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ACIER INOXYDABLLE
STAINLESS
A STEE
EL
1
Universidad Complutense de Madrid. 2 Universidad Miguel Hernández. Madrid.
Correspondência:
Ángel Manuel Orejana García - amorejana@gmail.com
Eles apontam que esta posição de normalidade O modelo não conseguiu explicar por que os
do pé é alcançada no ciclo de caminhada entre a pacientes que apresentaram algumas das defor-
posição de apoio total do pé e a elevação do cal- midades intrínsecas descritas por Root não des-
canhar. Tomando esse alinhamento do pé e um envolveram sintomas e outros sem essas defor-
conjunto de valores goniométricos como referên- midades desenvolveram patologia.
cia, eles estabeleceram oito critérios que repre- Paralelamente, publicações que questionaram a
sentaram a relação ideal entre os segmentos validade dos critérios de normalidade estabeleci-
ósseos do pé e do membro inferior para obter a dos por Root et al. como a confiabilidade interob-
máxima eficiência durante a permanência e a servador das medidas ortopédicas que foram uti-
locomoção. lizadas para determinar se o pé apresentava
Estes critérios foram utilizados durante anos parâmetros normais5-7.
como critérios de normalidade estrutural do pé e Nesse contexto de dúvidas sobre o modelo Root
membro inferior. como um meio de entender o desenvolvimento
da patologia do pé, a publicação de Hunt e
O, modelo desenvolvido por Root et al. Para McPoil surgiu em 1995. Eles propuseram anali-
avaliar e tratar patologias do pé modificou signi- sar o diagnóstico e o tratamento da patologia do
ficativamente a visão da comunidade de saúde pé por meio de uma abordagem muito novedosa
do pé. Embora continuasse sendo um modelo para a época. Essa proposta foi baseada na aná-
que se baseava em parâmetros estruturais do pé lise do estresse que os tecidos do pé estão supor-
(especialmente no plano frontal), introduziu um tando4. Até à data, as técnicas de medição foram
conceito que até agora não era gerenciado. utilizadas para obter valores de alinhamento dos
Começou a ser entendido que o pé tinha que ser pés que permitiriam ao médico determinar se
analisado como uma estrutura dinâmica. era normal ou patológico, dependendo se foram
As patologias se desenvolveram como resulta- ou não distantes dos valores estabelecidos como
do do excesso de movimento que ocorreu nas normais.
articulações para compensar as deformidades
intrínsecas do antepé ou retropé que elas descre- No entanto, os autores entenderam que o mais
veram (antepé varo, valgo ou retropé varo). Até importante não era determinar se o pé é normal
então, foi estudado como uma estrutura em está- ou patológico, mas identificar o tecido lesionado
tica onde as doenças estavam relacionadas à e as causas que levaram à lesão. Esta abordagem
altura do arco interno e à posição do calcanhar não considera que a posição do pé deva ser
em pé. O objetivo fundamental do tratamento entendida como uma patologia. Eles consideram
ortopédico foi baseado na colocação de elemen- que, dependendo da posição do pé, existem teci-
tos que reposicionam o calcanhar e o arco do dos que suportam uma tensão de maior magni-
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tude que outros e, portanto, são esses tecidos nas quais a mecânica newtoniana se baseia, não
que apresentam maior risco de sofrer uma lesão. creio que ele pudesse imaginar a repercussão
Tanto a história como a avaliação física do que elas teriam em uma área de conhecimento,
paciente (palpação, equilíbrio muscular e articu- aparentemente tão distante da física quanto é
lar, testes clínicos específicos) não devem apenas medicina. E mais especificamente, dentro da
visar a identificação precisa do tecido lesionado, medicina, no sistema musculoesquelético.
mas também devem fornecer ao clínico informa-
ções suficientes para determinar se a causa da Se revisarmos a terceira lei de Newton, tam-
lesão no tecido é devida à força que ela está bém conhecida como princípio de ação e reação,
suportando. Somente quando a origem da lesão ele descreve que quando um corpo exerce uma
for mecânica será aplicada a aplicação de medi- força sobre outro corpo (ação), o segundo corpo
das destinadas a reduzir o estresse que o tecido exerce uma força de igual intensidade e direção,
suporta, como o repouso ou o uso de órteses mas de sentido oposto, no primeiro corpo (rea-
plantares e calçados com características especí- ção). Em geral, os exemplos que são usados para
ficas. explicar o conceito que descreve esta terceira lei
de Newton são estruturas planas ou geométricas
No esquema terapêutico proposto pelos auto- onde a força de ação e reação tem o mesmo
res, também está contemplado a aplicação de ponto de aplicação.
terapias físicas para promover a cicatrização de
lesões teciduais e estabelecer programas que No entanto, o pé não é uma estrutura plana e
melhorem a elasticidade e a força muscular, per- sua anatomia, tanto no plano sagital quanto no
mitindo ao paciente uma incorporação completa plano frontal, possui uma estrutura arqueada.
em suas atividades de vida diária. Esta morfologia do pé faz com que a aplicação
A importância dada por McPoil e Hunt4 à ten- da 3ª lei de Newton tenha algumas peculiarida-
são que os tecidos suportam no desenvolvimento des.
da patologia do pé levou-os a afirmar que o
modelo de estresse tecidual poderia servir de Para entender melhor essa situação, vamos
base para o desenvolvimento de um novo para- imaginar duas estruturas em forma de arco nas
digma de exploração física e abordagem terapêu- quais aplicamos uma força de ação em seu ponto
tica de pacientes que apresentam alguma doen- mais proeminente. A primeira é um corpo rígido
ça do pé. Atualmente, o modelo de estresse teci- com uma forma de arco. A segunda é um arco
dual é um método eficiente para a avaliação clí- formado por duas barras unidas por uma das
nica de pacientes e para estabelecer estratégias extremidades através de uma dobradiça. Neste
de tratamento para patologias do pé e membros caso, o ponto de aplicação da força de ação e o
inferiores. ponto de aplicação da força de reação não são o
mesmo, onde eles estão distantes um do outro.
