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Cronologia de química

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Frontispício de The Sceptical Chymist de Robert Boyle (1627–1691)


A linha do tempo da química lista os mais importantes trabalhos, descobertas,
ideias, invenções, e experimentos que mudaram significativamente o entendimento da
humanidade sobre a ciência moderna conhecida como química, definida como o estudo
científico da composição da matéria e as suas interações. A história da química em
sua forma moderna começou com o cientista inglês Robert Boyle, apesar de suas
raízes poderem ser traçadas até os registros históricos mais antigos.

Índice
1 Antes do século XVII
2 Século XVII
3 Século XVIII
4 Século XIX
5 Século XX
6 Ver também
7 Referências
8 Leitura adicional
9 Ligações externas
Antes do século XVII

Aristóteles (384–322 a.C.)

Geber (d. 815), considerado por alguns autores como o "pai da química".
Antes da aceitação do método científico e sua aplicação no campo da química, de
certo modo é controverso considerar muitas das pessoas listadas abaixo como
"químicos", no sentido moderno da palavra.

c. 3000 a.C.
Egípcios formularam a teoria do Ogdóade, ou as "forças primordiais", do qual tudo
seria formado. Estes eram os elementos dos caos, numerados em oito, que existiam
antes da criação do sol.[1]
c. 1900 a.C.
Hermes Trismegisto, rei mitológico do Egito Antigo funda a arte da alquimia.[2]
c. 1200 a.C.
Tapputi-Belatikallim, uma produtora de perfumes e também considerada a primeira
química do mundo, é mencionada numa tabela cuneiforme na Mesopotâmia datado por
volta de 1200 A.C. Utilizava flores, óleo, e cálamo juntamente com cyperus, mirra e
bálsamo para a sua produção de perfumes, utilizando água e outros solventes e
destilando em seguida.[3]:
c. 450 a.C.
Empédocles afirma que todas as coisas são compostas de quatro elementos primários:
terra, ar, fogo e água, pelas quais duas forças ativas e opostas, amor e ódio,
afinidade e antipatia, atuam sobre estes combinando e separando em uma variedade
infinita de formas.[4]
c. 440 a.C.
Leucipo e Demócrito propuseram a ideia do átomo, uma partícula invisível da qual a
matéria seria feita. A ideia é amplamente rejeitada pelos filósofos em detrimento
da visão aristotélica.[5][6]
c. 360 a.C.
Platão cria o termo "elemento" (stoicheia) e em seu diálogo Timeu, o qual inclui
uma discussão de composição de corpos orgânicos e inorgânicos e é um tratado
elementar de química, assume que a menor partícula de cada elementos tem um formato
geométrico especial: tetraedro (fogo), octaedro (ar), icosaedro (água) e cubo
(terra).[7]
c. 350 a.C.
Aristóteles, expandindo as ideias de Empédocles, propôs a ideia de substância como
uma combinação de matéria e forma. Ele descreveu a teoria dos cinco elementos
(fogo, água, terra, ar e éter) que foi amplamente aceita pelo mundo ocidental por
quase mil anos.[8]
c. 50 a.C.
Lucrécio publica De Rerum Natura, uma descrição poética das ideias do atomismo.[9]
c. 300
Zósimo de Panópolis escreve um dos mais antigos livros de alquimia conhecido, no
qual a define como o estudo da composição das águas, movimentos, crescimentos,
incorporação e extração dos espíritos dos corpos e ligação destes com os corpos.
[10]
c. 770
O alquimista árabe-persa Geber, que é "considerado por muitos como o pai da
química",[11][12][13] desenvolve um método experimental para a alquimia, e isola
vários ácidos incluindo o ácido clorídrico, ácido nítrico, ácido cítrico, ácido
acético, ácido tartárico e água régia.[14]
c. 1000
Al-Biruni[15] e Avicena,[16] ambos alquimistas persas, refutam a prática da
alquimia e a teoria da transmutação de metais.
c. 1167
Primeira referência a destilação do vinho na Escola Médica Salernitana.[17]
c. 1220
