Muitos desses políticos desonestos receberam boa educação na infância;
muitos deles puderam estudar, fazer curso superior, mesmo assim são corruptos.
Como podemos ver, a desonestidade é mesmo falta de caráter. Então, vamos sempre lembrar que a
melhor riqueza que alguém pode possuir é ter um bom caráter, ser digno e honrado. Ser mau é agir com
maldade, tanto em relação a outras pessoas quanto a animais. Há muitas pessoas más no mundo, mas
todas sempre acabam colhendo o que plantam.
A vida é como um caminho de ida e volta. Na ida, vamos semeando ações e, na volta, colhemos os
frutos da sementeira que fizemos. Se forem boas ações, colheremos bons frutos, mas, se nossas ações
forem más, colheremos frutos maus.
Ser preguiçoso
A enciclopédia livre da Internet, a Wikipédia, diz que preguiça pode ser interpretada também como
aversão ao trabalho, negligência, indolência, morosidade, lentidão, pachorra, moleza, dentre outras coisas.
O preguiçoso é aquele indivíduo que não gosta de atividades nas quais precise fazer esforço físico ou
mental.
Tais pessoas, se não se es forçarem para mudar , acabam como parasitas, encostados à família, só dando
despesas, sem contribuir em nada. Muitos desses parasitas se fazem de doentes ou inventam muitas
situações irreais para justificar a preguiça, mas sempre acabam se dando mal.
ATIVIDADE
1 - Para você, o que é desonestidade?
2 - O convívio com pessoas desonestas pode tornar uma pessoa corrupta? Comente.
3 - O que leva uma pessoa a tornar-se desonesta?
4 - Qual a maior riqueza que alguém pode possuir?
5 - Explique a frase: ―A vida é um caminho de ida e volta.
6 - O que é ser preguiçoso?
7 - Como podemos crescer na vida através dos próprios merecimentos?
8- Que ensinamento podemos tirar do texto ―O preguiçoso?
Vocês sabem por que essa criança está assim tão magra ?
É por causa da fome; não essa fome que a gente sente quando vai chegando a hora da refeição, mas
uma fome sem fim, porque a refeição nunca chega, e, quando chega, é só um pedacinho de alguma
comida velha que não dá nem para enganar o estômago.
Existem milhões de pessoas no nosso planeta sem ter o que comer.
Pensem no tamanho do sofrimento delas!
A imensa maioria dos sofrimentos na Terra é causada pelo próprio ser humano.
Podemos entender que a maior causa desses sofrimentos está num trio de valores negativos que são
cultivados por grande percentual das pessoas .
São o egoísmo, a ganância e o orgulho.
Vamos ver como isso funciona.
1- Quem é egoísta só pensa em si mesmo; não se importa com o sofrimento dos outros.
2- O ganancioso quer ter sempre cada vez mais e mais bens, mais dinheiro, mesmo que seja às custas
da miséria e do sofrimento dos outros.
3- Já o orgulhoso quer ter mais poder; quer sempre estar acima dos outros.
Esse é o trio do mal. É o trio responsável pelos terríveis sofrimentos de milhões e milhões de seres
humanos. Isso acontece assim: uma infinidade de políticos, de empresários e de ricos no nosso planeta
são egoístas e gananciosos.
Por isso es tão sempre fazendo tudo para ganhar mais dinheiro, sem se preocupar com os sofrimentos
que possam causar e sem se preocupar também com os estragos que possam produzir no meio
ambiente. Como são egoístas e gananciosos, só pensam em si mesmos.
A mesma coisa acontece com os orgulhosos, que vivem lutando para ter mais poder, e, para alcançar
seus objetivos, são capazes de passar por cima dos outros, ger ando muitos sofrimentos. Mas existe
uma qualidade muito valiosa que poderia acabar com a miséria na Terra. Ela se chama altruísmo.
Altruísmo é o contrário de egoísmo.
A pessoa altruísta s e preocupa mais com o bem-estar dos outros do que consigo mesma. Imaginem
como seria a Terra se não houvesse egoístas, gananciosos nem orgulhosos. Se todos fossem mais
fraternos, mais pacíficos e mais justos... nosso mundo seria um paraíso... para todos.