EFEITO DAS FRS NAS ESTRUTURAS Desta forma, um par de forças é gerado, o que
ANATÔMICAS DO PÉ nada mais é do que duas forças paralelas que
têm a mesma intensidade, mas direção oposta
Quando, em 1687, Newton descreveu as leis (Figura 1).
Figura 1. Tanto em um corpo rígido (1) quanto em um corpo articulado (2) a aplicação de uma força
de ação no ápice (Fa), encontramos que uma força de reação (Fr) é gerada. Ambas as forças são
paralelas. Eles têm a mesma direção (linha pontilhada), direção oposta (seta), mas estão separadas
por uma distância (d). Esta situação descreve o conceito de par de forças. Sua magnitude resulta da
multiplicação da magnitude da força (Fr) pela distância entre as duas forças (d).
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Figura 2. Quando atuam um par de forças sobre no corpo rígido (1), uma força de tensão (setas diver-
gentes) e uma força de compressão (setas convergentes) são geradas. Mudanças na forma do corpo
rígido são geradas somente quando sua magnitude excede a força deste à ser deformado. Pelo con-
trário, ao atuar o par de flexão na estrutura articulada (2), será gerado um movimento dos segmentos
rígidos em torno da dobradiça que os une.
Quando o par de forças atua na primeira estru- gerados pares de forças, pois o ponto de aplica-
tura (corpo rígido em forma de arco), é gerada ção da força de ação (o peso) não coincide com
uma flexão ou uma torção. No entanto, quando o o ponto de aplicação da força de reação.
par de forças atua na segunda estrutura, um
movimento será gerado ao redor da dobradiça Esses pares de forças geram momentos de
que une os dois corpos rígidos que formam o força nas articulações, que são os principais res-
arco. Este movimento será uma rotação (Figura ponsáveis por esses movimentos. No entanto,
2). A magnitude da flexão ou torção gerada pelo quando exploramos essa articulação na avalia-
par de forças é um produto obtido pela multipli- ção clínica do paciente ou quando analisamos
cação do valor das forças que formam o par pela suas curvas cinemáticas, podemos observar que
distância que existe entre elas (braço do par). o movimento não é ilimitado, mas tem um ponto
em que ele para. Essa situação é explicada por-
No entanto, o movimento rotacional gerado que a articulação atingiu um ponto de equilíbrio
pelo par de forças é definido por outro conceito rotacional.
físico conhecido como momento de força. Este
também é um produto obtido pela multiplicação Em outras palavras, a articulação deixará de se
da magnitude do FRS pela distância entre seu mover quando a magnitude do momento de força
ponto de aplicação e o ponto onde o movimento que gera o movimento for igual à magnitude do
é feito (braço de momento). momento de força que se opõe ao movimento8
(Figura 3).
Assim, a forma anatômica do pé determina Portanto, devemos entender que os FRS são os
que, quando aplicada a 3ª lei de Newton, são principais responsáveis pela geração de movi-
Figura 3. Ao aplicar uma força (F1) no extremo de uma barra rígida, ela realiza um movimento em
torno de seu ponto de apoio (Pm). A distância entre o ponto de aplicação de força e Pm é conhecida
como braço de momento (D). A força real aplicada é obtida multiplicando-se a magnitude da força
pelo braço de momento (momento de força) (3a). Ao adicionar uma segunda força (F2), o movimento
para quando a magnitude de ambos os momentos de força é igual (3b).
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mento nas articulações do pé (auxiliado pela comportamento linear do material ou comporta-
ação específica de certos músculos, como o trí- mento proporcional, uma vez que, para um
ceps sural, o tibial posterior ou o fibular). E as aumento constante da força deformante, ocorre
estruturas anatômicas do pé (ossos, ligamentos, um aumento proporcional do grau de deformida-
fascia, tendões e músculos) são responsáveis por de que sofre o tecido.
desacelerar esse movimento.
Ou seja, se aumentarmos em 2% a força de
COMO PODEMOS EXPLICAR O deformação que atua no tecido, isso aumentará
DESENVOLVIMENTO DA PATOLOGIA DO PÉ a quantidade de deformação que ele sofre em
A PARTIR DAS FORÇAS INTERNAS E 2%. Esta área da curva tensão-deformação é
EXTERNAS QUE SUPORTA definida como uma região elástica e é caracteri-
zada pelo fato de que o material recupera sua
Como já dissemos, os tecidos do pé são sub- forma inicial integramente uma vez que a força
metidos a diferentes quantidades de tensão (tra- deformativa deixa de atuar sobre ela.
ção ou compressão) em resposta à ação de for-
ças externas. A quantidade de estresse que um A inclinação da zona elástica define o grau de
tendão ou um ligamento suporta depende da rigidez de um material. Uma inclinação maior
magnitude do momento de força gerado pela representa que o material tem maior rigidez e
FRS e do calçado sobre a articulação. Mas tam- vice-versa. Quanto maior a rigidez de um tecido,
bém do braço momento que essas estruturas menor a quantidade de deformação elástica que
têm. ele sofre com a ação de uma força de deforma-
ção e vice-versa.
De esta forma entendemos que a menor braço
de momento o estresse que eles suportam é Quando a deformação do tecido excede o cha-
maior. No entanto, essa situação não responde à mado limite proporcional, descobrimos que o
pergunta que os pacientes da clínica costumam tecido não se deforma de uma maneira propor-
nos perguntar: por que a lesão ocorreu? cional ao aumento de força deformativa.