Robert Grosseteste publica vários comentários de Aristóteles onde ele fornece
detalhes de um sistema primitivo do método científico.[18]
c 1250
Taddeo Alderotti desenvolve a destilação fracionada, que é muito mais efetiva do
que as predecessoras.[19]
c 1260
Alberto Magno descobre o Arsênico[20] e o nitrato de prata.[21] Ele também fez uma
das primeiras referências ao ácido sulfúrico.[22]
c. 1267
Roger Bacon publica Opus Maius, o qual entre outras coisas, propõe uma forma
primitiva do método científico, e contém os resultados de seus experimentos com a
pólvora.[23]
c. 1310
Pseudo-Geber, um alquimista espanhol anônimo o qual escreve sob o nome de Geber,
publica vários livros que estabelecem a teoria consolidada de que todos os metais
são compostos de várias proporções de Enxofre e Mercúrio.[24] Ele é um dos
primeiros a descrever o ácido nítrico, água régia e a aqua fortis.[25]
c. 1530
Paracelso desenvolve o estudo da iatroquímica, uma subdisciplina da alquimia
dedicada a estender a vida, sendo assim as raízes da farmacêutica moderna. Também é
alegado o primeiro uso da palavra "química".[10]
1597
Andreas Libavius publica Alchemia, um protótipo de livro-texto de química.[26]
Século XVII
1605
Sir Francis Bacon publica The Proficience and Advancement of Learning, que contém a
descrição do que seria posterioremente conhecido como o método científico.[27]
1605
Michał Sędziwój publica o tratado de alquimia Uma Nova Luz da Alquimia que propõe a
existência do "alimento da vida" dentro do ar, posteriormente reconhecido como o
oxigênio.[28]
1615
Jean Beguin publica o Tyrocinium Chymicum, um livro texto de química, que esboça a
primeira equação química.[29]
1637
René Descartes publica Discours de la méthode, que contém uma descrição do método
científico.[30]
1648
Publicação póstuma do livro Ortus medicinae por Jan Baptist van Helmont, que é
citado por alguns como um trabalho transicional entre a alquimia e química, e uma
importante influência para Robert Boyle. O livro conté os resultados de numerosos
experimentos e estabelece uma versão inicial da Lei da conservação das massas.[31]
1661
Robert Boyle publica The Sceptical Chymist, um tratado que faz a distinção entre a
química e a alquimia. Contém algumas das primeiras ideias modernas de átomos,
moléculas e reação química e marca o início da história da química moderna.[32]
1662
Robert Boyle propõe a Lei de Boyle, uma descrição experimental do comportamentos
dos gases, especificamente entre a pressão e o volume.[32]
Século XVIII
1735
Químico sueco George Brandt analisa um pigmento azul escuro em um minério de ferro
e demonstra que este contém um novo elemento, nomeado posteriormente como cobalto.
[33][34]
1754
Joseph Black isola o dióxido de carbono, o qual denomina "ar fixo".[35]
1757
Louis Claude Cadet de Gassicourt, enquanto investigava compostos de arsênico, cria
o líquido fumegante inicialmente chamado Cadet's fuming liquid, posteriormente
identificado como o óxido cacodilo, considerado o primeiro composto organometálico
sintético.[36]
1758
Joseph Black formula o conceito de calor latente para explicar a termoquímica da
mudança de fases.[37]
1766
Henry Cavendish descobre o hidrogênio como um gás incolor e inodoro que queima e
pode formar uma mistura explosiva com o ar.[38]
1773–1774
Carl Wilhelm Scheele e Joseph Priestly de forma independente isolam o oxigênio,
chamado de "ar deflogisticado" por Priestley e "ar fogo" por Scheele.[39][40]

Antoine-Laurent de Lavoisier (1743–1794) é considerado o "Pai da Química moderna".


1778
Antoine Lavoisier, considerado "o pai da química moderna",[41] identifica e nomeia
o oxigênio, reconhecendo sua importância para a combustão.[42]
1787
Antoine Lavoisier publica o Méthode de nomenclature chimique, o primei

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