—> decorre da lei; morrendo a pessoa sem testamento transmite-se a herança aos herdeiros legítimos indicados pela lei.
Também será legítima se o testamento caducar ou for declarado nulo.
Sucessão Testamentária —> ocorre por disposição de última vontade (testamento). Havendo herdeiros necessários (cônjuge sobrevivente, descendentes ou
ascendentes), o testador só poderá dispor de metade da herança (art. 1.789 CC). A outra metade constitui a “legítima”, assegurada aos herdeiros necessários.
Não os havendo terá plena liberdade de testar. Mas se for casado sob o regime da comunhão universal de bens (art. 1.667 CC) o patrimônio do casal será
dividido em duas meações e a pessoa só poderá dispor da sua meação.
Nosso ordenamento proíbe qualquer outra forma de sucessão, especialmente a contratual. São proibidos os pactos sucessórios, não podendo ser objeto de
contrato a herança de pessoa viva (art. 426 do C.C. – pacta corvina). No entanto admite a cessão de direitos.
A título universal —> o herdeiro é chamado para suceder na totalidade da herança, fração ou parte dela, assumindo a responsabilidade relativamente ao
passivo. Ocorre tanto na legítima como na testamentária.
A título singular —> o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado (legado). O herdeiro não responde pelas dívidas da herança.
Os herdeiros necessários são aqueles que têm direito a parte legítima da herança: os descendentes (filho, neto, bisneto) os ascendentes (pai, avô, bisavô) e o
cônjuge. Veja tópico Sucessão Legítima. A parte legítima equivale a 50% dos bens do testador, do qual os herdeiros necessários não podem ser privados.
se o de cujus não tiver deixado testamento, a sucessão será exclusivamente legítima e os herdeiros serão aqueles descritos na lei, mais precisamente, no artigo
1829 do Código Civil. Essencialmente, são os descendentes, ascendentes, cônjuges/companheiros e colaterais até o 4º grau.
Herdeiros legítimos decorrem de determinação legal e dividem-se em herdeiros necessários (descendentes, ascendentes, cônjuge/companheiro) e facultativos
(colaterais até 4º grau). Em relação aos colaterais (herdeiros facultativos), apenas aqueles até o quarto grau são chamados para suceder, sendo que os mais
próximos excluem os mais remotos. Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os
colaterais até o quarto grau.Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam
separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do
sobrevivente. Portanto, havendo herdeiros necessários, os herdeiros facultativos ficam excluídos. Quanto aos herdeiros necessários, o Código Civil (CC/2002)
traz: Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. Somente os herdeiros necessários têm garantido 50% dos bens do de
cujus, isto é, o testador somente pode dispor de, no máximo, 50% de seus bens a outras pessoas que não sejam os herdeiros necessários, como elucida o art.
1846 do Código Civil: Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.
Assim, havendo herdeiros necessários, o de cujus só poderá dispor da metade de seu patrimônio. A outra metade deverá obrigatoriamente ser deixada para os
herdeiros necessários.Importante salientar que os herdeiros necessários receberão obrigatoriamente quinhões iguais, isto é, a legítima será dividida igualmente
entre os herdeiros necessários.Contudo, é possível ao de cujus deixar quinhões desiguais a seus herdeiros necessários, utilizando-se da metade disponível e
desde que não a ultrapasse (a legítima: 50%. O chamamento à sucessão deve obedecer à ordem das classes trazida pelo art 1829 do CC/2002 seus incisos, o
que significa que havendo descendentes são excluídos os ascendentes, ou, utilizando-se a máxima: os mais próximos excluem os mais remotos. Art. 1829. A
sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança
não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. O que temos que
entender nesse momento é que aos herdeiros necessários são resguardados 50% dos bens do de cujus e que há uma ordem de classificação para se chamar os
herdeiros necessários à sucessão, que é a estipulada pelo art. 1829. Já no caso de haver testamento, podem ocorrer 2 hipóteses: a) o de cujus não ter herdeiros
necessários, caso em que os herdeiros testamentários farão jus à totalidade da herança; b) o de cujus ter herdeiros necessários, caso em que o testamento
estará limitado a 50% do patrimônio do falecido.