Enquanto tendemos a simplificar a resposta
dizendo ao paciente que é devido ao excesso de Nesta situação, pequenos incrementos de força
tensão que o tecido lesionado suporta, a realida- de deformação geram importantes deformações
de é que o mecanismo pelo qual um tecido sub- no tecido. Esta região da curva tensão-deforma-
metido a um estresse sofre lesão é um poço mais ção é conhecida como região plástica e é carac-
complexo. Mais uma vez temos que recorrer a terizada pelo fato de que o tecido não recupera
certos conceitos físicos para entender esse completamente sua forma inicial uma vez que a
mecanismo. Curvas de tensão-deformação força de deformação deixa de atuar sobre ele. Se
(stress-strain) e conceitos como fadiga e rigidez continuarmos aumentando a força deformante,
de um tecido nos fornecem as claves para enten- verificamos que o tecido atinge o limite de ruptu-
der melhor por que um tecido se torna danifica- ra, onde ocorre lesão tecidual 8 (Figura 4).
do em alguns pacientes e não é em outros que
podem ter uma morfologia do pé apa-
rentemente semelhante. Pendente
de rigidez
As curvas tensão-deformação expli- Ponto de
cam graficamente o comportamento fratura
mecânico de um tecido ante a ação de Ponto de
uma força deformante sobre ele. vencimento
Embora as forças que atuam nos tecidos
do pé possam ser compressivas, torcio-
Tensão
Figura 5. Imagem de ressonância magnética de um tendão tibial posterior com diferentes graus
de dano tecidual. Ambos são de pacientes com dor. A imagem 5a mostra tendão espessado com
intensidade de sinal homogêneo. A imagem 5b mostra o tendão com diminuição do diâmetro de
seção e com alterações de intensidade do sinal intrassubstância. A ressonância magnética nos
informa do grau de dano tecidual que gerou no tendão o aumento do estresse de tensão.
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um envolvimento do tecido ósseo. Mas também aumentada. Uma diminuição no rango de mobili-
devemos palpar a inserção medial da fáscia plan- dade articular pode ser observada em articulaçõ-
tar e o abdutor hálux. es como o ASA. A presença de um rango abaixo
Se reproduzirmos a clínica dolorosa do pacien- de 20° de inversão ocorre em coligações tarsais
te devemos pensar sobretudo no aumento das ou doenças degenerativas, como osteoartrite e
forças de tração da fascia plantar. Quando a pal- artrite reumatóide.
pação da região de plantar e central calcanhar é Também nas articulações, como o 1º AMTF,
o ponto que desencadeia os sintomas do pacien- que apresenta rangos abaixo de 45° quando tem
te, devemos pensar de um envolvimento da processos osteoartríticos leves ou inferiores a
banda central da fascia plantar em sua inserção 30° quando esses processos são mais graves. No
no calcâneo. Mas, neste caso, devemos pensar extremo oposto, encontramos a existência de um
que a força que gera a lesão é tanto compressiva excesso de rango de mobilidade articular. Essa
como de tensão. Outro exemplo seria a dor na situação está associada a condições patológicas
região plantar das articulações metatarsofalângi- que se apresentam com hiperfrouxidão ligamen-
cas (AMTF) central. tar (hiperlaxia essencial ou algumas doenças do
Essa dor pode ser uma consequência da lesão tecido conjuntivo, como as síndromes de Marfan
da placa plantar (dor à palpação de sua inserção ou Ehlers-Landos).
na falange proximal), caso em que devemos pen-
sar em uma força de predominância de tensao. No entanto, para determinar se uma articula-
Mas também pode estar relacionado à cabeça ção tem um rango de movimento normal, devem
metatarsal (dor à palpação da região plantar da existir valores de normalidade, e essa situação
cabeça metatarsal), caso em que devemos pen- não ocorre no pé exceto em articulações como o
sar em uma força de predominância compressi- tornozelo, a ASA e o 1º AMTF.
va. Além disso, do ponto de vista do estresse teci-
dual, a goniometria articular não é tão importan-
Em casos menos frequentes, a causa da dor é te, mas sim entender se a articulação realiza o
uma fratura de estresse da cabeça metatarsal ou movimento de maneira fácil ou dispendiosa.
uma doença incipiente de Freiberg. Às vezes os Em outras palavras, se o clínico precisa aplicar
pacientes também relatam dor dorsal na região muita ou pouca força para realizar o movimento
da diáfise dos metatarsais que conseguimos de uma articulação (Figura 6). Esse aspecto está
reproduzir à palpação. Quando não é devido a relacionado ao conceito de rigidez ao movimento
uma fratura por estresse, devemos interpretar que uma articulação possui.
que o mecanismo que gera esse tipo de sintoma
é um aumento das forças de flexão que o meta- Embora a articulação do tornozelo16,17 e o
tarsal suporta. movimento do primeiro dedo18,19 sejam as
regiões articulares do pé onde mais debate foi
Em geral, a palpação deve nos fornecer infor- estabelecido em torno desse conceito, o certo é
mações detalhadas sobre a estrutura anatômica que ele pode ser extrapolado para todas as arti-
lesada, bem como uma ideia do tipo de força que culações do pé. A rigidez ao movimento de uma
causa a lesão (compressiva ou de tensão). articulação é um quociente obtido pela divisão
Determinar os mecanismos que explicam o do rango de movimento que uma articulação tem
aumento dessa força de tensão ou compressão perante a aplicação de uma força concreta8.
que lesou o tecido é o objetivo da avaliação arti- Do ponto de vista clínico, avaliar a rigidez de
cular e dos testes clínicos que faremos a conti- uma articulação ao movimento ainda é uma sen-
nuação ao paciente. sação e, como tal, requer que o clínico tenha
uma curva de aprendizado para sua melhor inter-
Avaliação articular pretação.
A avaliação articular do pé deve incluir um No entanto, essa curva não é tão grande quan-
estudo do tornozelo, ASA, meio-tarsal e de todas to podemos pensar, já que a sensação de rigidez
as articulações que compõem a coluna vertebral, ao movimento que o clínico obtém ao avaliar uma
como o 1º escafo-cuneana, o 1º metatarsal-cune- articulação deve ser comparada às sensações
ana e o 1º AMTF. que ele coletou em avaliações anteriores feitas
Na coluna lateral, a articulação entre o quinto em outros pacientes.
metatarsal e o cubóide é valorizada acima de Esse acúmulo de experiências é o que acaba
tudo. Classicamente tem sido entendida a avalia- formando um conjunto de nuances que permi-
ção articular como o estudo de seu rango articu- tem ao clínico determinar se o grau de rigidez ao
lar em cadeia cinética aberta para determinar se movimento que uma articulação possui é alto,
ela está diminuída ou se, ao contrário, está médio ou baixo.
