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TRABALHO DE TRÁFEGO AÉREO INTERNACIONAL

Professor: Mário Henrique Dorileo de Freitas Rondon

Alunos: Luiz Eduardo Souza de Azevedo


Samuel Bachieri Bonini

Período: 4º Semestre - Noturno

Segundo o Art. 1º do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) o sistema de aviação


civil é um conjunto de protocolos e acordos bilaterais sobre transporte aéreo
confeccionados em convenções internacionais, são regras que regem o funcionamento
da aviação. Na prática é o que garante que as companhias aéreas possam voar, que haja
uma padronização nas operações aéreas e que os países tenham soberania sobre o
espaço aéreo de seus territórios.

O Sistema da Aviação Civil Nacional visa organizar atividades necessárias ao


funcionamento e desenvolvimento da Aviação Civil no Brasil, tendo várias autoridades
regulatórias e fiscalizadoras, sendo a central a Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC). Estão listadas abaixo as autoridades nacionais e internacionais e suas
competências:

- Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) tem a finalidade de regular e fiscalizar


as atividades da aviação civil, bem como adotar as medidas necessárias para o
atendimento do interesse público, representar o Brasil em convenções, acordos, tratados
e atos do transporte aéreo internacional, aprovar os planos diretores dos aeroportos,
administrar os conflitos entre os prestadores de serviços aéreos e de infraestrutura
aeroportuária, outorgar e regular concessões de serviços aéreos e de infraestrutura
aeronáutica e aeroportuária, aplicar o Código de Defesa do Consumidor, entre outras.
Além disso, tem como missão incentivar e desenvolver a aviação civil, a infraestrutura
aeronáutica e aeroportuária do país.

- Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)

É o órgão responsável pela instalação, operação e manutenção de órgãos e de redes de


equipamentos para o controle de tráfego aéreo e comunicações, além de estabelecer
regras e procedimentos de tráfego aéreo, instrução e treinamento especializado.

O DECEA, de maneira subordinada ao Comando da Aeronáutica, é o órgão central do


Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), sendo responsável pelo
planejamento, regulamentação, cumprimento de acordos, normas e regras internacionais
relativas à atividade de controle do espaço aéreo, bem como a operação, atualização,
revitalização e manutenção de toda a infraestrutura de meios necessários a comunicação
e navegação imprescindíveis à aviação, nacional e internacional que circula no espaço
aéreo brasileiro, além de incorporar as atividades de meteorologia, comunicações,
informações aeronáuticas, inspeções em voo, cartografia, tecnologia da informação,
formação e elevação de nível e aperfeiçoamento dos recursos humanos para o Sistema

- Diretoria de Saúde Aeronáutica (DIRSA)

É o órgão responsável por propor normas, padrões e rotinas pertinentes a habilitação


técnica e capacitação física e mental de tripulantes e funcionários de empresas aéreas e
da aviação em geral e desportiva.

- Gerência Geral de Certificação de Produtos Aeronáuticos (GGCPA)

Responsável pela homologação de produtos, aeronaves, sistemas ou ferramentas para


uso na Aviação Civil.

- Superintendência de Segurança Operacional (SSO)

É o responsável pelo controle e liberação das licenças e certificados de tripulantes,


escolas, centros de treinamento e empresas.

- Superintendência de Relações Internacionais (SRI)

É um órgão iminentemente político, encarregado da consecução dos objetivos


relacionados com a navegação aérea internacional.

- Sistema Integrado de Controle e Fiscalização da Aviação Civil (SICONFAC)

É responsável pelo controle e fiscalização da aviação civil brasileira além de cadastrar


de forma computadorizada dados relacionados a número de tripulantes, horas voadas
pelos tripulantes e aeronaves, quantidade e tipos de aeronaves e as escalas de voo.

- Sistema Unificado de Controle e Fiscalização de Tarifas Aeroportuárias e de Uso


das Comunicações e dos Auxílios à Navegação em Rota (SUCOTAP)

Exerce fiscalização financeira quanto à parte de comunicação e navegação aérea. Tem


como objetivo o processamento, a arrecadação e a cobrança das tarifas dos serviços
prestados pela infraestrutura aeronáutica.

- Seções da Aviação Civil (SAC)

Tem como atribuições principais o atendimento ao público e a fiscalização das


atividades dos aeroportos.

- Organização da Aviação Civil Internacional (OACI / ICAO)

É uma das agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU). É


voltada à padronização da aviação civil internacional, visando garantir a segurança da
aviação através do mundo e encorajar o desenvolvimento de aerovias, aeroportos e
auxílios à navegação para a aviação civil internacional. Atualmente possui mais de 188
países membros.
- Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)

Representa as companhias aéreas e fomenta o transporte aéreo seguro, regular,


econômico, bem como, favorecer o comércio aéreo além de criar os meios necessários
para a colaboração entre empresas de transporte aéreo, direta ou indiretamente, ligadas
aos serviços de transporte aéreo internacional.

- Acordos e Convenções Internacionais e Aplicabilidade no Regramento Jurídico


Brasileiro

As convenções internacionais de aviação foram muito úteis para a aviação civil pois
foram desenvolvidos padrões operacionais internacionais. Como, por exemplo, na
Convenção de Chicago de 1944, onde foram criados os anexos da ICAO que tem como
finalidade recomendar procedimentos e normas a serem adotados pelos países
contratantes e quando não são seguidas ou tem alguma diferença os países devem
informar aos demais, por meios de manuais, para que possam operar com segurança. Os
anexos são:

Anexo 01 – Licença de Pessoal


Anexo 02 – Regras do Ar
Anexo 03 – Meteorologia
Anexo 04 – Cartas Aeronáuticas
Anexo 05 – Unidades de Medidas para Operações Aéreas e de Solo
Anexo 07 – Marcas de nacionalidade e matrícula
Anexo 08 – Aeronavegabilidade
Anexo 09 – Facilitação
Anexo 10 – Telecomunicações
Anexo 11 – Serviços de Tráfego Aéreo
Anexo 12 – Busca e Salvamento
Anexo 13 – Investigação de Acidentes Aeronáuticos
Anexo 14 – Aeródromos
Anexo 15 – Serviço de Informações Aeronáuticas
Anexo 16 – Proteção ao Meio Ambiente
Anexo 17 – Segurança da Aviação Civil Internacional Contra Atos de interferência
Ilícita Anexo 18 – Transporte Seguro de Materiais Perigosos
Anexo 19 – Gerenciamento de Segurança Operacional

Um exemplo de documento brasileiro nacional baseado em um documento que foi


confeccionado num dos acordos e que estabeleça requisitos para as operações aéreas é a
ICA 100 – 12 que fala sobre as Regras do Ar baseada no Anexo 02 acima. Assim como
os RBACs (Regulamentos da Aviação Civil) que estabelecem regras gerais nas diversas
áreas da aviação civil que também são baseados nos tratados internacionais, como o
RBAC 61, que fala sobre as licenças, habilitações e certificados para pilotos, baseado no
Anexo 01 acima.

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