Nas crianças, está a grande esperança para o futuro da Terra.
O egoísmo é a fonte da maioria absoluta dos males que assolam a Humanidade.
A exagerada preocupação com os próprios interesses faz com que qualquer coisa que os contrarie tome
desmedida importância. Essa forma equivocada e rasteira de perceber a vida prejudica a todos.
Primeiro, tira a paz do próprio egoísta, que se angustia em suas tentativas de submeter o mundo aos
seus interesses.
Segundo, causa danos à sociedade, que não pode ser harmônica enquanto seus integrantes se
digladiam. Já a solidariedade e a preocupação com o bem-estar coletivo disseminam a felicidade. Tome-
se como exemplo a questão da segurança.
Os habitantes das grandes cidades vivem em estado de ale rta, com medo de serem molestados.
Quem pode contrata serviço de vigilância para sua residência. Há preocupação constante com os filhos e
os parentes em geral.
Teme-se um assalto, um seqüestro relâmpago, um golpe de qualquer ordem. Tal situação é típica de
uma sociedade egoísta. Se a preocupação com os próprios interesses fosse menor, poderiam ser
encontradas formas de resolver o problema. Mas , para isso, o objetivo das criaturas não poderia ser
fazer crescer a qualquer custo o próprio patrimônio.
É bom e natural que os homens se preocupem em conquistar bens que lhes garantam uma vida
digna, e fomentem o progresso. Mas quando a busca das coisas materiais é exacerbada, ela causa
grandes problemas. Numa sociedade em que a grande maioria está despreocupada com o bem-estar
coletivo, as disparidades crescem.
É impossível que todos conquistem exatamente o mesmo nível de conforto. Os homens são diferentes
em talentos e habilidades.
Mas é necessário assegurar condições para que todos conquistem o mínimo indispensável a um viver
digno. Quando o homem consegue ver o próximo como um semelhante, torna-se solidário. A dor do
outro dói tanto quanto a sua.
A miséria e o desemprego na casa do vizinho são tão trágicos como se fossem na sua residência.
Imagine como seria bom viver em uma sociedade segura. Sair tranquilo na rua, mesmo à noite. Mandar
seus filhos p ara a escola, certo de que ninguém os molestaria. Está nas mãos de todos adotar as
providências iniciais para uma reforma social.
Essa reforma principia pela modificação do próprio comportamento. A reforma íntima é uma dura
batalha. É mais fácil vencer os outros do que a si mesmo. Mas não há equívocos no Universo, que é
regido pela Sabedoria Divina.
Cada qual vive no meio que lhe é mais adequado. Se você deseja viver em paz, comece a burilar o
seu interior . Preste atenção em todas as suas atitudes que revelam egoísmo. Esse egoísmo pode ser
pessoal, familiar ou de classe. Analise o que você deseja para você, para sua família ou para sua classe
profissional.
Há como estender tais vantagens para os outros? O custo de suas regalias não é excessivamente alto
para os semelhantes? Certamente vale a pena moderar um pouco os próprios anseios, em prol de
uma vida harmoniosa. De nada adianta enriquecer causando o empobrecimento alheio. Não é possível
viver em paz em meio à miséria e a dor dos semelhantes. A genuína felicidade surge quando se aprende
a compartilhar.
Quem experimenta a ventura da solidariedade jamais volta atrás.
ATIVIDADE
1 - Como age uma pessoa altruísta?
2 - No mundo, existem mais pessoas altruístas ou egoístas? Comente.
3 - Escreva frases com as palavras:
a) Egoísmo;
b) Ganância;
c) Orgulho.
4 - Na sua opinião, quais são os maiores problemas da humanidade atualmente?
5 - O que podemos fazer para diminuir ou acabar com esses problemas?
6 - Para você, como seria o mundo ideal?
7 - Quando surge a genuína felicidade?
8 - Em quanto algumas pessoas passam fome, outras ficam obesas de tanto comer. Você acha isso justo?
Comente.
9- O que está faltando na terra para acabar com o sofrimento?