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nº 4.102 de 16/02/2006 (Parecer CEDP nº 040 em 28/04/2008) Bom Retiro // Blumenau // SC
Figura 6. Do ponto de vista clássico ambos os pacientes têm uma limitação do rango de flexão
dorsal do tornozelo e deve-se considerar uma situação patológica. Do ponto de vista do estresse
tecidual, o paciente da Figura 6a apresenta menor risco de desenvolver dano tecidual. Deve-se a
que apresenta menor rigidez do tornozelo ao movimento de dorsiflexão do que o paciente da
Figura 6b. Mas nenhuma das duas é considerada uma situação patológica em si.
Este método clínico pode ser questionável para dão de Aquiles opõe muita resistência para ser
determinar a rigidez do movimento de uma arti- deformado e, portanto, desacelera o movimento
culação, uma vez que se baseia na resistência de flexão dorsal que ocorre no tornozelo durante
que o médico nota ao tentar fazer o movimento o segundo rocker da marcha que dificulta a movi-
articular. Especialmente em um mundo onde mentação para anterior do centro das massas.
tudo que não é quantificável parece perder valor. Há um aumento no estresse de tensão no ten-
Mas na opinião dos autores deste artigo, esse dão de Aquiles e é gerado um momento de flexão
método não tem por que ser impreciso. plantar que leva o retropé para uma posição de
Primeiro, porque a força que aplicamos em pronação. Esta situação gera que as estruturas
nossas explorações rotineiras é similar, pelo que músculo-ligamentares plantares (fascia plantar,
o valor intra-observador dessa sensação certa- musculatura intrínseca do pé, ligamento cuboide
mente tem uma consistência elevada. calcâneo-plantar) sejam submetidas a um eleva-
E em segundo lugar porque não se está procu- do estresse de tensão (para desacelerar o movi-
rando um valor absoluto e se encontra num mento de pronação do retropé).
rango de normalidade. O objetivo desta avaliação
é inferir o grau de força de tensão ou compressão Este aumento de força deformante nestes teci-
que suportam as estruturas anatômicas que se dos predispõe-os a desenvolver um estado de
opõem ao movimento. fadiga após ciclos de repetição e a subsequente
manifestação de processos patológicos como a
Dessa forma, quando precisamos aplicar uma fasciopatia plantar, entre outros.
força elevada para obter um pequeno movimento Pelo contrário, quando uma articulação tem
em uma articulação, podemos indicar que essa um movimento elevado ao aplicar uma força de
articulação tem uma alta rigidez ao movimento. baixa magnitude, entendemos que sua rigidez ao
Neste caso, nem as partes moles que se opõem movimento é baixa.
ao movimento (tendões, fascia, ligamentos) Consequentemente, as estruturas moles que se
suportam elevadas forças de tensão, nem as opõem ao movimento suportarão uma elevada
faces articulares estão submetidas a elevadas força de tensão e as faces articulares suportarão
forças de compressão. um aumento de forca compressiva. A região ana-
Neste caso, a maior concentração de força tômica onde se localizam as FRS suportará for-
estará localizada na região anatômica onde o ças compressivas de baixa magnitude neste
FRS está atuando. Por exemplo, se tomarmos caso.
como referência o 1º AMTF, essa área será a
região sesamóide. Um exemplo claro dessa situação é encontrado
No entanto, a articulação do tornozelo é uma na 1ª articulação scafo-cuneana. É a articulação
exceção a essa regra. Quando encontramos um da coluna medial que maior rango de mobilidade
alto grau de rigidez, devemos pensar que o ten- em flexão dorsal apresental20.
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Quando o resultado da avaliação mostra uma que está suportando muita força de tensão para
baixa rigidez à flexão dorsal, o clínico observa contrabalançar o momento de força gerado pelas
que a articulação sofre um alto deslocamento em FRS. São tendões com alto risco de lesão e
flexão dorsal que reduz completamente o equino podem ser a sede da sintomatologia clínica do
da coluna interna que muitos pacientes apresen- paciente ou ser dolorosos quando realizamos a
tam naturalmente. Há uma clara diminuição da palpação em repouso.
altura que apresenta o arco interno do paciente
em descarga. A região dorsal do escafo-cuneana Entre os dois extremos, podemos encontrar
aumentará a magnitude das forças compressivas uma gama variada de respostas do tendão. Isso
que suporta, permitindo que os pacientes pos- pode gerar dúvidas no clínico pouco experiente
sam desenvolver condições dolorosas nessa na hora de interpretar a sensação que ele recebe
região. ao palpar o tendão. Mas devemos ter claro que
não é procurado neste teste quantificar a quanti-
No entanto, as estruturas mais resistentes a dade de tensão que suporta o tendão. Nem
esse movimento tendem a ser as partes moles mesmo estabelecer uma escala qualitativa que
plantares á articulação. Estes irão suportar um nos permita avaliar se a tensão que suporta é
aumento na resistência à tensão. alta, média ou baixa. O objetivo dessa manobra
Entre essas estruturas destacam-se os liga- não é avaliar se o tendão do paciente suporta
mentos plantares escafo-cunheanos, responsá- mais ou menos tensão do que o tendão de outro
veis da semiologia dolorosa que muitos pacien- paciente. Trata-se de determinar o tendão ou ten-
tes com achatamento do arco interno têm nessa dões do paciente que mais tensão suporta e
região e na proximidade das inserções tendino- quais são os que menos tensão suportam. A ava-
sas do tibial anterior. A outra estrutura que liação é feita comparando a tensão que suportam
suporta um claro aumento da forca de tensão é os diferentes tendões e fáscia plantar de um
a fascia plantar, o que facilita o desenvolvimento paciente entre eles.
de uma semiologia dolorosa da mesma. Fuller21 aponta que a palpação das estruturas
tendíneas nos permite prever clinicamente se o
Manobras clínicas paciente apresenta um centro de pressões (CdP)
lateral ou medial ao eixo de rotação da ASA.
A avaliação clínica de um paciente utilizando o Quando o CdP está localizado medialmente ao
modelo de estresse tecidual deve nos fornecer eixo de rotação do ASA, a musculatura peroneal
informações sobre a quantidade de força que as será a principal responsável por contrabalançar o
estruturas anatômicas do pé estão suportando momento de força supinador gerado pelas FRS.
em uma situação de carga, bem como referên- Com o paciente em pé, os tendões fibulares se
cias que nos permitam analisar se o nosso des- tornam visíveis e, quando palpados, podemos
empenho ortopédico modificou a força que eles notar uma elevada rigidez como manifestação do
suportam. aumento das forças de tensão que suportam.
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Podologia Desportiva. Patologías em Pés de Atletas.
Trabalho apresentado por Elaine Efting, como requisito parcial para a conclusão do curso de
Educação Profissional de Nível Técnico na área da Saúde com Habilitação de Técnico em Podologia
do INA – Instituto Brasileiro de Naturopatia Aplicada de Blumenau, Brasil.
Orientador: Profesor Marcelo Kertichka.
2.1.1 Ossos
O ligamento do arco ou aponeurose plantar Figura 7: Flexão dorsal e flexão plantar - Fonte:
(fáscia) é a faixa fibrosa que corre medial plantar http://www.concursoefisioterapia.com/2011/09
do calcâneo, misturada aos ligamentos inseridos /anatomia-terminologias.html
nos dedos (CARVALHO, 2009, edição nº 5, p. 11). Acessado em 13 fev. 2019.
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A fascia plantar (aponeurose plantar) é encontrada deve, inibindo a sua função de amortecimento de
na face plantar do pé e divide-se em porção central, impactos e dificultando a passagem para a pro-
lateral e medial. Fixa-se atrás do calcâneo e, na fren- pulsão (SILVA P., 2006, p. 22).
te, à base da primeira fileira de falanges. A fascia
plantar serve como um mecanismo de estabilização Embora as crianças e os jovens possuam ossos
passivo das articulações do tarso, e desta forma sus- mais duros que os recém-nascidos, eles não são
tenta uma maior carga, que os elementos, indivi- suficientemente resistentes para impedir defor-
dualmente não seriam capazes (CARVALHO, 2009, midades parciais ou alterações posturais que
edição nº 4, p. 8). poderão provocar patologias ortopédicas varia-
das como: dificuldade de andar, limitações ou
Então, [...] os ligamentos laterais do tornozelo impossibilidade de praticar esportes, consequên-
formam um grupo de fibras tendíneas na região cia reflexa na coluna vertebral, etc (PIEDADE,
lateral do tornozelo, que chamamos de ligamen- 2002, p. 56).
tos colaterais (NOGUEIRA, 2005, p. 04). Segundo Maldonado, Bueis e González (2014)
Cabe ressaltar nos jogadores de futebol, tal qual dos corredores
que, na presença de ossos assessórios, como os se verifica um discreto predomínio de pés cavos-
sesamóides, o numero de articulações do pé varo por um aumento do tônus muscular de toda
podem aumentar (BEGA, 2014, p. 27). a extremidade. Existem estudos que demonstram
o aumento da mineralização óssea da tíbia em
15,2% a mais do que em pessoas sedentárias.
O primeiro passo para o sucesso de um bom Quanto à pratica de atividades físicas, por
trabalho podológico é acreditar naquilo que você exemplo, é importante saber sobre o tênis e tudo
faz com amor, carinho e competência. Agora você aquilo que se pode dizer sobre ele, tipo do espor-
só tem uma escolha: seguir o caminho do acredi- te para o qual é indicado, como seu peso influi na
tar que as coisas vão dar certo, o que é diferente performance do atleta, quais os materiais de que
do fazer algo para ver se vai dar certo (JUSTINO; é feito e as funções de cada um, quais os proble-
JUSTINO; BOMBONATO, 2011, p. 229). mas que podem ocorrer com o pé ou com o cal-
çado na pratica do esporte e suas soluções
Conforme o autor Bianchini (1997) a pele dos (FEDRIZZI, 2007, p. 18).
pés e seus anexos podem ser sede de inúmeras Dessa forma, além de colher dados para a his-
alterações e, por isso, devem ser atentamente tória clínica, é importante fazer o exame do cal-
examinados pelos podólogos. çado do paciente, que, por sua correlação com as
queixas e com as alterações relatadas, muito
A avaliação do paciente deve ser realizada de pode contribuir para o diagnóstico (BIANCHINI,
três maneiras: sentada (pés sem descarga de 1997, p. 93).
peso), estática (pés com descarga de peso e
posição ortostática) e dinâmica, pois é no movi- E também, orientar quanto ao uso de proteto-
mento que os distúrbios se manifestam (MALA- res e palmilhas acomodativas adequadas aos pés
CHIAS, 2013, p.21). do esportista para minimizar a ação do impacto
e do atrito durante à prática esportiva (JUSTINO;
A podologia e o esporte podem e devem estar JUSTINO; NOGUEIRA, 2009, p. 45).
sempre atuando juntas para o bom desempenho
do atleta e o reconhecimento da importância de Conhecer a estrutura muscular dos pés e onde
nossa profissão (CLAUDINO, 2013, p. 15). cada músculo está inserido permite que o podo-
logista entenda melhor a biomecânica dos mem-
Dessa forma, o técnico em podologia tem con- bros inferiores, saiba diferenciar cada movimento
dições de fazer uma coleta para o laboratório e e localize perfeitamente cada músculo por meio
indicar a higienização correta dos calçados; habi- da anatomia descritiva e palpatória (BEGA,
tat dos fungos (HAGINO, 2009, p. 14). 2014, p. 37).
www.revistapodologia.com 31
Qual é a função do podólogo na equipe de fute- Lembramos, então, que o pé humano está
bol? Remover calosidades? Bolhas? Etc. Claro que sujeito a esforços e tensões diárias. Está compri-
isso também é parte da sua atuação, porém não mido dentro de calçados mal ajustados, obrigado
é só isso, pois o podólogo tem um papel preven- a pisar em superfícies duras e, com isso, enfra-
tivo fundamental na avaliação dos estudos bio- quece por traumas e maus tratos (CARVALHO,
mecânicos (MALDONADO; BUEIS; GONZÁLEZ, 2009, edição nº 4, p. 7).
2014, p. 11). Quando seus pés não recebem a atenção de
Assim como ocorre em diversas partes do que precisam, podem desenvolver problemas
mundo, aqui no Brasil o podólogo deveria se crônicos que possivelmente incomodarão duran-
especializar em biomecânica dos pés, para forta- te anos. Em muitos casos, alguns alongamentos
lecer o número de profissionais competentes e e exercícios simples que podem ajudar a manter
qualificados a dar atenção aos atletas (TOLEDO, os pés em forma. Entretanto, existem algumas
2009, p. 3). situações em que não se recomenda que você
cuide de seus pés por conta própria (MAFRA,
Embora sua atuação esteja limitada ao nível 2017, p. 20).
superficial, não invasivo aos tecidos, o podólogo Na pratica esportiva se produz uma série de
deverá conhecer e saber diagnosticar todas as lesões que afetam direta ou indiretamente o pé e
afecções e patologias de origem interna, de a extremidade inferior. As lesões se produzem
modo a orientar e encaminhar o paciente a um como consequência das atividades físicas causa-
médico especialista, quando for o caso (PIEDA- das por um agente traumático ou por abuso
DE, 2002, p. 44). (VAZQUEZ, 2007, p. 11).
É importante a interdisciplinaridade entre as
equipes envolvidas, podólogos, educadores físi- Como já foi visto o mais importante para o pra-
cos e esportistas, para que haja um melhor des- ticante de atividade física e esportiva é o confor-
empenho durante as praticas esportivas executa- to, e os pés são a parte que mais necessita de
das, pois as lesões provocadas pelo esporte cuidados, por isso o praticante de esporte deve
podem ser evitadas com acompanhamento do adquirir o calçado especifico para a atividade
orientador físico e com a prevenção podológica que vai exercer de preferência sempre em lojas
(JUSTINO; JUSTINO; NOGUEIRA, 2009, p. 44). especializadas e no final de um treino ou no tér-
mino da pratica esportiva (JUSTINO; JUSTINO;
4.1 A importância do cuidado com os pés NOGUEIRA, 2009, p. 97).
Só para lembrar: um pé plano é definido pelo A hipermobilidade do membro inferior tem sido
desabamento dos arcos plantares devido à queda relacionada por vários autores como uma das
das cabeças metatársicas e dos arcos longitudi- principais causas de uma série de lesões de
nais interno e externo (medial e lateral). Ao con- esforço. [...] Diversos estudos sugerem que os
trário, o pé cavo é definido em virtude de um corredores parecem lesionar-se com maior fre-
aumento da altura do arco interno devido à rigi- quência que os praticantes de outros desportos,
dez das cabeças metatársicas e costuma estar como natação, ginástica aeróbica, caminhadas,
acompanhado do aumento da tensão dos múscu- etc (SILVA P., 2006, p. 5).
los flexores plantares (BEGA; LAROSA, 2010, p.
62). Por precaução, qualquer entorse, mesmo sim-
ples, não deve ser tratado com displicência para
A pronação do retropé fará com que a tíbia e o evitar a recidiva e a instabilidade, sequela sem-
fêmur apresentem uma rotação interna, desvian- pre é possível tanto a curto como a longo prazo
do o eixo do joelho e dos quadris e sendo respon- (GOLDCHER, 2009, p. 05).
sáveis pela maior parte das patologias nessas Sabemos que entre 30% a 70% dos corredores
articulações e na região dorsal do tronco (MAL- sofrerá pelo menos uma lesão anualmente, que
DONADO; BUEIS; GONZÁLEZ, 2014, p. 18). os impedirá de correr pelo menos durante uma
semana, essas lesões poderão mesmo ser res-
Pé cavo: a articulação não se apoia. ponsáveis por pelo menos 5% do absentismo no
Pronunciado apoio no arco anterior e do cal- trabalho (SILVA, 2006, edição nº 7, p. 26).
canhar. Falta impressão dos dedos (CARVALHO,
2009, edição nº 4, p. 8). Estima-se que de todas as lesões em atletas,
No pé cavo, o arco longitudinal é muito acen- entre 5 e 10% são fraturas por estresse. Esta
tuado. Há excesso de pressão nas cabeças dos descrito que as mulheres, por sua menor densi-
metatarsianos que estão abaixadas, com forma- dade trabecular, são mais propícias às fraturas
ção de calosidades e fascite plantar (VIANA, p. por estresse (MALDONADO; BUEIS; GONZÁLEZ,
09). 2014, p. 56).
No basquete, apesar do seu
manuseio ser com as mãos,
esse esporte provoca muitas
patologias e lesões nos pés,
pois esse jogo exige movimen-
tos violentos (JUSTINO; JUSTI-
NO; NOGUEIRA, 2009, p. 69).
Entre 70-80% de todas as
lesões relacionadas com a
corrida localizam-se entre os
joelhos e os pés. [...] A tíbia
roda internamente mais rapi-
damente que o fêmur, este
movimento contribui para o
desbloqueamento da articula-
ção do joelho (SILVA P., 2006,
Figura 9: Pé normal, plano (chato) e cavo p. 7).
Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/antepe-mediope-e-
retrope/ Os fatores mecânicos-trau-
Acessado em 13 fev. 2019. matizantes do amadorismo
www.revistapodologia.com 33
podem ser divididos em macro e micro traumas.
Os macrotraumas aparecem de maneira impre-
vista e violenta provocados por contusões ou feri-
das associadas posteriormente a variadas carac-
terísticas. Os microtraumas contínuos são resul-
tados de fenômenos irritativos e inflamatórios
relacionados com a especialidade praticada
(CORDAZZU, 1999, p. 12).
O excesso de suor na planta e em espaços
interdigitais determinam a maceração da pele, e,
como consequência disso, o tegumento pode-se
ter erosão, ter fissuras, criando um campo propí-
cio para o desenvolvimento das bactérias e fun-
gos (VAZQUEZ, 2007, p. 14).
Figura 10: Tinha pedis - Fonte:
Os pés possuem grande concentração de glân- https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/p
dulas sudoríparas e por isso é uma das partes do e-de-atleta
corpo que apresenta maior sudorese (BIANCHI- Acessado em 13 fev, 2019.
NI, 1997, p. 90).
A razão pela qual os problemas no pé podem É a lesão dérmica mais frequente, acometendo
afetar o resto do membro inferior é explicável 27% dos jogadores profissionais e 15% dos ama-
pelo principio da cadeia cinética fechada. A dores, tendo como causa a colocação de costu-
cadeia cinética fechada implica que o pé esteja ras com mais frequência na ponteira (MALDONA-
em contacto com o chão, quando o pé se encon- DO; BUEIS; GONZÁLEZ, 2014, p. 74).
tra em contacto com o solo, qualquer movimento Constituem possivelmente o problema cutâneo
numa parte do membro afeta as restantes partes mais frequente do esportista. Produzem-se como
(SILVA P., 2006, p. 7). resultado de uma fricção continua que provoca
uma separação entre a dermes e a epidermes
Os dermatofites patogênicos no esportista (por aumento de temperatura – aquecimento dos
solem adquirir-se por contaminação e se desen- tecidos) (VAZQUEZ, 2007, p. 14).
volver com facilidade nos pés por encontrar neles
condições favoráveis de calor e umidade (VAZ-
QUEZ, 2007, p. 14).
A natação é um esporte indicado para todas as
faixas etárias devido a sua baixa resistência ao
impacto, efetuado por deslizamentos horizontais
em meio liquido, sendo menor o risco de lesões
articulares, musculares e tendíneas (JUSTINO;
JUSTINO; NOGUEIRA, 2009, p. 48).
Segundo Goldcher (2009) as principais doen- A bandagem pode ser utilizada durante, após o
ças são relacionadas à traumatologia, às vezes treino, ou no dia a dia. Utilizada na panturrilha,
favorecida pelo terreno e por problemas proprio- pé ou tornozelo (dependendo da região a ser tra-
ceptivos, e à microtraumatologia, por superutili- tada), auxilia no tratamento de lesões muscula-
zação osteotendinosa ou por sobrecarga. res da panturrilha, lesões nos ligamentos do tor-
É importante compreender que os movimentos nozelo e pé, fasceítes plantares, tendinites e
específicos de todos os desportos se originam da esporões de calcâneo.
junção de um complexo de movimentos articula- Melhora o desempenho nas atividades esporti-
www.revistapodologia.com 36
vas, atuando na estabilização do tornozelo ao peso excessivo ou mesmo ao uso de calçado
(MELLO, 2014, edição nº 29, p.11). com palmilha dura, que não amortece adequada-
mente a pressão do calcâneo durante a marcha
(VIDAL; SANTOS, 1998, p. 50).
As órteses plantares devem ter como modelo Figura 24: Palmilha ortopédica
de base a superfície plantar do cliente. É feita a Fonte: https://centroortopedico.com.br/produ-
partir de um molde neutro em espuma fenólica, tos/palmilhas/
atadura gessada, vácuo direto sobre o pé em Acessado em 13 fev. 2019.
posição neutra ou usando técnicas de vácuo em
posição ortostática sobre moldes emborracha-
dos; também pode ser utilizada a moldadora a 7.2.1 Órteses plantares
vácuo podoprint (BEGA, 2011, p. 4).
O princípio básico é que qualquer órtese que
Os arcos dos pés são classificados em: pé colocamos deverá se adaptar ao calçado e não ao
chato, neutro e cavo. Cada tipo de arco necessita revés, tal e como recomendamos as pessoas
de uma palmilha diferente. Cada tipo de arco comuns. A razão é que os jogadores têm contra-
pode causar diferentes problemas. Pés chatos tos que lhes obrigam a usar um determinado cal-
tendem a pisar para dentro (pronação) enquanto çado e somos nós os profissionais que devemos
pés cavos para fora (supinação). Assim, são fei- adapta-los (MALDONADO; BUEIS; GONZÁLEZ,
tas com elementos de 1mm a 6mm de espessu- 2014, p. 90).
ra, que, em contato direto com os pés, promo- Em algumas das patologias citadas, uma órte-
vem a correção postural (MELLO, 2012, edição nº se plantar é usada com bons resultados. De fato
www.revistapodologia.com 44
de fibra de memória molecular e de órteses de
silicone, introduzindo essas técnicas na podolo-
gia brasileira (BEGA; LAROSA, 2010, p. 253).
O simples uso de um compensador de silicone,
que melhora o alinhamento do artelho e paralisa
o processo de degeneração articular, pode ser
classificado como uma profilaxia para uma boa
postura, assim como um compensador mal
adaptado que provoque dor e/ou limitação de
mobilidade articular, pode desencadear uma
compensação postural patológica (ROMEIRO,
2004, p. 10).
Figura 25: Silicone podológico - Fonte:
http://podomaxbrasil.com.br/ortoplastia/ O controle da pronação anormal por meio de
Acessado em 13 fev. 2019. órtese plantar reduz o trabalho e a atividade elé-
trica muscular, e, por conseguinte, o gasto ener-
melhorar a uniforme distribuição do peso do gético, evitando a fadiga muscular e permitindo
corpo em todo o pé, e dá maior estabilidade ao atleta manter seu rendimento por mais tempo
entre este e a superfície de jogo. Além disso, mel- (MALDONADO; BUEIS; GONZÁLEZ, 2014, p. 28).
hora a oxigenação do aparelho circulatório e é
indicada principalmente para esportistas que 7.2.2 Órtese ungueal
sofrem de metatarsalgias biomecânicas (COR-
DAZZU, 1999, p. 13). A órtese em unhas nestes casos é utilizada
Todavia, como qualquer dispositivo médico pelo podólogo para favorecer a correção do cres-
ativo, ela tem efeitos colaterais. Uma órtese cimento com tração sobre a unha. No esporte,
inadaptada gera doenças iatrogênicas por sobre- esta técnica além de melhorar o crescimento da
carga ou por excesso de tração (GOLDCHER, unha, previne a formação de granulomas poste-
2009, p. 262). riores ao encravamento por golpes recebidos ou
por uso de calçados inadequados (CORDAZZU,
Merecem destaque na história da podologia no 1999, p. 13).
Brasil as órteses para o antepé, que até os anos
1980 eram fabricadas com materiais como espu- 8. O ESPORTE
ma de látex. Hoje, as órteses são feitas de silico-
ne e muito versáteis, e a ortoplastia é utilizada A técnica de corrida é mais natural ou humana,
por podólogos para absorção de impactos [...], com passos mais curtos e menos traumáticos
entre outras alterações apresentadas na região para o calcanhar, ossos calcâneos especialmente
do antepé, mais precisamente nos dedos (MADE- (RUBIA, 2014, p. 8).
LLA, 2010, p. 9).
Na atualidade, o futebol é considerado o maior
A chegada do silicone podológico ao Brasil esporte do mundo, tanto pelo numero de aficio-
aconteceu oficialmente no ano de 1995, com a nados como de praticantes (265 milhões de
vinda do podólogo argentino Carlos Alberto licenças de jogadores de futebol, FIFA 2007)
Rodriguez, que, em maio de 1995, deu um curso assim como volume de negócios gerados ao
www.revistapodologia.com 45
redor desta atividade (MELIS; GARCÍA; GARCÍA; dos atletas em geral, sejam eles profissionais,
PAYÁ; FERRER; RIPOLL; ALONSO; GARCÍA, 2012, amadores ou praticantes de atividades físicas, e
p. 16). mostrar as principais patologias que agridem
seus pés, trazendo soluções adequadas para pre-
Dessa forma, o futebol se transformou no venir lesões e deformidades das mesmas. Achei
esporte que reúne mais seguidores em todo o importante destacar o uso dos calçados na prati-
planeta (MALDONADO; BUEIS; GONZÁLEZ, ca esportiva, que cuidados devemos ter em rela-
2014, p. 10). Nos esportes aquáticos, as pato- ção a isso e descobrir formas de prevenir os des-
logias encontradas geralmente são provocadas confortos causados pelo uso excessivo deles.
pelo contato direto com a água que potencializa
a formação de patologias especificas, diferen- Como é um assunto pouco discutido e que
ciando-as das patologias provocadas por atrito causa muito incômodo aos atletas, acho interes-
em calçados, execução de movimentos bruscos e sante me destacar nesse meio, tendo noções de
impactos (JUSTINO; JUSTINO; NOGUEIRA, biomecânica, e além de tratar uma onicocripto-
2009, p. 48). se, uma bolha por atrito ou até uma tinea pedis,
também poder contribuir nos traumas causados
Segundo Justino, bombonato e Justino (2014) nas atividades esportivas de maior impacto
o esporte na antiguidade era mais um treinamen- como as entorses de tornozelo, que para isso é
to para defesa pessoal, para caça, sua sobrevi- preciso ter um conhecimento maior em anatomia
vência e para a guerra. Com as facilidades da dos pés, ciclo da marcha e movimentos esporti-
vida moderna, os homens se tornaram sedentá- vos, e também, poder oferecer tratamentos como
rios, e isso acarretou várias complicações como as bandagens elásticas que melhoram o desem-
má postura, alterações circulatórias e descalcifi- penho dos atletas atuando na estabilização do
cação óssea. tornozelo.
Uma realidade lamentável é que poucos espor-
tes são valorizados ao ponto de seus praticantes Sobre tudo, acredito que o objetivo foi alcança-
terem acesso a equipamentos e principalmente a do porque apesar de ter pouco conhecimento na
profissionais qualificados para uma boa avalia- área tive muito interesse pelo tema, consegui
ção ou mesmo orientação. Apenas poucos como bastante material de pesquisa e me dediquei em
o futebol, vôlei ou basquete (e isto não são além de fazer um bom trabalho mas também
todos), tem tal recurso (TOLEDO, 2009, p. 3). superar dificuldades, e o principal, que é o apren-
dizado que fica com a finalização deste trabalho
No decorrer das atividades esportistas, o pé de conclusão de curso.
utiliza ao máximo as suas possibilidades, o que
expõe a múltiplas lesões traumáticas e micro- 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
traumáticas (GOLDCHER, 2009, p. 253).
ABELLÁN, L. D.; AGUADO, X.; ORMEÑO, E. J.;
Portanto quem pratica atividade física e espor- MECERREYES, L.; AlEGRE, L. M. Efeitos do exer-
tiva e não tem nenhum tipo de alterações ou cício continuo e intermitente sobre a pegada do
patologias superficiais nos pés pode se conside- pé. 2013. Edição nº 53. Disponvivel em
rar uma pessoa privilegiada (JUSTINO; JUSTINO; www.revistapodologia.com
NOGUEIRA, 2009, p. 43). AGUILERA, J.; HEREDIA, JR.; PEÑA, G. pegada
plantar, biomecânica do pé e tornozelo: proposta
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS de avaliação. 2016. Edição nº 69. Disponível em
www.revistapodologia.com
O fator principal que fez originar este trabalho ÁLVAREZ, M. G. Exploração da dor. 2006.
está ligado à área em que quero me especializar Edição nº 8. Disponível em www.revistapodolo-
na podologia, essa idéia surgiu do princípio de gia.com
melhorar a qualidade de vida dos atletas, bem BEGA, A. Ortopodologia no Brasil – uma visão
como garantir um espaço para eles dentro da do futuro. Revista evolução dos pés. Edição nº 2.
podologia atual, pois nos tornamos um país olím- 2008.
pico e também, onde o sedentarismo é uma das BEGA, A. O universo das micoses e a podologia.
maiores causas de problemas de saúde no Revista evolução dos pés. Edição nº 4. 2009.
Brasil. É preciso atrair a atenção das pessoas BEGA, A. Órteses plantares na podologia.
para esses temas e estimular a mudança para Revista evolução dos pés. 16° edição. 2011.
uma vida saudável, mas também ativa. BEGA, A. Tratado de podologia. 2ª edição. revi-
sada e ampliada. São Caetano do Sul. Editora:
Dessa forma, o trabalho teve como objetivo Yedis. 2014.
apresentar a importância da podologia na vida BEGA, A.; LAROSA, P. R. R. Podologia: bases clí-
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